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Mary Jane Spink. Psicologia social e políticas de existência: fronteiras e conflitos. Bernardes e Medrado (orgs.). 1.ª ed. Maceió: ABRAPSO, 2009 (com adaptações).
Segundo Mary Jane Spink,
I A psicologia social do trabalho não pertence ao campo da psicologia social por tratar de fenômenos que concernem a uma especialidade da psicologia menos afetada pela realidade social que pelo campo organizacional. II O trabalho, ao menos como aparece nas condições brasileiras no presente momento, é fonte de adoecimento e produz transtornos importantes, como a depressão, segundo levantamentos e estudos realizados a partir de notificações ao INSS de afastamento do trabalho. III No presente momento, o aumento do emprego deve‐se ao aumento do trabalho informal. Essa condição que desorganiza o mercado de trabalho e corrói o rendimento dos trabalhadores é, também, oportunidade para o crescimento de uma importante alternativa de rendimento por meio da economia solidária, forma de organização autônoma dos trabalhadores. IV Todo psicólogo do trabalho deve evitar o trabalho no âmbito das organizações pela pouca oportunidade de transformação das relações de trabalho.
V O CEREST é uma espécie de unidade básica de saúde que atende somente trabalhadores que sofreram acidentes de trabalho. O atendimento depende do preenchimento da CAT.
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I José Moura Gonçalves Filho, autor do conceito de humilhação social, refere‐se à noção de produção da invisibilidade social como estratégia defensiva que produz a anulação social do ser em circunstâncias de vivência comunitária. II Tanto José Moura Gonçalves Filho quanto Ecléa Bosi discutiram e ampliaram o conceito de enraizamento e desenraizamento de Simone Weil. III Ecléa Bosi, ao dizer: “Esta é uma questão relevante para pensarmos a memória: qual versão de um fato deve ser considerada verdadeira? Nós estávamos e sempre estaremos ausentes do fato que está sendo narrado.”, está se referindo ao que expressa em seu livro Memória e Sociedade. IV Uma grande inspiração de Ecléa Bosi para sua tese sobre memória foram o francês Maurice Halbwachs (1877 – 1945) e seu livro A Memória Coletiva.
Assinale a alternativa correta.
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) e os conselhos regionais fazem um belo trabalho de resgate da memória e da história da implantação da psicologia no Brasil. O CRP‐SP disponibiliza, em seu sítio eletrônico, um bom material sobre a implantação da psicologia social no Brasil. Considerando essas informações, julgue os próximos itens.
I As informações disponíveis sobre a história da psicologia social no Brasil apontam para uma completa dependência da psicologia social estadunidense do início do século XX, contando com a importação e a implantação acrítica do conhecimento e com a imediata tradução dos manuais em voga no período.
II Otto Klineberg, canadense que foi professor de psicologia na Universidade de Columbia (EUA), esteve no Brasil de 1945 a 1947 e ministrou o primeiro curso de psicologia social na USP. Deixou uma marca profunda, que influenciou a construção do campo no Brasil. Sua linha de pesquisa era behaviorista e estritamente experimental.
III Um dos nomes mais importantes na emergente psicologia social brasileira foi Dante Moreira Leite. Dante publicou um livro que é um marco nessa disciplina e atual até hoje: O Caráter Nacional Brasileiro. Foi orientador de Ecléa Bosi, que faleceu recentemente e foi autora dos não menos importantes: Memória e Sociedade e Cultura de Massa e Cultura Popular: leituras de operárias.
Assinale a alternativa correta.
I Não há segurança, para o campo da assistência social, da base científica dos recursos técnicos empregados pelos psicólogos em seu trabalho no CRAS.
II O trabalho da assistência social realizado pela equipe do CRAS é multidisciplinar e visa ao apoio à população em geral, privilegiando a população que sofre algum risco social. Assim, os recursos do campo da assistência social e da psicologia social são aplicados, de comum acordo, pela equipe básica do CRAS.
III Considerando que o trabalho do CRAS consista prioritariamente na distribuição das Bolsas‐Família, conforme preconiza a LOAS, o psicólogo social ficará necessariamente subordinado ao assistente social.
Assinale a alternativa correta.
Refere‐se a uma investigação que teve como objetivo compreender como estava sendo tratada a motricidade das crianças de seis anos de idade que, com a implantação do ensino de nove anos, passaram a frequentar o ensino fundamental. Apesar de ter focado a motricidade, não se perdeu de vista sua indissociabilidade da cognição e da afetividade. Foram observadas duas turmas de 1.º ano de uma escola municipal da Zona Oeste de São Paulo. As sessões de observação, registradas em diário de campo, foram sintetizadas em episódios. O estudo apontou que a escola ainda não reconhece a importância do ato motor para o desenvolvimento cognitivo e afetivo, oferece poucas oportunidades para que as crianças de seis anos de idade vivenciem o espaço físico, fundamental para a construção do espaço mental, e poucos momentos para brincadeiras de ficção, importantes para o fortalecimento da representação.
Fátima Bissoto Medeiros Cintra e Laurinda Ramalho Almeida. Uma
leitura do movimento: crianças de seis anos no ensino
fundamental. Psicologia Escolar e Educacional.
v. 21, n.º 2, 2017. p. 205‐214 (com adaptações).
Quanto ao diagnóstico psicopedagógico clínico de uma dificuldade de aprendizagem, julgue os itens a seguir.
I. Deve se centrar em resultados de testes projetivos e não projetivos. II. Recorre, se bem conduzido, a múltiplas fontes de informação (testes, anamnese, atividades lúdicas etc.) e a múltiplos informantes (pais, estudante, professores etc.) para coletar informações que permitam uma compreensão global (personalidade, motricidade, cognição etc.) da dificuldade que seja foco do processo. III. Possui estrutura e duração pré‐definidas que devem ser seguidas integralmente para que sejam obtidos resultados fidedignos. IV. Tem seu sucesso determinado, em grande medida, pelo número de instrumentos utilizados. V. Tem, como etapas iniciais, o contrato e o enquadramento.
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Na avaliação assistida, o examinador utiliza estratégias educacionais, temporárias e ajustáveis ao desempenho da criança que permitem revelar seu desempenho potencial, fazendo‐a alcançar um grau crescente de autonomia em situações de resolução de problemas. Ao utilizá‐las, aumenta‐se a compreensão sobre os processos cognitivos da criança durante a realização de tarefas, complementando informações que foram obtidas com a psicometria tradicional.
Maria Beatriz Martins Linhares. Avaliação assistida em crianças com queixa de dificuldade de aprendizagem. Temas em Psicologia, v. 4, n.º 1, 1996. p. 17‐32 (com adaptações).
É correto afirmar que esse tipo de avaliação se fundamenteI. Caracteriza‐se por comprometimentos que se manifestam depois dos três anos de idade. II. Caracteriza‐se pelo desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social. III. Caracteriza‐se por limitações na comunicação. IV. Caracteriza‐se pela presença de um repertório marcadamente restrito de atividades e interesses. V. Caracteriza‐se por comportamentos estereotipados e repetitivos.
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I. Ao planejar sua intervenção, ele deverá considerar que os estudantes desse nível estão na fase da cooperação nascente e, consequentemente, não conhecem as regras em seus pormenores, cada um tendo uma opinião pessoal a respeito delas. II. Ao planejar sua intervenção, ele deverá ficar atento às confusões, entre o ponto de vista próprio e o de outra pessoa, típicas do estágio operatório formal, pois os alunos do ensino fundamental não diferenciam seus pensamentos dos pensamentos de outrem, tendo dificuldade para se colocar na perspectiva do outro e agindo como se tudo acontecesse devido à própria vontade. III. Ao planejar sua intervenção, ele deverá concentrar seus esforços em ações relacionadas ao estágio pós‐convencional, isto é, baseadas em princípios universais éticos, já que o corpo discente do ensino fundamental está nessa etapa do desenvolvimento moral. IV. Ao planejar sua intervenção, ele deverá identificar as contingências ambientais que reforcem o juízo moral e promover a assimilação delas pelos estudantes. V. Ao planejar sua intervenção, ele deverá dedicar atenção especial ao egocentrismo, uma vez que, apesar de ser mais característico nos discentes do início desse nível educacional, ele também se manifesta em fases mais avançadas do desenvolvimento moral.
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I. Prevê que duas vias, via léxica e via fonológica, interatuem nesse processo. II. Considera que leitores competentes façam uso do raciocínio verbal e da discriminação visual ao ler, por isso tenha a designação de modelo dual. III. Propõe que a via fonológica, também chamada de sublexical ou indireta, seja mais utilizada no início da alfabetização e na leitura de palavras desconhecidas, recorrendo à associação entre letras e seus sons. IV. Estabelece que, na discriminação visual ou identificação direta, o reconhecimento e o acesso ao significado da palavra ocorram simultaneamente, como se a escrita de uma palavra fosse seu desenho. V. Explica como as funções executivas (Componente 1 – neuropsicológico) e o método de ensino (Componente 2 – ambiental) atuam no comportamento de ler.
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I. Podem ser definidas como a capacidade de pensar a própria língua. II. Abrangem as habilidades sintática, semântica e fonológica. III. Constituem um importante preditor do sucesso em leitura e escrita. IV. Abrangem, por exemplo, a consciência fonológica que contribui positivamente para o desempenho em leitura, especialmente para a decodificação de palavras. V. São inatas.
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