Questões de Concurso
Comentadas para médico em radiologia e diagnóstico por imagem
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Hemangiomas gigantes apresentam-se como massas heterogêneas, muitas vezes contendo cicatriz central sem realce, decorrente de trombose intralesional.
Em ressonância magnética sem administração de meio de contraste exógeno, o emprego de sequências com tempo de eco (TE) muito longo é útil para a caracterização de nódulos hepáticos, pois apenas as lesões benignas mais comuns — cistos simples e hemangiomas — têm T2 longo suficientemente para exibirem sinal hiperintenso nessas sequências, permitindo discriminá-las de outras lesões.
Hemangioma cavernoso, o tumor hepático benigno mais comum, apresenta padrão hemodinâmico típico, caracterizado por realce periférico descontínuo na fase arterial com progressão centrípeta nas fases tardias.
Cistos hepáticos complicados com hemorragia usualmente exibem realce parietal à tomografia computadorizada e à ressonância magnética.
A presença de gordura macroscópica, caracterizada por atenuação inferior a -30 UH à tomografia computadorizada e por baixo sinal em sequências ponderadas em TI com supressão espectral do sinal de gordura à ressonância magnética, é o sinal mais específico, embora pouco sensível, para adenomas adrenais típicos.
Feocromocitomas tipicamente exibem sinal reduzido em sequências ponderadas em T2.
À ressonância magnética, os adenomas adrenais típicos caracterizam-se por queda do sinal nas sequências em que a água e a gordura precessam em fase.
Na síndrome de Conn (hiperaldosteronismo primário) decorrente de adenoma adrenal, observa-se atrofia do restante da glândula adrenal comprometida e da glândula adrenal contralateral.
O padrão de depuração do meio de contraste iodado dos adenomas ricos e pobres em lipídios é similar à tomografia computadorizada.
Adenomas adrenais típicos (ricos em lipídios) caracteristicamente exibem atenuação inferior a 10 UH, o que permite usar esse valor como ponto de corte para o diagnóstico dessa condição com elevada especificidade (cerca de 2% de resultados falso-positivos).
No câncer esofágico, o principal papel da tomografia computadorizada quanto ao estadiamento T é a exclusão de doença T4. Nesse contexto, aquisição de imagens em decúbito ventral pode ser útil para melhor definir a relação da lesão com a aorta e com os planos pré-vertebrais.
Na avaliação por tomografia computadorizada de massa no mediastino médio, a presença de atenuação central superior a 40 UH na fase pré-contraste afasta a possibilidade de cisto congênito.
No adulto, a neoplasia primária do compartimento mediastinal anterior mais frequente é o timoma.
Massa mediastinal anterior com áreas de atenuação de -80 UH geralmente corresponde, na infância, a tumor de células germinativas.
A causa mais frequente de massa mediastinal anterior na infância é o linfoma, sendo a doença de Hodgkin três a quatro vezes mais comum que os linfomas não Hodgkin.
Sob condições de estresse, tais como quimioterapia, radioterapia ou corticoterapia, o timo pode responder sofrendo atrofia. O fenômeno denominado hiperplasia de rebote se refere ao crescimento tímico além do tamanho original durante a fase de recuperação do estresse e não deve ser confundido com infiltração neoplásica.
Lesão cavitária com sinal do crescente aéreo em paciente neutropênico febril deve corresponder a aspergilose saprofítica.
Embora a presença de gordura em nódulo pulmonar solitário seja altamente sugestiva de natureza benigna, algumas lesões malignas podem conter gordura, como metástases de lipossarcoma ou de carcinoma de células renais.
Calcificação central em nódulo pulmonar solitário constitui indicador seguro de processo benigno, ainda que o nódulo tenha contorno espiculado.
Segundo diretrizes recentes, um nódulo solitário não sólido de 15 mm e persistente por seis meses deve ser ressecado, mesmo que não cresça nesse período de intervalo, sem necessidade de investigação suplementar com PET-CT ou biópsia.