Questões de Concurso Comentadas para ses-mt
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Adaptado de: GOMES, Angela de Castro. Política: História, Ciência, Cultura etc., Estudos históricos, n.17, 1996, pp.62-63.
Com base na leitura do trecho, assinale a afirmativa que descreve corretamente o foco dado por essa transformação da historiografia, durante os anos 1960 e 1970.
I. Processo educativo que pode ser formal ou não formal, construído de forma coletiva e dialógica com a intenção de preservar o patrimônio cultural.
II. Processo educativo que conta com a participação efetiva da comunidade no processo de preservação do patrimônio cultural.
III. Processo educativo que utiliza instrumentos específicos para o cumprimento de seus objetivos, como o Inventário Participativo, e outros que se apresentem adequados ao objeto.
Está correto o que se afirma em
GAB: Uma das suas preocupações no livro Segredos Internos, foi a demografia da escravatura, apesar de não se ter fechado numa perspectiva quantitativa. Teve a preocupação de abordar a escravatura a partir de outros pontos de vista. Parece-me que um dos ângulos de análise mais em falta hoje em dia no estudo da escravatura e do tráfico de escravos é a sua dimensão mais humana. Como lhe parece que poderá ser concretizada essa abordagem?
SBS: Esse é um dos problemas com que o historiador se confronta permanentemente. É que os documentos não estão escritos para os nossos fins, eram escritos para outros fins. Os registos paroquiais, por exemplo, são muito interessantes para os historiadores que fazem história social, mas os padres que produziam esses registos tinham interesses completamente diferentes. Então, temos que os ler com muito cuidado e um pouco de criatividade. No meu livro sobre os engenhos na Bahia, os registos paroquiais eram importantíssimos. Fiz um estudo também sobre alforria e sobre compadrio, por exemplo, com material muito interessante. O baptismo de um novo membro da Igreja é um ato católico essencial, mas olhando para este ato com uma determinada lente, vemos que os registos de baptismo, documentos produzidos para os fins da Igreja na época colonial, produzem muita informação social, demográfica e étnica. Acho que a leitura dos documentos depende da habilidade do historiador, da sua imaginação, mais do que do próprio conteúdo do documento. O documento não diz nada por si mesmo, é a pergunta que levamos ao documento que produz a informação que procuramos no documento, é a pergunta do historiador que faz o documento falar. A grande chave do sucesso do historiador é a sua imaginação e criatividade.
Fonte: Borges, Graça Almeida. O historiador como língua do passado. Entrevista a Stuart B. Schwartz, Ler História, n. 70, 2017, pp. 199-215.
Com base na entrevista, assinale a afirmativa que descreve corretamente as possibilidades do uso de fontes para revelar as dimensões humanas do tema da escravidão no Brasil.
Fonte: Bloch, Agata. Livres e Escravizados. As vozes dos subalternos na História do Império Colonial Português na perspectiva de redes, Varsóvia: Museu da História do Movimento Popular Polonês, 2022, p. 13.
A respeito da perspectiva de rede, assinale a afirmativa que apresenta corretamente como eles representam uma renovação teórico-metodológica para a História.
A respeito dessa iniciativa, assinale a afirmativa que descreve corretamente seu valor relacionado à narrativa e representação do passado.