Questões de Concurso Comentadas para agente de segurança

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Q1041375 Matemática
Um serralheiro foi contratado para fazer a parte metálica do portão de uma chácara. Cabia a ele serrar e soldar barras de ferro, confeccionando a peça mostrada na figura abaixo, sem escala, onde BR é uma barra horizontal e as outras, AB, CD, EF, GH, IJ, KL, MN, OP e QR, são todas barras verticais. Essa peça, depois, receberia acabamento de outros materiais. Sabe-se que AB = QR = 1,6 m, IJ = 0,4 m e BR = 2,0 m. Sabe-se, também, que os espaçamentos entre as barras verticais deveriam ser iguais e que os pontos A, C, E, G e I, bem como os pontos I, K, M, O e Q, deveriam ser extremidades colineares (como indicam as linhas pontilhadas). Imagem associada para resolução da questão Fazendo seus cálculos, o serralheiro constatou que, para confeccionar a peça, seria necessário, em metros, um comprimento total de barras de ferro correspondente a:
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Q1041374 Raciocínio Lógico
Um importante indicador do conforto dos usuários de transporte coletivo é a densidade de ocupação dos veículos, expressa pelo número de passageiros que viajam em pé por metro quadrado. A figura ilustra um parâmetro de conforto e densidade. Imagem associada para resolução da questão Considere os vagões I e II, de duas composições de trem distintas, e considere, ainda, que o vagão I opere com densidade ACEITÁVEL de 5 passageiros em pé por metro quadrado e o vagão II, com densidade DESCONFORTÁVEL de 7 passageiros em pé por metro quadrado. Supondo que os dois vagões tenham a mesma área livre de 48 metros quadrados (onde ficam os passageiros em pé), e que cada vagão tenha também uma área com um determinado número de assentos individuais totalmente ocupados, para que o vagão I possa transportar, no total, mais passageiros que o vagão II, será necessário que a diferença entre o número de assentos no vagão I e no vagão II seja
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Q1041373 Matemática
Três urnas, A, B e C, contêm quantidades diferentes de bolas em seu interior. As urnas serão usadas para a realização de sorteios em um evento e, por conta de certas especificações, A e B deverão conter o mesmo número de bolas. A equipe que organiza o evento observou que 10% das bolas da urna B e algumas bolas da urna C terão de ser transferidas para a urna A, para que A e B fiquem com a mesma quantidade de bolas. Sabendo que após essa operação a urna A terá, no total, um acréscimo de 20% em sua quantidade inicial de bolas, é correto afirmar que, inicialmente, a urna A tem, em relação à urna B, uma quantidade de bolas inferior em
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Q1041369 Matemática
Dois nadadores treinam em uma mesma piscina, de 40 metros de extensão, a velocidades constantes. O nadador A percorre 100 metros a cada 1 minuto e o nadador B percorre 80 metros a cada 1 minuto. Considerando-se que ambos iniciam o treino, ao mesmo tempo, a partir da margem esquerda da piscina e que nadam em raias paralelas, é possível afirmar que vão se encontrar novamente na margem esquerda da piscina quando o nadador A tiver percorrido, em metros, a distância de:
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Q1041366 Raciocínio Lógico
O inspetor de uma escola percebeu uma porta quebrada e identificou, pelas imagens do sistema de segurança, que foi pelo menos um dentre 4 alunos o responsável pelo dano. Ele sabe que: − se Gustavo não teve participação, então Henrique teve; − entre Henrique e Igor, exatamente um teve participação; − João teve participação se, e somente se, Igor teve participação. Para não prejudicar seus amigos, João, falando a verdade, assumiu ter participação, o que permite concluir que todos os responsáveis pelo dano foram
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Q1041365 Matemática
Um encontro foi realizado com 104 ilustradores. Dentre esses ilustradores, 47 também são compositores e 22 também são escritores. Sabendo que 55 ilustradores não são nem compositores nem escritores, o número de pessoas nesse encontro que trabalham nas três atividades é:
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Q1041363 Raciocínio Lógico
Dada a proposição: “Nunca me canso e pratico esportes diariamente”, sua NEGAÇÃO LÓGICA é:
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Q1041359 Matemática
Adriana fez uma consultoria em uma empresa que pagou R$ 150,00 por hora de trabalho e recebeu um total de R$ 800,00, proporcionais ao tempo de trabalho. Em outra empresa, Adriana trabalhou um total de 10 horas e 40 minutos e recebeu R$ 1.200,00, também proporcionais às horas de trabalho. Se nessa segunda empresa ela tivesse trabalhado o mesmo tempo que trabalhou na primeira empresa, o valor recebido seria de:
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Q1041357 Matemática
Os irmãos Alberto e Humberto levaram uma mesma quantia em dinheiro para uma viagem. A cada dia Humberto gastou o dobro do que gastou seu irmão, de maneira que, após 20 dias, Alberto ainda tinha R$ 820,00 e, após 21 dias, Humberto ainda tinha R$ 160,00. O valor que cada um desses irmãos levou para a viagem foi:
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Q1041354 Português
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Somos animais sociais. Em estado selvagem, só conseguimos sobreviver se estivermos em grupo. Por isso, nossos antepassados hominídeos desenvolveram um profundo senso de comunidade, que está impresso em nosso DNA. “A evolução selecionou genes que favoreciam o prazer da companhia e produziam inquietude quando se estava sozinho”, afirma um neurocientista da Universidade de Chicago. Tanto que, até a Idade Média, as salas das casas eram usadas para tudo: cozinhar, comer, receber convidados, fazer negócios e, à noite, dormir. Mas a Revolução Industrial mudou tudo. “A casa se transformou num refúgio da individualidade”, diz José Machado Pais, da Universidade de Lisboa. Isso pode ser notado no próprio nome que damos ao tipo mais comum de residência encontrado nas grandes cidades modernas: “apartamento”, que significa “separação”.

(Adaptado de: GARATTONI, B. e LACERDA, R. Revista Superinteressante. Edição 407, setembro de 2019) 
Está correta a redação do seguinte comentário:
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Q1041353 Português
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Somos animais sociais. Em estado selvagem, só conseguimos sobreviver se estivermos em grupo. Por isso, nossos antepassados hominídeos desenvolveram um profundo senso de comunidade, que está impresso em nosso DNA. “A evolução selecionou genes que favoreciam o prazer da companhia e produziam inquietude quando se estava sozinho”, afirma um neurocientista da Universidade de Chicago. Tanto que, até a Idade Média, as salas das casas eram usadas para tudo: cozinhar, comer, receber convidados, fazer negócios e, à noite, dormir. Mas a Revolução Industrial mudou tudo. “A casa se transformou num refúgio da individualidade”, diz José Machado Pais, da Universidade de Lisboa. Isso pode ser notado no próprio nome que damos ao tipo mais comum de residência encontrado nas grandes cidades modernas: “apartamento”, que significa “separação”.

(Adaptado de: GARATTONI, B. e LACERDA, R. Revista Superinteressante. Edição 407, setembro de 2019) 
O segmento Por isso, nossos antepassados hominídeos desenvolveram um profundo senso de comunidade indica, no contexto, noção de 
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Q1041352 Português
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Somos animais sociais. Em estado selvagem, só conseguimos sobreviver se estivermos em grupo. Por isso, nossos antepassados hominídeos desenvolveram um profundo senso de comunidade, que está impresso em nosso DNA. “A evolução selecionou genes que favoreciam o prazer da companhia e produziam inquietude quando se estava sozinho”, afirma um neurocientista da Universidade de Chicago. Tanto que, até a Idade Média, as salas das casas eram usadas para tudo: cozinhar, comer, receber convidados, fazer negócios e, à noite, dormir. Mas a Revolução Industrial mudou tudo. “A casa se transformou num refúgio da individualidade”, diz José Machado Pais, da Universidade de Lisboa. Isso pode ser notado no próprio nome que damos ao tipo mais comum de residência encontrado nas grandes cidades modernas: “apartamento”, que significa “separação”.

(Adaptado de: GARATTONI, B. e LACERDA, R. Revista Superinteressante. Edição 407, setembro de 2019) 
O autor
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Q1041351 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

Quem fala português não se limita a comer, a gente também gosta de falar sobre comida. Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma. A língua portuguesa tem um valor nutritivo que as outras não têm. Creio que é possível engordar a falar de comida em português. Vai uma linguicinha? E se amanhã fizéssemos um costelão? Boa sorte a traduzir estas perguntas para inglês, francês ou alemão.
Eles sabem (vagamente) o que é linguiça e costela. Mas nunca hão de saber o que é uma linguicinha e um costelão. Sem esses nomes, o sabor é diferente. Já tenho tomado refeições com gente que fala outras línguas e nunca vi nada parecido. Numa mesa de falantes de português, come-se, recordam-se refeições passadas e projetam-se refeições futuras. Falantes de português, depois de terem comido uma feijoada, recordam uma moqueca capixaba que comeram em 1987 e planejam o acarajé que vão fazer para o jantar do dia seguinte. A gente ama através da comida — e é um amor bruto, que é o único amor que vale a pena. Dizemos coisas que, apesar de carinhosas, estão bastante próximas do universo do crime. Por exemplo: “Você não sai daqui sem provar este vatapá”. Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura.

(Adaptado de: PEREIRA, Ricardo A. “Uma série de séries”. 08/09/19. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura. (final do texto)
As frases acima articulam-se em um único período, sem prejuízo do sentido, em:
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Q1041350 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

Quem fala português não se limita a comer, a gente também gosta de falar sobre comida. Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma. A língua portuguesa tem um valor nutritivo que as outras não têm. Creio que é possível engordar a falar de comida em português. Vai uma linguicinha? E se amanhã fizéssemos um costelão? Boa sorte a traduzir estas perguntas para inglês, francês ou alemão.
Eles sabem (vagamente) o que é linguiça e costela. Mas nunca hão de saber o que é uma linguicinha e um costelão. Sem esses nomes, o sabor é diferente. Já tenho tomado refeições com gente que fala outras línguas e nunca vi nada parecido. Numa mesa de falantes de português, come-se, recordam-se refeições passadas e projetam-se refeições futuras. Falantes de português, depois de terem comido uma feijoada, recordam uma moqueca capixaba que comeram em 1987 e planejam o acarajé que vão fazer para o jantar do dia seguinte. A gente ama através da comida — e é um amor bruto, que é o único amor que vale a pena. Dizemos coisas que, apesar de carinhosas, estão bastante próximas do universo do crime. Por exemplo: “Você não sai daqui sem provar este vatapá”. Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura.

(Adaptado de: PEREIRA, Ricardo A. “Uma série de séries”. 08/09/19. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
O termo “bruto” (2º parágrafo) pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:
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Q1041349 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

Quem fala português não se limita a comer, a gente também gosta de falar sobre comida. Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma. A língua portuguesa tem um valor nutritivo que as outras não têm. Creio que é possível engordar a falar de comida em português. Vai uma linguicinha? E se amanhã fizéssemos um costelão? Boa sorte a traduzir estas perguntas para inglês, francês ou alemão.
Eles sabem (vagamente) o que é linguiça e costela. Mas nunca hão de saber o que é uma linguicinha e um costelão. Sem esses nomes, o sabor é diferente. Já tenho tomado refeições com gente que fala outras línguas e nunca vi nada parecido. Numa mesa de falantes de português, come-se, recordam-se refeições passadas e projetam-se refeições futuras. Falantes de português, depois de terem comido uma feijoada, recordam uma moqueca capixaba que comeram em 1987 e planejam o acarajé que vão fazer para o jantar do dia seguinte. A gente ama através da comida — e é um amor bruto, que é o único amor que vale a pena. Dizemos coisas que, apesar de carinhosas, estão bastante próximas do universo do crime. Por exemplo: “Você não sai daqui sem provar este vatapá”. Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura.

(Adaptado de: PEREIRA, Ricardo A. “Uma série de séries”. 08/09/19. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Na frase Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma (1º parágrafo), o autor refere-se a
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Q1041348 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo.

Quem fala português não se limita a comer, a gente também gosta de falar sobre comida. Sendo duas coisas diferentes, na verdade são a mesma. A língua portuguesa tem um valor nutritivo que as outras não têm. Creio que é possível engordar a falar de comida em português. Vai uma linguicinha? E se amanhã fizéssemos um costelão? Boa sorte a traduzir estas perguntas para inglês, francês ou alemão.
Eles sabem (vagamente) o que é linguiça e costela. Mas nunca hão de saber o que é uma linguicinha e um costelão. Sem esses nomes, o sabor é diferente. Já tenho tomado refeições com gente que fala outras línguas e nunca vi nada parecido. Numa mesa de falantes de português, come-se, recordam-se refeições passadas e projetam-se refeições futuras. Falantes de português, depois de terem comido uma feijoada, recordam uma moqueca capixaba que comeram em 1987 e planejam o acarajé que vão fazer para o jantar do dia seguinte. A gente ama através da comida — e é um amor bruto, que é o único amor que vale a pena. Dizemos coisas que, apesar de carinhosas, estão bastante próximas do universo do crime. Por exemplo: “Você não sai daqui sem provar este vatapá”. Isso é vocabulário de sequestrador. Contudo, é ternura.

(Adaptado de: PEREIRA, Ricardo A. “Uma série de séries”. 08/09/19. Disponível em: www1.folha.uol.com.br)
Atente para as afirmações abaixo.
I. Falantes de línguas estrangeiras prescindem de vocabulário apurado para descrever pratos da cozinha brasileira, como moqueca e vatapá. II. No português, a flexão em grau diminutivo e aumentativo do substantivo, como nos termos linguicinha e costelão, pode expressar afetividade. III. O vocabulário culinário da língua portuguesa, em oposição ao de línguas como o inglês, o francês e o alemão, permite que uma única palavra expresse dois sentidos diversos. IV. O autor ressalta que, mesmo quando à mesa, os falantes do português apreciam falar sobre comida.
Está correto o que se afirma APENAS em
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Q1041347 Português
Na palavra “amor I algo tão ambíguo, tão sugestivo, que tanto fala  II recordação e III esperança, que mesmo  IV mais fraca inteligência e o mais frio coração percebem algo do cintilar desse termo.
(Adaptado de: Friedrich Nietzsche. 100 aforismos sobre o amor e a morte. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p.23)
Em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas I, II, III e IV do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:
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Q1041346 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo. 

Nisto entrou o moleque trazendo o relógio com o vidro novo. Era tempo; já me custava estar ali; dei uma moedinha de prata ao moleque; disse a Marcela que voltaria noutra ocasião, e saí a passo largo. Para dizer tudo, devo confessar que o coração me batia um pouco; mas era uma espécie de dobre de finados. O espírito ia travado de impressões opostas. Notem que aquele dia amanhecera alegre para mim. Meu pai, ao almoço, repetiu-me, por antecipação, o primeiro discurso que eu tinha de proferir na Câmara dos Deputados; rimo-nos muito, e o sol também, que estava brilhante, como nos mais belos dias do mundo; do mesmo modo que Virgília devia rir, quando eu lhe contasse as nossas fantasias do almoço. Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... 
Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de S. Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos? Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava.
− João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda?
− Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro. 

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001, p. 135-136) 
O boleeiro atiçou as bestas (2º parágrafo).
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será:
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Q1041345 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo. 

Nisto entrou o moleque trazendo o relógio com o vidro novo. Era tempo; já me custava estar ali; dei uma moedinha de prata ao moleque; disse a Marcela que voltaria noutra ocasião, e saí a passo largo. Para dizer tudo, devo confessar que o coração me batia um pouco; mas era uma espécie de dobre de finados. O espírito ia travado de impressões opostas. Notem que aquele dia amanhecera alegre para mim. Meu pai, ao almoço, repetiu-me, por antecipação, o primeiro discurso que eu tinha de proferir na Câmara dos Deputados; rimo-nos muito, e o sol também, que estava brilhante, como nos mais belos dias do mundo; do mesmo modo que Virgília devia rir, quando eu lhe contasse as nossas fantasias do almoço. Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... 
Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de S. Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos? Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava.
− João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda?
− Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro. 

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001, p. 135-136) 
A forma verbal em negrito deve sua flexão ao termo sublinhado em:
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Q1041344 Português
Atenção: Para responder a questão, considere o texto abaixo. 

Nisto entrou o moleque trazendo o relógio com o vidro novo. Era tempo; já me custava estar ali; dei uma moedinha de prata ao moleque; disse a Marcela que voltaria noutra ocasião, e saí a passo largo. Para dizer tudo, devo confessar que o coração me batia um pouco; mas era uma espécie de dobre de finados. O espírito ia travado de impressões opostas. Notem que aquele dia amanhecera alegre para mim. Meu pai, ao almoço, repetiu-me, por antecipação, o primeiro discurso que eu tinha de proferir na Câmara dos Deputados; rimo-nos muito, e o sol também, que estava brilhante, como nos mais belos dias do mundo; do mesmo modo que Virgília devia rir, quando eu lhe contasse as nossas fantasias do almoço. Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... 
Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de S. Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos? Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava.
− João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda?
− Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro. 

(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2001, p. 135-136) 
O trecho e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa (2º parágrafo) pode ser reescrito, sem prejuízo para o seu sentido original, da seguinte forma:
Alternativas
Respostas
221: D
222: C
223: D
224: B
225: D
226: E
227: B
228: C
229: C
230: C
231: A
232: C
233: E
234: B
235: D
236: A
237: B
238: D
239: B
240: A