Questões de Concurso Comentadas para agente censitário

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Q2168644 Conhecimentos Gerais
As relações de oferta de trabalho no Brasil apresentam um cenário atual de concentração nas regiões metropolitanas, sobretudo nas capitais.
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De acordo com a legenda do mapa (tamanho e cores dos círculos) o processo de mobilidade pendular na Região Metropolitana de Recife: 
Alternativas
Q2168642 Conhecimentos Gerais
Um dos mecanismos de gestão territorial mais usados para um país é propor novas divisões político administrativas. Regiões e Estados podem passar, frequentemente, em decorrência das mudanças de atividades econômicas empreendidas, por proposições que resultem na melhora da gerência daquela porção territorial. Analise o trecho da reportagem publicada pelo Senado Federal em 2021:
Pedido de vista coletivo adiou a votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), nesta quarta-feira (17), do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 508/2019, que convoca plebiscito sobre a criação do Estado do Tapajós. A proposta deve voltar à pauta do colegiado na próxima reunião. O assunto volta a ser analisado pelos parlamentares dez anos depois da realização do plebiscito sobre a divisão do estado do Pará em três: Pará, Carajás e Tapajós. Na época, a população rejeitou o desmembramento. O novo plebiscito, se aprovado, consultará os eleitores sobre a criação do estado de Tapajós mediante desmembramento do território compreendido por 23 municípios situados a oeste do estado atual, entre eles, Santarém. O relator, Plínio Valério (PSDBAM), defende a criação do novo estado. Segundo ele, o movimento de emancipação do Tapajós existe há pelo menos 170 anos. O senador apontou que a região conta com importante produção de cacau, além de minérios, mas a “pujança” econômica não é revertida em serviços públicos para a população — Esses municípios reclamam autonomia porque não têm as benesses dessa pujança. Essa gente quer partilhar dessa riqueza — disse.
(Fonte: Agência Senado, 2021. Disponível em: Adiadas votações de projetos sobre criação do estado de Tapajós e Lei Geral do Esporte — Senado Notícias

Assinale a alternativa correta sobre a proposta de nova divisão territorial do Pará. 
Alternativas
Q2168641 História
Durante os primeiros séculos o futuro território brasileiro foi dividido em Capitanias Hereditárias, como o mapa a seguir representa:
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(Fonte: Multi Rio. Disponível em: Mapa_Luis_Teixeira_t.jpg (560×774) (rio.rj.gov.br)
A configuração territorial das Capitanias Hereditárias apresentava alguns desafios e obstáculos a serem transpostos. Dentre eles, pode-se destacar, principalmente:
Alternativas
Q2168640 Conhecimentos Gerais
Segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na safra de 2020/2021, foram produzidas mais de 362,900 milhões de toneladas de soja no mundo todo, em uma área de 127,842 hectares.
(Fonte: EMBRAPA, 2021. Disponível em: Dados econômicos - Portal Embrapa.
A organização produtiva da soja pode ser especificada em áreas que se destacam como maiores produtoras, que geram tecnologias exportadas para o mundo todo. Associe as opções destacadas com sua correta participação na produção mundial da soja:
A Brasil. B Illinois. C Mato Grosso. D EUA

( ) Estado com produção superior a 20 milhões de toneladas entre 2020/2021, compondo um importante cinturão agropecuário em seu país.
( ) Maior produtor mundial de soja, atingindo em 2020/2021 o total de 135,409 milhões de toneladas.
( ) Estado com maior produção de soja de seu país, atingindo 35,947 milhões de toneladas em 2020/2021.
( ) Segundo maior produtor mundial de soja, atingindo em 2020/2021 o total de 112,549 milhões de toneladas.

Assinale a alternativa que indique a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo. 
Alternativas
Q2168639 Português
Observe com atenção a charge a seguir:
Há uma forte crítica empenhada nesta charge criada pela Laerte.
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(Fonte: Laerte. Disponível em: Acervo • Laerte
A alternativa que representa essa crítica tem a ver com: 
Alternativas
Q2168637 Conhecimentos Gerais
A História do Brasil é marcada pela disputa e pelos conflitos no campo desde sua fundação. A luta por territórios é um dos principais motores que permitiram a fundação do país e, até hoje, embates refletem em povos e comunidades. Em agosto e setembro de 2021, um desses embates se intensificou nas mídias do país e diversos atos de rua liderados por povos indígenas tomaram conta do entorno de sedes de instâncias jurídicas. Observe a foto a seguir:
Imagem associada para resolução da questão
(Fonte: CIMI, 2016. Disponível em: TRF4RS1.jpg (1032×581) (cimi.org.br)
Acerca da pauta em questão e os interesses envolvidos de povos indígenas e não indígenas, podem-se destacar:
Alternativas
Q2168636 Conhecimentos Gerais
A paisagem urbana é dinâmica, passando por constantes reestruturações que podem ser notadas nas formas urbanas (parques, prédios, vias etc). Nos quadrinhos a seguir, é possível notar um exemplo de um desses tipos de transformações: Imagem associada para resolução da questão
(Fonte: CoUrb.org.Adaptado do site.
O quadrinho revela transições sobre um prédio, que muda de características ao longo do tempo. O processo urbano que responde a essa transformação:
Alternativas
Q2168634 História
As Unidades Territoriais são momentâneas, isto é, com as modificações internas das sociedades e as pressões externas, acabam por redefinirem-se no espaço-tempo, sofrendo transformações. As mudanças recriam os limites e, com isso, um território ou região aumenta ou diminui, muda de nome ou simplesmente é incorporado a outros. No caso do Brasil, nos Períodos da Colonização, Primeira República e República Nova, mudanças aconteceram.
Considerando esses conhecimentos sobre a divisão político-administrativa no Brasil em diferentes períodos, indique “V” para verdadeira, e “F”, para falsa, nas afirmativas a seguir:
( ) A fundação do Estado da Guanabara é simultânea ao período da transição do Período Colonial para a Primeira República (1889-1930).
( ) O Centro-Oeste é uma das regiões mais recentes do Brasil, sendo o Estado do Mato Grosso pertencente ao período da Nova República (1985-atualmente).
( ) Como a região mais antiga do Brasil, o Nordeste não passou por transformações em suas divisões, sendo os Estados de Bahia, Ceará e Piauí originários desde o século XVI.
( ) A elevação do território do Acre à categoria de Estado ocorre na transição do Brasil rural para o Brasil industrial, no período do Estado Novo (1930-1945).

Assinale a alternativa que indique a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo:  
Alternativas
Q2168633 Conhecimentos Gerais
No século XX, com as etapas de industrialização do Brasil, o país passou por uma grande transformação populacional e territorial, o que obrigou o Estado a realizar pesquisas que apresentassem o quadro nacional. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cumpriu com esses propósitos, consolidando-se como órgão estatal brasileiro estratégico na gestão territorial (urbana e rural). Leia o trecho a seguir:
O estudo Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas do Brasil constitui um quadro de referência da urbanização no País. Tal quadro foi obtido a partir de critérios que privilegiaram a integração entre os municípios. A identificação e a delimitação das maiores aglomerações de população no País têm sido objeto de estudo do IBGE desde a década de 1960, quando o fenômeno da urbanização se intensificou, e assumiu, ao longo dos anos, formas cada vez mais complexas. A necessidade de fornecer conhecimento atualizado desses recortes impõe a identificação e a delimitação de formas urbanas que surgem a partir de cidades de diferentes tamanhos, face à crescente expansão urbana, não só nas áreas de economia mais avançada, mas também no Brasil como um todo.
(Fonte: IBGE, 2022. Arranjos Populacionais e Concentrações Urbanas no Brasil.
Os estudos voltados aos arranjos populacionais e concentrações urbanas no Brasil podem ser importantes para melhorar os conhecimentos sobre determinadas cidades, bem como seus limites e relações. Por isso, pode-se dizer que essas pesquisas urbanas ajudam, principalmente:
Alternativas
Q2168632 Conhecimentos Gerais
O padrão de distribuição populacional no Brasil sofreu alterações regionais desde o período de sua fundação colonial, imperial e republicana. Os movimentos migratórios e as novas centralizações de atividades econômicas configuraram novo padrão espacial de assentamento demográfico no país. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2015 indicam que “a maior parte da população brasileira, 84,72%, vive em áreas urbanas. Já 15,28% dos brasileiros vivem em áreas rurais (...) e a Região com maior percentual de população urbana é o Sudeste, com 93,14% das pessoas vivendo em áreas urbanas. A Região Nordeste é a que conta com o maior percentual de habitantes vivendo em áreas rurais, 26,88%” (IBGE).
(Fonte: IBGE Educa, 2022. Disponível em: População rural e urbana | Educa | Jovens - IBGE.
Partindo da discussão apresentada pelo texto do IBGE e seus conhecimento sobre perda populacional no campo, assinale a alternativa correta sobre o que explica esse padrão populacional no Brasil atual. 
Alternativas
Q2168631 Conhecimentos Gerais
O texto a seguir introduz um dos princípios da alta produtividade agrícola, o uso de organismos geneticamente modificados (OGMs). Ao lado de fertilizantes, herbicidas e pesticidas, são criados para diminuir os riscos de improdutividade, os agrotóxicos.
Entre 1998 e 2019, foram aprovados 152 produtos geneticamente modificados no país, entre plantas, vacinas, medicamentos, microrganismos e até insetos, como um mosquito transgênico para ajudar a combater a disseminação dos vetores da dengue. A agricultura foi um dos segmentos da economia mais beneficiados. Um levantamento feito em 2019 pela organização Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (Isaaa) mostrou que 53 milhões de hectares são cultivados no Brasil com transgênicos, extensão inferior apenas à dos Estados Unidos, com 75 milhões de hectares. Eles ocupam aqui no país quase 95% da área plantada de soja, 88% da de milho e 85% da de algodão e avançam em culturas como cana e eucalipto. Fonte: Pesquisa FAPESP, 2021
Considerando o excerto, assinale a alternativa correta que estabeleça a relação lógica entre a produtividade no campo, uso de biotecnologia e os impactos socioambientais: 
Alternativas
Q2168630 Geografia
A produtividade agrícola tem diferentes características, acordante suas finalidades de abastecimento (subsistência) ou exportação (commodities). Sobre a agricultura familiar, responsável por 23% da produção de dos estabelecimentos rurais brasileiros em 2019 (BRASIL, 2020), podemos destacar uma série de características distintas da agricultura de exportação.
Levando em conta o perfil das atividades econômicas produtivas da agricultura familiar brasileira, indique “V” para verdadeira e “F” para falsa nas afirmativas a seguir.
( ) Especialização produtiva altamente tecnológica, com utilização de pacotes de insumos e maquinários, voltados a regiões como o circuito produtivo da soja no Triângulo Mineiro e no interior do Estado de São Paulo.
( ) Concentra o maior percentual fundiário do país em hectares, dado que 77% dos estabelecimentos rurais no Brasil são de agricultura familiar.
( ) Reflete as condições de subemprego e desemprego frequente no campo, pois, ainda que haja grande participação produtiva no país, a empregabilidade formal em atividades rurais é voltada ao setor pecuário, sucroenergético e de oleaginosas (agricultura de exportação).
( ) É responsável pela maior parte das produções latifundiárias, exigindo alto contingente populacional no processo produtivo, sendo os principais produtos voltados ao abastecimento da mesa dos brasileiros (carne, milho, feijão, laranja, mandioca, por exemplo).

Assinale a alternativa que apresente a sequência correta obtida no sentido de cima para baixo. 
Alternativas
Q2168629 Direito Administrativo
Sabe-se que o servidor público responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. No caso da responsabilidade penal, é possível afirmar que ela abrange: 
Alternativas
Q2168624 Matemática
Sabendo que o triângulo abaixo possui base no lado Imagem associada para resolução da questão e sabendo ainda que ele é isósceles. Determine o valor do ângulo x e assinale o item correto com base no valor de x. 
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Alternativas
Q2168623 Matemática
Uma pizzaria dentro do bloco de matemática em uma universidade cobra o valor da pizza proporcional à área pedida pelo cliente. Um pedaço no formato de setor circular com área de 128 cm2 custa R$ 8,00, quanto sairia um pedaço com o raio do setor circular valendo 20 cm? 
Alternativas
Q2168622 Raciocínio Lógico
Um grupo de amigos, cada um deles falou qual a altura. Abaixo temos a tabela com altura de cada um.
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Coloque em ordem crescente e assinale o item correto.  
Alternativas
Q2168617 Matemática

Qual o valor de X e Y na soma: 

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Alternativas
Q2168610 Português

Texto IV

Pedocracia: A ditadura das crianças que mandam nos pais


Disponível em: https://www.revistapazes.com –Texto adaptado. 

Sobre o uso da vírgula, analise os itens a seguir:
I. Pais, é preciso dar limites aos seus filhos.
II. Muitas mães abrem mão de suas vidas para se dedicarem, aos filhos.
III. Em algum momento, os filhos cobraram dos pais.
IV. As birras, os gritos, os gestos agressivos, são formas de a criança chamar atenção.
V. O processo de mudança nos conceitos de família, iniciado no século XVIII por Jean-Jacques Rousseau, chegou ao século XX com a ‘religião da maternidade’.

Assinale a afirmativa incorreta.  
Alternativas
Q2168594 Português
Texto I
'Ser bom ou mau é escolha': confira entrevista com o filósofo e professor Mario Sergio Cortella

Por Patrícia Santos Dumont - Em 05/12/2019

Quem é você? Justo, generoso ou intolerante e ganancioso? Tem mais vícios ou virtudes? Costuma ser bom o tempo todo ou às vezes se pega fazendo pequenas maldades? Já parou para refletir sobre os próprios comportamentos e o que o levou a tê-los: circunstâncias da vida ou escolhas que fez? Sobre isso e as possibilidades de sermos “anjos ou demônios” bati um papo – descontraído, apesar do tema – com o filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella.

Patrícia - Como se deu a concepção de “Nem Anjos Nem Demônios”, seu livro com a Monja Coen?
Cortella - Tenho outros livros, nessa coleção, sobre ética, política, sobre moral, esperança. Mas nunca tinha colocado num diálogo mais direto alguém com a marca da filosofia ocidental, da religiosidade ocidental, como eu, e alguém ligado à concepção oriental asiática, caso da Monja. Juntamos essas duas formas mais usuais de entendimento sobre essa temática para trazer um debate mais forte sobre o que acontece no cotidiano, a necessidade de pensar a vida como escolha. A noção do bem e do mal como resultado de decisões e não como fatalidades.

Ser bom ou ser mau, portanto, não tem a ver com as circunstâncias da vida? Não somos o que somos levados a ser? São escolhas? Essa ideia de que as escolhas feitas são sem alternativa não é uma percepção que a gente possa ter. A ideia de liberdade de escolha que temos é o que se chama de livre arbítrio. Quando alguém é movido por circunstâncias opressivas e tem uma reação a isso, até o campo da legislação criminal ou penal admite como sendo um atenuante. Mas, no conjunto das vezes, não é a circunstância que gere. Para mim, não é a ocasião que faz o ladrão. A ocasião apenas o revela. A decisão de ser ladrão ou não é anterior à ocasião. Há milhares de pessoas que encontram ocasião todos os dias, de desviar, de ter uma conduta negativa, e não o são. Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre naquilo que decidiu ser.

Patrícia - Na primeira página do livro, vocês falam sobre vícios e virtudes, que seriam qualidades negativas e positivas, certo? Podemos, então, dizer que tudo bem ter vícios, já que também são qualidades?
Cortella - Sim. Eles existem na sua contraposição. Nós não elogiamos os vícios, apenas admitimos a existência deles. O fato de a gente ter doenças não significa que isso se sobreponha à nossa forma desejada de saúde. Por isso, a constatação da existência dos vícios apenas nos deixa em estado de alerta. Apenas sei que eles existem e que são possíveis em outras pessoas e também em mim. Neste sentido, admitir a presença de vícios é saber que nossa humanidade conta com essa condição, mas que não podemos, em nome da ideia de que errar é humano, justificar qualquer erro porque uma parte grande deles são escolhas. Não está tudo bem, então, em ser “mau” de vez em quando? Isso não nos ajudaria a levar a vida com mais leveza, mantendo um certo equilíbrio?

Não, não está tudo bem. É preciso não se acomodar com a ideia porque quando se diz nem anjos nem demônios não se está dizendo tanto faz, está se fazendo um alerta. O alerta é: nós podemos ser angelicais ou demoníacos. Cuidado! Ser angelical, isto é, ser alguém que se move pela bondade, é algo desejável. Ser alguém que se move pela maldade é uma possibilidade também. Ser anjo ou demônio é uma escolha.

Mas não traria mais leveza para nossa existência se a gente tivesse a permissão, talvez, de em alguns momentos tender mais para um do que para outro extremo?

Olha, poderia até tornar a vida mais emocionada, mas não há necessidade disso. Nós, humanos, temos uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica. Quando você vê uma partida de futebol, uma disputa dentro de quadra, quando você tem um grupo jogando truco, existe ali a possibilidade de vencer o outro, de brincar com ele. O jogo é exatamente essa possibilidade do exercício eventual de algumas coisas que não são só angelicais. Eu, por exemplo, sou jogador de truco, um jogo que tem por finalidade brincar com o adversário, tripudiar, fingir que se tem uma carta. Na vida, eu não faria isso. Mas no truco eu posso. Então, sim, há momentos em que essa permissão vem à tona. Onde pode? No teatro, no cinema, na música, no jogo. A gente sabe que a brincadeira é séria, mas é brincadeira.

Nem todo mundo é bom ou mau o tempo todo. Mas muitos de nós buscam ser mais bons do que maus. É da natureza humana?

Em grande medida, nós desejamos primeiro a ideia de bondade que supere a maldade. Quando ninguém escapa de fazê-lo e quando a pessoa não é alguém marcada por algum tipo de desvio psiquiátrico, em grande medida preferimos a bondade à maldade porque ela nos faz ser aceitos, há uma solidariedade maior em relação à convivência. Isso também nos leva a receber de volta mais situações de bondade. Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha mais expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas, com algum tipo de desvio psiquiátrico ou com uma perspectiva de existência em que só consegue se glorificar na maldade. Ainda assim, o número de pessoas que têm essa perspectiva é muito reduzido, do contrário, nossa vida em comunidade já teria se rompido há muito tempo. O que não significa que a gente não tem em nós essa postura angelical como sendo uma escolha, e também a demoníaca como possibilidade. (...)

Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/plural/ser-bom-ou-mau-%C3%A9-escolha-confira-com-o-fil%C3%B3sofo-e-professor-mario-sergio-cortella-1.760617. 
Sobre a acentuação das palavras destacadas nas orações a seguir, considere o excerto abaixo:
- “Nós, humanos, temos uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica.
Assinale a alternativa correta.  
Alternativas
Q2168592 Português
Texto I
'Ser bom ou mau é escolha': confira entrevista com o filósofo e professor Mario Sergio Cortella

Por Patrícia Santos Dumont - Em 05/12/2019

Quem é você? Justo, generoso ou intolerante e ganancioso? Tem mais vícios ou virtudes? Costuma ser bom o tempo todo ou às vezes se pega fazendo pequenas maldades? Já parou para refletir sobre os próprios comportamentos e o que o levou a tê-los: circunstâncias da vida ou escolhas que fez? Sobre isso e as possibilidades de sermos “anjos ou demônios” bati um papo – descontraído, apesar do tema – com o filósofo, professor e escritor Mario Sergio Cortella.

Patrícia - Como se deu a concepção de “Nem Anjos Nem Demônios”, seu livro com a Monja Coen?
Cortella - Tenho outros livros, nessa coleção, sobre ética, política, sobre moral, esperança. Mas nunca tinha colocado num diálogo mais direto alguém com a marca da filosofia ocidental, da religiosidade ocidental, como eu, e alguém ligado à concepção oriental asiática, caso da Monja. Juntamos essas duas formas mais usuais de entendimento sobre essa temática para trazer um debate mais forte sobre o que acontece no cotidiano, a necessidade de pensar a vida como escolha. A noção do bem e do mal como resultado de decisões e não como fatalidades.

Ser bom ou ser mau, portanto, não tem a ver com as circunstâncias da vida? Não somos o que somos levados a ser? São escolhas? Essa ideia de que as escolhas feitas são sem alternativa não é uma percepção que a gente possa ter. A ideia de liberdade de escolha que temos é o que se chama de livre arbítrio. Quando alguém é movido por circunstâncias opressivas e tem uma reação a isso, até o campo da legislação criminal ou penal admite como sendo um atenuante. Mas, no conjunto das vezes, não é a circunstância que gere. Para mim, não é a ocasião que faz o ladrão. A ocasião apenas o revela. A decisão de ser ladrão ou não é anterior à ocasião. Há milhares de pessoas que encontram ocasião todos os dias, de desviar, de ter uma conduta negativa, e não o são. Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre naquilo que decidiu ser.

Patrícia - Na primeira página do livro, vocês falam sobre vícios e virtudes, que seriam qualidades negativas e positivas, certo? Podemos, então, dizer que tudo bem ter vícios, já que também são qualidades?
Cortella - Sim. Eles existem na sua contraposição. Nós não elogiamos os vícios, apenas admitimos a existência deles. O fato de a gente ter doenças não significa que isso se sobreponha à nossa forma desejada de saúde. Por isso, a constatação da existência dos vícios apenas nos deixa em estado de alerta. Apenas sei que eles existem e que são possíveis em outras pessoas e também em mim. Neste sentido, admitir a presença de vícios é saber que nossa humanidade conta com essa condição, mas que não podemos, em nome da ideia de que errar é humano, justificar qualquer erro porque uma parte grande deles são escolhas. Não está tudo bem, então, em ser “mau” de vez em quando? Isso não nos ajudaria a levar a vida com mais leveza, mantendo um certo equilíbrio?

Não, não está tudo bem. É preciso não se acomodar com a ideia porque quando se diz nem anjos nem demônios não se está dizendo tanto faz, está se fazendo um alerta. O alerta é: nós podemos ser angelicais ou demoníacos. Cuidado! Ser angelical, isto é, ser alguém que se move pela bondade, é algo desejável. Ser alguém que se move pela maldade é uma possibilidade também. Ser anjo ou demônio é uma escolha.

Mas não traria mais leveza para nossa existência se a gente tivesse a permissão, talvez, de em alguns momentos tender mais para um do que para outro extremo?

Olha, poderia até tornar a vida mais emocionada, mas não há necessidade disso. Nós, humanos, temos uma coisa, até um sinal de inteligência nas espécies, que são os jogos, nossa capacidade lúdica. Quando você vê uma partida de futebol, uma disputa dentro de quadra, quando você tem um grupo jogando truco, existe ali a possibilidade de vencer o outro, de brincar com ele. O jogo é exatamente essa possibilidade do exercício eventual de algumas coisas que não são só angelicais. Eu, por exemplo, sou jogador de truco, um jogo que tem por finalidade brincar com o adversário, tripudiar, fingir que se tem uma carta. Na vida, eu não faria isso. Mas no truco eu posso. Então, sim, há momentos em que essa permissão vem à tona. Onde pode? No teatro, no cinema, na música, no jogo. A gente sabe que a brincadeira é séria, mas é brincadeira.

Nem todo mundo é bom ou mau o tempo todo. Mas muitos de nós buscam ser mais bons do que maus. É da natureza humana?

Em grande medida, nós desejamos primeiro a ideia de bondade que supere a maldade. Quando ninguém escapa de fazê-lo e quando a pessoa não é alguém marcada por algum tipo de desvio psiquiátrico, em grande medida preferimos a bondade à maldade porque ela nos faz ser aceitos, há uma solidariedade maior em relação à convivência. Isso também nos leva a receber de volta mais situações de bondade. Há pessoas que caminham numa trajetória da maldade como sendo sua escolha mais expressiva, mas são as que consideramos moralmente adoentadas, com algum tipo de desvio psiquiátrico ou com uma perspectiva de existência em que só consegue se glorificar na maldade. Ainda assim, o número de pessoas que têm essa perspectiva é muito reduzido, do contrário, nossa vida em comunidade já teria se rompido há muito tempo. O que não significa que a gente não tem em nós essa postura angelical como sendo uma escolha, e também a demoníaca como possibilidade. (...)

Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/plural/ser-bom-ou-mau-%C3%A9-escolha-confira-com-o-fil%C3%B3sofo-e-professor-mario-sergio-cortella-1.760617. 
No período Portanto, a ocasião apenas permite que a pessoa se mostre naquilo que decidiu ser”, a conjunção em destaque liga períodos, estabelecendo entre eles uma ideia de  
Alternativas
Respostas
41: D
42: C
43: A
44: E
45: D
46: E
47: B
48: E
49: B
50: D
51: D
52: C
53: C
54: B
55: D
56: C
57: E
58: C
59: D
60: A