Questões de Concurso
Comentadas para historiador
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A história, enfim, produziria um conhecimento dominado pela subjetividade, pela mudança, pela perspectiva, pelo presente, pelo condicionamento pessoal e social. Seria um conhecimento instável, refeito, discutível, inconsistente - seriam interpretações que se sucedem, transitórias e esquecíveis. [...] Mas, se a história é acusada de não produzir um conhecimento objetivo, é preciso então saber: o que seria um "conhecimento objetivo"?
A respeito do conhecimento objetivo, assinale a alternativa incorreta.
Uma memória, involuntária, dependendo de acasos pessoais, não responde às necessidades objetivas da historiografia (Willi Bolle, s.d).
De acordo com a autora Lucilia Delgado, no livro “História oral: Memória, tempo e identidade” um dos maiores desafios para a comunidade de historiadores, antropólogos e sociólogos que reconstroem testemunhos e histórias de vida utilizando a história oral, consiste na definição do que seja a história oral. A respeito da história oral, assinale a alternativa correta.
A valorização do passado, ou do que sobrou dele na paisagem ou nas “instituições de memória” (museus, arquivos, bibliotecas etc.), dá-se hoje de forma generalizada no mundo, refletindo a emergência de uma nova relação indenitária entre os homens e as mulheres do final do século XX e os conjuntos espaciais que lhes dão ancoragem no planeta, sejam eles os Estados-nações, as regiões ou os lugares (ABREU, 1998).
Jacques Le Goff foi um importante historiador francês que trouxe muitas contribuições para o estudo da História. A respeito da valorização atual do passado na visão deste autor, assinale a alternativa incorreta.
Cada indivíduo participa, simultaneamente, em vários campos mnésicos, conforme a perspectiva em que coloca a sua retrospecção. Porém, esta é passível de ser reduzida a duas atitudes nucleares: a autobiografia e a histórica. [...] Na experiência vivida, a memória individual é formada pela coexistência, tensional e nem sempre pacífica, de várias memórias pessoais, familiares, grupais, regionais, nacionais etc, em permanente construção, devido à incessante mudança do presente em passado (CATROGA, 2015).
O autor Pierre Nora, no texto “Entre memória e História” faz relações sobre a memória e a história. Sendo assim, analise as afirmativas abaixo.
I. A história é a reconstrução sempre problemática e incompleta do que não existe mais. A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado.
II. A memória não se acomoda a detalhes que a confortam; ela se alimenta de lembranças vagas, telescopias, globais ou flutuantes, particulares ou simbólicas, sensível a todas as transferências, cenas, censura ou projeções. A história ao contrário, pertence a todos e a ninguém.
III. A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto. A história só se liga às continuidades temporais, às evoluções e às relações das coisas.
Assinale a alternativa correta.
Não há história do “homem”, mas apenas eventos que o singularizam com o passar do empo; não há história da “guerra” entendida como fenômeno submetido a uma lei, a história contará esta ou aquela guerra. Os diversos acontecimentos sejam eles relativos ao homem ou à guerra, não podem ser tomados como efeitos periféricos de algo que permaneceria como um “fundo uniforme”. A história, para Veyne, não se preocupa com esta unidade intangível: o homem, a guerra, a não ser que tais noções genéricas sejam substituídas por elaborações conceituais mais complexas (VEYNE, 1974, p. 69-70).
De acordo com o texto e com o autor Paul Veyne, assinale a alternativa que descreve corretamente a representação do estatuto que confere à noção de “acontecimento”.