Questões de Concurso
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Em casos de avulsão, o dente decíduo pode ser reimplantado.
O tratamento desse paciente, por se tratar de um caso de abscesso de origem odontogênica, deverá ser realizado em ambiente hospitalar, com início imediato de antibiótico por terapia intravenosa empírica; devido à alergia a penicilina, uma outra opção seria a Clindamicina.
Pela condição sistêmica desse paciente, qualquer procedimento cirúrgico de médio e grande porte deverá ser realizado sob profilaxia antibiótica para endocardite bacteriana. Pode-se administrar a Azitromicina 2 g, trinta minutos antes do procedimento, pela via intravenosa, ou uma hora antes, se por via oral.
Como diagnóstico clínico, trata-se de um quadro de infecção de origem odontogênica que se encontra evoluindo de uma fase moderada para grave, de modo que a intervenção cirúrgica para remoção da causa deverá ser realizada o mais precocemente possível, sob profilaxia antibiótica.
Caso se planeje a extração do dente retido, o acesso cirúrgico deverá ser, preferencialmente, pelo palato, com incisões papilares e descolamento do retalho de espessura total.
A indicação da tomografia computadorizada por feixe cônico (TCFC), na avaliação de dentes retidos, está bem justificada, pelo fato de ela poder fornecer informações anatômicas sem distorção, nos eixos axial, coronal e sagital, incluindo, se necessário, reconstruções tridimensionais da região.
Aspectos anatômicos como espessura óssea limitada e altura óssea reduzida não representam limitações para a indicação de implantes dentários, graças ao advento dos mini-implantes.
Caso o paciente apresente um quadro de fratura radicular, o implante dentário torna-se o tratamento de escolha, mas o procedimento deve ser realizado seis meses após a exodontia, para se aguardar a adequada remodelação óssea.
A etiopatogenia é o estudo das causas ou do mecanismo de desenvolvimento de uma patologia.
Se for utilizado sistema adesivo autocondicionante ou universal, recomenda-se realizar um condicionamento com ácido fosfórico do esmalte antes da aplicação do sistema adesivo.
Durante o procedimento de preparo cavitário, a remoção da dentina cariada, quando usados instrumentos rotatórios, deve ser realizada com brocas em alta rotação e com abundante irrigação. As brocas em alta rotação são as que permitem um melhor controle da remoção e sensibilidade da consistência dentinária.
As lesões de cárie proximais não cavitadas em pacientes adultos jovens geralmente apresentam rápida progressão. Dessa forma, para esses casos, deve ser indicada conduta invasiva com o objetivo de realizar um controle mais adequado da atividade cariosa.
As lesões de cárie oclusais com pequena cavitação e sem evidente envolvimento dentinário geralmente não têm indicação de conduta invasiva. Nesses casos, deve-se dar preferência às condutas clínicas exclusivamente não invasivas ou associadas a procedimentos microinvasivos.
A cárie dentária é uma doença infecciosa que acomete a cavidade bucal, e a transmissão dessa doença se dá pelo contato com a saliva de paciente infectado.
O conceito atual da doença cárie, um dos principais agravos à saúde bucal, é definido como uma disbiose causada pela frequente exposição do biofilme bacteriano à sacarose consumida pelo indivíduo e consequente alteração de sua ecologia.
A manobra de compressão com uma lâmina de vidro sobre uma lesão escura em mucosa na cavidade bucal é denominada diascopia.
Um exemplo típico de palpação indireta é a palpação da face oclusal da coroa clínica do dente pela sonda exploradora.
Texto para o item.
Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?
Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:
— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:
— Vou desenhar a cara do medo.
Vera se assustou de novo:
— Psiu! fala baixo.
— Por quê?
— Ele pode não gostar da ideia.
— Mas ele ainda anda por aí?
— Acho que sim.
Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:
— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.
O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.
Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.
Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:
Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).
A reescrita de mitos clássicos presente na obra de Monteiro Lobato influencia a narrativa de Lygia Bojunga, como no modo lúdico a partir do qual o fragmento aborda o medo.
Texto para o item.
Guardou a mão no bolso pra ainda ocupar menos lugar; encontrou um pedaço de giz; apertou ele com força e o giz se partiu em dois. Com um barulhinho gostoso mesmo. Barulhinho de escola. Vera lembrou da professora quebrando um pedaço de giz e escrevendo no quadro-negro. Pensou: quadro-negro é escuro assim. Quem sabe o giz também riscava a escuridão?
Tirou a mão do bolso devagarinho. Tomou coragem e experimentou desenhar na frente dela a roda de um sol. E não é que saiu? Vera ficou tão feliz que berrou:
— O escuro é que nem quadro-negro, Alexandre! Alexandre foi pra junto dela; pegou o outro pedaço de giz, e foi desenhando também. Uma casa. Uma árvore. Uma onda no mar. Quanto mais os dois desenhavam, menos iam se importando com o escuro. Fizeram uma flor nascendo, um rio correndo, dois besouros se encontrando; fizeram cada desenho lindo. E quanto menos se importavam com o escuro, mais gostoso iam desenhando. De repente, Alexandre teve uma ideia gozada:
— Vou desenhar a cara do medo.
Vera se assustou de novo:
— Psiu! fala baixo.
— Por quê?
— Ele pode não gostar da ideia.
— Mas ele ainda anda por aí?
— Acho que sim.
Alexandre achou melhor não dizer mais nada, mas começou a desenhar uma cara esquisita, toda inchada de um lado:
— O medo tá com dor de dente. — E riu baixinho.
O Pavão gostou tanto de ouvir Alexandre rindo, que riu também.
Vera entrou na brincadeira: desenhou no medo uma orelha inchada e disse que ele estava com dor de ouvido também (…). E não se importaram mais se o medo ia ouvir ou não: desabaram numa gargalhada.
Lygia Bojunga. A casa da madrinha. Casa Lygia Bojunga:
Rio de Janeiro, 2015 (com adaptações).
Com base no texto apresentado, julgue o item, relativos à literatura infantil brasileira.
No trecho, a metalinguagem da narrativa afasta a possibilidade de formação de um leitor-fruidor, como propõe a BNCC para os anos finais do Ensino Fundamental.
Texto para o item.
Paisagem do Capibaribe
Entre a paisagem
o rio fluía
como uma espada de líquido espesso.
Como um cão
humilde e espesso.
Entre a paisagem
(fluía)
de homens plantados na lama;
de casas de lama
plantadas em ilhas
coaguladas na lama;
paisagem de anfíbios
de lama e lama.
Como o rio
aqueles homens
são como cães sem plumas
(um cão sem plumas
é mais
que um cão saqueado;
é mais
que um cão assassinado.
Um cão sem plumas
é quando uma árvore sem voz.
É quando de um pássaro
suas raízes no ar.
É quando a alguma coisa
roem tão fundo
até o que não tem).
(…)
João Cabral de Melo Neto. O cão sem plumas.
In: O cão sem plumas e outros poemas. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.
A partir da leitura do poema acima, julgue o item.
A pluma (em relação ao cão), a voz (em relação à árvore),
e as raízes (em relação ao pássaro) ocupam, nas imagens
de que participam, posição análoga ao lugar do que, no
verso final, é denominado “o que não tem”.