Questões de Concurso

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96, é a legislação que estabelece e regula a estrutura do sistema educacional brasileiro, fundamentando-se nos princípios previstos na Constituição; objetivando a garantia e a qualidade da educação em todos os níveis. O componente Arte está presente nas afirmativas previstas em lei, para a educação básica brasileira. Nesse contexto, analise as assertivas abaixo.

I O prazo para que os sistemas de ensino implantem as mudanças da LDB, Lei nº 9.394/96, decorrentes da Lei nº 13.278/2016, incluindo a formação específica dos respectivos professores em número suficiente para atuar na educação básica, é de dez anos.
II O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório em todos os níveis do ensino fundamental, com o objetivo de promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
III O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos.
IV A Lei nº 13.278/2016, altera o § 2º da LDB, Lei nº 9.394/96, incluindo as artes visuais, a dança, a música e o teatro nos currículos dos diversos níveis da educação básica.

Das assertivas, estão corretas:

Sobre a atuação do professor de teatro nas escolas, espera-se que ele adote uma atitude propositiva, oferecendo experiências teatrais aos estudantes. Para isso, nomenclaturas que integram a prática artística e a ação docente têm sido amplamente difundidas pelos docentes de teatro que atuam na educação básica. Um termo bastante propagado é o de “professor-performer”, defendido pela professora Naira Ciotti (UFRN). Em torno da proposta de “professor-performer”,

Na Base Nacional Comum Curricular – BNCC (2018), o componente curricular Arte é estruturado em torno de quatro linguagens – Artes Visuais, Dança, Música e Teatro – que são apresentadas como unidades temáticas. Cada uma dessas unidades, abrange Objetos de Conhecimento e Habilidades, articulados às Seis Dimensões do Conhecimento. Avalie as dimensões do conhecimento abaixo.

I CRIAÇÃO: trata do apreender o que está em jogo durante o fazer artístico, processo permeado por tomadas de decisão, entraves, desafios, conflitos, negociações e inquietações.

II CRÍTICA: articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos, políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.

III ESTESIA: nela, o corpo em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) torna-se coadjuvante na experiência.

IV REFLEXÃO: É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações artísticas e culturais, na ação de leitor.


Das dimensões apresentadas, estão corretas:

Segundo o documento da Base Nacional Comum Curricular (2018), no ensino fundamental, o componente curricular Arte está centrado nas linguagens Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Segundo o documento, a linguagem artística do Teatro 

O diretor teatral Zé Celso Martinez Corrêa e seu trabalho no Teatro Oficina Uzyna Uzona tornaram-se conhecidos, inicialmente, por sua grande inovação na construção de um espaço cênico, com um palco no centro e duas laterais de arquibancadas destinadas para a plateia. Atualmente, as práticas do Teatro Oficina são conhecidas por uma construção dramatúrgica experimental e performática, com ênfase na corporeidade e na interação direta com a plateia. Sobre a contribuição das peças dirigidas e/ou montadas por Zé Celso no Teatro Oficina

Ariano Suassuna, ao referir-se ao Movimento Armorial, afirma: A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus “cantares”, e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados (Suassuna, 1974, p.7 - O Movimento Armorial).
A produção teatral de Ariano Suassuna tem como características

Ariano Suassuna, um dos mais importantes dramaturgos brasileiros, idealizou o Movimento Armorial na cidade de Recife (PE), na década de 1970, visando valorizar a produção artística genuinamente brasileira, centrando-se nas raízes da cultura popular nordestina. Esse movimento abrangeu as diversas expressões das linguagens artísticas. Na linguagem do teatro, Ariano Suassuna, escreveu as dramaturgias: 

Leia o seguinte trecho da peça didática “Aquele que diz sim, aquele que diz não” de Bertolt Brecht:

GRANDE CORO - O mais importante de tudo é aprender a estar de acordo. Muitos dizem sim, mas sem estar de acordo. Muitos não são consultados, e muitos estão de acordo com o erro. Por isso: o mais importante de tudo é aprender a estar de acordo.

O professor está no plano 1; a mãe e o menino, no plano 2.

O PROFESSOR - Eu sou o professor. Eu tenho uma escola na cidade e tenho um aluno cujo pai morreu. Ele só tem a mãe, que cuida dele. Agora, eu vou até a casa deles para me despedir, porque estou de partida para uma viagem às montanhas. É que surgiu uma epidemia entre nós, e na cidade, além das montanhas, moram alguns grandes médicos. [BRECHT, Bertolt. Teatro Completo 3. São Paulo: Paz e Terra, 2009.]

A partir da compreensão do texto dramatúrgico apresentado e a estética de Teatro Épico, consideramos

Você irá propor experimentações de Teatro do Absurdo em sala de aula, baseando-se na estrutura das cenas, nas narrativas e na composição dos personagens, dentre os outros elementos da cena teatral absurda. Ao propor a construção de cenas, a partir de exercícios de improvisação, você constrói coletivamente com a turma de estudantes, uma cena que

A prática dos Jogos Teatrais em sala de aula, com as proposições de Viola Spolin para a construção dos elementos centrais de uma cena, considera: Onde, Quem e O Quê, ao convocar a expressão corporal dos jogadores, na linguagem não-verbal, para comunicar tais elementos em cena. Nas experiências práticas de Jogos Teatrais, em sala de aula, uma construção cênica que considera Onde, Quem, O Quê, respectivamente, tem como elementos:

O método dos Jogos Teatrais de Viola Spolin, com suas múltiplas dimensões e suas contribuições para o ensino e aprendizagem em Teatro, pode ser encontrado em uma das suas publicações, em formato de fichas, no livro Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin, que tem como objetivo auxiliar a prática do professor de teatro, em sala de aula. Os Jogos Teatrais podem ser praticados por

A performance, sendo uma linguagem híbrida, tem sua nascente no movimento body art, que deslocava a compreensão de produto para processo e de obra para criador, tendo o corpo como suporte artístico. Avalie as assertivas a seguir, a respeito da linguagem da performance, compreendendo-a numa perspectiva das artes cênicas e por assim ser, teatral:

I A busca dentro do teatro que não levasse unicamente à representação, mas que tivesse uma maior aproximação com a vida.
II Ao escapar de rótulos e definições, a performance propõe que o atuante seja um ator.
III Na performance, o artista transforma-se em atuante, agindo como um performer, artista cênico, ao representar personagens de peças teatrais.
IV A performance rompe convenções, formas e estéticas, numa confrontação com o teatro, analisa e questiona a representação.

Das afirmativas, estão corretas

A teoria do Teatro Épico foi formulada pelo teatrólogo alemão Bertolt Brecht, ao longo de trinta anos, período em que encenou e escreveu peças, contrapondo-se ao ilusionismo do teatro dramático. Pode-se considerar que o Teatro Épico brechtiano propôs uma forma de teatro que se revela por meio de suas próprias estruturas, expondo os aparatos constituintes da encenação, e rompendo com a barreira ilusória que separa os atores dos espectadores. As escolhas de Brecht provocaram mudanças na posição do espectador

O encenador brasileiro Augusto Boal, ao criar o Teatro do Oprimido, apresentou a premissa de que todos os seres humanos são espect-atores: espectadores porque observam e, conjuntamente, atores porque agem. No Teatro Fórum, a participação da plateia é essencial para o desenlace da situação-problema apresentada. Um ator (o curinga) convida os espect-atores a participarem do jogo teatral. Assim, o espectador que entra em cena 

Na Grécia Antiga, apenas as pessoas do sexo masculino podiam atuar. Dessa forma, os atores utilizavam máscaras para definir o gênero da personagem (feminino ou masculino) e também para caracterizar se o espetáculo era uma Tragédia ou uma Comédia. O uso de máscaras era essencial no Teatro Grego por 

As expressões artísticas teatrais, na Grécia Antiga, ocorreram na cidade-estado de Atenas, no século VI a.C., durante as festas em homenagem ao deus Dioniso, divindade do vinho, da vegetação e do crescimento, da procriação e da vida exuberante. Quando os ritos dionisíacos evoluíram para a construção cênica de tragédia e de comédia, Dioniso passou a ser conhecido, também, como o deus do teatro. Sendo assim, no Teatro Grego,

O teatro primitivo tem suas origens nas danças dramáticas coletivas e na necessidade das mulheres e homens da Pré-História se comunicarem, utilizando a mímica; posteriormente, essa forma de expressão passou a ser compreendida como arte, na Grécia Antiga. A palavra “teatro” vem do grego “Théatron” e significa “lugar de onde se vê”. Com o passar do tempo, o teatro passou a ser reconhecido como a arte de contar histórias, as quais podem ser criadas e apresentadas de diversas maneiras, utilizando o corpo inteiro, bonecos, objetos, entre outros recursos. A arte do teatro

Entre os anos de 1967 e 1984, o ator-encenador-pedagogo potiguar Jesiel Figueiredo (1938-1994), junto ao grupo Artistas Unidos, desenvolve uma série de montagens direcionadas ao público infantil. Embora Jesiel não tenha sido o precursor do Teatro Infantil no Rio Grande do Norte, é incontestável o papel que ele ocupou na disseminação do teatro infanto-juvenil pelo estado e, principalmente, no município de Natal. Seu trabalho caracterizou-se por 

No livro Em busca do Teatro Pobre, o encenador pedagogo polonês Jerzy Grotowski (1933-1999), aborda a relação entre o ator e o espectador. O encenador buscou, em suas práticas, diminuir a quantidade de espectadores que testemunhavam seus processos artísticos, a fim de estabelecer um modo de presença que é dirigido pela percepção. Sendo assim, o ator 

O encenador inglês, Peter Brook (1925-2022), desenvolveu um conceito que ele definiu como “teatro vazio”. Essa estética teatral consiste na ideia de que