Questões de Concurso Comentadas para técnico em farmácia

Foram encontradas 994 questões

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Ano: 2022 Banca: IV - UFG Órgão: UFJ Prova: CS-UFG - 2022 - UFJ - Técnico em Farmácia |
Q1918800 Farmácia
Um cão, com diagnóstico de miastenia gravis (destruição imunomediada dos receptores nicotínicos nas fendas mioneurais), apresenta normalmente dificuldade de contração muscular, levando-a a hipotonia, fadiga muscular e, em casos mais graves, pneumonia aspirativa, que pode levar ao óbito. Nesses casos, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento, é normalmente prescrito pelo médico veterinário um anticolinestérasico. É um representante dessa classe de fármacos o/a:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: IV - UFG Órgão: UFJ Prova: CS-UFG - 2022 - UFJ - Técnico em Farmácia |
Q1918799 Farmácia
Qual dos seguintes fármacos apresenta efeito antiemético por atuar antagonizando receptores de neurocinina – 1 (NK1):
Alternativas
Ano: 2022 Banca: IV - UFG Órgão: UFJ Prova: CS-UFG - 2022 - UFJ - Técnico em Farmácia |
Q1918796 Farmácia
O laboratório clínico do Hospital Veterinário recebe uma solicitação de coleta de amostras biológicas para os seguintes exames: hemograma completo, creatinina/ureia, provas de avaliação da hemostasia e avaliação dos elementos anormais do sedimento (EAS). Os frascos de coleta adequados para esses exames são, respectivamente:
Alternativas
Ano: 2022 Banca: IV - UFG Órgão: UFJ Prova: CS-UFG - 2022 - UFJ - Técnico em Farmácia |
Q1918795 Farmácia
Um gato macho, de 7 anos, com 5 kg e histórico de alteração renal, apresenta-se ao Hospital Veterinário com a língua arroxeada, cansaço físico, dispneia e auscultas pulmonar e cardíaca alteradas. Com o diagnóstico de insuficiência cardíaca congestiva e edema pulmonar, o animal será tratado com benazepril. Para esse medicamento está disponível a concentração de 10 mg/comprimido. Sabendo-se que a dose recomendada para gatos é de 0,5mg/kg, qual é a quantidade de comprimidos necessárias para esse tratamento e qual o mecanismo de ação deste?
Alternativas
Ano: 2022 Banca: IV - UFG Órgão: UFJ Prova: CS-UFG - 2022 - UFJ - Técnico em Farmácia |
Q1918794 Química
De uma solução de ácido sulfúrico a 4 N foi solicitada a obtenção de uma solução de 250 mL, com concentração final de 2,5 N. Qual o volume da solução “mãe” é necessário para esse preparo? 
Alternativas
Q1918793 Noções de Informática
No MS-Excel versão em português, qual das opções abaixo retorna a soma dos valores contidos na linha 2?
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Alternativas
Q1918792 Noções de Informática
O Microsoft Word permite que as páginas dos documentos sejam numeradas. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1918791 Noções de Informática
“Esta tecnologia permite usuários e empresas armazenar, manter e acessar dados em servidores de alta disponibilidade via Internet. Geralmente apresentado como um serviço, com ele qualquer computador ou dispositivo móvel pode enviar ou acessar informações via Internet.”
A tecnologia descrita no texto é expressa na alternativa: 
Alternativas
Q1918790 Noções de Informática
Sobre as medidas preventivas de proteção contra códigos maliciosos (malware), analise as afirmações.
I. Não atualizar o sistema operacional é uma medida eficaz de proteção contra malware. II. A utilização de software antivírus ou antimalware ajuda a detectar e remover códigos maliciosos. III. Fazer regularmente backup dos dados pode evitar perdas em casos de infecção por códigos maliciosos.
Quais alternativas estão corretas?
Alternativas
Q1918789 Noções de Informática
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna:
Em muitos aplicativos de correios eletrônicos, aparece a abreviatura em Língua Portuguesa: “CC”. Esse recurso permite ao usuário 
Alternativas
Q1918787 Matemática
Uma fábrica opera com 6 máquinas de igual capacidade para envazar 500 caixas de frascos em 4 dias. Que ordem administrativa deverá ser dada para envazar 250 caixas de frascos em 3 dias? 
Alternativas
Q1918783 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO:


VIDAS NEGRAS IMPORTAM DE FATO NO BRASIL?

HÉLIO SANTOS

A pergunta-título pode parecer estranha para alguns, porque vidas humanas devem importar sempre, independentemente de qualquer condição. O Black Lives Matter hashtag que dominou o mundo, sobretudo após a morte por sufocamento de George Floyd nos Estados Unidos – levanta a barbárie da violência que vitima negros em todo o mundo e de forma especial em países multirraciais como o Brasil. Reitera-se: “Vidas Negras Importam”. Mas esse clamor é um fato no Brasil? Vidas negras importam mesmo aqui?


A indagação do título acima tem pertinência, sim. Os antirracistas estão abalados pelas últimas mortes violentas de dois homens negros jovens – ambos no letal estado do Rio de Janeiro. Todavia, há uma continuidade das mortes que não cessam nunca o que torna nossa palavra de ordem algo sem repercussão na vida real da sociedade brasileira.


O jovem imigrante congolês Moïse Kabagambe sofreu, antes da xenofobia que imigrantes negros vivem aqui, violento racismo que de forma brutal o massacrou até à morte. Racismo este que assola aos negros sejam estes nascidos aqui ou não. Jamais um imigrante argentino, português ou do leste europeu, morreria daquela forma ao reivindicar salários atrasados. Tão infame quanto à morte de Moïse, foi a de Durval Teófilo Filho morto por um sargento da marinha que acertou 3 tiros no escuro contra o pai de família que retornava do trabalho – os dois últimos disparos foram feitos após a vítima, já caída, pedir clemência.


Vejamos: antes dos violentos assassinatos recentes destes jovens negros descortinamos uma sequência tenebrosa de casos que só vieram a público frente à covardia como aconteceram. Em 2021 a bela modelo e designer de 24 anos Kathlen Romeu – grávida – foi morta por um tiro de fuzil quando saía da casa de sua avó materna em Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio. Não havia tiroteio no local como alegaram os policiais. A mãe da jovem foi enfática: “Foi a polícia que matou minha filha”. Ainda em 2021 em uma loja da rede Atakarejo em Salvador (BA), após furtarem carne, 2 homens famintos em plena pandemia – tio e sobrinho – foram detidos pela segurança da rede comercial e entregues não à polícia, mas aos traficantes da região que após sessão de tortura os matou a tiros. Vê-se aqui a gravidade do que apelidamos Segurança Privada em pleno conluio com o tráfico. Em 2020, 3 meninos foram mortos pelo tráfico de Belfort Roxo. Mais uma vez as comunidades esquecidas, invadidas livremente por marginais, foram vítimas da violência difusa liberada ao tráfico. As crianças de 9, 11 e 12 anos foram torturadas antes de serem mortas e seus corpos nunca foram encontrados. Ainda em 2020 no Rio de Janeiro, 12 crianças – 5 meninas e 7 garotos – foram mortas por balas perdidas; cerca de uma por mês. Pergunta necessária: qual seria a reação das autoridades caso esses inocentes fossem crianças que brincassem nos playgrounds dos luxuosos bairros da zona sul carioca como Gávea, Leblon ou Barra? Balas nunca se perdem na direção de crianças brancas dos bairros ricos na cidade maravilhosa. Ainda bem, porque nenhuma criança merece isto.


Em 2020, tivemos um assassinato bem parecido com o que vitimou George Floyd, foi a vez de João Alberto, morto por sufocamento e agressões numa loja do Carrefour em Porto Alegre. Tudo foi filmado e exibido ao mundo. Ainda no mesmo ano foi a vez dolorosa de Miguel Otávio de 5 anos, abandonado pela patroa de sua mãe no elevador de serviço em um prédio de luxo no Recife. O meninozinho, reitero de 5 anos, se perdeu e caiu do 9º andar do edifício. Detalhe: a mãe que deixou a criança sob os cuidados da patroa passeava na calçada com a cadela da família. Em 2019, foi a vez de militares do exército brasileiro executarem uma pessoa negra. Pasmem: a família do músico Evaldo Rosa se dirigia de automóvel na região de Deodoro (zona Oeste do Rio) para um chá de bebê numa tarde de domingo – sua esposa, filho, uma acompanhante e seu sogro assistiram ao seu fuzilamento e só não morreram por milagre, pois cerca de 80 tiros de fuzis foram disparados contra eles. O sogro se feriu e um catador que tentou ajudar foi ferido também e depois veio a morrer. Todo mundo negro. Os militares alegaram “engano” pelos 80 tiros! Já Sérgio Moro, então ministro da justiça, chamou o fuzilamento de “incidente”. Caso fosse um tanque em uma guerra talvez não precisasse de 80 tiros de fuzil, mas uma família negra num automóvel fez jus a esse absurdo que não seria o recorde em violência, como se verá a seguir. Dessa vez (2015) as vítimas foram 5 adolescentes – todos negros de novo – que receberam 111 tiros da letal PM carioca. Essa execução coletiva se deu no bairro de Costa Barros na zona norte do Rio. Nenhum dos meninos tinha armas ou passagem pela polícia. Eram estudantes da comunidade e estavam no interior de um carro. O número de tiros – 111 – em que se revezavam fuzis e pistolas, dispensa o meu comentário. Ainda em 2015, no bairro do Cabula em Salvador, 12 jovens entre 16 e 27 anos tiveram execuções sumárias num caso que estarreceu a cidade pois não se vislumbrou nenhuma razão plausível para a chacina. Num julgamento relâmpago, uma juíza inocentou os policiais militares, mas a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça da Bahia.


Não temos espaço para falar de inúmeros outros casos, como o da mulher que foi arrastada por uma viatura da PM no Rio por mais de 300 metros. Isso sem contar as ameaças constantes que se tornaram mania contra políticos negros eleitos, especialmente mulheres, em que o exemplo mais marcante foi o de Marielle Franco com repercussão internacional. Essa lista não tem fim. 


Se formos indo aprofundando no tempo chegaremos a 1978, quando o feirante Robson da Luz foi torturado e morto numa delegacia em Osasco pela Polícia Civil de São Paulo. Essa morte foi um dos vetores que levou à criação do Movimento Negro Unificado (MNU) que há 44 anos batalha pelas vidas negras sempre sob constante ameaça.


Nenhum dos casos que eu trouxe aqui se tratou de pessoas que estavam enfrentando a polícia ou que estivessem em combate aberto contra outras pessoas.


Neste ano, os homens e mulheres que pretendem candidatar ao governo das 27 unidades federativas desse país continente têm que ter propostas razoáveis para essa “sangria desatada” – expressão usada pelos nossos avós para algo que nunca tem fim. Por outro lado, aquelas e aqueles que desejam o emprego de presidente da república terão de se posicionar com políticas efetivas para a defesa do que de mais elementar o estado deve proporcionar às pessoas: o direito à vida.


Dados de 2012 revelam 63 mortes diárias de jovens – todos negros – na faixa de 15 a 29 anos; quase 3 mortes a cada hora. Um desastre dessas proporções só é possível quando o aparato policial e judicial é conivente, quando não agente dessa mortandade. Mídia e os partidos políticos – que governam o país – têm sua parte nesse latifúndio bárbaro, anacrônico e que nos rebaixa a um vergonhoso ranking no campo dos direitos fundamentais.


Vidas negras importam – sim – para os antirracistas (negros e não-negros) que atuam na contramão de uma elite anestesiada e adoecida moralmente. Todavia, só a sociedade como um todo, liderada por mulheres e homens que almejem posicionar o Brasil num patamar civilizatório adequado ao século 21, pode estancar essa chaga que nos humilha, massacra e provoca muita dor à população majoritária que aqui está há meio milênio construindo o País.


Escancara-se a banalização do brutalismo contra a população negra. Questão que se faz necessária: qual a causa dessa reiterada anestesia moral? São várias, mas a impunidade e a abissal desigualdade racial nutrida pelo racismo têm espaço de destaque nessa cena distópica do país. A justiça que condena e prende a mãe que furta 2 litros de leite, devido a fome de sua prole, é a mesma que protela para as calendas o julgamento dos grandes sonegadores – todos brancos e ricos – que só em 2020 lesaram os cofres públicos em incríveis 460 bilhões de reais.


Não me parece mais correto dizer que o Brasil não tem projeto de nação. Ninguém come maça se não houver macieira. O que não temos são líderes e partidos com uma visão sistêmica que deem conta e queiram decifrar um país de 522 anos dos quais 354 se desenrolaram sob o barbarismo escravista. 



Adaptado de: Vidas negras importam de fato no Brasil? - Geledés (geledes.org.br) Acessado em 15/02/2022.

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A reflexão proposta pela tirinha de Armandinho tem o mesmo sentindo do seguinte fragmento de texto, considerando-o em seu contexto:

Alternativas
Q1918780 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO:


VIDAS NEGRAS IMPORTAM DE FATO NO BRASIL?

HÉLIO SANTOS

A pergunta-título pode parecer estranha para alguns, porque vidas humanas devem importar sempre, independentemente de qualquer condição. O Black Lives Matter hashtag que dominou o mundo, sobretudo após a morte por sufocamento de George Floyd nos Estados Unidos – levanta a barbárie da violência que vitima negros em todo o mundo e de forma especial em países multirraciais como o Brasil. Reitera-se: “Vidas Negras Importam”. Mas esse clamor é um fato no Brasil? Vidas negras importam mesmo aqui?


A indagação do título acima tem pertinência, sim. Os antirracistas estão abalados pelas últimas mortes violentas de dois homens negros jovens – ambos no letal estado do Rio de Janeiro. Todavia, há uma continuidade das mortes que não cessam nunca o que torna nossa palavra de ordem algo sem repercussão na vida real da sociedade brasileira.


O jovem imigrante congolês Moïse Kabagambe sofreu, antes da xenofobia que imigrantes negros vivem aqui, violento racismo que de forma brutal o massacrou até à morte. Racismo este que assola aos negros sejam estes nascidos aqui ou não. Jamais um imigrante argentino, português ou do leste europeu, morreria daquela forma ao reivindicar salários atrasados. Tão infame quanto à morte de Moïse, foi a de Durval Teófilo Filho morto por um sargento da marinha que acertou 3 tiros no escuro contra o pai de família que retornava do trabalho – os dois últimos disparos foram feitos após a vítima, já caída, pedir clemência.


Vejamos: antes dos violentos assassinatos recentes destes jovens negros descortinamos uma sequência tenebrosa de casos que só vieram a público frente à covardia como aconteceram. Em 2021 a bela modelo e designer de 24 anos Kathlen Romeu – grávida – foi morta por um tiro de fuzil quando saía da casa de sua avó materna em Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio. Não havia tiroteio no local como alegaram os policiais. A mãe da jovem foi enfática: “Foi a polícia que matou minha filha”. Ainda em 2021 em uma loja da rede Atakarejo em Salvador (BA), após furtarem carne, 2 homens famintos em plena pandemia – tio e sobrinho – foram detidos pela segurança da rede comercial e entregues não à polícia, mas aos traficantes da região que após sessão de tortura os matou a tiros. Vê-se aqui a gravidade do que apelidamos Segurança Privada em pleno conluio com o tráfico. Em 2020, 3 meninos foram mortos pelo tráfico de Belfort Roxo. Mais uma vez as comunidades esquecidas, invadidas livremente por marginais, foram vítimas da violência difusa liberada ao tráfico. As crianças de 9, 11 e 12 anos foram torturadas antes de serem mortas e seus corpos nunca foram encontrados. Ainda em 2020 no Rio de Janeiro, 12 crianças – 5 meninas e 7 garotos – foram mortas por balas perdidas; cerca de uma por mês. Pergunta necessária: qual seria a reação das autoridades caso esses inocentes fossem crianças que brincassem nos playgrounds dos luxuosos bairros da zona sul carioca como Gávea, Leblon ou Barra? Balas nunca se perdem na direção de crianças brancas dos bairros ricos na cidade maravilhosa. Ainda bem, porque nenhuma criança merece isto.


Em 2020, tivemos um assassinato bem parecido com o que vitimou George Floyd, foi a vez de João Alberto, morto por sufocamento e agressões numa loja do Carrefour em Porto Alegre. Tudo foi filmado e exibido ao mundo. Ainda no mesmo ano foi a vez dolorosa de Miguel Otávio de 5 anos, abandonado pela patroa de sua mãe no elevador de serviço em um prédio de luxo no Recife. O meninozinho, reitero de 5 anos, se perdeu e caiu do 9º andar do edifício. Detalhe: a mãe que deixou a criança sob os cuidados da patroa passeava na calçada com a cadela da família. Em 2019, foi a vez de militares do exército brasileiro executarem uma pessoa negra. Pasmem: a família do músico Evaldo Rosa se dirigia de automóvel na região de Deodoro (zona Oeste do Rio) para um chá de bebê numa tarde de domingo – sua esposa, filho, uma acompanhante e seu sogro assistiram ao seu fuzilamento e só não morreram por milagre, pois cerca de 80 tiros de fuzis foram disparados contra eles. O sogro se feriu e um catador que tentou ajudar foi ferido também e depois veio a morrer. Todo mundo negro. Os militares alegaram “engano” pelos 80 tiros! Já Sérgio Moro, então ministro da justiça, chamou o fuzilamento de “incidente”. Caso fosse um tanque em uma guerra talvez não precisasse de 80 tiros de fuzil, mas uma família negra num automóvel fez jus a esse absurdo que não seria o recorde em violência, como se verá a seguir. Dessa vez (2015) as vítimas foram 5 adolescentes – todos negros de novo – que receberam 111 tiros da letal PM carioca. Essa execução coletiva se deu no bairro de Costa Barros na zona norte do Rio. Nenhum dos meninos tinha armas ou passagem pela polícia. Eram estudantes da comunidade e estavam no interior de um carro. O número de tiros – 111 – em que se revezavam fuzis e pistolas, dispensa o meu comentário. Ainda em 2015, no bairro do Cabula em Salvador, 12 jovens entre 16 e 27 anos tiveram execuções sumárias num caso que estarreceu a cidade pois não se vislumbrou nenhuma razão plausível para a chacina. Num julgamento relâmpago, uma juíza inocentou os policiais militares, mas a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça da Bahia.


Não temos espaço para falar de inúmeros outros casos, como o da mulher que foi arrastada por uma viatura da PM no Rio por mais de 300 metros. Isso sem contar as ameaças constantes que se tornaram mania contra políticos negros eleitos, especialmente mulheres, em que o exemplo mais marcante foi o de Marielle Franco com repercussão internacional. Essa lista não tem fim. 


Se formos indo aprofundando no tempo chegaremos a 1978, quando o feirante Robson da Luz foi torturado e morto numa delegacia em Osasco pela Polícia Civil de São Paulo. Essa morte foi um dos vetores que levou à criação do Movimento Negro Unificado (MNU) que há 44 anos batalha pelas vidas negras sempre sob constante ameaça.


Nenhum dos casos que eu trouxe aqui se tratou de pessoas que estavam enfrentando a polícia ou que estivessem em combate aberto contra outras pessoas.


Neste ano, os homens e mulheres que pretendem candidatar ao governo das 27 unidades federativas desse país continente têm que ter propostas razoáveis para essa “sangria desatada” – expressão usada pelos nossos avós para algo que nunca tem fim. Por outro lado, aquelas e aqueles que desejam o emprego de presidente da república terão de se posicionar com políticas efetivas para a defesa do que de mais elementar o estado deve proporcionar às pessoas: o direito à vida.


Dados de 2012 revelam 63 mortes diárias de jovens – todos negros – na faixa de 15 a 29 anos; quase 3 mortes a cada hora. Um desastre dessas proporções só é possível quando o aparato policial e judicial é conivente, quando não agente dessa mortandade. Mídia e os partidos políticos – que governam o país – têm sua parte nesse latifúndio bárbaro, anacrônico e que nos rebaixa a um vergonhoso ranking no campo dos direitos fundamentais.


Vidas negras importam – sim – para os antirracistas (negros e não-negros) que atuam na contramão de uma elite anestesiada e adoecida moralmente. Todavia, só a sociedade como um todo, liderada por mulheres e homens que almejem posicionar o Brasil num patamar civilizatório adequado ao século 21, pode estancar essa chaga que nos humilha, massacra e provoca muita dor à população majoritária que aqui está há meio milênio construindo o País.


Escancara-se a banalização do brutalismo contra a população negra. Questão que se faz necessária: qual a causa dessa reiterada anestesia moral? São várias, mas a impunidade e a abissal desigualdade racial nutrida pelo racismo têm espaço de destaque nessa cena distópica do país. A justiça que condena e prende a mãe que furta 2 litros de leite, devido a fome de sua prole, é a mesma que protela para as calendas o julgamento dos grandes sonegadores – todos brancos e ricos – que só em 2020 lesaram os cofres públicos em incríveis 460 bilhões de reais.


Não me parece mais correto dizer que o Brasil não tem projeto de nação. Ninguém come maça se não houver macieira. O que não temos são líderes e partidos com uma visão sistêmica que deem conta e queiram decifrar um país de 522 anos dos quais 354 se desenrolaram sob o barbarismo escravista. 



Adaptado de: Vidas negras importam de fato no Brasil? - Geledés (geledes.org.br) Acessado em 15/02/2022.

No trecho copiado abaixo, a função dos dois pontos é:


Vejamos: antes dos violentos assassinatos recentes destes jovens negros descortinamos uma sequência tenebrosa de casos que só vieram a público frente à covardia como aconteceram.

Alternativas
Q1918777 Português

TEXTO PARA A QUESTÃO:


NÃO SOMOS FILHOS DAS COTAS! MAS CONSTRUÍMOS ESSA POLÍTICA



Ao pensar o conceito de políticas públicas e seu diálogo com a luta antirracista e ao recordar as experiências acumuladas de gestores públicos, podemos dizer: não somos filhos das cotas, mas nossas contribuições no tema de combate ao racismo resultaram nesta política reparatória. 

De Zumbi a Oliveira Silveira, Matilde Ribeiro e Luiza Bairros, começo esta conversa chamando à responsabilidade os beneficiários dessa luta. Tomar a vida como algo fácil, não reconhecendo essa conquista como um processo resultante de nossas ações, significa que temos o racismo como uma espada que está sempre presente sobre nossas cabeças, fixando limites, impondo consequências, artimanhas, e nos obrigando a chamar atenção para este momento conjuntural, na perspectiva nacional e internacional, e como tudo isso se relaciona. 

Um dos pontos centrais de nossa conversa é pensar as relações de poder, a concepção de Estado e o desenvolvimento de políticas públicas de promoção da igualdade racial, dar respostas a setores da população carentes dessas políticas. Logo, o que determina a chegada, o rumo e a velocidade dessas políticas são os fatores e os fatos históricos. Assim, na historicidade, devemos buscar analisar realidades que não podem ser contestadas, porque fatos históricos são incontestáveis. Ninguém muda a história, ainda que tentem sabotar e negligenciar suas narrativas. 

A propósito, foi sob a ordem de uma legalidade colonialista que se dizimaram povos e nações dos continentes americano e africano e, assim, construíram o conceito eurocêntrico, de berço e centro da humanidade. E para sustentar esse paradigma saquearam, mataram índios e negros em territórios africanos, nas Américas, promovendo a diáspora negra.

Ao discorrer sobre o tema racial, que é denso e estrutural, repenso estratégias para abordá-lo e expressar todos os sentimentos e sensações (dores e anseios), eu, uma pessoa negra enraizada no Brasil, buscando encontrar o meu local de fala, como brasileiro, um homem negro, periférico e vinculado a vários determinantes sociais que influenciam nossas vidas diariamente, como corpos andantes em uma sociedade capitalista e ainda com forte legado escravocrata, e que colaboram para situações que muitos não conseguem compreender. Mas, com tudo isso, tento produzir e transmitir conhecimentos para a construção de um debate e de uma luta antirracista, para os quais precisamos acionar muitos mecanismos. 

Com esse entendimento, queremos mostrar como a ausência dessas políticas públicas reparadoras e de promoção da igualdade racial contribui para um processo de embranquecimento – entendendo que muitos símbolos são estruturados em uma ideologia que tem afetado a população negra – e, baseado nesse diagnóstico, desconstruir estereótipos e arquétipos negativos, mudando essa estrutura racista que tem atingido, psicologicamente, um processo de coisificação e embranquecimento de nossos corpos. Essas situações e processos são resultado de uma ideologia que está nas entranhas de nossa sociedade, nas ações estruturantes da gestão de políticas governamentais em todas as esferas.

Encontramos traços marcantes dela nos currículos da formação, nas políticas públicas voltadas para educação, saúde, economia, habitação… Geralmente, como militantes e movimentos, pensamos em formular diversas políticas com recorte racial, mas, como gestores, esquecemos de propor mudanças nas formações dos profissionais. Em todas áreas e níveis do funcionalismo público dá-se pouca ênfase a isso. 

Nesse sentido, chamamos atenção para este processo de formação de novos quadros políticos sociais no movimento negro e fora dele, porque, como já falamos, não basta combatermos o racismo, temos que procurar agir de forma antirracista e reconstruir uma ideologia de identidade negra. Ao longo da história, nossa identidade foi sendo desconstruída e, por mais que antropologicamente se diga que a origem do mundo foi em território africano, mesmo assim, muitos legados foram historicamente negados no reconhecimento de nossa ancestralidade.


Adaptado de:
https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2022/02/4
982904-nao-somos-filhos-das-cotas-mas-construimosesta-politica.html 

Acessado em 07/02/2022.

Imagem associada para resolução da questão

Obra: Amnésia, 2015 Autor: Flávio Cerqueira Tinta látex sobre bronze



A questão abordada na obra acima encontra correlações com a seguinte frase do texto de Jorge Senna:

Alternativas
Q1840697 Português
Levando em consideração as regras de concordância, atente-se para as frases a seguir.
I. São bastantes argumentos pertinentes ao assunto. II. Foram questões as mais complicadas possível. III. Anexas aos contratos estão as cópias dos documentos.
Está(ão) correto(s):
Alternativas
Q1840696 Redação Oficial
O Manual de Redação Oficial apresenta formas de condutas na escrita de acordo com a gramática normativa. Dentre várias regras nele colocadas, há referência ao emprego dos pronomes de tratamento. De acordo aos estudos do emprego dos mesmos, e a forma correta, identifique a frase em que houve DESVIO na construção, infringindo a norma culta.
Alternativas
Q1840694 Português

Leia a letra da música a seguir.



O sal da Terra

 

Anda, quero te dizer nenhum segredo

Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar

Tempo, quero viver mais duzentos anos

Quero não ferir meu semelhante, nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão

Para construir a vida nova vamos precisar de muito amor

A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor, o pé na terra

A paz na Terra, amor, o sal da...

Terra, és o mais bonito dos planetas

Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã

Canta, leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã

Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois

Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois

Deixa nascer o amor

Deixa fluir o amor

Deixa crescer o amor

Deixa viver o amor

O sal da Terra.

Beto Guedes

“Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã”. É correto afirmar que a palavra destacada:
Alternativas
Q1840693 Português

Leia a letra da música a seguir.



O sal da Terra

 

Anda, quero te dizer nenhum segredo

Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar

Tempo, quero viver mais duzentos anos

Quero não ferir meu semelhante, nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão

Para construir a vida nova vamos precisar de muito amor

A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor, o pé na terra

A paz na Terra, amor, o sal da...

Terra, és o mais bonito dos planetas

Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã

Canta, leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã

Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois

Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois

Deixa nascer o amor

Deixa fluir o amor

Deixa crescer o amor

Deixa viver o amor

O sal da Terra.

Beto Guedes

“Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão”. A oração destacada nesse verso estabelece, em relação à oração anteposta:
Alternativas
Q1840692 Português

Leia a letra da música a seguir.



O sal da Terra

 

Anda, quero te dizer nenhum segredo

Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar

Tempo, quero viver mais duzentos anos

Quero não ferir meu semelhante, nem por isso quero me ferir

Vamos precisar de todo mundo pra banir do mundo a opressão

Para construir a vida nova vamos precisar de muito amor

A felicidade mora ao lado e quem não é tolo pode ver

A paz na Terra, amor, o pé na terra

A paz na Terra, amor, o sal da...

Terra, és o mais bonito dos planetas

Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã

Canta, leva tua vida em harmonia

E nos alimenta com teus frutos, tu que és do homem a maçã

Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois

Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão

Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois

Deixa nascer o amor

Deixa fluir o amor

Deixa crescer o amor

Deixa viver o amor

O sal da Terra.

Beto Guedes

Anda, quero te dizer nenhum segredo”. Em relação ao verbo destacado:
Alternativas
Q1840688 Português
Leia o texto a seguir.
A construção da convivência

    O Estado democrático de direito, essa engenhosa invenção política e social que garante a convivência civilizada mesmo em situações de conflito e de confronto, é uma planta frágil. Não basta que ele esteja inscrito nas constituições ou que seja professado nos programas dos partidos políticos. É preciso que a prática cotidiana dos governos, das organizações sociais e dos cidadãos ajude a formar uma barreira que impeça que essa fragilidade seja vencida pela violência. Fatos recentes, especialmente em nosso Estado, mostram que não está havendo esse cuidado.
    Uma série de acontecimentos atesta essa estranha tolerância com a ilegalidade e a violência. Aí estão o episódio da invasão da delegacia regional do Ministério da Agricultura, as frequentes ocupações do prédio do Incra, a inoperância do aparelho estatal quando ele é exigido, a depredação de um estabelecimento comercial à vista da autoridade policial, a invasão de um hotel em que falaria uma autoridade do Poder Judiciário, a ocupação de propriedades rurais ou a destruição de lavouras de experimentação genética. Em comum em todos esses episódios há, em primeiro lugar, uma quebra dos limites democráticos e a omissão mal explicada do poder público.
    A sociedade gaúcha, que tem uma história a zelar, aprendeu à custa de sacrifícios humanos e materiais que a democracia e o respeito aos direitos são o único caminho para evitar a desagregação e a violência. A questão dos limites das manifestações e dos protestos está surgindo como elemento crucial para a manutenção de padrões urbanos a serem dotados pelos cidadãos. O risco gerado pelas posturas quase anárquicas de algumas organizações é de que, à margem do Estado de direito, surjam reações igualmente anárquicas e igualmente condenáveis. Não se trata, pois, de analisar essas quebras de limites do ponto de vista de sua extração política ou de suas motivações ideológicas. Trata-se sim de vê-las do ponto de vista geral de uma sociedade que precisa de tranquilidade para desenvolver-se e que tem o direito de exigir dos governos manutenção da segurança dos limites democráticos.
    A história brasileira e gaúcha recente tem demonstrado que o país soube vencer o teste dos limites e lançar os fundamentos de uma sociedade pluralista e democrática, ao mesmo tempo que está, mal ou bem, dando razão às reivindicações dos excluídos. O conflito, que é essencial para o crescimento e o progresso das sociedades, precisa ser contido dentro de limites aceitáveis sob pena de se transformar num elemento patológico de perturbação social. Cabe ao poder público, por delegação constitucional, exercer uma mediação produtiva, usando para isso dos instrumentos normais que o Estado de direito só concede aos governantes constituídos. Abrir mão dessa função será abdicar da função de governar para todos.
Zero Hora, Porto Alegre – 2001. 
“Uma série de acontecimentos atesta essa estranha tolerância com a ilegalidade e a violência”. O processo de formação que sofreu a palavra destacada nesse trecho foi:
Alternativas
Respostas
341: C
342: C
343: E
344: D
345: E
346: B
347: D
348: A
349: D
350: A
351: B
352: E
353: E
354: D
355: A
356: C
357: A
358: A
359: D
360: C