Questões de Concurso
Comentadas para técnico de saúde bucal
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Analise a imagem a seguir.
Sobre a função e as estratégias empegadas por esse texto, analise as afirmativas a seguir.
I. A principal intenção do anúncio é alertar os destinatários da mensagem sobre os perigos da osteoporose.
II. Uma das estratégias desse anúncio é a utilização de elementos não verbais no convencimento do destinatário.
III. A simulação de quebra no outdoor intenciona simular a quebra dos ossos sofrida pelas pessoas que têm osteoporose, na tentativa de impressionar o destinatário.
IV. O anúncio traz informações sobre causas e sintomas da osteoporose.
É verdadeiro o que se afirma em
Analise a imagem a seguir.
Sobre o uso das vírgulas nessa frase, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
( ) As vírgulas separam o termo “juiz” como vocativo e indicam que é a ele que a frase se dirige.
( ) A vírgula após “juiz” não foi empregada de acordo com a norma-padrão, pois não se deve separar o sujeito do predicado.
( ) Se as duas vírgulas fossem retiradas da frase, seu sentido seria alterado.
( ) Se apenas a segunda vírgula fosse retirada da frase, ela permaneceria de acordo com a norma-padrão.
Assinale a sequência correta.
O celular e os adolescentes
Os efeitos – positivos ou deletérios – podem ter a ver
com o estrato social
Candice Odgers, professora de Psicologia na Universidade da Califórnia, publicou na revista Nature uma revisão das publicações sobre o impacto da tecnologia digital no comportamento dos adolescentes.
Nos últimos anos, tem ocorrido aumento da prevalência de transtornos mentais e de suicídios entre adolescentes, em vários países. Muitos estudiosos suspeitam que o mau uso da tecnologia digital esteja por trás desse fenômeno.
Os estudos, no entanto, revelam resultados conflitantes. O maior deles, conduzido em 2017 com mais de 120 mil adolescentes ingleses, não encontrou associação entre bem-estar mental e o uso moderado da tecnologia digital. Naqueles que fazem uso excessivo, foi possível demonstrar efeitos negativos, porém pequenos.
Uma metanálise de 36 trabalhos publicados entre 2002 e 2017 revelou que a comunicação digital potencializa demonstrações de afeto, compartilhamento de intimidades e facilita a marcação de encontros e de atividades conjuntas.
Os dados sugerem que o impacto comportamental causado pelo tempo dispendido online varia de acordo com o nível socioeconômico das crianças e adolescentes.
Adolescentes americanos de 13 a 18 anos de famílias com rendimentos anuais médios de 35 mil dólares passam quatro horas diárias vendo tevê ou vídeos na internet, o dobro do tempo de seus pares das famílias com renda anual média de 100 mil dólares.
Em 2014, uma pesquisa com 3,5 mil participantes de 9 a 16 anos residentes em sete países europeus mostrou que os pais das famílias com renda mais alta acompanhavam mais de perto as atividades online de seus filhos.
Numa pesquisa realizada na Carolina do Norte, o uso da tecnologia digital entre adolescentes de famílias de baixa renda resultou em maior probabilidade de envolvimento em agressões físicas e confrontos nas escolas do que naqueles das famílias mais abastadas.
Os que apresentam problemas comportamentais, como dificuldade de concentração nas aulas ou envolvimento em brigas, tendem a ter mais transtornos nos dias em que passam mais horas online.
Como regra geral, adolescentes que enfrentam dificuldades maiores na vida cotidiana são justamente os que correrão mais risco de experimentar os efeitos negativos do universo digital.
Por outro lado, estados mentais que predispõem a quadros de depressão, ansiedade e a tendências suicidas poderão ser identificados precocemente por meio de algoritmos que levem em conta o número de horas de sono e de outras variáveis selecionadas no Facebook e Twitter.
Assim identificados, os mais vulneráveis poderão receber em tempo intervenções e apoio psicológico, como ficou demonstrado numa metanálise publicada em 2016.
Os efeitos da tecnologia digital são deletérios para alguns, mas não para a maioria. O desafio é entender o impacto nas crianças e nos adolescentes de níveis culturais e socioeconômicos diversos, para torná-la segura e explorar ao máximo seu potencial educativo.
VARELLA, Drauzio. O celular e os adolescentes. In: Carta Capital. 01 abr. 2018. Disponível em: <https://www.cartacapital. com.br/revista/997/o-celular-e-os-adolescentes>. Acesso em: 26 nov. 2018.
Releia o trecho a seguir:
“Os estudos, no entanto, revelam resultados conflitantes.”
Entre os exemplos a seguir, assinale aquele em que a conjunção sublinhada realiza a mesma função que a conjunção destacada no trecho anterior.
As mortes violentas entre os jovens
As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos
países desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio.
O assassinato brutal de um garoto de 18 anos agora em setembro dentro do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, voltou a chamar a atenção para a principal causa de morte de homens jovens no Brasil de hoje: a violência.
Marlon Roldão Soares foi assassinado por dois jovens, que descarregaram ao menos 15 tiros na vítima. Ele se despedia de um amigo que iria viajar. O pai de Soares estava com ele. Dezenas de pessoas estavam no saguão do aeroporto no momento do crime. Até a quarta-feira, dia 21, não estava clara a causa do assassinato, que pelo padrão lembra uma execução. O jovem não tinha antecedentes criminais e não parecia ter relação com o tráfico. No entanto, o bairro em que residia, Vila Jardim, na Zona Norte da capital gaúcha, sofre com a disputa de duas facções criminosas rivais.
Esse conflito parece ter conexão com o ataque. Em um primeiro momento, a polícia trabalhava com a hipótese de um crime passional. O namoro de Soares com uma jovem de outra parte do bairro poderia ter gerado reação do grupo que “domina” a outra área. Outra possibilidade é o garoto ter sido morto por engano. O alvo seria o amigo que embarcava no aeroporto e que teria “desertado” de uma quadrilha de traficantes. O que aconteceu excepcionalmente dentro do saguão de um aeroporto é realidade cotidiana em áreas espalhadas pelo país, territórios com “donos” que não toleram a presença das autoridades. Criam verdadeiros bolsões em que a lei parece não ter vez.
Há uma banalização da violência entre os mais novos. A cena dos garotos saindo do aeroporto, rosto limpo, dando tiros para o alto, pegando “carona” em um carro que os aguardava, sem se preocupar se estavam sendo gravados, revela um desprezo com as autoridades
. As mortes de jovens por causas violentas no Brasil, na contramão do que se passa nos países desenvolvidos, superam as causadas por acidentes automobilísticos e suicídio. É o retrato de uma guerra urbana, que provoca a morte de dezenas de jovens, principalmente garotos, todo dia. As vítimas são majoritariamente pobres, negros e habitantes de periferias.
A sensação de impunidade, a impulsividade típica dessa fase da vida, a busca pela sensação de poder, a escola pouco atraente, o mercado de trabalho retraído, os empregos mal remunerados, o dinheiro “fácil” gerado pelo crime, o uso de álcool e drogas, a ausência de projeto de vida, a desestruturação familiar, história de prisões e agressões envolvendo os pais deixam uma grande parcela da população jovem mais vulnerável às promessas e à sedução do tráfico e do uso da violência. É um ciclo complexo, difícil de quebrar. Mas, sem enfrentar suas causas econômicas e sociais, continuaremos a apenas ficar chocados, dia após dia.
(BOUER, Jairo. Disponível em: http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/jairo-bouer/noticia/2016/10/mortes-violentas-entre-os-jovens.html.Acesso em: 18/10/2016.)