Questões de Concurso
Comentadas para médico patologista
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Texto I
A mobilidade da criança
O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas não participam dela.
Para a maior parcela, que se locomove a pé e de transporte coletivo, há insegurança, medo e a certeza de que o pedestre é considerado um intruso, um invasor do espaço. Além de aprender que precisa atravessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença delas. As décadas de planejamento urbano focado no carro tornaram as ruas um território de guerra – o fato de que o Brasil é o quarto país do mundo em mortes no trânsito fala por si só. Pesquisadores internacionais há tempos discutem os efeitos da “imobilidade” e da violência no trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e social das crianças. Exercer a independência numa cidade segura é fundamental para o crescimento saudável. Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente inexistentes e a infância é um período de feliz interação na sociedade.
Sobrepeso e falta de luz solar
Segundo a urbanista e arquiteta espanhola Irene
Quintáns, os urbanistas usam a presença de crianças
no espaço público como indicador de sucesso
urbano. “A ausência delas nas ruas aponta as falhas
das nossas cidades”, ela diz.
Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica circunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a vida em sociedade. Há ainda a questão do sedentarismo, do sobrepeso e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais concentração para desenvolver atividades complexas”.
Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças.
(https://www.metrojornal.com.br/colunistas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html)
Texto I
A mobilidade da criança
O que significa a mobilidade para os pequenos habitantes das cidades brasileiras? Para parte deles, o ir e vir está sempre relacionado ao carro. Das janelas dos automóveis, eles enxergam reflexos da cidade, mas não participam dela.
Para a maior parcela, que se locomove a pé e de transporte coletivo, há insegurança, medo e a certeza de que o pedestre é considerado um intruso, um invasor do espaço. Além de aprender que precisa atravessar a rua correndo porque o tempo do semáforo é insuficiente e o pedestre não é respeitado, a criança brasileira se acostuma a caminhar em calçadas muito estreitas e até em ruas sem a presença delas. As décadas de planejamento urbano focado no carro tornaram as ruas um território de guerra – o fato de que o Brasil é o quarto país do mundo em mortes no trânsito fala por si só. Pesquisadores internacionais há tempos discutem os efeitos da “imobilidade” e da violência no trânsito no desenvolvimento físico, cognitivo, motor e social das crianças. Exercer a independência numa cidade segura é fundamental para o crescimento saudável. Nos países em que as crianças andam de bicicleta e a pé com segurança, como na Holanda e na Dinamarca, por exemplo, os acidentes são praticamente inexistentes e a infância é um período de feliz interação na sociedade.
Sobrepeso e falta de luz solar
Segundo a urbanista e arquiteta espanhola Irene
Quintáns, os urbanistas usam a presença de crianças
no espaço público como indicador de sucesso
urbano. “A ausência delas nas ruas aponta as falhas
das nossas cidades”, ela diz.
Moradora da capital paulista há sete anos e mãe de dois filhos, Irene acredita que privar os pequenos de caminhar não é positivo. “Uma criança que fica circunscrita à locomoção no carro tende a ficar insegura para se movimentar. Ela também tem mais dificuldade em perceber o outro. Isso se chama empatia e é muito importante para a vida em sociedade. Há ainda a questão do sedentarismo, do sobrepeso e da falta de luz solar. Crianças que caminham para a escola têm mais concentração para desenvolver atividades complexas”.
Mesmo com todas as dificuldades já citadas, é importante usar o transporte público, caminhar e participar da vida na cidade. Na próxima vez que levar seus filhos à escola, reflita: por que ir de carro? Que tal descobrir a cidade ao lado deles, trocando ideias sobre o que vocês veem? Assim, eles aprendem a ser cidadãos e a viver o coletivo, enquanto exigimos que o poder público priorize a proteção das nossas crianças.
(https://www.metrojornal.com.br/colunistas/2018/10/11/ mobilidade-da-crianca.html)
O câncer do colo do útero é raro em mulheres até 30 anos e sua incidência aumenta progressivamente até ter seu pico na faixa de 45 a 50 anos. A mortalidade aumenta progressivamente a partir da quarta década de vida, com expressivas diferenças regionais (Brasil. Datasus/SIM).
O rastreamento do câncer do colo do útero no Brasil, recomendado pelo Ministério da Saúde, é o exame citopatológico em mulheres:
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea: ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, expelidos pela tosse, espirro ou fala de doentes com tuberculose pulmonar ou laríngea. Somente pessoas com essas formas de tuberculose ativa transmitem a doença. (Ministério da Saúde, 2017)
No tratamento de uma criança de 7 anos de idade acometida pela doença, não é recomendado a utilização do seguinte medicamento:
A Humanização se fundamenta no respeito e valorização da pessoa humana, e constitui um processo que visa à transformação da cultura institucional, por meio da construção coletiva de compromissos éticos e de métodos para as ações de atenção à Saúde e de gestão dos serviços. (Rios, 2009)
Sobre a Política Nacional de Humanização (PNH), julgue as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F):
⃣ O compromisso ético-estético-político da humanização do SUS se assenta nos valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de corresponsabilidade entre eles, de solidariedade dos vínculos estabelecidos, dos direitos dos usuários e da participação coletiva no processo de gestão.
⃣ Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas corresponde a diretriz denominada de “Acolhimento” na PNH.
⃣ Humanizar se traduz, então, como exclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais mudanças são construídas por uma pessoa ou grupo isolado, e às vezes de forma coletiva e compartilhada.
A sequência CORRETA é:
Representa um dos princípios doutrinários que norteiam a atuação do SUS:
A Atenção Básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Sobre a Atenção Básica, analise as afirmativas abaixo:
I. A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de Atenção à Saúde (RAS), coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.
II. Uma das diretrizes da Atenção Básica é o Cuidado Centrado na doença, no qual o cuidado é construído com as pessoas, de acordo com suas necessidades e potencialidades na busca de uma vida independente e plena.
Após a análise das afirmativas acima, é CORRETO afirmar que:
Observe:
O humor da tirinha decorre de um efeito de sentido marcado pela presença de:
Leia a tirinha abaixo:
O emprego da vírgula em “Venha depressa, doutor!” se justifica por:
Em relação às doenças e causas de morte ligadas ao Sistema Nervoso Central, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Lesão axonal difusa é uma lesão de origem traumática, ocorrida nas regiões centroaxiais profundas de substância branca, tronco e pedúnculo cerebrais, com tumefação axonal difusa e hemorragia focal. Pode acontecer durante evento de aceleração angular isolada, sem impacto externo do couro cabeludo.
( ) Outra causa de morte cerebral seria a hemorragia intraparenquimatosa espontânea (hemorragia intracraniana). Essa situação tem como causa principal a diabetes, onde há fragilidade de paredes capilares. Pode haver dificuldade de realizar diagnóstico diferencial com os sangramentos de origem traumática, quando o periciado tem queda da própria altura após a hemorragia e pode haver lesão do córtex vizinho, adjacente à lesão principal.
( ) O hematoma epidural é um sangramento relacionado à ruptura da artéria meníngea média, ocorrendo dentro do espaço virtual periósteo. São vulneráveis, em adultos, a traumatismos, sobretudo se ocorreram fraturas cranianas e afundamentos. Por vezes, as vítimas apresentam “intervalo lúcido” que pode durar horas entre o trauma e o aparecimento das manifestações neurológicas.
( ) O hematoma subdural também ocorre com a ruptura de paredes arteriais, transponentes à superfície de convexidade dos hemisférios cerebrais, transpondo os espaços subaracnoides subdurais e desaguam no seio sagital superior. Os hematomas subdurais ocorrem com ou sem fraturas cranianas, até mesmo após traumas cranianos relativamente leves.
( ) A rotura de um aneurisma cerebral provoca perda rápida de consciência. Pode acarretar invasão sanguínea de espaços aracnoides, inundação de ventrículos cerebrais e parênquima cerebral adjacente. O mecanismo de morte envolve hipertensão intracraniana, edema cerebral, hemorragia e intenso edema pulmonar neurogênico associado.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
Paciente de 50 anos, após discussão com o vizinho, chega em casa com mal súbito e queda de altura quando foi ao banheiro. Encontrado por familiar já sem sinais vitais. O acompanhante não sabe relatar o nome do remédio que a vítima tomava. Parou de fumar há vários anos. Nega alcoolismo.
À necropsia, observamos: ferida contusa irregular sangrante na região frontotemporal direita. Ao rebatimento do couro cabeludo, ausência de fratura óssea ou hematoma sub-galeal. À craniotomia, edema cerebral moderado, sem sinais de contusão cortical. Presença de área de hemorragia parenquimatosa e inundação recente do ventrículo lateral esquerdo.
Coração cardiomegálico, pesando 450g. Presença de espessamento concêntrico de parede ventricular esquerda. Observamos algumas placas ateromatosas, ocluindo até 25% do diâmetro das paredes coronarianas. Pulmões com congestão e edema. Demais órgãos sem alterações.
Durante o estudo necroscópico e macroscópico desse caso, os médicos-legistas concluíram que a principal hipótese diagnóstica é:
Quanto aos diagnósticos diferenciais de adultos vítimas de Morte Súbita, analise as assertivas abaixo e assinale V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) A causa mais comum de morte súbita em adultos é a cardiomiopatia hipertrófica, na qual o aumento do peso cardíaco, ventrículos e septo interventricular diminui o canal do escoamento do sangue, logo abaixo da valva aórtica.
( ) A cardiopatia isquêmica ou aterosclerótica permite o diagnóstico de Morte Súbita, mesmo se não for possível a observação macroscópica e microscópica do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
( ) Os aneurismas dissecantes da aorta, em sua maior frequência, causam a morte por tamponamento cardíaco, decorrente de hemopericárdio maciço.
( ) O mecanismo final de Morte Cardíaca Súbita é, em geral, uma arritmia cardíaca incompatível com a vida (taquicardia intensa, assistolia fibrilação ventricular).
( ) A cardiopatia hipertensiva (secundária à hipertensão arterial sistêmica) provoca, através do mecanismo de fluxo sanguíneo regurgitante: sobrecarga ventricular esquerda, possibilidade de dilatação ventricular súbita e morte por edema pulmonar agudo.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: