Questões de Concurso
Foram encontradas 7.619 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Um dos mais intrigantes fenômenos acústicos é a capacidade, por parte de uma ínfima minoria de pessoas e de músicos, de emitir alturas determinadas sem qualquer referência acústica prévia.
MENEZES, F. A acústica musical em palavras e sons. Cotia/SP: Ateliê Ed., 2003, p. 124.
O trecho descreve o fenômeno auditivo denominado de ouvido
O ato de mimetizar é inato aos homens desde a mais tenra infância e nisso diferem dos outros animais, porque são os mais miméticos e, por meio da mimesis, adquirem também os primeiros conhecimentos.
ARISTÓTELES. Sobre a arte poética. Belo Horizonte: Autêntica, 2018, p. 37.
No trecho, Aristóteles apresenta argumentos para pensar o estatuto da mimesis, em perspectiva
Considere-se que a professora de música de uma turma de sétimo ano do Ensino Fundamental tenha proposto o desenvolvimento de uma atividade de criação musical por meio da percussão corporal, partindo da perspectiva de que tal atividade proporcionaria o envolvimento direto dos alunos com a música em suas diferentes possibilidades de interação, conforme proposto na BNCC. Considere-se, ainda, que ela tenha pedido aos alunos que explorassem as possibilidades corporais e que, além dos aspectos rítmicos, atentassem aos aspectos timbrísticos e sonoros por meio da percussão vocal. Suponha-se também que, ao final, a professora tenha solicitado aos estudantes um registro musical por escrito, entregando folhas em branco para que eles pudessem grafar a composição por meio da construção de uma partitura não convencional, mas que um aluno tenha decidido escrever sua criação a partir da partitura convencional. Nessa situação hipotética, a professora não deverá aceitar a atividade do aluno que desejava escrever sua criação a partir da partitura convencional, pois, segundo os pressupostos pedagógico-musicais para o ensino de arte/música previstos na BNCC, o aluno deve explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente as práticas e produções artísticas em suas relações entre as linguagens da arte e suas práticas integradas, não podendo, portanto, utilizar partitura tradicional em sala de aula.
Considere-se que o professor Carlos tenha sido convidado para compor uma equipe interdisciplinar que produziria um festival cultural em uma escola. Considere-se que os professores de artes visuais e artes cênicas dessa escola estivessem planejando compor uma oficina de criação de fantoches junto com a elaboração de uma dramatização sobre a cultura da sociedade medieval, mas que Carlos tenha resolvido ministrar, separadamente, uma master class a respeito de execução musical sobre esse tema, de modo que, apesar de não estar envolvido na proposta de criação e dramatização dos fantoches, ele contemplaria, em sua master class, durante o festival, músicas da mesma cultura em questão. É correto afirmar que, nessa situação hipotética, o professor não trabalhou no festival de forma interdisciplinar, visto que, de acordo com as metodologias e com os pressupostos pedagógicos musicais, a função da música na perspectiva interdisciplinar é combinar os conteúdos, as técnicas e as habilidades musicais com as demais áreas artísticas, devendo o professor estar diretamente envolvido com as demais disciplinas da escola em um projeto cultural.
As aulas de música, no Ensino Médio, devem contemplar múltiplas possibilidades de interação com o fazer musical. Para isso, é importante que sejam dinâmicas, envolvendo momentos de apreciação, prática, criação e teoria musical. O plano de aula precisa ser dimensionado para abranger mais de uma atividade sobre o mesmo tema, podendo o tema ser selecionado por meio de uma conversa com os alunos sobre seus interesses. Nessas escolhas, é importante considerar as características sociocognitivas dos estudantes, a complexificação do tema, a motivação para a aprendizagem e a adequação ao contexto social do projeto curricular.
Murray Schafer, compositor e educador musical canadense, pautou-se na experiência da aprendizagem musical na perspectiva da consciência sonora. Para o autor, a música deve ser ouvida a partir da relação equilibrada entre o homem, o ambiente e as diversas possibilidades criativas do fazer musical. O desenvolvimento da paisagem sonora proposta por Schafer quanto ao ensino do contexto escolar deve ser proposto a fim de despertar nos alunos a consciência da coletividade sobre um fenômeno ubíquo e a compreensão das implicações do som na qualidade de vida em todo o planeta.
A avaliação nas aulas de música é um tema recorrente entre escola e direção: algumas instituições consideram que as avaliações só podem ser realizadas por escrito, uma vez que é necessário um registro documental. Outras instituições acreditam que a avaliação pode ser realizada em outros formatos, como gravações de áudios, vídeos e apresentações musicais, como resultado do trabalho desenvolvido em sala de aula. Além do formato do processo avaliativo, ao conceber a avaliação em música, o professor deve estar atento aos seguintes critérios: objetivos propostos na atividade; entendimento dos conteúdos propostos; desenvolvimento musical dos alunos em cada atividade e ao longo da disciplina; e a reflexão crítica da proposta musical por meio do produto musical gerado.
Autores como Keith Swanwick e Paul Haack apresentaram diferentes concepções de educação musical, evidenciando valores e funções específicas. Assim, a educação musical poderia ser entendida como educação musical estética ou como educação musical utilitária. Na visão tradicional de ensino, ambas as visões são enfocadas como excludentes, o que ocasionou uma série de debates sobre o tema educação estética versus educação utilitária da educação musical a partir dos anos 1960. Atualmente, os educadores musicais têm discutido uma visão de educação musical integradora, que soma ambas as concepções.
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) oportunizam uma série de ferramentas que possibilitam interagir pedagogicamente, criando um conjunto de possibilidades a serem exploradas em sala de aula. Contudo, elas não são suficientes para garantir inovação e uma efetiva aprendizagem. Assim, a tônica do professor de música deve estar na exploração e na compreensão de como a utilização das TDIC pode contribuir com os processos de ensino e aprendizagem musical: quais métodos, quais conteúdos, quais formas de avaliação e, principalmente, quais práticas pedagógicas o docente pode contemplar em sala de aula.
Considere-se que os alunos pré-adolescentes do primeiro ano do Ensino Médio de uma escola tenham reclamado de quase todas as atividades propostas nas aulas de música e que só quisessem cantar música sertaneja nas aulas de música. Considere-se, ainda, que, por mais que o professor tenha tentado justificar a importância de todas as atividades musicais, os estudantes tenham tido muita dificuldade em participar de outras atividades que não envolvessem a música sertaneja. Nesse caso, a fim de integrar todos os alunos, a melhor solução seria o professor de música trabalhar somente com música sertaneja, mesmo que o programa da disciplina envolva outros gêneros e outras práticas musicais, uma vez que a principal função do professor de música na escola é criar atividades que integrem todos os alunos, não sendo necessário o desenvolvimento dos conteúdos propostos pelo programa escolar.
A prática musical coletiva, seja ela vocal ou instrumental, pressupõe um processo de ensino-aprendizagem que parte essencialmente do fazer musical colaborativo. O professor, no papel de regente ou líder desse processo, deve contribuir com os seguintes aspectos: aperfeiçoar os elementos musicais de acordo com o nível de conhecimento musical de seus alunos; conduzir e dar subsídios para a interpretação do grupo, construindo a performance de acordo com o estilo/gênero e o grau de dificuldade da peça em estudo; e buscar a harmonia e a socialização entre seus integrantes, sendo que cada aluno tem compromisso com a musicalidade do todo.
A Lei n.º 11.769/2008 instituiu a música como um conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, dentro do componente curricular arte. A partir disso, todas as escolas de Educação Básica foram obrigadas a instituir a música em seus currículos. Anos depois, com a Lei n.º 13.278/2016, passou a vigorar o entendimento de que as artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que constituirão o componente curricular de arte, o que significa que o ensino de arte deve ser ensinado pelo professor de forma polivalente.
As metodologias ativas no contexto da educação musical são baseadas na aprendizagem pela perspectiva e pelo protagonismo do aluno, transformando-os em agentes engajados e responsáveis pela sua própria educação. Assim, o papel central da aprendizagem está no aluno e nas relações que ele estabelece com o conhecimento e com a aprendizagem musical. Deixar o aluno ser o protagonista exime a responsabilidade do professor para com o processo formativo dos alunos e do grupo, o que reforça seu papel de observador do processo de aprendizagem, e o docente se torna um curioso das práticas musicais geradas em sala de aula. Para isso, ele se coloca à margem da responsabilidade pelo conhecimento dos alunos, que o desenvolvem por meio da pesquisa de forma autônoma e individualizada.
Em relação às metodologias do ensino do teatro, julgue o item.
O teatro pode ser considerado uma técnica catártica,
sendo, portanto, uma disciplina indicada no processo de
ensino-aprendizagem, como forma de tratar emoções e
facilitar o desenvolvimento escolar.
Em relação às metodologias do ensino do teatro, julgue o item.
A inserção da dramaturgia no processo escolar é uma
forma de tornar os adolescentes mais críticos, mais
espontâneos e mais sociáveis; no entanto, essa atividade
deve ser desenvolvida com parcimônia, pois a
interpretação de textos teatrais gera angústia e estresse,
o que compromete o convívio dos alunos no ambiente
escolar.
Em relação às metodologias do ensino do teatro, julgue o item.
O teatro pode auxiliar no processo de socialização
infantil — que, às vezes, é um desafio para algumas
crianças —, na medida em que pode promover a
comunicação e uma maior interação entre os colegas e
é um estímulo ao convívio social.
Em relação às metodologias do ensino do teatro, julgue o item.
Apesar de promover a sociabilidade, ajudar a vencer a
timidez e propiciar a melhora da comunicação verbal e
corporal, o teatro na escola normalmente gera nos
alunos uma autoestima exagerada, ocasionando a
formação de grupos elitizados.
Em relação às metodologias do ensino do teatro, julgue o item.
Uma das funções do teatro na escola é atuar como uma
forma de terapia, possibilitando que os adolescentes
entrem em contato com os seus sentimentos e, com
isso, controlem suas emoções.
Julgue o item, referentes a leitura, interpretação e crítica da arte.
Qualquer tipo de interpretação, análise e crítica de uma
obra de arte requer, necessariamente, um
conhecimento aprofundado do assunto em questão.