Questões de Concurso
Comentadas para programador visual
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O processo de construção de produtos digitais envolve uma série de procedimentos e demanda a participação de profissionais de diferentes especialidades. A lista abaixo descreve alguns desses procedimentos.
I. Procedimentos de descoberta, construção e validação de estruturas, padrões de organização e compreensão de nomenclaturas de elementos do produto digital, normalmente realizados com usuários, para o desenvolvimento de soluções interativas.
II. Utilização de software de concepção rápida, como o Adobe XD ou o Figma, para a validação de ideias e demonstração de funcionalidades.
III. Documentos construídos a partir da compreensão de dados referentes a características, problemas, demandas e expectativas de grupos de usuários.
IV. Concepção dos caminhos pelos quais os usuários precisarão passar, a fim de completar cada tarefa do produto digital em desenvolvimento, enumerando cada tela/página e as funcionalidades necessárias para a execução das tarefas, bem como todos os acontecimentos relacionados a elas no sistema.
Cada um dos procedimentos da lista CORRETAMENTE identificado em:
Testes de usabilidade em websites são procedimentos em que um usuário utiliza um sistema interativo realizando tarefas apresentadas por um facilitador. Enquanto suas interações são registradas, podemos descobrir problemas com o produto e identificar pontos de melhoria.
Sobre Testes de usabilidade, é CORRETO afirmar:
A jornada descreve o percurso de um usuário por uma sequência de passos dados para alcançar um objetivo.
Sobre as jornadas dos usuários e seu papel na construção de produtos digitais, é CORRETO afirmar:
Observe, abaixo, um quadro com informações de título e descrição de algumas Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WACG).
TÍTULO
I - Teclado (sem exceção)
II - Sem bloqueio de teclado
III - Teclado
DESCRIÇÃO
1 - Ao se interagir via teclado, a navegação por todos os elementos "clicáveis" deve ocorrer sem que haja interrupções.
2 - Todas as funcionalidades devem ser acionadas via teclado, a menos que a funcionalidade não possibilite o controle apenas por teclado.
3 - Todas as funcionalidades devem ser acionadas via teclado.
A alternativa que relaciona CORRETAMENTE os títulos às recomendações é:
As Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG) abrangem diversas recomendações com a finalidade de tornar o conteúdo da Web mais acessível. Leia, a seguir, algumas informações sobre as Diretrizes:
I. De acordo com as WCAG, as animações de movimento acionadas por interação podem ser desativadas, a menos que as animações sejam essenciais para a funcionalidade ou para as informações transmitidas pelo sistema.
II. Sobre o uso de CAPTCHA, as WCAG recomendam que, se a finalidade do conteúdo não textual for confirmar que o conteúdo está sendo acessado por uma pessoa e não por um computador, então devem ser fornecidas alternativas textuais que identificam e descrevem a finalidade do conteúdo não textual. Formas alternativas de CAPTCHA, que utilizam modos de saída para diferentes tipos de percepção sensorial, devem ser apresentadas para atender diferentes deficiências.
III. Seguindo-se as recomendações das WCAG, o trato do espaçamento de texto deve contemplar as seguintes indicações: a altura da linha deve ser pelo menos 2 vezes o tamanho da fonte; o espaçamento dos parágrafos seguintes de pelo menos 4 vezes o tamanho da fonte; e o espaçamento de letras deve ser de pelo menos 2,5 vezes o tamanho da fonte. Por fim, neste aspecto, as recomendações das WCAG são as de que o espaçamento de palavras não deve ser inferior a 0,5 vezes o tamanho da fonte.
É CORRETO o que se afirma em:
A presença digital ocorre por meio de conteúdos que são publicados por uma marca ou empresa em diferentes ambientes digitais. Assim sendo, o site da empresa é um ponto de sua presença digital. De igual maneira, os perfis e as páginas que a empresa venha a criar em plataformas sociais representam pontos de sua presença digital.
Sobre presença digital, é CORRETO afirmar:
O Business Model Canvas (BMC) faz parte da tendência de aplicação visual e de design thinking ao marketing e aos negócios. Por meio de seu processo não linear, o BMC possibilita a criação de um sistema visual que seja acessível, legível e fácil de entender para todo o mundo. O canvas é, portanto, um meio que os empreendedores podem usar para refletir e construir seu modelo de negócios em uma única página: eles podem facilmente organizar suas ideias nas caixas do template, de forma a movimentar mais rapidamente – e efetivamente – à ação.
Sobre Business Model Canvas e sua aplicação, é CORRETO afirmar:
Existem inúmeros serviços e plataformas sociais. Para desenvolver estratégias e ações de marketing em plataformas sociais, é preciso um plano de marketing com sólidas informações sobre o mercado, o produto, o público com o qual se quer conversar e, principalmente, com objetivos bem definidos.
Sobre estratégias de marketing em plataformas sociais, é CORRETO afirmar:
Buscamos, através de nossa percepção visual, formas simples e ordenadas em tudo que vemos. A teoria da Gestalt nos mostra que, tanto no estudo e na criação de formas bi e tridimensionais como na organização de objetos em espaços, a simplicidade é a característica formal de padrões visuais de mais fácil reconhecimento perceptivo.
Sobre a teoria da Gestalt e sua aplicação em processos de design, é CORRETO
afirmar:
Quando falamos em “Branding”, é fácil remetermos à apresentação do termo feita por Cameira (2020), que o descreve como sendo um conjunto de ações executado por empresas que acabam por compor um sistema de gerenciamento de suas marcas e como estas são percebidas, orientado pela significância e pela influência que as marcas podem ter nas vidas das pessoas, objetivando a geração de valor para os seus públicos de interesse.
CAMEIRA, Sandra Ribeiro. Branding + design: a estratégia na criação de identidades de marca. São Paulo: Editora Senac, 2020
Sobre Branding, é CORRETO afirmar:
Na abordagem do design centrado no usuário, existem três modelos mentais que devem ser observados: o modelo de design, o modelo do usuário e a imagem do sistema.
Sobre estes três modelos, é CORRETO afirmar:
Sobre métodos de design, Peter Phillips, em seu livro “Briefing: a gestão do projeto de design”, ressalta a importância do documento de briefing:
O processo de elaboração do briefing de design garante a participação de todas as pessoas chaves, registrando-se todas as informações importantes e atualizadas. Garantindo-se uma unanimidade sobre os pontos essenciais, logo no início, mudanças posteriores no projeto tornam-se mínimas.
PHILLIPS, Peter L. Briefing: a gestão do projeto de design. São Paulo: Blucher, 2010. p. 28
Sobre os elementos do briefing em um projeto de design, é CORRETO afirmar:
A criação de paletas e combinações de cores deve levar em conta vários aspectos. Um deles é cultural e leva em conta tendências globais de comportamento. Anualmente, a empresa Pantone elege uma cor que busca resumir um sentimento global, ao mesmo tempo que propõe apontar esta tendência.
Sobre o assunto, Laurie Pressman, vice-presidente do Pantone Color Institute, diz:
“A Cor do Ano Pantone reflete o que está acontecendo em nossa cultura global, expressando o que as pessoas estão procurando através daquela cor e o que podem esperar em resposta às suas expectativas”.
Fonte: https://www.pantone.com.br/cor-do-ano-2022
Entendendo que as cores refletem comportamentos e têm relação com interpretações culturais, sobre composição de cores e seus impactos nas pessoas, é CORRETO afirmar:
Leia o trecho a seguir, selecionado do livro “Uma introdução à história do design”, de Rafael Cardoso:
O design é fruto de três grandes processos históricos que ocorreram de modo interligado e concomitante, em escala mundial, entre os séculos 19 e 20. O primeiro destes é a industrialização: a reorganização da fabricação e distribuição de bens para abranger um leque cada vez maior e mais diversificado de produtos e consumidores. O segundo é a urbanização moderna: a ampliação e adequação das concentrações de população em grandes metrópoles, acima de um milhão de habitantes. O terceiro pode ser chamado de globalização: a interação de redes de comércio, transportes e comunicação, assim como dos sistemas financeiro e jurídico que regulam o funcionamento das mesmas.
CARDOSO, Rafael. Uma introdução à história do design. São Paulo: Blucher, 2008. p. 22.
Sobre a história do design é CORRETO afirmar:
Milly Lacombe
Minhas duas primeiras memórias de infância envolvem meu pai.
Na primeira delas, estou em seus ombros, no meio de uma multidão que cantava, pulava e festejava. Enrolados em uma bandeira do Brasil que minha mãe havia feito na máquina de costura, que ficava no mesmo quarto da TV em branco e preto. Eu tinha três anos, ele tinha 43. A seleção tinha acabado de ser tricampeã mundial de futebol e meu pai e eu celebrávamos no meio de outras centenas de pessoas na rua General Glicério, em Laranjeiras, no Rio.
Na segunda memória, estou subindo com ele a rampa do Maracanã. Eu tinha um pouco mais que três anos, mas não muito mais. Lembro-me da mão dele segurando a minha, lembro-me de olhar para cima e vê-lo ali sorrindo para mim. Lembro-me das pessoas passando em volta, apressadas e felizes. Lembro-me das camisas e bandeiras misturadas: vermelho e preto em alguns; verde, branco e grená em outros. Ele e eu fazíamos parte desse segundo grupo de pessoas. Na minha outra mão, uma almofadinha com as cores do Fluminense, feita por minha mãe na máquina de costura que ficava no mesmo quarto da TV branco e preta. A almofadinha era uma solução à dureza do concreto da arquibancada.
Subindo a rampa, lembro-me de ver, lá bem longe e já no topo, uma abertura para o céu. Era para lá que caminhávamos, meu pai e eu, de mãos dadas. O que haveria ali além do céu? Depois de uma subida, bastante longa para um pequeno corpo que ainda não tinha feito cinco anos, lembro-me de conhecer o que, anos depois, entenderia ser o êxtase que vem com a experiência do sagrado. Ao final da rampa, uma abertura para um campo verde, de marcas brancas e milhares de pessoas cantando ao redor.
Capturada pela imensidão do momento, outra vez olhei para cima e vi meu pai. Ele sorria e não se movia, como quem sabe que seria importante me deixar ali um pouco, apenas sentindo a grandeza do momento, apenas absorvendo uma experiência inaugural de amor e paixão. Depois de um tempo, ele me pegou no colo e subimos os degraus da arquibancada, sendo abençoados por um tanto de pó de arroz a cada passo. Não me lembro de mais nada.
Não me lembro do placar, não me lembro do que aconteceu em campo, não me lembro do que comemos, nem dos sorvetes que não pedi. Lembro-me apenas das sensações e das emoções daquele dia. Mas, mais que qualquer coisa, lembro-me da mão de meu pai na minha. Se fechar os olhos, posso sentir a temperatura e a textura de sua mão na minha. Se fechar os olhos, sinto outra vez a exata pressão que a mão dele fazia na minha, todas as vezes que andávamos assim pelas ruas, e sinto a segurança que aquelas mãos me davam.
Meu pai não está mais aqui, mas a sensação de sua mão na minha está. Pouca coisa, aliás, se manteve presente além dessa sensação. Talvez apenas a emoção de subir uma rampa cujo final é um campo de futebol onde dois times se enfrentarão. O caminho do sagrado, do final de um período escuro, frio e penoso que se abre para uma imensidão de luzes, sonhos e possibilidades.
Anos depois, eu conduziria meu sobrinho pela mesma rampa, mas agora interpretando o papel feito por meu pai.
O que é a vida se não esse contínuo trocar de lugares e essa perpétua caminhada que pode nos levar a encontros grandiosos? Não muita coisa, eu acho. Um passo atrás do outro, uma batalha atrás da outra. Conquistas, fracassos. Vitórias, derrotas. Dias bons, dias ruins. Partidas, chegadas. E lá vamos nós outra vez.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nosso-estranhoamor/2022/11/[...].shtml (Adaptado) Acesso em: 30 dez. 2022.
Milly Lacombe
Minhas duas primeiras memórias de infância envolvem meu pai.
Na primeira delas, estou em seus ombros, no meio de uma multidão que cantava, pulava e festejava. Enrolados em uma bandeira do Brasil que minha mãe havia feito na máquina de costura, que ficava no mesmo quarto da TV em branco e preto. Eu tinha três anos, ele tinha 43. A seleção tinha acabado de ser tricampeã mundial de futebol e meu pai e eu celebrávamos no meio de outras centenas de pessoas na rua General Glicério, em Laranjeiras, no Rio.
Na segunda memória, estou subindo com ele a rampa do Maracanã. Eu tinha um pouco mais que três anos, mas não muito mais. Lembro-me da mão dele segurando a minha, lembro-me de olhar para cima e vê-lo ali sorrindo para mim. Lembro-me das pessoas passando em volta, apressadas e felizes. Lembro-me das camisas e bandeiras misturadas: vermelho e preto em alguns; verde, branco e grená em outros. Ele e eu fazíamos parte desse segundo grupo de pessoas. Na minha outra mão, uma almofadinha com as cores do Fluminense, feita por minha mãe na máquina de costura que ficava no mesmo quarto da TV branco e preta. A almofadinha era uma solução à dureza do concreto da arquibancada.
Subindo a rampa, lembro-me de ver, lá bem longe e já no topo, uma abertura para o céu. Era para lá que caminhávamos, meu pai e eu, de mãos dadas. O que haveria ali além do céu? Depois de uma subida, bastante longa para um pequeno corpo que ainda não tinha feito cinco anos, lembro-me de conhecer o que, anos depois, entenderia ser o êxtase que vem com a experiência do sagrado. Ao final da rampa, uma abertura para um campo verde, de marcas brancas e milhares de pessoas cantando ao redor.
Capturada pela imensidão do momento, outra vez olhei para cima e vi meu pai. Ele sorria e não se movia, como quem sabe que seria importante me deixar ali um pouco, apenas sentindo a grandeza do momento, apenas absorvendo uma experiência inaugural de amor e paixão. Depois de um tempo, ele me pegou no colo e subimos os degraus da arquibancada, sendo abençoados por um tanto de pó de arroz a cada passo. Não me lembro de mais nada.
Não me lembro do placar, não me lembro do que aconteceu em campo, não me lembro do que comemos, nem dos sorvetes que não pedi. Lembro-me apenas das sensações e das emoções daquele dia. Mas, mais que qualquer coisa, lembro-me da mão de meu pai na minha. Se fechar os olhos, posso sentir a temperatura e a textura de sua mão na minha. Se fechar os olhos, sinto outra vez a exata pressão que a mão dele fazia na minha, todas as vezes que andávamos assim pelas ruas, e sinto a segurança que aquelas mãos me davam.
Meu pai não está mais aqui, mas a sensação de sua mão na minha está. Pouca coisa, aliás, se manteve presente além dessa sensação. Talvez apenas a emoção de subir uma rampa cujo final é um campo de futebol onde dois times se enfrentarão. O caminho do sagrado, do final de um período escuro, frio e penoso que se abre para uma imensidão de luzes, sonhos e possibilidades.
Anos depois, eu conduziria meu sobrinho pela mesma rampa, mas agora interpretando o papel feito por meu pai.
O que é a vida se não esse contínuo trocar de lugares e essa perpétua caminhada que pode nos levar a encontros grandiosos? Não muita coisa, eu acho. Um passo atrás do outro, uma batalha atrás da outra. Conquistas, fracassos. Vitórias, derrotas. Dias bons, dias ruins. Partidas, chegadas. E lá vamos nós outra vez.
Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/nosso-estranhoamor/2022/11/[...].shtml (Adaptado) Acesso em: 30 dez. 2022.
I É desejável selecionar um número bem variado de famílias de fontes, para que o trabalho ganhe em vigor e dinamismo. II A escolha das cores jamais deve se dar ao acaso nem obedecer a um gosto pessoal, mas refletir o cliente – produto ou serviço – e seus objetivos. III É aconselhável ocupar o máximo de espaço possível, evitando áreas em branco. Isto valoriza o investimento feito pelo cliente, além de otimizar o número de informações a serem comunicadas. IV Tanto quanto possível, deve-se tratar o tipo (fonte) como imagem, dando-lhe a importância que se daria a esta. Isto confere mais expressividade ao projeto. V Menos frequentemente é mais. Ao se evitar excessos, amplia-se a clareza do que se deseja comunicar, num ambiente “limpo”.
Estão corretas