“Nestes tempos que alguns batizaram de
pós-modernos, predomina em certos ambientes
acadêmicos uma visão sobre a história (...) de
mera construção ou representação, sob o signo de
diversos poderes (...) evacuadores de saberes
alternativos. Tais disciplinas são entendidas como
algo a abordar só hermeneuticamente. Em outras
palavras, não haveria História e, sim, histórias “de”
e “para” determinados grupos definidos por dadas
posições - constituindo, estas, lugares de onde se
fala -, o que significa que, ao escrever, um
historiador se dirigiria, na realidade, a um destes
grupos, àquele que partilhe com ele as premissas
que constroem o seu discurso. Existiría, então,
uma história das - mulheres, uma história dos
negros, uma história dos homossexuais; uma
história construída em torno de interesses
ecológicos, em relação a Chipre uma história
grega e outra turca etc.
(CARDOSO, Ciro Flamarion. Um historiador fala de teoria e
metodologia: ensaios. Bauru: EDUSC, 2005, p. 83)
Acerca dos temas presentes no paradigma
pós-moderno é correto afirmar que a
pós-modernidade apresenta uma