Questões de Concurso Comentadas para prefeitura de bauru - sp

Foram encontradas 608 questões

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Q2577168 Medicina
Num trabalho de parto no primeiro estágio, a dilatação permanece em 7 cm e não progride por 3 horas. A bolsa está íntegra e o feto persiste na mesma altura durante este período. A dinâmica uterina é de 2 contrações de média intensidade, com 35 seg de duração em 10 minutos. Pode-se AFIRMAR que:
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Q2577167 Medicina
Numa 4ª gestação, com 3 cesáreas anteriores, de 36 semanas, apresenta sangramento vaginal pela segunda vez na mesma semana. Ao exame físico a PA era 120 x 80 mmHg, o pulso de 76 bpm, AU = 34 cm, tônus uterino normal, FCF de 136 bpm. Em relação a esse caso, é CORRETO afirmar que:
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Q2577165 Medicina
Paciente do sexo feminino, de 35 anos, chega ao PS com queixa de sangramento uterino aumentado associado à dismenorreia. Informa que estava em amenorreia há cerca de um ano, desde que foi realizado implante de DIU-Levonorgestrel (MIRENA©). Ao exame, encontra-se hemodinamicamente estável, mas com Hb=9,6 g/Dl, dosagem de B-hCG negativo, ultrassonografia mostrando útero e anexos normais, com DIU em fundo da cavidade uterina e endométrio com 2 mm. Diante deste quadro, a terapêutica adequada, inicial, é: 
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Q2577164 Medicina
Paciente do sexo feminino, de 30 anos, com quadro de dismenorreia intensa e dor pélvica crônica com repercussão social e sexual. Traz exame de ressonância pélvica mostrando endometriose profunda em fundo de saco posterior com infiltração do ligamentos uterossacros e, superficialmente, na parede do sigmoide. Tem antecedentes de duas cesarianas e laqueadura tubária há três anos. Diante desde quadro, o tratamento inicial mais adequado é:
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Q2577163 Medicina
Mulher de 45 anos refere prurido genital discreto. Ao exame ginecológico, observou-se conteúdo vaginal branco e leitoso e vermelhidão de paredes vaginais. A medida do pH vaginal foi inferior a 4,5. Nesse caso, assinale a opção que indica a hipótese diagnóstica CORRETA.
Alternativas
Q2577162 Medicina
Mulher de 49 anos foi submetida à histerectomia por miomatose uterina. O laudo histopatológico revelou que o tumor era constituído por células musculares lisas com atipias e áreas de necrose. Diante desse resultado, é CORRETO pensar em:
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Q2577161 Medicina
Assinale a alternativa INCORRETA:
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Q2577160 Medicina
Acerca dos estrogênios disponíveis no mercado brasileiro usados em terapia hormonal no climatério, o hemisuccinato de estradiol é indicado na seguinte posologia:
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Q2577157 Medicina
Uma multípara portadora de cistocele discreta e queixa de incontinência urinária aos esforços, deve ser submetida a:
Alternativas
Q2577155 Medicina
Possuem a capacidade de produzir lesões displásicas graves do colo uterino os tipos de HPV:
Alternativas
Q2577154 Medicina
Puérpera no 5º dia pós-parto apresenta insônia, choro, ansiedade, pouca concentração, irritabilidade e labilidade afetiva. O provável diagnóstico é:
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Q2575698 Noções de Informática
Qual a tecla (ou conjunto de teclas) para maximizar uma janela no Windows 10? 
Alternativas
Q2575697 Noções de Informática
Na maioria dos navegadores, qual a tecla de atalho para abrir uma nova aba? E qual a tecla de atalho para abrir uma nova instância do navegador?
Alternativas
Q2575695 Noções de Informática
No Microsoft Word do pacote Microsoft 365, deseja deixar um texto selecionado em negrito, itálico e sublinhado. Qual o conjunto de teclas de atalho para deixar o texto dessa forma?
Alternativas
Q2575694 Noções de Informática
Você precisa salvar um documento do Microsoft Word do pacote Microsoft 365 em um formato compatível com software livre, como por exemplo o LibreOffice. Em salvar como, qual deve ser a extensão escolhida para o seu .docx?
Alternativas
Q2575693 Noções de Informática
Uma boa prática de segurança é mudar a sua senha periodicamente. No Windows 10, quais os passos necessários para alterar o PIN para se conectar ao seu dispositivo?
Alternativas
Q2575683 Português

Texto: O relógio


Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas… De dia, tudo era luminoso. Mas quando vinha a noite e as luzes se apagavam, tudo mergulhava no sono: pessoas, paredes, espaços. Menos o relógio… De dia, ele estava lá também. Só que era diferente. Manso, tocando o carrilhão a cada quarto de hora, ignorado pelas pessoas, absorvidas por suas rotinas. Acho que era porque durante o dia ele dormia. Seu pêndulo regular era seu coração que batia, seu ressonar, e suas músicas eram seus sonhos, iguais aos de todos os outros relógios. De noite, ao contrário, quando todos dormiam, ele acordava, e começava a contar estórias. Só muito mais tarde vim a entender o que ele dizia: “Tempus fugit“. E eu ficava na cama, incapaz de dormir, ouvindo sua marcação sem pressa, esperando a música do próximo quarto de hora. Eu tinha medo. Hoje, acho que sei por quê: ele batia a Morte. Seu ritmo sem pressa não era coisa daquele tempo da minha insônia de menino. Vinha de muito longe. Tempo de musgos crescidos em paredes húmidas, de tábuas largas de assoalho que envelheciam, de ferrugem que aparecia nas chaves enormes e negras, da senzala abandonada, dos escravos que ensinaram para as crianças estórias de além-mar “dinguele-dingue que eu vou para Angola, dingueledingue que eu vou para Angola“ de grandes festas e grandes tristezas, nascimentos, casamentos, sepultamentos, de riqueza e decadência… O relógio batera aquelas horas – e se sofrera, não se podia dizer, porque ninguém jamais notara mudança alguma em sua indiferença pendular. Exceto quando a corda chegava ao fim e o seu carrilhão excessivamente lento se tomava num pedido de socorro: “Não quero morrer…“ Aí, aquele que tinha a missão de lhe dar corda – (pois este não era privilégio de qualquer um. Só podia tocar no coração do relógio aquele que já, por muito tempo, conhecesse os seus segredos) – subia numa cadeira e, de forma segura e contada, dava voltas na chave mágica. O tempo continuaria a fugir… Todas aquelas horas vividas e morridas estavam guardadas. De noite, quando todos dormiam, elas saíam. O passado só sai quando o silêncio é grande, memória do sobrado. E o meu medo era por isto: por sentir que o relógio, com seu pêndulo e carrilhão, me chamava para si e me incorporava naquela estória que eu não conhecia, mas só imaginava. Já havia visto alguns dos seus sinais imobilizados, fosse na própria magia do espaço da casa, fosse nos velhos álbuns de fotografia, homens solenes de colarinho engomado e bigode, famílias paradigmáticas, maridos assentados de pernas cruzadas, e fiéis esposas de pé, ao seu lado, mão docemente pousada no ombro do companheiro. Mas nada mais eram que fantasmas, desaparecidos no passado, deles, não se sabendo nem mesmo o nome. “Tempus fugit“. O relógio toca de novo. Mais um quarto de hora. Mais uma hora no quarto, sem dormir… Sentia que o relógio me chamava para o seu tempo, que era o tempo de todos aqueles fantasmas, o tempo da vida que passou. Depois o sobradão pegou fogo. Ficaram os gigantescos barrotes de pau-bálsamo fumegando por mais de uma semana, enchendo o ar com seu perfume de tristeza. Salvaram-se algumas coisas. Entre elas, o relógio. Dali saiu para uma casa pequena. Pelas noites adentro ele continuou a fazer a mesma coisa. E uma vizinha que não suportou a melodia do “Tempus fugit“ pediu que ele fosse reduzido ao silêncio. E a alma do relógio teve de ser desligada.


Tenho saudades dele. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, “Tempus fugit“. Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso, que marca a hora sem dizer nada, que não tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr, para não me atrasar. Com ele, sinto-me tolo como o Coelho da estória da Alice, que olhava para seu relógio, corria esbaforido, e dizia: “Estou atrasado, estou atrasado…“


Não é curioso que o grande evento que marca a passagem do ano seja uma corrida, corrida de São Silvestre?


Correr para chegar, aonde?


Passagem de ano é o velho relógio que toca o seu carrilhão.


O sol e as estrelas entoam a melodia eterna: “Tempus fugit“.


E porque temos medo da verdade que só aparece no silêncio solitário da noite, reunimo-nos para espantar o tenor, e abafamos o ruído tranquilo do pêndulo com enormes gritarias. Contra a música suave da nossa verdade, o barulho dos rojões…


Pela manhã, seremos, de novo, o tolo Coelho da Alice: “Estou atrasado, estou atrasado…“ 


Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria:


Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será…


Rubem Alves

Leia o fragmento extraído do texto para responder a questão que se refere a compreensão de Morfologia (Classe de Palavras): 
“ Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas…”.
O vocábulo em destaque, com, sublinhado no fragmento está CORRETAMENTE classificado na alternativa:
Alternativas
Q2575682 Português

Texto: O relógio


Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas… De dia, tudo era luminoso. Mas quando vinha a noite e as luzes se apagavam, tudo mergulhava no sono: pessoas, paredes, espaços. Menos o relógio… De dia, ele estava lá também. Só que era diferente. Manso, tocando o carrilhão a cada quarto de hora, ignorado pelas pessoas, absorvidas por suas rotinas. Acho que era porque durante o dia ele dormia. Seu pêndulo regular era seu coração que batia, seu ressonar, e suas músicas eram seus sonhos, iguais aos de todos os outros relógios. De noite, ao contrário, quando todos dormiam, ele acordava, e começava a contar estórias. Só muito mais tarde vim a entender o que ele dizia: “Tempus fugit“. E eu ficava na cama, incapaz de dormir, ouvindo sua marcação sem pressa, esperando a música do próximo quarto de hora. Eu tinha medo. Hoje, acho que sei por quê: ele batia a Morte. Seu ritmo sem pressa não era coisa daquele tempo da minha insônia de menino. Vinha de muito longe. Tempo de musgos crescidos em paredes húmidas, de tábuas largas de assoalho que envelheciam, de ferrugem que aparecia nas chaves enormes e negras, da senzala abandonada, dos escravos que ensinaram para as crianças estórias de além-mar “dinguele-dingue que eu vou para Angola, dingueledingue que eu vou para Angola“ de grandes festas e grandes tristezas, nascimentos, casamentos, sepultamentos, de riqueza e decadência… O relógio batera aquelas horas – e se sofrera, não se podia dizer, porque ninguém jamais notara mudança alguma em sua indiferença pendular. Exceto quando a corda chegava ao fim e o seu carrilhão excessivamente lento se tomava num pedido de socorro: “Não quero morrer…“ Aí, aquele que tinha a missão de lhe dar corda – (pois este não era privilégio de qualquer um. Só podia tocar no coração do relógio aquele que já, por muito tempo, conhecesse os seus segredos) – subia numa cadeira e, de forma segura e contada, dava voltas na chave mágica. O tempo continuaria a fugir… Todas aquelas horas vividas e morridas estavam guardadas. De noite, quando todos dormiam, elas saíam. O passado só sai quando o silêncio é grande, memória do sobrado. E o meu medo era por isto: por sentir que o relógio, com seu pêndulo e carrilhão, me chamava para si e me incorporava naquela estória que eu não conhecia, mas só imaginava. Já havia visto alguns dos seus sinais imobilizados, fosse na própria magia do espaço da casa, fosse nos velhos álbuns de fotografia, homens solenes de colarinho engomado e bigode, famílias paradigmáticas, maridos assentados de pernas cruzadas, e fiéis esposas de pé, ao seu lado, mão docemente pousada no ombro do companheiro. Mas nada mais eram que fantasmas, desaparecidos no passado, deles, não se sabendo nem mesmo o nome. “Tempus fugit“. O relógio toca de novo. Mais um quarto de hora. Mais uma hora no quarto, sem dormir… Sentia que o relógio me chamava para o seu tempo, que era o tempo de todos aqueles fantasmas, o tempo da vida que passou. Depois o sobradão pegou fogo. Ficaram os gigantescos barrotes de pau-bálsamo fumegando por mais de uma semana, enchendo o ar com seu perfume de tristeza. Salvaram-se algumas coisas. Entre elas, o relógio. Dali saiu para uma casa pequena. Pelas noites adentro ele continuou a fazer a mesma coisa. E uma vizinha que não suportou a melodia do “Tempus fugit“ pediu que ele fosse reduzido ao silêncio. E a alma do relógio teve de ser desligada.


Tenho saudades dele. Por sua tranquila honestidade, repetindo sempre, incansável, “Tempus fugit“. Ainda comprarei um outro que diga a mesma coisa. Relógio que não se pareça com este meu, no meu pulso, que marca a hora sem dizer nada, que não tem estórias para contar. Meu relógio só me diz uma coisa: o quanto eu devo correr, para não me atrasar. Com ele, sinto-me tolo como o Coelho da estória da Alice, que olhava para seu relógio, corria esbaforido, e dizia: “Estou atrasado, estou atrasado…“


Não é curioso que o grande evento que marca a passagem do ano seja uma corrida, corrida de São Silvestre?


Correr para chegar, aonde?


Passagem de ano é o velho relógio que toca o seu carrilhão.


O sol e as estrelas entoam a melodia eterna: “Tempus fugit“.


E porque temos medo da verdade que só aparece no silêncio solitário da noite, reunimo-nos para espantar o tenor, e abafamos o ruído tranquilo do pêndulo com enormes gritarias. Contra a música suave da nossa verdade, o barulho dos rojões…


Pela manhã, seremos, de novo, o tolo Coelho da Alice: “Estou atrasado, estou atrasado…“ 


Mas o relógio não desiste. Continuará a nos chamar à sabedoria:


Quem sabe que o tempo está fugindo descobre, subitamente, a beleza única do momento que nunca mais será…


Rubem Alves

Leia o fragmento extraído do texto para responder a questão que se refere a compreensão de Morfologia (Classe de Palavras):
“ Eu tinha medo de dormir na casa do meu avô. Era um sobradão colonial enorme, longos corredores, escadarias, portas grossas e pesadas que rangiam, vidros coloridos nos caixilhos das janelas, pátios calçados com pedras antigas…”.
O termo caixilhos, destacado no fragmento tem a CORRETA classificação em classes de palavras como:
Alternativas
Q2575677 Serviço Social
Com a implantação da Política Nacional de Humanização (2008), trabalhamos para alcançar resultados englobando algumas direções. Assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q2575675 Serviço Social
Melo, Logullo e Piana (2021), em seu artigo "Questão Social, Famílias e Desafios Atuais do Serviço Social" é descrito que as expressões da Questão Social aparecem em todo o cotidiano de trabalho do Assistente Social. Estas são o objeto de trabalho do profissional desde o início da profissão, a atuação se baseia em propostas de intervenção qualificada pautadas na garantia e acesso aos direitos. Família, questão social e o cotidiano de trabalho do Assistente Social estão intrinsecamente ligados e compõem a realidade social. Sobre família é INCORRETO afirmar:
Alternativas
Respostas
81: C
82: D
83: C
84: A
85: B
86: D
87: A
88: C
89: B
90: A
91: A
92: B
93: D
94: D
95: A
96: A
97: B
98: D
99: B
100: C