Questões de Concurso
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“Microeletrônica, tecnologia da informação e globalização do capital produzem uma imediata sociedade mundial para além de todos os limites nacionais e culturais; não positivamente , como conquista, mas negativamente, como processo de definhamento econômico: sempre mais seres humanos se tornam supérfluos, pois já não podem mais vender sua força de trabalho” (KURZ, 2015, p. 57) A esse respeito, assinale a alternativa correta.
O termo “Globalização” tem sido um termo utilizado com sentido polissêmico dentro das ciências humanas e também fora dela, caindo inclusive no âmbito do senso comum. A respeito da Globalização.
Assinale a alternativa incorreta.
As reflexões de Karl Marx acerca das dinâmicas de produção e reprodução do Capital foram e ainda são muito influentes dentro do pensamento sociológico. A respeito das teorias deste autor, assinale a alternativa incorreta.
“Penso que, atrás do ódio que o povo tem da justiça, dos juízes, dos tribunais, das prisões, não se deve apenas ver a ideia de outra justiça melhor e mais justa, mas antes de tudo a percepção de um ponto singular em que o poder se exerce em detrimento do povo” (FOUCAULT, 2008, p. 73).
Analise o trecho acima e assinale a alternativa correta:
A respeito da “Escola Americana” de sociologia os trabalhos desenvolvidos na Universidade de Chicago tiveram grande repercussão dentro das ciências sociais. A respeito da “Escola de Chicago” [...].
Assinale a alternativa incorreta.
“Ao invés de uma ciência preocupada com as instituições, ___________ desenvolveu o estudo da sociedade, considerando a atitude dos indivíduos ao interagir com outros, enquanto integrantes de determinado grupo, tipificado pelo pesquisador. Ao invés de uma pesquisa, na qual o cientista deveria estar distante do seu objeto de estudo, ____________ identifica o pesquisador, enquanto um ator social que só será capaz de compreender a sociedade a partir do momento em que estiver metodologicamente próximo do [que] quer compreender” (FAVARO, 2015).
Assinale a alternativa que preencha correta e, respectivamente, as lacunas.
Texto
No Brasil, entre o “pode” e o “não pode”, encontramos um “jeito”, ou seja, uma forma de conciliar todos os interesses, criando uma relação aceitável entre o solicitante, o funcionário-autoridade e a lei universal. Geralmente, isso se dá quando as motivações profundas de ambas as partes são conhecidas; ou imediatamente, quando ambos descobrem um elo em comum banal (torcer pelo mesmo time) ou especial (um amigo comum, uma instituição pela qual ambos passaram ou o fato de se ter nascido na mesma cidade). A verdade é que a invocação da relação pessoal, da regionalidade, do gosto, da religião e de outros fatores externos àquela situação poderá provocar uma resolução satisfatória ou menos injusta. Essa é a forma típica do “jeitinho”. Uma de suas primeiras regras é não usar o argumento igualmente autoritário, o que também pode ocorrer, mas que leva a um reforço da má vontade do funcionário. De fato, quando se deseja utilizar o argumento da autoridade contra o funcionário, o jeitinho é um ato de força que no Brasil é conhecido como o “Sabe com quem está falando?”, em que não se busca uma igualdade simpática ou uma relação contínua com o agente da lei atrás do balcão, mas uma hierarquização inapelável entre o usuário e o atendente. De modo que, diante do “não pode” do funcionário, encontra-se um “não pode do não pode” feito pela invocação do “Sabe com quem você está falando?”. De qualquer modo, um jeito foi dado. “Jeitinho” e “Você sabe com quem está falando?” são os dois polos de uma mesma situação. Um é um modo harmonioso de resolver a disputa; o outro, um modo conflituoso e direto de realizar a mesma coisa. O “jeitinho” tem muito de cantada, de harmonização de interesses opostos, tal como quando uma mulher encontra um homem e ambos, interessados num encontro romântico, devem discutir a forma que o encontro deverá assumir. O “Sabe com quem está falando?”, por seu lado, afirma um estilo em que a autoridade é reafirmada , mas com a indicação de que o sistema é escalonado e não tem uma finalidade muito certa ou precisa. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta, a quem se poderá recorrer. E assim as cartas são lançadas.
(DAMATTA, Roberto. O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco, 1884. P79-89, (Adaptado) .
Texto
No Brasil, entre o “pode” e o “não pode”, encontramos um “jeito”, ou seja, uma forma de conciliar todos os interesses, criando uma relação aceitável entre o solicitante, o funcionário-autoridade e a lei universal. Geralmente, isso se dá quando as motivações profundas de ambas as partes são conhecidas; ou imediatamente, quando ambos descobrem um elo em comum banal (torcer pelo mesmo time) ou especial (um amigo comum, uma instituição pela qual ambos passaram ou o fato de se ter nascido na mesma cidade). A verdade é que a invocação da relação pessoal, da regionalidade, do gosto, da religião e de outros fatores externos àquela situação poderá provocar uma resolução satisfatória ou menos injusta. Essa é a forma típica do “jeitinho”. Uma de suas primeiras regras é não usar o argumento igualmente autoritário, o que também pode ocorrer, mas que leva a um reforço da má vontade do funcionário. De fato, quando se deseja utilizar o argumento da autoridade contra o funcionário, o jeitinho é um ato de força que no Brasil é conhecido como o “Sabe com quem está falando?”, em que não se busca uma igualdade simpática ou uma relação contínua com o agente da lei atrás do balcão, mas uma hierarquização inapelável entre o usuário e o atendente. De modo que, diante do “não pode” do funcionário, encontra-se um “não pode do não pode” feito pela invocação do “Sabe com quem você está falando?”. De qualquer modo, um jeito foi dado. “Jeitinho” e “Você sabe com quem está falando?” são os dois polos de uma mesma situação. Um é um modo harmonioso de resolver a disputa; o outro, um modo conflituoso e direto de realizar a mesma coisa. O “jeitinho” tem muito de cantada, de harmonização de interesses opostos, tal como quando uma mulher encontra um homem e ambos, interessados num encontro romântico, devem discutir a forma que o encontro deverá assumir. O “Sabe com quem está falando?”, por seu lado, afirma um estilo em que a autoridade é reafirmada , mas com a indicação de que o sistema é escalonado e não tem uma finalidade muito certa ou precisa. Há sempre outra autoridade, ainda mais alta, a quem se poderá recorrer. E assim as cartas são lançadas.
(DAMATTA, Roberto. O modo de navegação social: a malandragem e o “jeitinho”. O que faz o brasil, Brasil?. Rio de Janeiro: Rocco, 1884. P79-89, (Adaptado) .
“A verdade é que a invocação da relação pessoal, da regionalidade, do gosto, da religião e de outros fatores externos àquela situação poderá provocar uma resolução satisfatória ou menos injusta.”
Cumprem papel caracterizador, podendo ser
classificados como adjetivos, todos os vocábulos
abaixo, EXCETO:
Para Goffman, “os gregos, que tinham bastante conhecimento de recursos visuais, criaram o termo estigma para se referirem a sinais corporais com os quais se procurava evidenciar alguma coisa de extraordinário ou mau sobre o status moral de quem os apresentava”. (GOFFMAN, 1988, p. 11). Baseando-se na definição dada pelos gregos sobre estigma, analise as afirmativas a seguir.
I. A marca no corpo é uma forma de categorizar a pessoa pelo o que ela fez e enquadrá-la em estereótipos, devido aos atributos apresentados nas relações sociais, o que Goffman chamou de “identidade social” ou “status social”.
II. O indivíduo estigmatizado pode tentar corrigir a sua condição de estigmatizado. Ele pode romper com aquilo que é chamado de realidade e tentar obstinadamente empregar uma interpretação não convencional do caráter de sua identidade social, mas não usará o seu estigma como desculpa ou justificativa para o seu fracasso.
III. As pessoas são previamente avaliadas e, ao serem consideradas estranhas, podem surgir evidências de que têm atributos que as tornam diferentes das outras, a ponto de serem consideradas espécies menos desejáveis, cujas características podem ser denominadas como defeitos, fraquezas ou desvantagens.
IV. O estigma é, na realidade, um tipo especial de relação entre atributo e estereótipo, levando em consideração que importantes atributos levam ao descrédito.
Estão corretas as afirmativas: