Questões de Concurso

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Q2532720 Português
TEXTO I

(...)
         A semiótica é uma área nova das Ciências Humanas e teve origem em três regiões: (1) vertente originada nos Estados Unidos; (2) vertente originada na antiga União Soviética; e (3) vertente originada na Europa Ocidental. Essa área de estudo tem como foco de análise a investigação de todos os tipos de linguagens existentes, seja oral, verbal, gestual, entre outras. A origem da denominação “semiótica” vem da raiz grega semeion, que significa ciência dos signos, Semiótica é a Ciência dos signos. Nesse contexto, o signo é entendido como linguagem verbal e nãoverbal.
        A semiótica é a ciência que tem por objeto a investigação de todas as linguagens possíveis, ou seja, tem o intuito de examinar os modos de constituição de todo e qualquer fenômeno de produção de significação e de sentido. Os homens são mediados por uma rede de linguagem que proporciona nossa interação com o mundo e que dá orientação aos sinais, às imagens e aos gráficos disponibilizados no dia a dia. Entre os sinais que orientam os seres humanos, estão os sinais de trânsito. 
     No Brasil, os sinais de trânsito integram o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a fim de condicionar civilizadamente à atitude ética no trânsito, com base em regras convencionadas na forma de lei. Tais convenções são expressadas por intermédio de sinais e sinalizações percebidos pelos motoristas na condução dos veículos diversos sobre as vias de circulação. Os sinais e as sinalizações devem proporcionar a ação efetiva de direção segura para todos os envolvidos nesse contexto: veículos, motoristas, pedestres e animais. 
        Os sinais de trânsito fazem parte da vida cotidiana, especialmente nos meios urbanos, e do nosso mundo; portanto, entendê-los e respeitá-los, em se tratando do trânsito, é uma questão de sobrevivência. Ao se considerar dados de 2012 apenas, registraram-se 46.051 vítimas fatais no trânsito, segundo o Ministério da Saúde. Com a intenção de reduzir as vítimas no trânsito, principalmente aquelas decorrentes de colisões frontais, que apresentam maior possibilidade de morte, em 2014 foram agravadas as punições para as infrações de trânsito, reclassificando o valor da multa por ultrapassagem indevida pela contramão. Essa multa antes tinha o valor de R$191,54; a partir de 1º de novembro de 2014 passou a valer R$ 957,70.
        Devido ao tema deste artigo, uma análise de parte do CTB, elegeu-se como objeto do estudo o subsistema de regulamentação de ultrapassagem, que compõe o sistema nacional de sinalização, mais especificamente o sistema de sinalização horizontal e a classificação das marcas longitudinais. A regulamentação de ultrapassagem possui vários aspectos a serem avaliados, como as determinações expressas na lei, as placas de sinalização, as pinturas sobre as pistas de trânsito e as linhas que regulam a ultrapassagem. Neste estudo, serão analisadas as marcas longitudinais, particularmente as representações gráficas visuais do sistema de regulamentação de ultrapassagem – linha de divisão de fluxos opostos (LFO) e linha de divisão de fluxos de mesmo sentido (LMS). Essas linhas indicam a intenção objetiva de regulamentar a ultrapassagem e, principalmente, de suscitar atitudes a serem tomadas pelos usuários das vias, por meio da interpretação das marcas pintadas, entre outras sinalizações, que comunicam significados às pessoas que circulam a pé e especialmente aos condutores dos veículos. O significado que cada linha do sistema de representação de ultrapassagem tem na composição da sua linguagem pode ser analisado pela sua própria imagem, pela sensação que ela proporciona, ou seja, pela representação simbólica. 
(...)


(Adaptado de: MACHADO, Andreia de Bem; TRUPPEL FILHO, José Onildo; SOUSA, Richard Perassi Luiz de; LOPES, Luciana Dornbusch. A codificação do código de trânsito brasileiro para o sistema de representação de ultrapassagem de acordo com a segunda tricotomia da análise semiótica de Peirce. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 14, n. 1, 2016, 14-23, p. 15-16).
Assinale a alternativa CORRETA a respeito da palavra “trânsito”.
Alternativas
Q2532523 Português
Recreio para todos


As crianças com necessidades especiais da Escola Elementar Glen Lake, em Minnetonka, Minnesota, se sentiam excluídas no recreio, porque os brinquedos não eram acessíveis. Assim, os alunos se mobilizaram para levantar os recursos necessários para tornar o recreio inclusivo. "Não era justo algumas crianças ficarem de fora", disse Wyatt Feucht, da quinta série.

Os alunos venderam bolos, bateram de porta em porta e convenceram empresas a doar. No fim, levantaram 300.000 dólares para acrescentar um balanço e um carrossel para cadeiras de rodas e um piso de borracha. Agora todos aproveitam o recreio, e isso é bom, disse o aluno Rhys Rilley à CBS News. Afinal de contas, "O recreio é para a gente se divertir".


(Seleções-março 2024)
As aspas foram empregadas no texto para destacar: 
Alternativas
Q2532512 Português
Esperança para os corais.


A poluição e o aquecimento da água reduziram em 90% os recifes de coral da Flórida. Mas um cientista encontrou uma solução parcial: o caranguejo-real. O esgoto e deflúvios agrícolas produzem as chamadas macroalgas, que ocupam e sufocam os recifes e bloqueiam a luz do sol de que os pequenos corais precisam para crescer. Entram em cena os caranguejos que comem as algas. O ecólogo marinho Jason Spadaro espera criar 250.000 caranguejos-reais por ano em seu laboratório em Florida Keys e depois soltá-los para o banquete. De acordo com o site Vox, estudos mostram que os recifes com população saudável de caranguejos apresentam 85% menos algas, densidade mais alta de corais jovens e mais peixes que os outros recifes, Spadaro explica que os cientistas descobriram como criar corais para repovoar os recifes. "Agora, precisamos ajudá-los a sobreviver".


(03.2024.Seleções.Bom Saber.Histórias para melhorar o seu dia.)
No excerto "O esgoto e deflúvios agrícolas produzem as chamadas macroalgas (...)", pode-se afirmar sobre o período.
Alternativas
Q2532511 Português
Esperança para os corais.


A poluição e o aquecimento da água reduziram em 90% os recifes de coral da Flórida. Mas um cientista encontrou uma solução parcial: o caranguejo-real. O esgoto e deflúvios agrícolas produzem as chamadas macroalgas, que ocupam e sufocam os recifes e bloqueiam a luz do sol de que os pequenos corais precisam para crescer. Entram em cena os caranguejos que comem as algas. O ecólogo marinho Jason Spadaro espera criar 250.000 caranguejos-reais por ano em seu laboratório em Florida Keys e depois soltá-los para o banquete. De acordo com o site Vox, estudos mostram que os recifes com população saudável de caranguejos apresentam 85% menos algas, densidade mais alta de corais jovens e mais peixes que os outros recifes, Spadaro explica que os cientistas descobriram como criar corais para repovoar os recifes. "Agora, precisamos ajudá-los a sobreviver".


(03.2024.Seleções.Bom Saber.Histórias para melhorar o seu dia.)
Sobre o vocábulo "caranguejo-real" é correto afirmar: 
Alternativas
Q2532508 Português
Esperança para os corais.


A poluição e o aquecimento da água reduziram em 90% os recifes de coral da Flórida. Mas um cientista encontrou uma solução parcial: o caranguejo-real. O esgoto e deflúvios agrícolas produzem as chamadas macroalgas, que ocupam e sufocam os recifes e bloqueiam a luz do sol de que os pequenos corais precisam para crescer. Entram em cena os caranguejos que comem as algas. O ecólogo marinho Jason Spadaro espera criar 250.000 caranguejos-reais por ano em seu laboratório em Florida Keys e depois soltá-los para o banquete. De acordo com o site Vox, estudos mostram que os recifes com população saudável de caranguejos apresentam 85% menos algas, densidade mais alta de corais jovens e mais peixes que os outros recifes, Spadaro explica que os cientistas descobriram como criar corais para repovoar os recifes. "Agora, precisamos ajudá-los a sobreviver".


(03.2024.Seleções.Bom Saber.Histórias para melhorar o seu dia.)
Todos os adjetivos a seguir são uniformes quanto ao gênero, exceto:
Alternativas
Q2532506 Português
Esperança para os corais.


A poluição e o aquecimento da água reduziram em 90% os recifes de coral da Flórida. Mas um cientista encontrou uma solução parcial: o caranguejo-real. O esgoto e deflúvios agrícolas produzem as chamadas macroalgas, que ocupam e sufocam os recifes e bloqueiam a luz do sol de que os pequenos corais precisam para crescer. Entram em cena os caranguejos que comem as algas. O ecólogo marinho Jason Spadaro espera criar 250.000 caranguejos-reais por ano em seu laboratório em Florida Keys e depois soltá-los para o banquete. De acordo com o site Vox, estudos mostram que os recifes com população saudável de caranguejos apresentam 85% menos algas, densidade mais alta de corais jovens e mais peixes que os outros recifes, Spadaro explica que os cientistas descobriram como criar corais para repovoar os recifes. "Agora, precisamos ajudá-los a sobreviver".


(03.2024.Seleções.Bom Saber.Histórias para melhorar o seu dia.)
Sobre a palavra "deflúvios", no 3º período, é incorreto afirmar:
Alternativas
Q2532505 Português
Esperança para os corais.


A poluição e o aquecimento da água reduziram em 90% os recifes de coral da Flórida. Mas um cientista encontrou uma solução parcial: o caranguejo-real. O esgoto e deflúvios agrícolas produzem as chamadas macroalgas, que ocupam e sufocam os recifes e bloqueiam a luz do sol de que os pequenos corais precisam para crescer. Entram em cena os caranguejos que comem as algas. O ecólogo marinho Jason Spadaro espera criar 250.000 caranguejos-reais por ano em seu laboratório em Florida Keys e depois soltá-los para o banquete. De acordo com o site Vox, estudos mostram que os recifes com população saudável de caranguejos apresentam 85% menos algas, densidade mais alta de corais jovens e mais peixes que os outros recifes, Spadaro explica que os cientistas descobriram como criar corais para repovoar os recifes. "Agora, precisamos ajudá-los a sobreviver".


(03.2024.Seleções.Bom Saber.Histórias para melhorar o seu dia.)
Quanto à pontuação, analise o trecho "A poluição e o aquecimento da água reduziram em 90% os recifes de coral da Flórida. Mas um cientista encontrou uma solução parcial: o caranguejo-real." e marque a afirmativa incorreta:
Alternativas
Q2532456 Português

Observe a tirinha a seguir.

     Imagem associada para resolução da questão

A respeito das informações apresentadas e desencadeadas entre as cenas da tirinha, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas questões a seguir.



( ) A ambiguidade gerada no entendimento da informação revela-se com o uso semântico da palavra “pastel”, apresentada no quadrinho 01.


( ) A preposição “de” é a responsável pela ambiguidade apresentada na tirinha.


( ) O significado semântico do termo “pastel de 1 real” é revelado no quadrinho 04.



A sequência correta é

Alternativas
Q2532448 Português

Julgue o item a seguir. 


De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), os numerais podem ser classificados em ordinal, multiplicativo e fracionário e podem ser flexionados em gênero (masculino e feminino) e em número (singular e plural).

Alternativas
Q2532446 Português

Julgue o item a seguir. 


A palavra “anexo”, com função de adjetivo, concorda em número e gênero com o substantivo a que se refere: “Eles estão na sala anexa”; já a locução “em anexo” é invariável: “Seguiu uma cópia, em anexo, da matéria”.

Alternativas
Q2532443 Português

Julgue o item a seguir. 


De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB), as palavras surgem por meio de três processos principais de formação: derivação, composição e hibridismo. 

Alternativas
Q2532434 Português

Julgue o itens a seguir. 


Os adjuntos adverbiais desempenham função relevante na oração, e vêm geralmente ao final da oração, mas podem ser ou intercalados aos elementos que desempenham outras funções ou deslocados para o início da oração.

Alternativas
Q2532425 Português

Julgue o item a seguir.


Dentre suas várias funções, a vírgula serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as inversões e as intercalações que podem ocorrer na oração ou no período.

Alternativas
Q2532420 Literatura

Julgue o item subsequente.


O período literário conhecido como Romantismo teve início no Brasil em 1870. O sentimento de patriotismo influenciou a primeira fase dessa escola literária, devido à independência da colônia, em 1822. A principal característica desse movimento literário é a dramaticidade e o exagero. 

Alternativas
Q2532381 Literatura

Julgue o item subsequente.


A literatura brasileira está sendo produzida desde o ano de 1500, quando Pero Vaz de Caminha escreveu uma carta conhecida como "Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o achamento do Brasil". Desde então, várias obras foram escritas em território nacional e possuem características dos seguintes períodos ou estilos literários: quinhentismo, barroco, arcadismo, romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo, simbolismo, pré-modernismo, modernismo e contemporaneidade.

Alternativas
Q2532367 Literatura

Julgue o item subsequente.


A literatura barroca no Brasil teve início no ano de 1601 e se estendeu até a segunda metade do século XVIII. Ela foi marcada pelas características da Literatura catequética, nas quais os poemas e peças teatrais visavam à catequização dos povos indígenas brasileiros. 

Alternativas
Q2532322 Português
COMIDAS DO FIM DO MUNDO


Os kits de alimentos para bunkers apresentados pela indústria como soluções para o caos se baseiam no medo, mas em um suposto planeta pós-apocalípti

Para um planeta retratado em filmes e discursos fanáticos como à beira do caos, destruído por extremos climáticos, pandemias e guerras, os kits de comidas para o pós-apocalipse andam florescendo entre consumidores, principalmente dos EUA. Não apenas alimentos muitas vezes ultraprocessados — o oposto dos frescos e saudáveis — mas também latas e vidros para conservas e até construção de bunkers em casas fazem parte dos negócios. Ofertas desses kits para o fim do mundo se espalham em sites, muitos deles ligados a extremistas, com cardápios e preços variados, por ordem de validade para armazenamento, e que vão de manteiga de amendoim a atum enlatado, de feijões a leite em pó. A Technavio, agência de análise de mercados, prevê aumento de US$ 3,20 bilhões nesse setor até 2028, com potencial de retorno calculado em 7,35%. A questão é: além dos investidores que apostam no medo do caos, os consumidores desses kits têm algum ganho no mundo real?

A resposta é negativa para a nutricionista Karine Durães, especialista em comportamento alimentar, e para o psiquiatra Filipe Doutel. As saídas para um suposto planeta pós-apocalíptico não estariam no individualismo, e sim no compartilhamento. Ninguém, ou nenhuma família, sobreviveria apenas com a própria comida em meio a cidades em ruínas se não houvesse um trabalho de reconstrução com a cooperação de todos.

"Na verdade, já estamos destruindo o planeta, por escolhas do dia a dia. Não acredito em estocar alimentos e se manter distante da realidade da fome: quem não come nem hoje, não tem tempo de guardar comida", diz Karine, lembrando que "esperar o pior tira a pessoa do presente; ela se prepara para o abstrato, deixando de lado o agora". Essas neuroses inclusive induzem à ansiedade e à compulsão por comer, como explica a nutricionista. Para ela, ao contrário do individualismo, alimentação tem a ver com troca, inclusive no preparo. "E ninguém sobrevive só de comida em um bunker. Precisa de gente ao redor."

Filipe observa que já vivemos em condições ambientais mais extremadas e pandemias mais frequentes. "Não é ficção científica, é realidade. E se fechar, estocando comida em um bunker, não serve de nada", afirma. Essa sensação de Apocalipse, segundo o psiquiatra, é alimentada pelo medo e pelo ódio, sentimentos primitivos, instintivos, ao contrário de amor e tristeza, que são mais elaborados. "É preciso sair dessas estruturas toscas, preto ou branco, comprando armas ou 'se armando' de comida", assinala. "Para dificuldades coletivas, as soluções têm de ser coletivas."

(ISTOÉ,abril2024)
Sobre o excerto "Essa sensação de Apocalipse, segundo o psiquiatra, é alimentada pelo medo (...)", o conectivo da frase dá ideia de: 
Alternativas
Q2532316 Português
COMIDAS DO FIM DO MUNDO


Os kits de alimentos para bunkers apresentados pela indústria como soluções para o caos se baseiam no medo, mas em um suposto planeta pós-apocalípti

Para um planeta retratado em filmes e discursos fanáticos como à beira do caos, destruído por extremos climáticos, pandemias e guerras, os kits de comidas para o pós-apocalipse andam florescendo entre consumidores, principalmente dos EUA. Não apenas alimentos muitas vezes ultraprocessados — o oposto dos frescos e saudáveis — mas também latas e vidros para conservas e até construção de bunkers em casas fazem parte dos negócios. Ofertas desses kits para o fim do mundo se espalham em sites, muitos deles ligados a extremistas, com cardápios e preços variados, por ordem de validade para armazenamento, e que vão de manteiga de amendoim a atum enlatado, de feijões a leite em pó. A Technavio, agência de análise de mercados, prevê aumento de US$ 3,20 bilhões nesse setor até 2028, com potencial de retorno calculado em 7,35%. A questão é: além dos investidores que apostam no medo do caos, os consumidores desses kits têm algum ganho no mundo real?

A resposta é negativa para a nutricionista Karine Durães, especialista em comportamento alimentar, e para o psiquiatra Filipe Doutel. As saídas para um suposto planeta pós-apocalíptico não estariam no individualismo, e sim no compartilhamento. Ninguém, ou nenhuma família, sobreviveria apenas com a própria comida em meio a cidades em ruínas se não houvesse um trabalho de reconstrução com a cooperação de todos.

"Na verdade, já estamos destruindo o planeta, por escolhas do dia a dia. Não acredito em estocar alimentos e se manter distante da realidade da fome: quem não come nem hoje, não tem tempo de guardar comida", diz Karine, lembrando que "esperar o pior tira a pessoa do presente; ela se prepara para o abstrato, deixando de lado o agora". Essas neuroses inclusive induzem à ansiedade e à compulsão por comer, como explica a nutricionista. Para ela, ao contrário do individualismo, alimentação tem a ver com troca, inclusive no preparo. "E ninguém sobrevive só de comida em um bunker. Precisa de gente ao redor."

Filipe observa que já vivemos em condições ambientais mais extremadas e pandemias mais frequentes. "Não é ficção científica, é realidade. E se fechar, estocando comida em um bunker, não serve de nada", afirma. Essa sensação de Apocalipse, segundo o psiquiatra, é alimentada pelo medo e pelo ódio, sentimentos primitivos, instintivos, ao contrário de amor e tristeza, que são mais elaborados. "É preciso sair dessas estruturas toscas, preto ou branco, comprando armas ou 'se armando' de comida", assinala. "Para dificuldades coletivas, as soluções têm de ser coletivas."

(ISTOÉ,abril2024)
A justificativa da presença ou ausência do acento grave não é correta em:
Alternativas
Q2532309 Português
COMIDAS DO FIM DO MUNDO


Os kits de alimentos para bunkers apresentados pela indústria como soluções para o caos se baseiam no medo, mas em um suposto planeta pós-apocalípti

Para um planeta retratado em filmes e discursos fanáticos como à beira do caos, destruído por extremos climáticos, pandemias e guerras, os kits de comidas para o pós-apocalipse andam florescendo entre consumidores, principalmente dos EUA. Não apenas alimentos muitas vezes ultraprocessados — o oposto dos frescos e saudáveis — mas também latas e vidros para conservas e até construção de bunkers em casas fazem parte dos negócios. Ofertas desses kits para o fim do mundo se espalham em sites, muitos deles ligados a extremistas, com cardápios e preços variados, por ordem de validade para armazenamento, e que vão de manteiga de amendoim a atum enlatado, de feijões a leite em pó. A Technavio, agência de análise de mercados, prevê aumento de US$ 3,20 bilhões nesse setor até 2028, com potencial de retorno calculado em 7,35%. A questão é: além dos investidores que apostam no medo do caos, os consumidores desses kits têm algum ganho no mundo real?

A resposta é negativa para a nutricionista Karine Durães, especialista em comportamento alimentar, e para o psiquiatra Filipe Doutel. As saídas para um suposto planeta pós-apocalíptico não estariam no individualismo, e sim no compartilhamento. Ninguém, ou nenhuma família, sobreviveria apenas com a própria comida em meio a cidades em ruínas se não houvesse um trabalho de reconstrução com a cooperação de todos.

"Na verdade, já estamos destruindo o planeta, por escolhas do dia a dia. Não acredito em estocar alimentos e se manter distante da realidade da fome: quem não come nem hoje, não tem tempo de guardar comida", diz Karine, lembrando que "esperar o pior tira a pessoa do presente; ela se prepara para o abstrato, deixando de lado o agora". Essas neuroses inclusive induzem à ansiedade e à compulsão por comer, como explica a nutricionista. Para ela, ao contrário do individualismo, alimentação tem a ver com troca, inclusive no preparo. "E ninguém sobrevive só de comida em um bunker. Precisa de gente ao redor."

Filipe observa que já vivemos em condições ambientais mais extremadas e pandemias mais frequentes. "Não é ficção científica, é realidade. E se fechar, estocando comida em um bunker, não serve de nada", afirma. Essa sensação de Apocalipse, segundo o psiquiatra, é alimentada pelo medo e pelo ódio, sentimentos primitivos, instintivos, ao contrário de amor e tristeza, que são mais elaborados. "É preciso sair dessas estruturas toscas, preto ou branco, comprando armas ou 'se armando' de comida", assinala. "Para dificuldades coletivas, as soluções têm de ser coletivas."

(ISTOÉ,abril2024)
A conjugação do verbo prever, presente em: "prevê aumento" está grafada incorretamente em:
Alternativas
Q2532305 Português
COMIDAS DO FIM DO MUNDO


Os kits de alimentos para bunkers apresentados pela indústria como soluções para o caos se baseiam no medo, mas em um suposto planeta pós-apocalípti

Para um planeta retratado em filmes e discursos fanáticos como à beira do caos, destruído por extremos climáticos, pandemias e guerras, os kits de comidas para o pós-apocalipse andam florescendo entre consumidores, principalmente dos EUA. Não apenas alimentos muitas vezes ultraprocessados — o oposto dos frescos e saudáveis — mas também latas e vidros para conservas e até construção de bunkers em casas fazem parte dos negócios. Ofertas desses kits para o fim do mundo se espalham em sites, muitos deles ligados a extremistas, com cardápios e preços variados, por ordem de validade para armazenamento, e que vão de manteiga de amendoim a atum enlatado, de feijões a leite em pó. A Technavio, agência de análise de mercados, prevê aumento de US$ 3,20 bilhões nesse setor até 2028, com potencial de retorno calculado em 7,35%. A questão é: além dos investidores que apostam no medo do caos, os consumidores desses kits têm algum ganho no mundo real?

A resposta é negativa para a nutricionista Karine Durães, especialista em comportamento alimentar, e para o psiquiatra Filipe Doutel. As saídas para um suposto planeta pós-apocalíptico não estariam no individualismo, e sim no compartilhamento. Ninguém, ou nenhuma família, sobreviveria apenas com a própria comida em meio a cidades em ruínas se não houvesse um trabalho de reconstrução com a cooperação de todos.

"Na verdade, já estamos destruindo o planeta, por escolhas do dia a dia. Não acredito em estocar alimentos e se manter distante da realidade da fome: quem não come nem hoje, não tem tempo de guardar comida", diz Karine, lembrando que "esperar o pior tira a pessoa do presente; ela se prepara para o abstrato, deixando de lado o agora". Essas neuroses inclusive induzem à ansiedade e à compulsão por comer, como explica a nutricionista. Para ela, ao contrário do individualismo, alimentação tem a ver com troca, inclusive no preparo. "E ninguém sobrevive só de comida em um bunker. Precisa de gente ao redor."

Filipe observa que já vivemos em condições ambientais mais extremadas e pandemias mais frequentes. "Não é ficção científica, é realidade. E se fechar, estocando comida em um bunker, não serve de nada", afirma. Essa sensação de Apocalipse, segundo o psiquiatra, é alimentada pelo medo e pelo ódio, sentimentos primitivos, instintivos, ao contrário de amor e tristeza, que são mais elaborados. "É preciso sair dessas estruturas toscas, preto ou branco, comprando armas ou 'se armando' de comida", assinala. "Para dificuldades coletivas, as soluções têm de ser coletivas."

(ISTOÉ,abril2024)
No "lide" (primeiro parágrafo), "e sim" dá ideia de:
Alternativas
Respostas
4861: E
4862: B
4863: B
4864: A
4865: C
4866: D
4867: B
4868: E
4869: E
4870: C
4871: C
4872: E
4873: C
4874: E
4875: C
4876: E
4877: D
4878: A
4879: A
4880: C