Questões de Concurso Comentadas para técnico em meio ambiente

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Q2122502 Matemática
Em uma determinada empresa há 4 funcionários responsáveis pela limpeza de um total de 69 salas: Ana é responsável pela limpeza de 10 salas; Bruno fica responsável por 16 salas; Camila é responsável pela limpeza de 20 salas; e, Daniela pelas restantes. No final do ano, essa empresa resolveu demitir Daniela e distribuir a responsabilidade da limpeza das salas dela entre os outros três de forma proporcional, onde cada um deles teria o mesmo aumento percentual de serviço e, consequentemente, de salário. Sendo assim, qual será o número de salas que Bruno passará a ser responsável pela limpeza?
Alternativas
Q2122493 Português
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


          A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
          A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
         A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
       A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
        A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
      A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
      A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
     A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


(COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco,
1996.)
Em “A gente se acostuma a ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem” (2º§), o artigo “o”, contraído com a preposição “em”, antes de “ônibus”, indica 
Alternativas
Q2122491 Português
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


          A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
          A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
         A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
       A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
       A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
        A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
      A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
      A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
     A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.


(COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco,
1996.)
Considerando o contexto de produção textual, assinale a alternativa que melhor indica a função do ponto final entre as duas orações que compõem o trecho “Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia”.
Alternativas
Q2122487 Português

Palavras inventadas


        Se fosse no tempo do professor Castro Lopes e se dependesse de sua vontade, lobismo e lobista jamais teriam licença de entrar na nossa língua. E muito menos no dicionário. Castro Lopes combatia sem trégua os partidários dos barbarismos. Em particular os galiciparlas recorriam ao francês, língua da moda. Caricaturado na peça O carioca, em 1886, o professor morreu em 1901.

        História antiga, do tempo em que Adão jogava pião. Mas Castro Lopes testemunhou a chegada do automóvel ao Brasil. Com a novidade, veio a palavra chauffeur. O professor trepou nas tamancas e parou o trânsito, o que na época era fácil. Abaixo o galicismo! Patriota que nem um Policarpo Quaresma avant lalettre, atirou-se à luta.

          Hoje, chauffeur virou chofer. Todo mundo já esqueceu que vem de chauffer, esquentar. E também se diz motorista, brasileirismo que se deve a Medeiros e Albuquerque. Mas o professor Castro Lopes deu tratos à bola e criou a palavra cinesíforo, a partir do grego. Não pegou, mas ficou no ar, envolto na aura de pilhéria que até hoje cerca o nome do seu criador. Melhor sorte teve com outros neologismos também saídos da caturrice de seu bestunto. Menu por exemplo, virou cardápio.

        Em Portugal e em parte aqui também, se diz lista. Mas cardápio fez carreira. Já convescote, para substituir pic-nic, depois aportuguesado em piquenique, é um preciosismo que traz uma nota galhofeira. Cyro dos Anjos o emprega no Abdias com intenção humorística. Mas o fato é que o professor Castro Lopes entrou no dicionário e no dia a dia da conversa. É o obscuro herói do vitorioso cardápio. Hoje, se se metesse a combater os angliciparlas, acabaria louco.

          Outro inventor de palavras foi o professor Ramiz Galvão. Quando foi construído o edifício do Cais da Lapa, o governo entendeu que devia lhe dar um nome nobre. Sede de instituições culturais, até da Academia, Cais da Lapa soava mal. O governo apelou para o professor. Ele veio com uma lista de palavras rebarbativas. Vejam só: polilógio; logotério; sinergatério; polimátio; panetário; logossinédrio; e, quejandos. Todos com adequado sentido etimológico a partir do grego. Afinal, o nome que pegou foi Silogeu. Uma gracinha, não? Ali onde é hoje o Instituto Histórico, o prédio foi há alguns anos demolido. Mas a palavra sobrevive.


(RESENDE, Otto Lara. Palavras inventadas. Disponível em: https://

cronicabrasileira.org.br/cronicas/6778/palavras-inventadas. Acesso

em: 05/03/2023. Adaptado.)

Assinale a alternativa que explicita corretamente a função da vírgula em “O professor trepou nas tamancas e parou o trânsito, o que na época era fácil.” (2º§).
Alternativas
Q2122482 Português
Covid-19: uma lista de perguntas para orientar as
respostas de governos respeitando direitos humanos


        Se o seu governo estiver mantendo instalações de quarentena ou isolamento durante a pandemia de Covid-19, as pessoas nesses lugares estão recebendo assistência médica, proteção contra infecções e alimentos e água?
        Na China, 10 pessoas morreram quando o prédio onde foram colocadas em quarentena involuntária desabou. Na Nigéria, um governo estadual só melhorou suas instalações de isolamento depois que uma mulher que não tinha Coronavírus morreu sob seus cuidados. No Burundi, as condições insalubres e de superlotação das instalações de quarentena atraíram críticas. Em Uganda, o governo cobrou taxas exorbitantes às pessoas pelo seu próprio isolamento obrigatório. Na Grécia e Bósnia e Herzegovina, as autoridades afirmam estar colocando em quarentena os migrantes em acampamentos devido aos riscos de Covid-19, mas a ausência de precauções de saúde significa que o vírus pode se espalhar facilmente. O governo do Catar colocou em quarentena uma área industrial onde muitos trabalhadores migrantes vivem, mas prometeu testes e monitoramento regulares e que os salários serão pagos.

(Disponível em: https://www.hrw.org/pt/news/2020/04/27/340770.
Acesso em: 03/03/2023. Fragmento.)
Assinale a alternativa na qual a vírgula foi utilizada de acordo com a norma padrão da língua portuguesa.
Alternativas
Q2122480 Português
O gigolô das palavras


        Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
       Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com gramática.) A gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em gramática pura.
       Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas —isto eu disse —vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo à custa delas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo de roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
       Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. 8. ed. Porto Alegre:
L&PM, 1982. Fragmento.)
Assinale a alternativa na qual a mudança de pontuação no trecho “A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo.” (2º§) está de acordo com a norma padrão. 
Alternativas
Q2122478 Português
O gigolô das palavras


        Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
       Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com gramática.) A gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em gramática pura.
       Claro que eu não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas —isto eu disse —vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo à custa delas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Se bem que não tenha também o mínimo escrúpulo de roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
       Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda.

(VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. 8. ed. Porto Alegre:
L&PM, 1982. Fragmento.)
Na frase “[...] eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria.” (3º§), o verbo “ganhar” está na forma correta de concordância com o sujeito. Assinale a alternativa que apresenta uma frase com erro de concordância verbal.
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Q2056058 Meio Ambiente
Segundo a norma ABNT NBR 10 004, sobre os resíduos sólidos, a periculosidade de um resíduo é o que o caracteriza baseado em suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas.
Sobre esses resíduos perigosos, é correto afirmar que um resíduo mutagênico é
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Q2056057 Meio Ambiente
O planeta tem sido bastante afetado por problemas ambientais que alteram direta e / ou indiretamente a flora, a fauna, os solos, o ar, etc.
Sobre os principais problemas ambientais atuais e suas respectivas causas, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2056056 Meio Ambiente
Hoje em dia, há uma grande preocupação com o gerenciamento de resíduos sólidos, pois a gestão inadequada deles pode acarretar a degradação dos solos e consequentemente sua contaminação. Os contaminantes dos solos podem chegar aos lençóis freáticos por meio de lixiviação, diminuindo os recursos naturais disponíveis.
Sobre os resíduos sólidos lixiviáveis, é correto afirmar que são contaminantes inorgânicos dos solos, mesmo em pequenas concentrações,
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Q2056055 Meio Ambiente
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é um órgão colegiado que garante subsídios para ao governo avaliar e adotar ações que garantam preservação do meio ambiente.
São objetivos do Conama, exceto:
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Q2056054 Meio Ambiente
São vários os problemas ambientais que ocorrem nos grandes centros urbanos brasileiros e que decorrem de degradação do meio ambiente. As atividades do homem, assim como seus estilos de consumo e produção, são os grandes responsáveis pela degradação ambiental.
Sobre a degradação ambiental nos centros urbanos, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
( ) Para o Ministério do Meio Ambiente, o principal problema de degradação ambiental são as mudanças climáticas seguidas pelo desmatamento e depois o grande desperdício de água. ( ) Quando uma população de um centro urbano é deslocada de palafitas para uma nova área adequadamente urbanizada, o impacto ambiental nesse caso é chamado de positivo. ( ) A formação de chuvas ácidas é considerada um impacto ambiental direto, pois esse fenômeno é resultado do instante em que se dá a ação, ou seja, se provoca a poluição atmosférica. ( ) A extração mineral afeta a especiação química de alguns metais, favorecendo, em meio ácido, a mobilidade de algumas espécies.
Assinale a sequência correta.
Alternativas
Q2056053 Meio Ambiente
A região metropolitana de São Paulo é abastecida por vários mananciais, que englobam diversos cursos d’água e represas. Muitos desses sistemas não fornecem água própria para consumo, pois vários poluentes e microrganismos podem ser encontrados nas águas desses mananciais. Vários fatores contribuem para a poluição dessas águas e o certo é que quase todos estão relacionados a atividades humanas. Para caracterizar uma água é necessário considerar parâmetros que podem caracterizar física e / ou quimicamente a água.
Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta o principal parâmetro que permite avaliar a potabilidade da água.
Alternativas
Q2056052 Meio Ambiente
Com o mercado de frangos favorável, um microempresário resolveu expandir seus negócios montando outra loja fora do seu município. Nesse sentido, o empresário procurou a prefeitura da cidade para saber qual órgão do município era responsável pelo meio ambiente, a fim de conseguir uma licença para o seu empreendimento. Os processos de licenciamento ambiental são, por lei, instituídos por três tipos de licenças: licença prévia, licença de instalação e licença de operação.
Sobre os processos de licenciamento ambiental necessários a um empreendimento, analise as seguintes afirmativas.
I. A etapa de implantação do empreendimento deve gerar o mínimo de imapcto ao meio ambiente, e esse processo necessita de uma licença de operação. II. A partir da licença prévia, o empreendedor verifica se o local do seu empreendimento é o mais adequado possível para a atividade. III. A licença de instalação aponta como deve ser construído o empreendimento e determina as condições para o funcionamento dele. IV. Sob certas condições, é possível ao empreendedor adquirir uma licença ambiental simplificada para pequenos empreendimentos em que as licenças prévia, de instalação e operação são concedidas com a emissão de apenas um documento.
Estão corretas as afirmativas
Alternativas
Q2056051 Meio Ambiente
Esgoto é o termo usado para caracterizar os despejos provenientes de diversos usos da água, e pode ser doméstico, comercial, industrial, agrícola, etc. As estações de tratamento de esgotos reduzem sua carga poluidora antes do lançamento deles nos corpos d’água receptores. A água captada nessas estações através de bombas é armazenada em tanques onde recebem adições de reagentes químicos que atuam em processos conhecidos como floculação e coagulação.
Os principais reagentes químicos utilizados no Brasil na etapa de tratamento da água em que se realizam esses processos são
Alternativas
Q2056050 Meio Ambiente
Os indicadores ambientais nacionais são informações utilizadas como ferramentas de avaliação de determinados fenômenos, apresentando suas tendências e progressos que se alteram ao longo do tempo. Os indicadores são também instrumentos de avaliação e se agregam em temas.
São temas utilizados como indicadores ambientais, exceto:
Alternativas
Q2056049 Meio Ambiente
O gerenciamento de áreas ambientais faz parte da agenda de qualquer órgão dessa natureza, visando mitigar impactos ambientais e controlando, assim, riscos de desastres. Nesse sentido, torna-se fundamental a aplicação de técnicas de controle, tratamento e gerenciamento de áreas de risco à saúde. Para isto, torna-se necessário que se elabore planos de intervenção tendo em vista critérios e conceitos do gerenciamento de riscos.
Considerando os termos utilizados nos planos e mitigação, é correto afirmar que remediação pode ser definida como
Alternativas
Q2056048 Meio Ambiente
Do ponto de vista de gestão ambiental, os resíduos sólidos são normalmente classificados conforme a sua origem. Um resíduo domiciliar gerado nas residências, por exemplo, é classificado como um resíduo de origem urbana, já os produzidos em hospitais, clínicas médicas e veterinárias são classificados como de serviços de saúde.
Sobre os resíduos de serviço de saúde, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2056047 Meio Ambiente
Para um produto ser considerado “verde”, ou seja, produto que causa menos impacto ao meio ambiente, é importante avaliar qual destino ecológico deve ter esse material após sua utilização.
O modelo de aproveitamento de um produto pós-utilização por meio do qual este vira matéria-prima novamente e atravessa uma nova cadeia produtiva é chamado de
Alternativas
Q2056046 Meio Ambiente
Pode-se afirmar que a poluição do ar está relacionada aos componentes químicos dispersos na atmosfera em concentrações suficientes para causar danos nos seres humanos, nos animais, nos vegetais ou em materiais.
Um poluente do ar originado dos processos de combustão que, em condições ambientais, se encontra no estado sólido ou líquido é o
Alternativas
Respostas
141: B
142: D
143: E
144: E
145: E
146: D
147: C
148: B
149: D
150: C
151: D
152: C
153: B
154: B
155: A
156: B
157: A
158: C
159: B
160: C