Questões de Concurso Comentadas para cefet-mg

Foram encontradas 635 questões

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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198812 Odontologia
Sobre o bisel de acabamento das margens de esmalte realizado em preparos cavitários para restaurações adesivas diretas, é INCORRETO afirmar que
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198811 Odontologia
Uma das formas de tratamento da dor aguda é a inibição da via cicloxigenase, representada principalmente pelas enzimas COX-1 e COX-2. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES) são amplamente utilizados na prática odontológica por sua alta eficácia. Para pacientes portadores de hipertensão arterial, doença cardíaca isquêmica ou acidente vascular encefálico, deve-se optar, sempre que possível, por AINES não seletivos de COX-2, uma vez que essa enzima é essencial na produção de prostaciclinas, importantes na proteção dos vasos sanguíneos.
São AINES inibidores seletivos e específicos para COX-2, apenas,
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198810 Odontologia
A terapêutica anticoagulante é administrada a pacientes com dispositivos trombogênicos implantados, como válvula cardíaca protética; com problemas cardiovasculares trombogênicos, como fibrilação atrial ou após infarto agudo do miocárdio; ou com a necessidade de circulação sanguínea extracorpórea, como hemodiálise.
O exame sanguíneo utilizado como teste de escolha na monitorização terapêutica do efeito dos anticoagulantes orais é
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198808 Odontologia
Paciente do sexo masculino, 45 anos, apresenta, na borda lateral posterior da língua, úlcera assintomática de 20 mm, com bordas endurecidas, não associada a fatores traumáticos, com evolução de 4 (quatro) semanas.
Recomenda-se como conduta inicial 
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198807 Odontologia
Recentemente identificou-se uma nova complicação no tratamento do câncer e da osteoporose que se assemelha à osteorradionecrose, com a exposição de áreas desvitalizadas dos ossos maxilares. Essa complicação tem sido observada em pacientes que não foram tratados com radiação, sendo denominada osteonecrose dos maxilares induzida por medicação (MRONJ; do inglês, medication-related osteonecrosis of the jaws).
A respeito dessa complicação, analise as afirmativas a seguir:
I- Os pacientes com essas lesões têm em comum o uso de medicação antirreabsortiva, geralmente como adjuvante à quimioterapia para neoplasias malignas.
II- Nos indivíduos que fazem uso de medicações antirreabsortivas, o diagnóstico é baseado na identificação de uma área de osso exposto, que pode ocorrer de modo espontâneo ou mais comumente após procedimento odontológico invasivo.
III- Os indivíduos que recebem medicações antirreabsortivas/ antiangiogênicas por via oral têm suscetibilidade similar de desenvolver MRONJ a de pacientes que recebem a medicação pela via venosa.
IV- Os bifosfonatos, usados para tratar metástases de neoplasias malignas e osteoporose, foram os primeiros medicamentos associados à MRONJ, pois atuam como inibidores da atividade osteoclástica e da angiogênese e dificultam a remodelação óssea.
V- A MRONJ é uma condição geralmente reversível e responde bem a tratamento com antibioticoterapia oral ou desbridamento ósseo.
Estão corretas as afirmativas
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198806 Odontologia
A condição anatômica que torna uma exodontia mais fácil é
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198805 Odontologia
Considere o excerto a seguir.
A lesão usualmente pedunculada, com superfície lisa ou lobulada, consiste em um aumento de volume, cujo tamanho pode variar de poucos milímetros a vários centímetros de diâmetro. A coloração da sua superfície varia do rosa ao vermelho e ao roxo, podendo estar ulcerada, com marcante predileção pela gengiva, onde a irritação e a inflamação gengival resultantes da má higiene oral podem ser fatores precipitadores. Os lábios, a língua e a mucosa jugal são as outras localizações mais comuns.
Fonte: (Brad Neville et al. Patologia oral & Maxilofacial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009). (Adaptado)
O texto acima se refere à ocorrência de
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198804 Odontologia
A patologia que NÃO deve ser considerada no diagnóstico diferencial das alterações patológicas que provocam aumento de volume no assoalho bucal é a(o)
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198803 Odontologia
A ocorrência de cálculos nas glândulas salivares, sialolitos, é duas vezes mais comum em homens, com um pico de incidência entre 30 e 50 anos de idade. Provoca a estase salivar e pode ocasionar uma infecção no parênquima glandular denominada sialodenite. A glândula submandibular é afetada em 85% dos casos, ou seja, mais frequentemente que a porcentagem de todas as outras glândulas combinadas. Uma variedade de fatores contribui para a maior incidência de cálculos submandibulares. O diagnóstico pode ser feito pelo exame clínico e confirmado por exames de imagem.
NÃO é considerado sinal da presença de doença obstrutiva da glândula submandibular (sialodenite) associada à obstrução por cálculo salivar (sialolito) o(a)
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198802 Odontologia
A relação entre os limites anatômicos em que uma infecção odontogênica perfura o córtex externo do osso alveolar e se espalha para o músculo circundante e os anexos fasciais é importante para determinar o caminho da disseminação da infecção pela via de menor resistência. O conhecimento da anatomia desses espaços ajudará o cirurgião-dentista a avaliar os achados clínicos e radiográficos no diagnóstico e tratamento de infecções bucais e maxilofaciais, de forma a se obter acesso cirúrgico e drenagem adequados, evitando lesões iatrogênicas e maior morbidade potencial ao paciente.
Os espaços fasciais primariamente atingidos pelos processos infecciosos dos dentes superiores são
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198795 Raciocínio Lógico
Seja a proposição T, formada por outras duas proposições, de forma que T: P ↔ Q ∧ (P → Q).
Analisando a tabela-verdade da proposição T, é correto afirmar que T
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198788 Direito Administrativo
A Lei nº 8.112/1990 estabelece que a remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.
Fará jus à percepção de ajuda de custo, o servidor que for removido
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198787 Direito Administrativo
Considerando as formas de provimento de cargo público previstas no art. 8º da Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar que ocorre provimento originário na
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198782 Português
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O gênero textual “Charge”, de acordo com o Dicionário Oxford Language, trata-se de um desenho humorístico, com ou sem legenda ou balão, geralmente veiculado pela imprensa e tendo por tema um acontecimento atual, que comporta crítica e focaliza, por meio da caricatura, uma ou mais personagens envolvidas.
Considerando o contexto situacional de produção, indique o acontecimento atual que é alvo de crítica na Charge.
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198779 Português
O texto “Gauchês, mineirês, carioquês, cearês e outras maravilhas nacionais” a seguir refere-se à questão.

Gauchês, mineirês, carioquês, cearês e outras maravilhas nacionais

Ana Elisa Ribeiro

Outro dia me disseram que eu falo diferente. É que eu estava entre gaúchos e paulistas, então fiquei sendo a diferentona da rodada. Mas aos meus ouvidos, eles pareciam todos diferentes em seus falares. É que tudo depende do referencial, não é isso? Não matei essa aula de Física.

Sempre amei sotaques. Qualquer um e todos. Sempre me intrigou a valoração social que damos a eles, assim sem pensar. É um sentir, um repetir, uma questão social e econômica ali misturada, produzindo às vezes um preconceito, às vezes um deslumbramento meio bobo. Ficava pau da vida quando um colega ou uma amiga passavam duas semanas de férias no Rio de Janeiro e voltavam falando carioquês advanced. “Precisa disso?”, pensava eu irritadinha. E às vezes falavam e explicavam: ah, é que tenho facilidade de pegar sotaque. Hum, sei.

Lembro-me bem da rodinha de discussões de amigos: o sotaque mais bonito é o gaúcho. E depois aqueles clichês engraçados: o português mais perfeito é o de São Luís. Aí alguém corrigia: não, é o de Belém do Pará. Ah, meus sais. O mineiro é o que não é: engolindo as metades das palavras. Um amigo paulista, recentemente, contou da história do gringo que lhe fez a pergunta do século: o que é isso que vocês dizem quando querem passar? Nem sei reproduzir aqui a dúvida do fulano. É que a gente aprende desde cedo, na escolinha, a pedir “licença”, não é mesmo? Mas, na real, o que a gente diz uns aos outros, bem sussurrado e surrado, é um “ss ss” ou no máximo um “cenççç”, que nada tem a ver com as aulinhas de português que o gringo teve na vida, lá no país dele. Como faz? Vai passando assim, meio empurradinho, e dizendo “cenççç”.

Sotaque é lindo. Poeticamente, fico pensando em como é bonito trazer sua terra no seu falar. Não pode haver coisa mais visceral, pode? Abro a boca e em segundos, juro, alguém manda esta: cê é mineira, né? Nem tento negar. Melhor: nem quero. Oh, Minas Gerais. Comendo sílabas, engolindo os pronomes reflexivos, emendando palavras umas nas outras, fazendo cordões de lexemas, anulando consoantes. Até a piadinha do cara falando com o mineiro me faz rir:

—- Diz que mineiro só fala vogal, né?
—- Uai, é? ó!

Eu de cá, reconheço paulistano de longe, carioca a quilômetros, gaúcho até debaixo d'água e baiano até fingindo de morto. O sotaque do interior de São Paulo se parece com o do interior de Minas, então pode ser que eu confunda um pouco. Mas, fico ali naquela área entre o norte de São Paulo, o sul e o triângulo mineiros e Goiás. Tenho grandes chances de acertar. Como Minas são muitas, é preciso considerar as fatias de variados sotaques, na parecença com baianos, paulistas interioranos, cariocas forçados e o tipiquíssimo sotaque da região metropolitana da capital, Belzonte. Bom, isso é lenda, falamos mesmo é Beagá.

O Nordeste é que sofre com a ignorância do resto do país. Até eu, que não sou de nenhum de seus maravilhosos estados, me arrepio quando ouço aquela do “sotaque nordestino”. Coisa de quem nunca andou por aquelas bandas imensas. Geralmente, o Sicrano que diz isso quer se referir ao sotaque da Bahia (que também não é único nem uno). Não sei assim certinho discernir, mas bem que identifico um pernambucano, uma paraibana, um cearense, em suas pujanças vocálicas, em seus usos do imperativo (coisa que a um mineiro parece o fim do mundo!) e em sua majestosa pronúncia consonantal. Na segunda sílaba de “bom dia” uma plateia inteira de paraibanos e paraibanas já sabe que venho de longe, geralmente das plagas de baixo. Meu “d” africado (djia) soa bem diferente lá, onde eles dizem “d” como “d” mesmo. Foi minha tristeza em duas gravações diferentes de uma canção pelo músico Lenine, recifense de nascença. Na primeira ele cantava “no toque da platinela” com esse “t” todo “t”; na segunda, anos depois, ele cantou “platchinela”, como nós aqui falamos. Entristeci, embora a canção tivesse continuado bonita.

Então, sotaque não é coisa simples. Sotaque é pronúncia, é melodia, é ginga, é palavra menos e mais usada, é como dizer nos mínimos detalhes, é cantando, é modo verbal, é como soa cada vogal ou consoante, é um jeito, é uma origem, é como aprendemos a falar com as nossas mães, em nossos lugares de convivência. Depois pode ser que mude, se misture, se altere, se alterne. Pode ser que até suma, seja substituído por outro. Sotaque é aquilo que volta quando a gente faz uma visitinha. É aquilo que a gente evita quando tem trauma. Conheço gente que mora fora do local natal faz tempo e tem um sotaque misturado. A Renata e o Nathan, por exemplo, que são cearenses, já misturam um pouco das bolas. Em Minas, são logo reconhecidos como estrangeiros; mas quando voltam a Fortaleza, são logo acusados de se terem “amineirado”. Nem cá, nem lá, todos, tudo. Um emaranhado no outro. Sotaque é o chão na voz, o gesto no jeito. Sotaque, estrangeiro ou dentro do Brasil, é lindo. Se não for, pode saber que é valoração de outra ordem.

Fonte: RIBEIRO, Ana Elisa. Nossa Língua e outras encrencas. Crônicas. V1. Editora Parábola. 2023.
Considere as expressões em destaque:
I - “Em Minas, são logo reconhecidos como estrangeiros; mas quando voltam a Fortaleza, são logo acusados de se terem 'amineirado'.”
II - “É que a gente aprende desde cedo, na escolinha, a pedir 'licença', não é mesmo?”
As vírgulas foram empregadas, correta e respectivamente, nas expressões em destaque para separar
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Ano: 2023 Banca: CEFET-MG Órgão: CEFET-MG Prova: CEFET-MG - 2023 - CEFET-MG - Odontólogo |
Q2198776 Português
O texto “Gauchês, mineirês, carioquês, cearês e outras maravilhas nacionais” a seguir refere-se à questão.

Gauchês, mineirês, carioquês, cearês e outras maravilhas nacionais

Ana Elisa Ribeiro

Outro dia me disseram que eu falo diferente. É que eu estava entre gaúchos e paulistas, então fiquei sendo a diferentona da rodada. Mas aos meus ouvidos, eles pareciam todos diferentes em seus falares. É que tudo depende do referencial, não é isso? Não matei essa aula de Física.

Sempre amei sotaques. Qualquer um e todos. Sempre me intrigou a valoração social que damos a eles, assim sem pensar. É um sentir, um repetir, uma questão social e econômica ali misturada, produzindo às vezes um preconceito, às vezes um deslumbramento meio bobo. Ficava pau da vida quando um colega ou uma amiga passavam duas semanas de férias no Rio de Janeiro e voltavam falando carioquês advanced. “Precisa disso?”, pensava eu irritadinha. E às vezes falavam e explicavam: ah, é que tenho facilidade de pegar sotaque. Hum, sei.

Lembro-me bem da rodinha de discussões de amigos: o sotaque mais bonito é o gaúcho. E depois aqueles clichês engraçados: o português mais perfeito é o de São Luís. Aí alguém corrigia: não, é o de Belém do Pará. Ah, meus sais. O mineiro é o que não é: engolindo as metades das palavras. Um amigo paulista, recentemente, contou da história do gringo que lhe fez a pergunta do século: o que é isso que vocês dizem quando querem passar? Nem sei reproduzir aqui a dúvida do fulano. É que a gente aprende desde cedo, na escolinha, a pedir “licença”, não é mesmo? Mas, na real, o que a gente diz uns aos outros, bem sussurrado e surrado, é um “ss ss” ou no máximo um “cenççç”, que nada tem a ver com as aulinhas de português que o gringo teve na vida, lá no país dele. Como faz? Vai passando assim, meio empurradinho, e dizendo “cenççç”.

Sotaque é lindo. Poeticamente, fico pensando em como é bonito trazer sua terra no seu falar. Não pode haver coisa mais visceral, pode? Abro a boca e em segundos, juro, alguém manda esta: cê é mineira, né? Nem tento negar. Melhor: nem quero. Oh, Minas Gerais. Comendo sílabas, engolindo os pronomes reflexivos, emendando palavras umas nas outras, fazendo cordões de lexemas, anulando consoantes. Até a piadinha do cara falando com o mineiro me faz rir:

—- Diz que mineiro só fala vogal, né?
—- Uai, é? ó!

Eu de cá, reconheço paulistano de longe, carioca a quilômetros, gaúcho até debaixo d'água e baiano até fingindo de morto. O sotaque do interior de São Paulo se parece com o do interior de Minas, então pode ser que eu confunda um pouco. Mas, fico ali naquela área entre o norte de São Paulo, o sul e o triângulo mineiros e Goiás. Tenho grandes chances de acertar. Como Minas são muitas, é preciso considerar as fatias de variados sotaques, na parecença com baianos, paulistas interioranos, cariocas forçados e o tipiquíssimo sotaque da região metropolitana da capital, Belzonte. Bom, isso é lenda, falamos mesmo é Beagá.

O Nordeste é que sofre com a ignorância do resto do país. Até eu, que não sou de nenhum de seus maravilhosos estados, me arrepio quando ouço aquela do “sotaque nordestino”. Coisa de quem nunca andou por aquelas bandas imensas. Geralmente, o Sicrano que diz isso quer se referir ao sotaque da Bahia (que também não é único nem uno). Não sei assim certinho discernir, mas bem que identifico um pernambucano, uma paraibana, um cearense, em suas pujanças vocálicas, em seus usos do imperativo (coisa que a um mineiro parece o fim do mundo!) e em sua majestosa pronúncia consonantal. Na segunda sílaba de “bom dia” uma plateia inteira de paraibanos e paraibanas já sabe que venho de longe, geralmente das plagas de baixo. Meu “d” africado (djia) soa bem diferente lá, onde eles dizem “d” como “d” mesmo. Foi minha tristeza em duas gravações diferentes de uma canção pelo músico Lenine, recifense de nascença. Na primeira ele cantava “no toque da platinela” com esse “t” todo “t”; na segunda, anos depois, ele cantou “platchinela”, como nós aqui falamos. Entristeci, embora a canção tivesse continuado bonita.

Então, sotaque não é coisa simples. Sotaque é pronúncia, é melodia, é ginga, é palavra menos e mais usada, é como dizer nos mínimos detalhes, é cantando, é modo verbal, é como soa cada vogal ou consoante, é um jeito, é uma origem, é como aprendemos a falar com as nossas mães, em nossos lugares de convivência. Depois pode ser que mude, se misture, se altere, se alterne. Pode ser que até suma, seja substituído por outro. Sotaque é aquilo que volta quando a gente faz uma visitinha. É aquilo que a gente evita quando tem trauma. Conheço gente que mora fora do local natal faz tempo e tem um sotaque misturado. A Renata e o Nathan, por exemplo, que são cearenses, já misturam um pouco das bolas. Em Minas, são logo reconhecidos como estrangeiros; mas quando voltam a Fortaleza, são logo acusados de se terem “amineirado”. Nem cá, nem lá, todos, tudo. Um emaranhado no outro. Sotaque é o chão na voz, o gesto no jeito. Sotaque, estrangeiro ou dentro do Brasil, é lindo. Se não for, pode saber que é valoração de outra ordem.

Fonte: RIBEIRO, Ana Elisa. Nossa Língua e outras encrencas. Crônicas. V1. Editora Parábola. 2023.
Considerando as escolhas lexicais e as estruturas oracionais presentes no texto, avalie as afirmativas a seguir.
I- Os trechos “a diferentona da rodada” e “Ficava pau da vida.” demonstram o uso de expressões informais.
II- No trecho “Meu 'd' africado (djia) soa bem diferente lá, onde eles dizem 'd' como 'd' mesmo.”, o pronome relativo “onde” é usado para retomar um lugar físico.
III- No trecho “É que eu estava entre gaúchos e paulistas, então fiquei sendo a diferentona da rodada.”, o “que”, em sua forma coloquial, é empregado com valor de explicação e pode ser substituído por “porque”.
IV- No trecho “A Renata e o Nathan, por exemplo, que são cearenses, já misturam um pouco das bolas.”, o termo “por exemplo” exerce a função adverbial.
As afirmativas corretas são
Alternativas
Q2198762 Segurança e Saúde no Trabalho
Segundo a norma ABNT NBR 5410:2004, as conexões de condutores entre si e entre outros componentes da instalação devem garantir continuidade elétrica durável e adequada suportabilidade e proteção mecânica.
Sobre essas conexões, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas.
( ) É aconselhável evitar o uso de conexões soldadas em circuitos de energia. No entanto, se essas conexões forem utilizadas, elas devem ter resistência à fluência e a solicitações mecânicas compatíveis com a aplicação.
( ) É aconselhável a aplicação de solda a estanho na terminação de condutores, para conectá-los a bornes, a terminais de dispositivos ou a equipamentos elétricos.
( ) As linhas elétricas constituídas por condutos fechados só admitem conexões contidas em invólucros apropriados, que garantam a necessária acessibilidade e proteção mecânica.
( ) É vedada a conexão entre cobre e alumínio mesmo que realizada por meio de conectores adequados.
( ) Em condutores de alumínio somente são admitidas emendas por meio de conectores por compressão ou solda.
A sequência correta é
Alternativas
Q2198750 Física
Uma lupa com lente biconvexa de raios de curvatura iguais a 10 cm e índice de refração igual a 1,5 está imersa no ar.
Considere que:
I- um objeto cujo tamanho real é 2,0 cm encontra-se a 1,0 cm da lente, II- a velocidade da luz no ar é igual à do vácuo.
O tamanho da imagem vista pelo observador através da lente é
Alternativas
Q2198748 Física
Uma espira condutora cuja área é igual a 0,08m2 está submetida a um campo magnético uniforme perpendicular ao plano da espira, como indicado na figura.  Imagem associada para resolução da questão

O campo magnético varia no tempo de acordo com a seguinte função B(t) = 2,0t em Tesla. Além disso, a espira está ligada a um resistor de 2,0mΩ.
De acordo com as premissas anteriores, podemos dizer que, entre os instantes de tempo 2,0 segundos e 8,0 segundos, a força eletromotriz média induzida é igual a _________volts, e o valor da corrente induzida é_______ ampères no sentido__________ .
A alternativa que preenche, corretamente, as lacunas é 
Alternativas
Q2198747 Física

Considere o circuito abaixo: 

Imagem associada para resolução da questão

As baterias das extremidades têm uma diferença de potencial igual a ε = 50V e a bateria central tem o dobro deste valor. Além disso, os resistores R são todos iguais a 10Ω.

Os valores, em ampères, das correntes elétricas I1, I2 e I3 indicadas no circuito elétrico acima são, respectivamente,

Alternativas
Respostas
41: E
42: B
43: C
44: A
45: C
46: B
47: D
48: C
49: D
50: E
51: B
52: B
53: B
54: E
55: B
56: B
57: A
58: C
59: A
60: D