Questões de Concurso Comentadas para câmara de coronel fabriciano - mg

Foram encontradas 110 questões

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Q1113191 Conhecimentos Gerais
“Segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, vinculada à Presidência da República do Brasil, as cotas raciais estão inclusas dentro de um campo mais amplo denominado de ações _______________. Estas ações são políticas públicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos.” Assinale a alternativa que completa corretamente a assertiva anterior.
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Q1113190 História
A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão culminado no início do século XXVI, na Alemanha. Em 2017, esse processo histórico completou 500 anos, sendo hoje considerado um dos eventos fundadores da história moderna. O principal responsável pela Reforma Protestante foi:
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Q1113187 Noções de Informática
Tendo em vista o Sistema Operacional Windows 10 sob configuração padrão, para efetuar uma cópia da janela ativa exibida na tela para a área de transferência, é necessário realizar o seguinte comando:
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Q1113186 Noções de Informática
Analise as afirmativas a seguir a respeito do Microsoft Office Excel 2016.
I. O comando “Alt + ENTER” é o atalho correspondente ao comando “Quebrar texto automaticamente”, pois ambos quebram uma linha de texto em uma célula do Excel da mesma maneira. II. O comando “CTRL + D” usa o comando “Preencher abaixo” para copiar o conteúdo e o formato da célula acima de um intervalo selecionado para as células abaixo. III. Atalho “CTRL + <`> (acento crase)” copia a fórmula da célula que está acima da célula ativa para a célula atual ou para a “Barra de fórmulas”. IV. O atalho “CTRL + <5>” aplica ou remove o Tachado.
Está(ão) INCORRETA(S) apenas a(s) afirmativa(s)
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Q1113185 Noções de Informática

Avalie a tabela a seguir.


Imagem associada para resolução da questão

No Microsoft Office Excel 2016, são formas válidas de se obter a média entre os preços de cada combustível e três meses, EXCETO:
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Q1113184 Noções de Informática
O MS-DOS, acrônimo de MicroSoft Disk Operating System (sistema operacional em disco da Microsoft), é um nome genérico do sistema operacional licenciado pela Microsoft Corporation para uso em vários microcomputadores de diferentes fabricantes, que alteram o MS-DOS para melhor adaptá-lo a seus computadores, atribuindo-lhe novos nomes, tais como PC-DOS ou Z-DOS. Sobre a versão do MS-DOS associada ao Sistema Operacional Windows 10, é INCORRETO afirmar que:
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Q1113183 Noções de Informática
Existem várias maneiras de se executar um software instalado no sistema operacional Microsoft Windows 10. É possível clicar duas vezes rápidas com o botão esquerdo do mouse, selecionar o ícone do programa e digitar a tecla ENTER. Outra maneira, menos usual, de executar programas é pela “janela Executar”. Escolha a alternativa que descreve corretamente uma forma de abrir a janela “Executar” e, em seguida, execute o software Paint, para criação e edição de imagens.
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Q1113157 Conhecimentos Gerais
“Enfermidade incurável que se agrava ao longo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Quase todas as suas vítimas são pessoas idosas. Talvez, por isso, a doença tenha ficado erroneamente conhecida como ‘esclerose’ ou ‘caduquice’. A doença se apresenta como demência, ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família.” Tais informações se referem à seguinte doença:
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Q1113156 Conhecimentos Gerais
O arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer foi um dos personagens mais influentes da moderna arquitetura mundial. O estilo de Niemeyer é marcado por sua preferência pelas curvas, já que a maioria dos edifícios assinados por ele esculpem formas curvilíneas no concreto. São obras emblemáticas assinadas por esse saudoso arquiteto, EXCETO:
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Q1113155 Conhecimentos Gerais
“Novembro Azul” é uma campanha de conscientização realizada por diversas entidades no mês de novembro dirigida à sociedade e, em especial, aos homens, para conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do:
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Q1113154 Conhecimentos Gerais
“Trata-se de uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Atualmente, a vacina é a melhor forma de prevenção dessa doença.” O enunciado se refere à(ao):
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Q1113153 Conhecimentos Gerais
O Sudeste é a região mais rica do País, concentrando 55,4% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. As principais atividades econômicas desenvolvidas na Região Sudeste são, EXCETO:
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Q1113152 Geografia
“É um bioma que se localiza na região do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, estendendo-se em território boliviano, argentino e paraguaio. Considerada a maior região alagável do planeta, apresenta áreas inundadas ricas em gramíneas, arbustos e árvores, em épocas chuvosas e pequenas lagoas em toda a sua extensão em épocas mais secas. Possui grande diversidade e riqueza, tanto de espécies animais quanto vegetais, sendo, inclusive, o bioma que abriga o maior número de aves em todo o continente.” As informações anteriores se referem à(ao):
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Q1113150 Conhecimentos Gerais
A respeito das fontes renováveis que se regeneram na natureza e, por isso, não causam problemas ambientais e não se esgotam, relacione adequadamente as colunas a seguir. 1. Energia hidráulica. 2. Energia solar. 3. Energia eólica. 4. Biomassa. ( ) É aquela obtida pela força das águas. ( ) É uma energia renovável obtida pela luz do sol. ( ) É toda matéria orgânica, de origem vegetal ou animal, utilizada na produção de energia. ( ) É a transformação da energia do vento em energia útil. A sequência está correta em
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Q1113148 Conhecimentos Gerais
Sobre o lixo, um fenômeno puramente humano, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) O lixo não é somente um problema de caráter ambiental, mas também de saúde e qualidade de vida. ( ) Muitos dos resíduos que vão para o lixo podem ser reutilizados através de um processo denominado reciclagem. ( ) Aterro sanitário é um dos locais de destino final do lixo urbano. A sequência está correta em
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Q1113136 Português
Para não esquecer

    Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
    Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
   As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória intuitiva. O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu e onde deve depositar seus ovos. Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida, principalmente as desfeitas, mas vá pedir que ele bote seu ressentimento no papel. Já o homem pode ser definido como o animal que precisa consultar as suas notas. Nas sociedades não letradas, as lembranças sobrevivem na recitação reiterada e no mito tribal, que é a memória ritualizada. As outras dependem do memorando.
  E mesmo com todas as formas de anotação inventadas pelo homem desde as primeiras cavernas, inclusive o notebook eletrônico, a angústia persiste. Estou escrevendo isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel. Normalmente não faço isto, porque sempre esqueço de ter um bloco de notas à mão para não esquecer a eventual ideia e porque sei, intuitivamente, que se tivesse o bloco de notas à mão a ideia viria no chuveiro.
   Mas desta vez a ideia coincidiu com a proximidade de um pedaço de papel e um lápis e anotei-a assim que acordei. Não exatamente a ideia, mas uma frase que me faria lembrar da ideia. Estou com ela aqui. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”.
    E não consigo me lembrar de qual era a ideia que a frase me faria lembrar.
   Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada? Sobre o pensamento socrático? Ou o quê? Não consigo me lembrar. Um consolo, numa situação destas, é pensar que se a ideia não é lembrada, é porque não era tão boa assim. Mas geralmente se pensa o contrário: as melhores ideias são as que a gente esqueceu. O que é terrível.
(Luiz Fernando Veríssimo, O Globo, 22/09/2011. Adaptado.)
Assinale a alternativa que apresenta dígrafo.
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Q1113133 Português
Para não esquecer

    Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
    Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
   As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória intuitiva. O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu e onde deve depositar seus ovos. Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida, principalmente as desfeitas, mas vá pedir que ele bote seu ressentimento no papel. Já o homem pode ser definido como o animal que precisa consultar as suas notas. Nas sociedades não letradas, as lembranças sobrevivem na recitação reiterada e no mito tribal, que é a memória ritualizada. As outras dependem do memorando.
  E mesmo com todas as formas de anotação inventadas pelo homem desde as primeiras cavernas, inclusive o notebook eletrônico, a angústia persiste. Estou escrevendo isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel. Normalmente não faço isto, porque sempre esqueço de ter um bloco de notas à mão para não esquecer a eventual ideia e porque sei, intuitivamente, que se tivesse o bloco de notas à mão a ideia viria no chuveiro.
   Mas desta vez a ideia coincidiu com a proximidade de um pedaço de papel e um lápis e anotei-a assim que acordei. Não exatamente a ideia, mas uma frase que me faria lembrar da ideia. Estou com ela aqui. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”.
    E não consigo me lembrar de qual era a ideia que a frase me faria lembrar.
   Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada? Sobre o pensamento socrático? Ou o quê? Não consigo me lembrar. Um consolo, numa situação destas, é pensar que se a ideia não é lembrada, é porque não era tão boa assim. Mas geralmente se pensa o contrário: as melhores ideias são as que a gente esqueceu. O que é terrível.
(Luiz Fernando Veríssimo, O Globo, 22/09/2011. Adaptado.)
Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada?” (7º§) O ponto de interrogação ( ? ) na frase transcrita do texto foi utilizado para
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Q1113132 Português
Para não esquecer

    Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
    Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
   As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória intuitiva. O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu e onde deve depositar seus ovos. Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida, principalmente as desfeitas, mas vá pedir que ele bote seu ressentimento no papel. Já o homem pode ser definido como o animal que precisa consultar as suas notas. Nas sociedades não letradas, as lembranças sobrevivem na recitação reiterada e no mito tribal, que é a memória ritualizada. As outras dependem do memorando.
  E mesmo com todas as formas de anotação inventadas pelo homem desde as primeiras cavernas, inclusive o notebook eletrônico, a angústia persiste. Estou escrevendo isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel. Normalmente não faço isto, porque sempre esqueço de ter um bloco de notas à mão para não esquecer a eventual ideia e porque sei, intuitivamente, que se tivesse o bloco de notas à mão a ideia viria no chuveiro.
   Mas desta vez a ideia coincidiu com a proximidade de um pedaço de papel e um lápis e anotei-a assim que acordei. Não exatamente a ideia, mas uma frase que me faria lembrar da ideia. Estou com ela aqui. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”.
    E não consigo me lembrar de qual era a ideia que a frase me faria lembrar.
   Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada? Sobre o pensamento socrático? Ou o quê? Não consigo me lembrar. Um consolo, numa situação destas, é pensar que se a ideia não é lembrada, é porque não era tão boa assim. Mas geralmente se pensa o contrário: as melhores ideias são as que a gente esqueceu. O que é terrível.
(Luiz Fernando Veríssimo, O Globo, 22/09/2011. Adaptado.)

De acordo com as classes de palavras relacione corretamente as colunas a seguir.

1. “Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida,...” (3º§)

2. “Estou escrevendo isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel.” (4º§)

3. “As outras dependem do memorando.” (3º§)

4. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”. (5º§)

5. “Não consigo me lembrar.” (6º§)

( ) Verbo.

( ) Advérbio.

( ) Pronome.

( ) Adjetivo.

( ) Substantivo.

A sequência está correta em

Alternativas
Q1113131 Português
Para não esquecer

    Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
    Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
   As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória intuitiva. O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu e onde deve depositar seus ovos. Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida, principalmente as desfeitas, mas vá pedir que ele bote seu ressentimento no papel. Já o homem pode ser definido como o animal que precisa consultar as suas notas. Nas sociedades não letradas, as lembranças sobrevivem na recitação reiterada e no mito tribal, que é a memória ritualizada. As outras dependem do memorando.
  E mesmo com todas as formas de anotação inventadas pelo homem desde as primeiras cavernas, inclusive o notebook eletrônico, a angústia persiste. Estou escrevendo isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel. Normalmente não faço isto, porque sempre esqueço de ter um bloco de notas à mão para não esquecer a eventual ideia e porque sei, intuitivamente, que se tivesse o bloco de notas à mão a ideia viria no chuveiro.
   Mas desta vez a ideia coincidiu com a proximidade de um pedaço de papel e um lápis e anotei-a assim que acordei. Não exatamente a ideia, mas uma frase que me faria lembrar da ideia. Estou com ela aqui. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”.
    E não consigo me lembrar de qual era a ideia que a frase me faria lembrar.
   Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada? Sobre o pensamento socrático? Ou o quê? Não consigo me lembrar. Um consolo, numa situação destas, é pensar que se a ideia não é lembrada, é porque não era tão boa assim. Mas geralmente se pensa o contrário: as melhores ideias são as que a gente esqueceu. O que é terrível.
(Luiz Fernando Veríssimo, O Globo, 22/09/2011. Adaptado.)
Em “Estou com ela aqui.” (5º§), a palavra destacada denota ideia de
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Q1113130 Português
Para não esquecer

    Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
    Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas.
   As espécies que não desenvolveram a escrita valem-se da memória intuitiva. O salmão sabe, não sabendo, o caminho certo para o lugar onde nasceu e onde deve depositar seus ovos. Dizem que o elefante guarda na memória tudo que lhe acontece na vida, principalmente as desfeitas, mas vá pedir que ele bote seu ressentimento no papel. Já o homem pode ser definido como o animal que precisa consultar as suas notas. Nas sociedades não letradas, as lembranças sobrevivem na recitação reiterada e no mito tribal, que é a memória ritualizada. As outras dependem do memorando.
  E mesmo com todas as formas de anotação inventadas pelo homem desde as primeiras cavernas, inclusive o notebook eletrônico, a angústia persiste. Estou escrevendo isto porque acordei com uma boa ideia para uma crônica e botei a ideia num papel. Normalmente não faço isto, porque sempre esqueço de ter um bloco de notas à mão para não esquecer a eventual ideia e porque sei, intuitivamente, que se tivesse o bloco de notas à mão a ideia viria no chuveiro.
   Mas desta vez a ideia coincidiu com a proximidade de um pedaço de papel e um lápis e anotei-a assim que acordei. Não exatamente a ideia, mas uma frase que me faria lembrar da ideia. Estou com ela aqui. “Conhece-te a ti mesmo, mas não fique íntimo”.
    E não consigo me lembrar de qual era a ideia que a frase me faria lembrar.
   Algo sobre os perigos da autoanálise muito aprofundada? Sobre o pensamento socrático? Ou o quê? Não consigo me lembrar. Um consolo, numa situação destas, é pensar que se a ideia não é lembrada, é porque não era tão boa assim. Mas geralmente se pensa o contrário: as melhores ideias são as que a gente esqueceu. O que é terrível.
(Luiz Fernando Veríssimo, O Globo, 22/09/2011. Adaptado.)
Em “Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita.” (2º§), a palavra destacada expressa circunstância de
Alternativas
Respostas
21: B
22: B
23: B
24: B
25: B
26: D
27: C
28: C
29: B
30: D
31: A
32: D
33: B
34: A
35: A
36: D
37: C
38: B
39: A
40: C