Questões de Concurso
Comentadas para maqueiro
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INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e responda às questões de 07 a 09.
Ande como alguém feliz para ser feliz, afirma estudo
1 Uma pesquisa publicada em uma revista internacional sobre Comportamento e Psiquiatria
afirma que para se sentir feliz, basta caminhar como uma pessoa alegre. Durante o experimento, uma
série de pessoas foi testada para saber se estufar o peito e balançar os braços realmente traz mais
felicidade do que passos pesados e olhares cabisbaixos.
5 No estudo, o grupo teve de caminhar durante 15 minutos em uma esteira enquanto alguns
fatores eram analisados. Os participantes foram acompanhados por câmeras com sensores de
movimento. Na frente da esteira, uma tela mostrava as ações de um medidor – que pendia à
esquerda quando caminhavam “deprimidos” e à direita quando “felizes”.
À medida que os minutos iam passando, a equipe de pesquisadores pedia para que as pessoas
10 tentassem jogar o medidor para a esquerda ou para a direita. Só que antes de começarem o teste
físico, os convidados tiveram que ler uma lista de palavras positivas e negativas.
Depois da caminhada, os participantes tiveram que escrever as palavras que lembravam. O
resultado mostrou que quem caminhava de maneira mais triste (seguindo a lógica de outro estudo)
conseguiu lembrar mais palavras tristes; e aqueles que andaram felizes se lembraram de mais
15 palavras positivas.
Para os pesquisadores, essa lógica está alinhada a de outros trabalhos publicados sobre o
tema. Segundo tais pesquisas, andar como um líder pode aumentar as chances de se tornar um; e
segurar uma caneta com os lábios pode aumentar a vontade de sorrir. Então não custa nada andar
mais “animado” por aí. Vai que contagia.
(Adaptado a partir de htttp://revistagalileu.globo.com/. Acesso em abril de 2017.)
A regra de concordância presente no trecho uma série de pessoas foi testada é a mesma em
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e responda às questões de 07 a 09.
Ande como alguém feliz para ser feliz, afirma estudo
1 Uma pesquisa publicada em uma revista internacional sobre Comportamento e Psiquiatria
afirma que para se sentir feliz, basta caminhar como uma pessoa alegre. Durante o experimento, uma
série de pessoas foi testada para saber se estufar o peito e balançar os braços realmente traz mais
felicidade do que passos pesados e olhares cabisbaixos.
5 No estudo, o grupo teve de caminhar durante 15 minutos em uma esteira enquanto alguns
fatores eram analisados. Os participantes foram acompanhados por câmeras com sensores de
movimento. Na frente da esteira, uma tela mostrava as ações de um medidor – que pendia à
esquerda quando caminhavam “deprimidos” e à direita quando “felizes”.
À medida que os minutos iam passando, a equipe de pesquisadores pedia para que as pessoas
10 tentassem jogar o medidor para a esquerda ou para a direita. Só que antes de começarem o teste
físico, os convidados tiveram que ler uma lista de palavras positivas e negativas.
Depois da caminhada, os participantes tiveram que escrever as palavras que lembravam. O
resultado mostrou que quem caminhava de maneira mais triste (seguindo a lógica de outro estudo)
conseguiu lembrar mais palavras tristes; e aqueles que andaram felizes se lembraram de mais
15 palavras positivas.
Para os pesquisadores, essa lógica está alinhada a de outros trabalhos publicados sobre o
tema. Segundo tais pesquisas, andar como um líder pode aumentar as chances de se tornar um; e
segurar uma caneta com os lábios pode aumentar a vontade de sorrir. Então não custa nada andar
mais “animado” por aí. Vai que contagia.
(Adaptado a partir de htttp://revistagalileu.globo.com/. Acesso em abril de 2017.)
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e responda às questões de 01 a 05.
A bolha
1 Ninguém mais conversa no metrô. Ninguém mais paquera. Ninguém mais olha o vazio, o mapa
das linhas, os anúncios, as luzes passando em sentido contrário, a própria imagem refletida nas janelas,
quem entra, quem sai, quem veste o que, quem está bem, quem está feliz, quem chora, quem dorme,
quem está por um fio, quem se dirige a uma manifestação de protesto, ou de apoio, quem defende o
5 que, gosta de qual banda, quem parte para um encontro secreto, ou acaba de ser beijada, por alguém
que sempre quis, e que nunca tomou a iniciativa, quem acaba de se apaixonar, ou descobre que o amor
acabou, quem espera gêmeos, está exultante e nem consegue mais dormir, quem acaba de conseguir
um emprego, quem não desce em nenhuma estação, e quer apenas um ar-condicionado no talo no
verão impiedoso, ou fugir da chuva, ou dar um tempo, viver sem sentir a vida, percorrer túneis
10 subterrâneos de uma grande metrópole, em que, apesar da multidão, se sente sozinho.
Ninguém troca ideias, opiniões divergentes, ninguém debate, é convencido de algo, muda de
opinião. A bolha que nos cerca nos protege. É como um escudo contra o que nos agride. A cidade nos
agride. O ódio nos agride. Todos nela nos agridem. Suas vozes incomodam.
Preferimos a música preferida da lista previamente selecionada que sai dos meus fones de
15 ouvido conectados por um cabo ao meu universo pessoal, em que sou Deus, em que decido o que ler e
ouvir, o que ver e curtir, o que assistir e ignorar, graças à opção “bloqueio”, à opção “excluir”, à opção
“apagar perfil”, “colocar em modo avião”, “não receber notificações”.
Há uns anos, não pegava celular no metrô. Os passageiros conversavam, paqueravam, miravam o
vazio, redescobriam estações no mapa das linhas, checavam os cabelos na imagem refletida, quem
20 entrava, saía, vestia o que, (…) quem estava bem, feliz, chorava, dormia, quem, pelo perfume, banho
tomado, roupa bonita, estava a caminho de um encontro secreto, fora beijada, por alguém
surpreendente, inexplicável, paixão que nasceu do fundo da alma, quem descobriu que não ama mais,
descobriu que estava grávida e não consegue mais dormir, tensa, quem acabou de perder um emprego,
a estação, o sentido de viver, porque se sente sozinho, apesar da multidão nas estações.
25 Trocavam-se ideias, opiniões, debatia-se, mudavam as convicções de alguém, apresentavam
outros pontos de vista, experiências e erros da história que se repetem. A bolha é nosso mundo agora. E
o que tem de tão urgente nos celulares, que não era na década anterior? O que é inadiável? A bolha em
si, e nela que se quer estar: protegido e isolado. O mundo é muito louco, tem muito louco por aí. E boa
parte, quando chega à sua estação, continua nela, caminha olhando ou falando para seu universo
30 pessoal. Haverá um dia em que as pessoas voltarão a interagir? O mundo corre perigo. (…)
Marcelo Rubens Paiva
(Adaptado a partir de: http://cultura.estadao.com.br/. Acesso em abril de 2017.)
Há uns anos, não pegava celular no metrô, o sentido do verbo pegar, nesse contexto, é o mesmo em
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e responda às questões de 01 a 05.
A bolha
1 Ninguém mais conversa no metrô. Ninguém mais paquera. Ninguém mais olha o vazio, o mapa
das linhas, os anúncios, as luzes passando em sentido contrário, a própria imagem refletida nas janelas,
quem entra, quem sai, quem veste o que, quem está bem, quem está feliz, quem chora, quem dorme,
quem está por um fio, quem se dirige a uma manifestação de protesto, ou de apoio, quem defende o
5 que, gosta de qual banda, quem parte para um encontro secreto, ou acaba de ser beijada, por alguém
que sempre quis, e que nunca tomou a iniciativa, quem acaba de se apaixonar, ou descobre que o amor
acabou, quem espera gêmeos, está exultante e nem consegue mais dormir, quem acaba de conseguir
um emprego, quem não desce em nenhuma estação, e quer apenas um ar-condicionado no talo no
verão impiedoso, ou fugir da chuva, ou dar um tempo, viver sem sentir a vida, percorrer túneis
10 subterrâneos de uma grande metrópole, em que, apesar da multidão, se sente sozinho.
Ninguém troca ideias, opiniões divergentes, ninguém debate, é convencido de algo, muda de
opinião. A bolha que nos cerca nos protege. É como um escudo contra o que nos agride. A cidade nos
agride. O ódio nos agride. Todos nela nos agridem. Suas vozes incomodam.
Preferimos a música preferida da lista previamente selecionada que sai dos meus fones de
15 ouvido conectados por um cabo ao meu universo pessoal, em que sou Deus, em que decido o que ler e
ouvir, o que ver e curtir, o que assistir e ignorar, graças à opção “bloqueio”, à opção “excluir”, à opção
“apagar perfil”, “colocar em modo avião”, “não receber notificações”.
Há uns anos, não pegava celular no metrô. Os passageiros conversavam, paqueravam, miravam o
vazio, redescobriam estações no mapa das linhas, checavam os cabelos na imagem refletida, quem
20 entrava, saía, vestia o que, (…) quem estava bem, feliz, chorava, dormia, quem, pelo perfume, banho
tomado, roupa bonita, estava a caminho de um encontro secreto, fora beijada, por alguém
surpreendente, inexplicável, paixão que nasceu do fundo da alma, quem descobriu que não ama mais,
descobriu que estava grávida e não consegue mais dormir, tensa, quem acabou de perder um emprego,
a estação, o sentido de viver, porque se sente sozinho, apesar da multidão nas estações.
25 Trocavam-se ideias, opiniões, debatia-se, mudavam as convicções de alguém, apresentavam
outros pontos de vista, experiências e erros da história que se repetem. A bolha é nosso mundo agora. E
o que tem de tão urgente nos celulares, que não era na década anterior? O que é inadiável? A bolha em
si, e nela que se quer estar: protegido e isolado. O mundo é muito louco, tem muito louco por aí. E boa
parte, quando chega à sua estação, continua nela, caminha olhando ou falando para seu universo
30 pessoal. Haverá um dia em que as pessoas voltarão a interagir? O mundo corre perigo. (…)
Marcelo Rubens Paiva
(Adaptado a partir de: http://cultura.estadao.com.br/. Acesso em abril de 2017.)
As expressões grifadas em Ninguém mais olha o vazio (linha 1) e quem está por um fio (linha 4) trazem, respectivamente, implícito sentido de
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto e responda às questões de 01 a 05.
A bolha
1 Ninguém mais conversa no metrô. Ninguém mais paquera. Ninguém mais olha o vazio, o mapa
das linhas, os anúncios, as luzes passando em sentido contrário, a própria imagem refletida nas janelas,
quem entra, quem sai, quem veste o que, quem está bem, quem está feliz, quem chora, quem dorme,
quem está por um fio, quem se dirige a uma manifestação de protesto, ou de apoio, quem defende o
5 que, gosta de qual banda, quem parte para um encontro secreto, ou acaba de ser beijada, por alguém
que sempre quis, e que nunca tomou a iniciativa, quem acaba de se apaixonar, ou descobre que o amor
acabou, quem espera gêmeos, está exultante e nem consegue mais dormir, quem acaba de conseguir
um emprego, quem não desce em nenhuma estação, e quer apenas um ar-condicionado no talo no
verão impiedoso, ou fugir da chuva, ou dar um tempo, viver sem sentir a vida, percorrer túneis
10 subterrâneos de uma grande metrópole, em que, apesar da multidão, se sente sozinho.
Ninguém troca ideias, opiniões divergentes, ninguém debate, é convencido de algo, muda de
opinião. A bolha que nos cerca nos protege. É como um escudo contra o que nos agride. A cidade nos
agride. O ódio nos agride. Todos nela nos agridem. Suas vozes incomodam.
Preferimos a música preferida da lista previamente selecionada que sai dos meus fones de
15 ouvido conectados por um cabo ao meu universo pessoal, em que sou Deus, em que decido o que ler e
ouvir, o que ver e curtir, o que assistir e ignorar, graças à opção “bloqueio”, à opção “excluir”, à opção
“apagar perfil”, “colocar em modo avião”, “não receber notificações”.
Há uns anos, não pegava celular no metrô. Os passageiros conversavam, paqueravam, miravam o
vazio, redescobriam estações no mapa das linhas, checavam os cabelos na imagem refletida, quem
20 entrava, saía, vestia o que, (…) quem estava bem, feliz, chorava, dormia, quem, pelo perfume, banho
tomado, roupa bonita, estava a caminho de um encontro secreto, fora beijada, por alguém
surpreendente, inexplicável, paixão que nasceu do fundo da alma, quem descobriu que não ama mais,
descobriu que estava grávida e não consegue mais dormir, tensa, quem acabou de perder um emprego,
a estação, o sentido de viver, porque se sente sozinho, apesar da multidão nas estações.
25 Trocavam-se ideias, opiniões, debatia-se, mudavam as convicções de alguém, apresentavam
outros pontos de vista, experiências e erros da história que se repetem. A bolha é nosso mundo agora. E
o que tem de tão urgente nos celulares, que não era na década anterior? O que é inadiável? A bolha em
si, e nela que se quer estar: protegido e isolado. O mundo é muito louco, tem muito louco por aí. E boa
parte, quando chega à sua estação, continua nela, caminha olhando ou falando para seu universo
30 pessoal. Haverá um dia em que as pessoas voltarão a interagir? O mundo corre perigo. (…)
Marcelo Rubens Paiva
(Adaptado a partir de: http://cultura.estadao.com.br/. Acesso em abril de 2017.)