Questões de Concurso
Comentadas para produtor cultural
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I. Convergência de públicos: para que uma ação seja efetiva, é fundamental que o público do projeto seja coincidente com o público-alvo da empresa patrocinadora. II. Exclusividade por nicho de mercado: o fechamento de uma cota de patrocínio com determinada empresa exclui a possibilidade de negociação de parcerias com seus concorrentes em um mesmo projeto. As exceções a essa regra são raras e pressupõem a concordância prévia de todas as partes envolvidas. III. Flexibilidade: o estabelecimento de uma relação sólida, no campo do marketing cultural, requer flexibilidade de ambos os lados. É preciso tentar compreender as necessidades do parceiro e, na medida do possível, buscar supri-las. As duas partes também devem colocar-se disponíveis para prestar auxílio mútuo, sempre que necessário. IV. Sutileza: é imprescindível que as ações de marketing cultural sejam pautadas pela sutileza. Logomarcas ostensivas ou aplicadas diretamente no palco do evento, excesso de citações do patrocinador ou aplicações pesadas de merchandising podem soar como agressão ao público e provocar efeito contrário ao desejado pelo patrocínio. V. Respeito ao artista e à sua obra: patrocínio é uma relação de parceria, e não de submissão. As empresas patrocinadoras não devem avançar no campo da criação artística, interferindo no conceito e ideologia de qualquer espécie.
verifica-se que estão corretas
Com base nas teorias de comportamento do consumidor, diversos autores destacam uma série de benefícios de marketing do patrocínio [...] obtidos por patrocinadores corporativos.
ALLEN, Johnny et al. Organização e gestão de eventos. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. p. 129.
Levando em consideração o marketing cultural para obtenção de patrocínios para as ações de cultura, é correto
Neste início do século XXI, as preocupações e discursos sobre cultura referem-se às questões de identidade, sexo, subjetividade, sujeito e estrutura, transformações sociais, consequências dos impactos da tecnologia, conhecimento e inovação, entre outros aspectos que levam a diferentes análises e concepções. [...] Mas, para entender os estudos atuais sobre o tema, é preciso conhecer o processo e o caminho trilhado até aqui.
MARCHIORI, Marlene. Cultura e comunicação organizacional: um olhar estratégico sobre a organização. 2. ed. São Caetano/SP: Difusão Editora, 2008. p. 63-63.
Sobre a evolução do conceito de cultura, é correto afirmar:
Dadas as afirmativas sobre conceitos de marketing cultural e ações correlatas,
I. O marketing cultural vem ganhando força no meio empresarial porque apresenta soluções relativamente baratas a três novas exigências do mercado: necessidade de diferenciação das marcas; diversificação do mix de comunicação das empresas para melhor atingir seu público; e necessidade das empresas se posicionarem como socialmente responsáveis.
II. A partir do momento em que uma empresa empreende uma ação de marketing usando como ferramenta a cultura, está fazendo marketing cultural. Nem sempre o patrocínio vem em forma de dinheiro vivo – pode ser uma permuta por passagens áreas, estada ou refeições. Importante é que a ação de marketing deve encaixar-se perfeitamente ao perfil da empresa, ao público alvo e ao objetivo buscado.
III. Inicialmente, as empresas começaram a investir em marketing cultural porque, devido às leis de incentivo, financeiramente era um bom negócio. Depois, elas compreenderam que essas ações de marketing solidificavam a imagem institucional da empresa e davam visibilidade para a marca. Desse modo, o investimento em cultura pode ser visto como uma oportunidade para as empresas participarem do processo de incremento e manutenção dos valores culturais da sociedade e, principalmente, a possibilidade de construir uma imagem forte e bem posicionada para o consumidor, garantindo a curto, médio e longo prazo sua perpetuação.
IV. Apesar de uma determinada empresa patrocinar um projeto cultural, nem sempre ela busca algum tipo de retorno. Por isso, expor o projeto na mídia não é, na verdade, algo importante.
verifica-se que está(ão) correta(s)
Mundo de mentira
Paulo Pestana
Tem muita gente que implica com mentira, esquecendo-se de que as melhores histórias do mundo nascem delas: algumas cabeludas, outras mais inocentes, sempre invenções da mente, fruto da criatividade — ou do aperto, dependendo da situação.
Ademais, se fosse tão ruim estaria na lista das pedras que Moisés recebeu aos pés do monte Sinai, entre as 10 coisas mais feias da humanidade, todas proibidas e que levam ao inferno; ficou de fora.
A mentira não está nem entre os pecados capitais, que aliás eram ofensas bem antes de Cristo nascer, formando um rol de virtudes avessas, para controlar os instintos básicos da patuleia. Eram leis. E é preciso lembrar também que ninguém colocou a mentira entre os pecados veniais; talvez, seja por isso que o mundo minta tanto, hoje em dia.
E tudo nasceu na forma mais poética possível, com os mitos — e não vamos falar de presidentes aqui — às lendas, narrativas fantásticas que serviam para educar ou entreter. Entre tantas notícias falsas, há muitas lendas que, inclusive, explicam por que fazemos tanta festa para o ano que começa.
Os japoneses, por exemplo, contam que um velhinho, na véspera do ano-novo, não conseguiu vender os chapéus que fabricava e colocou-os na cabeça de seis estátuas de pedra; chegou em casa coberto de neve e sem um tostão. No dia seguinte, recebeu comida farta e dinheiro das próprias estátuas, para mostrar que a bondade é sempre reconhecida e recompensada.
Os brasileiros vestem roupas brancas na passagem do ano, mas poucos sabem que esta é uma tradição recente, de pouco mais de 50 anos, e que veio do candomblé, mais precisamente da cultura yorubá, com os irúnmolés’s funfun — as divindades do branco. E atenção: para eles, o regente de 2019 é Ogum, o guerreiro, orixá associado às forças armadas, ao mesmo tempo impiedoso, impaciente e amável. Ogunhê!
Mas na minha profunda ignorância eu não conhecia a lenda da Noite de São Silvestre, que marca a passagem do ano. E assim foi-me contada pelo Doutor João, culto advogado, entre suaves goles de vinho — um Quinta do Crasto Douro (sorry, periferia, diria o Ibrahim Sued).
Disse-me ele: ao ver a Virgem Maria desolada contemplando o Oceano Atlântico, São Silvestre se aproximou para consolá-la, quando ela disse que estava com saudades da Atlântida, o reino submerso por Deus, em resposta aos desafios e à soberba de seu soberano e dos pecados de seu povo.
As lágrimas da Virgem Maria — transformadas em pérolas — caíram no oceano; e uma delas deu origem à Ilha da Madeira — chamada Pérola do Atlântico, na modesta visão dos locais — ao mesmo tempo em que surgiram misteriosas luzes no céu, que se repetiriam por anos a fio; e é por isso que festejamos a chegada do ano-novo com fogos de artifício.
Aliás, agora inventaram fogo de artifício sem barulho para não incomodar os cachorros. A próxima jogada politicamente correta será lançar fogos sem luz para não perturbar as corujas buraqueiras. E isso está longe de ser lenda: é só um mundo mais chato.
Disponível em: <http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/mais-lei-tor/2018/12/28/noticia-mais-leitor,160970/cronica-de-paulo-pestana>