Questões de Concurso
Comentadas para engenheiro civil
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Leia o texto “Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos?” dos escritores Tory Oliveira e Paula Calçade, para responder às questões de 1 a 8 a seguir.
Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos? (adaptado)
Deixar de dizer que ama um amigo, não poder abraçar quem se gosta, esconder seus sentimentos e não poder chorar. Para muitos meninos, essas são algumas das regras não escritas das masculinidades. Nascido dos debates sobre gênero, o conceito de masculinidades abarca as regras sociais delimitadas aos homens para que eles construam sua maneira de agir consigo, com o outro e com a sociedade. Muito cedo se aprende que a pena para quem não seguir um código estrito, que define a masculinidade, é ser visto como “menos homem”, associado à feminilidade, e, assim, estar vulnerável à violência e ao bullying dos pares.
Segundo Marcelo Hailer, pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças, da PUC- SP, “A narrativa social valoriza homens brancos, heterossexuais, fortes, com condições econômicas favoráveis”. Para o pesquisador, a escola pode ser um campo de cobranças dessa performance masculina. A ausência de discussões sobre o impacto disso para meninos e meninas pode resultar em violência dentro do ambiente escolar. “Enquanto não houver debate nas escolas, esses valores vão continuar resultando em violência física e psicológica, porque não há outras alternativas para essas crianças lidarem com as angústias e dúvidas em outros lugares também”.
“A maneira como os garotos são criados faz com que aprendam a esconder os sentimentos por trás de uma máscara de masculinidade” afirma o psicólogo americano William Pollack no documentário “A Máscara em Que Você Vive” (2015). Disponível atualmente na Netflix, o filme introduz o debate sobre masculinidades de maneira acessível, mostrando como essa construção rígida do que é ser homem impacta a vida, a educação e a saúde de meninos. “Os homens têm dificuldade de expressar aquilo que sentem. Em geral, isso se dá por meio da violência: quando está triste, com raiva, quando sente medo ou insegurança, em todos esses aspectos, a violência é uma fuga muito grande. Temos uma dificuldade de entender os sentimentos e de lidar com eles de maneira não violenta”, explica Caio César Santos, professor de Geografia, youtuber e pesquisador de masculinidades desde 2015.
(Fonte: Nova Escola)
Leia atentamente o texto acima e, de acordo com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) Na expressão “Muito cedo se aprende”, é correto dizer que há dois advérbios: um se liga ao verbo “aprender”, modificando-o e outro se liga ao advérbio “cedo”, intensificando-lhe o sentido.
( ) Se, no trecho “associado à feminilidade”, substituíssemos a palavra “feminilidade” pela palavra “masculinidade”, esse trecho deveria ser reescrito como “associado a masculinidade”, sem o acento grave, indicador de crase, já que se trata de palavra masculina.
( ) O uso do acento gráfico no trecho “Os homens têm dificuldade” justifica-se pela mesma razão do que o uso na palavra “também”, ou seja, são oxítonas terminadas em “em”.
( ) No trecho “geral, isso se dá por meio da violência”, a palavra destacada é um pronome demonstrativo que tem função anafórica, já que retoma uma ideia já enunciada no texto.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Leia o texto “Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos?” dos escritores Tory Oliveira e Paula Calçade, para responder às questões de 1 a 8 a seguir.
Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos? (adaptado)
Deixar de dizer que ama um amigo, não poder abraçar quem se gosta, esconder seus sentimentos e não poder chorar. Para muitos meninos, essas são algumas das regras não escritas das masculinidades. Nascido dos debates sobre gênero, o conceito de masculinidades abarca as regras sociais delimitadas aos homens para que eles construam sua maneira de agir consigo, com o outro e com a sociedade. Muito cedo se aprende que a pena para quem não seguir um código estrito, que define a masculinidade, é ser visto como “menos homem”, associado à feminilidade, e, assim, estar vulnerável à violência e ao bullying dos pares.
Segundo Marcelo Hailer, pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças, da PUC- SP, “A narrativa social valoriza homens brancos, heterossexuais, fortes, com condições econômicas favoráveis”. Para o pesquisador, a escola pode ser um campo de cobranças dessa performance masculina. A ausência de discussões sobre o impacto disso para meninos e meninas pode resultar em violência dentro do ambiente escolar. “Enquanto não houver debate nas escolas, esses valores vão continuar resultando em violência física e psicológica, porque não há outras alternativas para essas crianças lidarem com as angústias e dúvidas em outros lugares também”.
“A maneira como os garotos são criados faz com que aprendam a esconder os sentimentos por trás de uma máscara de masculinidade” afirma o psicólogo americano William Pollack no documentário “A Máscara em Que Você Vive” (2015). Disponível atualmente na Netflix, o filme introduz o debate sobre masculinidades de maneira acessível, mostrando como essa construção rígida do que é ser homem impacta a vida, a educação e a saúde de meninos. “Os homens têm dificuldade de expressar aquilo que sentem. Em geral, isso se dá por meio da violência: quando está triste, com raiva, quando sente medo ou insegurança, em todos esses aspectos, a violência é uma fuga muito grande. Temos uma dificuldade de entender os sentimentos e de lidar com eles de maneira não violenta”, explica Caio César Santos, professor de Geografia, youtuber e pesquisador de masculinidades desde 2015.
(Fonte: Nova Escola)
Assinale a alternativa que indica o sentido correto do conectivo destacado no trecho a seguir: “Para o pesquisador, a escola pode ser um campo de cobranças dessa performance masculina.”
Leia o texto “Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos?” dos escritores Tory Oliveira e Paula Calçade, para responder às questões de 1 a 8 a seguir.
Como o conceito tradicional de masculinidade afeta os meninos? (adaptado)
Deixar de dizer que ama um amigo, não poder abraçar quem se gosta, esconder seus sentimentos e não poder chorar. Para muitos meninos, essas são algumas das regras não escritas das masculinidades. Nascido dos debates sobre gênero, o conceito de masculinidades abarca as regras sociais delimitadas aos homens para que eles construam sua maneira de agir consigo, com o outro e com a sociedade. Muito cedo se aprende que a pena para quem não seguir um código estrito, que define a masculinidade, é ser visto como “menos homem”, associado à feminilidade, e, assim, estar vulnerável à violência e ao bullying dos pares.
Segundo Marcelo Hailer, pesquisador do Núcleo Inanna de Pesquisas sobre Sexualidades, Feminismos, Gêneros e Diferenças, da PUC- SP, “A narrativa social valoriza homens brancos, heterossexuais, fortes, com condições econômicas favoráveis”. Para o pesquisador, a escola pode ser um campo de cobranças dessa performance masculina. A ausência de discussões sobre o impacto disso para meninos e meninas pode resultar em violência dentro do ambiente escolar. “Enquanto não houver debate nas escolas, esses valores vão continuar resultando em violência física e psicológica, porque não há outras alternativas para essas crianças lidarem com as angústias e dúvidas em outros lugares também”.
“A maneira como os garotos são criados faz com que aprendam a esconder os sentimentos por trás de uma máscara de masculinidade” afirma o psicólogo americano William Pollack no documentário “A Máscara em Que Você Vive” (2015). Disponível atualmente na Netflix, o filme introduz o debate sobre masculinidades de maneira acessível, mostrando como essa construção rígida do que é ser homem impacta a vida, a educação e a saúde de meninos. “Os homens têm dificuldade de expressar aquilo que sentem. Em geral, isso se dá por meio da violência: quando está triste, com raiva, quando sente medo ou insegurança, em todos esses aspectos, a violência é uma fuga muito grande. Temos uma dificuldade de entender os sentimentos e de lidar com eles de maneira não violenta”, explica Caio César Santos, professor de Geografia, youtuber e pesquisador de masculinidades desde 2015.
(Fonte: Nova Escola)
Leia os trechos abaixo, reescritos a partir do texto lido, e, de acordo com as regras de pontuação presentes na Gramática Normativa da Língua Portuguesa, assinale a alternativa incorreta.
A respeito da Escravidão em Maracanã, é errado afirmar:
Conforme a planilha a seguir, feita no Microsoft Excel 2010 (configuração padrão e em português) com os nomes de alguns times paraenses, o resultado na célula C1, com a aplicação da fórmula =CONT.SE(A1:A7;"REMO") é:
A |
B |
C |
D |
|
1 |
Remo |
|||
2 |
Tuna |
|||
3 |
Paysandu |
|||
4 |
Bragantino |
|||
5 |
Remo |
|||
6 |
Bragantino |
|||
7 |
Tuna |
|||
8 |
Remo |
Considerando as células preenchidas no Excel 2010 (configuração padrão e em português) conforme a figura a seguir, o conteúdo da célula C1 corresponde ao resultado correto de que fórmula?
A |
B |
C |
D |
|
1 |
4 |
8 |
12 |
|
2 |
6 |
10 |
14 |
|
3 |
||||
4 |
Leia o texto e responda o que é pedido no comando da questão.
É correto, sem advérbios.
A lição da menina negra, magérrima, que cantou feito rainha.
Elza Soares estreou no programa de Ary Barroso na Rádio Tupi. Tinha 16 anos e era mãe. Sua cria estava doente e Elza Inscreveu-se no show de Barroso porque os primeiros lugares ganhavam prêmios em dinheiro. Era uma chance de pagar o tratamento do filho. Elza subiu no palco, mulher negra, jovem, magérrima, vestida conforme o lugar que lhe cabia na perversa espiral de privilégios da nossa sociedade. Notavam-se os remendos no vestido. Os alfinetes. Ary Barroso ficou chocado com alguém que, para muitos, não merecia estar sob os holofotes. ·o que é que você veio fazer aqui?" Ary recebeu Elza com boa dose da branquitude, classismo e machismo que inebriam a elite brasileira desde sempre.
Elza respondeu: "Eu vim cantar". Ary seguiu a cantilena do opressor: "E quem disse que você sabe cantar?". A menina de 16 anos, cujo filho ardia em febre, respondeu com a coragem das mães: "Eu". "De onde você veio, menina?" Ary não parecia se cansar de assinalar que Elza era uma estrangeira ali. Nesse momento, a menina respondeu com a audácia disruptiva que mora em cada nota do seu jazz de lata d'água na cabeça: "Eu vim do planeta fome".
Em 1983, a respeitadíssima acadêmica indiana Gayatri Spivak escreveu Pode o Subalterno Falar? O ensaio, referência para quem deseja compreender a contribuição dos estudos pós-coloniais para as ciências humanas, fala do silenciamento sistemático do subalterno. Categoria nomeada por Gramsci, o subalterno é quem não pertence socialmente e politicamente as estruturas hegemônicas de poder. Os excluídos. Os triturados diariamente pela mecânica da discriminação. As Elzas e seus filhos febris. Spivak teorizou sobre o fato de não parecer natural ou adequado o subalterno falar. O silêncio é o que se espera dele.
Se o subalterno não deve falar, como poderia ousar cantar? Ary e sua plateia, que ria da humilhação de Elza, achavam que não. E hoje? Seria diferente? Mudamos pouco. Somos a mesma plateia rindo de novas humilhações que nos chegam pelas novas mídias, mas somos iguais. Esperamos do subalterno o silêncio. Zombamos do subalterno que ousa quebrar esse nosso contrato social. E não se enganem: a zombaria é o novo açoite. Mudamos pouco. Os ancestrais de Elza toram para o pelourinho. Elza foi ridicularizada ao vivo. Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madamas saúdam a nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados.
Mudamos quase nada.
Naquele dia, Elza cantou Lama na Rádio Tupi. A subalterna cantou rainha, majestosa. Ary Barroso aplaudiu boquiaberto. A plateia que antes riu levantou-se. Reverenciou a nobreza da negra do planeta fome que ousou adentrar um espaço que lhe era negado e fez dele seu reino. Para quem ainda não entendeu: o politicamente correto é simplesmente isso. O correto. Algumas piadas a menos? Sim. Mas, em troca, hoje temos infinitos talentos antes silenciados embalando nossos sonhos. Só os que não sonham não veem que o resultado é positivo e deve ser comemorado.
(Manoela Miklos. 25 de janeiro, 2019. Revista VEJA).
"Hoje, fingimos ter superado esse passado, mas as revistas lidas pelas madames saúdam a nova onda: uniformes de domésticas assinados por estilistas renomados.". As vírgulas e os dois pontos na estrutura só não assinalam:
Segundo os dados divulgados pela imprensa brasileira, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2018, caiu um percentual de:
Assinale a frase abaixo que NÃO PERTENCE ao hino do município de Riachão do Poço:
Analise os itens sobre a história do Município de Riachão do Poço:
I - No ano de 1994 o município foi emancipado;
II - O município já pertenceu ao território de Sapé;
III - Origem do nome do município: Se dá devido a um riacho que passa por trás da igreja matriz da cidade, o qual tem um poço em seu leito que mesmo durante as estiagens não seca.
Dos itens acima:
Marque a alternativa abaixo que trata de uma das características da capital do Sergipe, o município de Aracaju.
Leia atentamente o poema de Cecília Meireles (1901-1964) para responder as questões de 01 a 03:
..
TEXTO 01
1-Homem vulgar! Homem de coração mesquinho!
2-Eu te quero ensinar a arte sublime de rir.
3-Dobra essa orelha grosseira, e escuta
4-o ritmo e o som da minha gargalhada:
.
5-Ah! Ah! Ah! Ah!
6-Ah! Ah! Ah! Ah!
.
7-Não vês?
.
8-É preciso jogar por escadas de mármores baixelas de ouro.
9-Rebentar colares, partir espelhos, quebrar cristais,
10-Vergar a lâmina das espadas e despedaçar estátuas,
11-destruir as lâmpadas, abater cúpulas,
12-e atirar para longe os pandeiros e as liras...
.
13-O riso magnífico é um trecho dessa música desvairada.
.
(Cecília Meireles, Viagem,1939)
Em um dos pares de palavras abaixo (todas retiradas do texto 01), a primeira palavra é um monossílabo tônico e a segunda uma proparoxítona. Escolha a alternativa que apresente este par característico:
TEXTO I
Cuidado com o dono
PINSCHER. A mãe de um amigo tinha um cãozinho dessa raça. Tamanho mínimo. Tormento máximo. Ficava solto na sala. Bastava eu chegar para uma visita, começava a latir. Passava horas soltando latidinhos estridentes. Mordia meus dedos com os dentinhos afiados. A dona sorria.
— Não é uma gracinha?
Eu tinha vontade de morder a tal senhora.
CARRASCO,Walcyr. Pequenos delitos e outras crônicas. São Paulo: Best Seller, 2004. p.138. (Fragmento).
Nesse texto, o autor utiliza os diminutivos " cãozinho"; " latidinhos"; " dentinhos"; "gracinha". Todos eles foram formados pelo mesmo processo de formação de palavras. Marque a alternativa que indica o nome desse processo:
Durante o processo de pregão eletrônico, cabe à autoridade máxima do órgão ou da entidade, ou a quem possuir a competência, designar agentes públicos para o desempenho das funções do Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019. Como requisito, o pregoeiro e os membros da equipe de apoio serão servidores do órgão ou da entidade promotora da licitação. As atribuições do pregoeiro são listadas nas alternativas a seguir, com exceção de:
Os contratos regidos pela Lei nº 14.133/2021 podem ser alterados, com as devidas justificativas, nos casos apresentados nas alternativas a seguir, com exceção de:
Segundo o Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019, o documento elaborado com base nos estudos técnicos preliminares e que contém, dentre outras informações, os deveres do contratado e do contratante, o critério de aceitação do objeto e o prazo para execução do contrato, é denominado:
Com relação a licitações das obras e serviços de engenharia, admite-se alguns regimes de execução indireta dessas obras e serviços, como por exemplo: empreitada por preço unitário, empreitada por preço global, empreitada integral, contratação por tarefa, contratação integrada, contratação semi-integrada e fornecimento e prestação de serviço associado. Com base nesses regimes de execução indireta, assinale a alternativa correta.
Segundo o art. 6º, inciso XXXVIII, Lei nº 14.133/2021, que modalidade de licitação é utilizada para contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento poderá ser: menor preço; melhor técnica ou conteúdo artístico; técnica e preço; maior retorno econômico; maior desconto:
Assinale a alternativa CORRETA:
Segundo o art. 28 da Lei nº 14.133/2021, nova Lei de Licitação, são Modalidade de licitação:
I. Pregão.
II. Tomada de Preço.
III. Concorrência.
IV. Concurso.
V. Leilão.
VI. Diálogo competitivo.
Estão CORRETOS:
Texto para as questões 1 a 20
Perdemos nossas casas em Alcântara para ricaços brincarem de astronautas
1 _____ Em noites escuras, quem se embrenha mato adentro no Quilombo de Canelatiua sente-se como se estivesse caminhando
2 no espaço. Os vaga-lumes ao redor e as estrelas no céu causam a sensação. Nossos ancestrais chegaram aqui da Africa; não
3 vieram de foguete, mas em navios negreiros.
4 _____ Apesar disso, fizeram da região de Alcântara (MA) sua terra. Ainda assim, somos tratados como ETs: só soubemos pelos
5 jornais que a base de lançamentos instalada em nosso lar pode servir de espaçoporto para turismo espacial. Imagine perder sua
6 casa para ricaços brincarem de astronauta?
7 _____ A Virgin Orbit, empresa que pertence ao conglomerado do bilionário inglês Richard Branson, conseguiu em junho licença
8 para operar no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Seu avião de fuselagem dupla, do qual são lançadas as naves, vai
9 decolar de sua pista.
10 _____ É o mesmo usado por outro braço da empresa, a Virgin Galactic, que cobra US$ 450 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) para quem
11 quer bancar o Luke Skywalker. Tememos por nosso futuro próximo pela forma como temos sido tratados desde um passado não
12 tão distante assim.
13 _____ O Território Étnico de Alcântara, no Maranhão, começa a se formar no final do século 19, com o abandono das terras por
14 seus proprietários. Ele foi certificado como remanescente de quilombo em 2004, pela Fundação Cultural Palmares. Legalmente,
15 porém, sua existência é reconhecida desde 1856, quando obteve um registro na freguesia de São João de Cortes.
16 _____ Consta, ainda, uma doação feita por Theofilo José de Barros, registrada no cartório de 1º. Ofício de Alcântara, em 1915. O
17 CLA foi criado nos anos 1980; naquela época, mais de 300 famílias de 24 comunidades do litoral foram removidas para o interior.
18 _____ O impacto social foi enorme, já que a pesca é o nosso principal meio de subsistência. Não é possível, contudo, mensurá-lo
19 com exatidão, assim como os danos causados à natureza, já que a base funciona sem nenhum estudo ou licença ambiental.
20 _____ O CLA é um porto pirata. Não há informações públicas oficiais sobre que tipos de combustível são usados ou componentes
21 quimicos lançados no meio ambiente. Da mesma forma, o Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe) só
22 pode fazer estimativas de quantos de nós ainda perderão seus lares. Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias
23 e 30 quilombos estão ameaçados.
24 _____ No fim de 2019, o CLA foi cedido aos norte-americanos. O contrato prevê a possibilidade da ampliação de suas instalações
25 sobre o território quilombola. Em 27 de março de 2020, o governo quis remover 792 famílias de 27 comunidades, durante o pico
26 da pandemia.
27 _____ A medida só foi definitivamente revogada em dezembro passado, quando uma denúncia enviada à Comissão Interamericana
28 de Direitos Humanos da OEA em 2001, referente aos despejos dos anos 1980, foi alçada a uma instância superior, a Corte
29 Interamericana de Direitos Humanos.
30 ____ Em 2011, o WikiLeaks revelou que os EUA não admitiam que desenvolvêssemos tecnologia para fabricar foguetes. Não
31 somos só nós que temos a perder; a própria soberania nacional pode ir para o espaço.
(Danilo Serejo, Quilombola de Alcântara (MA) e membro do Movimento dos Atingidos pela Base Espacial de Alcântara (Mabe). Folha de S. Paulo,
hitps:/Awww. folha uol. com.br/opiniaa/2022/07/perdemos-nossas-casas-em-alcantara-para-ricacos-brincarem-de-astronautas.shtml)
Acontecimentos recentes indicam que cerca de 800 famílias e 30 quilombos estão ameaçados. (linhas 22 e 23)
Assinale a alternativa em que a alteração do segmento sublinhado no período acima, independentemente da alteração de sentido, tenha sido feita respeitando a norma culta.