Questões de Concurso
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O texto a seguir serve de referência para responder às questões 29 e 30.
Olha o gato! Pesquisa diz que 13% dos brasileiros usa conexão do vizinho Na última terça-feira (15), o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação divulgou uma informação no mínimo curiosa: 13% dos participantes da pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada entre outubro de 2014 e março de 2015, revelaram que utilizam a casa do vizinho como ponto de acesso à internet. Para chegar a esse resultado, foram ouvidos moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 munícipios de todo o país. Isso ajudou, por exemplo, a perceber que a prática é mais comum na região Nordeste, onde 22% dos entrevistados afirmaram que recorrem à conexão alheia para acessar a internet. Em contrapartida, tal prática é menor no Centro-Oeste, onde apenas 10% das pessoas confirmaram tal ação. |
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/internet/86485-olha-gato-pesquisa-diz-13-brasileiros-usa-conexaovizinho.htm. Acesso em: 10 jun. 2018.
Ainda de acordo com Damatta, o “jeitinho brasileiro” se relaciona com uma configuração cultural da sociedade brasileira onde
O texto a seguir serve de referência para responder às questões 29 e 30.
Olha o gato! Pesquisa diz que 13% dos brasileiros usa conexão do vizinho Na última terça-feira (15), o Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação divulgou uma informação no mínimo curiosa: 13% dos participantes da pesquisa TIC Domicílios 2014, realizada entre outubro de 2014 e março de 2015, revelaram que utilizam a casa do vizinho como ponto de acesso à internet. Para chegar a esse resultado, foram ouvidos moradores de 19 mil domicílios em mais de 350 munícipios de todo o país. Isso ajudou, por exemplo, a perceber que a prática é mais comum na região Nordeste, onde 22% dos entrevistados afirmaram que recorrem à conexão alheia para acessar a internet. Em contrapartida, tal prática é menor no Centro-Oeste, onde apenas 10% das pessoas confirmaram tal ação. |
Disponível em: https://www.tecmundo.com.br/internet/86485-olha-gato-pesquisa-diz-13-brasileiros-usa-conexaovizinho.htm. Acesso em: 10 jun. 2018.
Essa reportagem ilustra um fenômeno social que foi bastante estudado pelo antropólogo brasileiro Roberto Damatta: o “jeitinho brasileiro”. Compreendido por Damatta como um traço constitutivo da identidade cultural brasileira, o jeitinho brasileiro pode ser caracterizado como
Tomado de empréstimo da sociologia política de Max Weber, o termo patrimonialismo recebeu nas ciências sociais brasileiras o status de categoria analítica e foi amplamente utilizado por nomes como Raimundo Faoro e Simon Schwartsman. Com esse conceito, Faoro, por exemplo, procurou explicitar o que acreditava serem algumas características institucionais singulares do Estado brasileiro, entre as quais pode-se destacar:
Casa Grande & Senzala (1933) é um clássico do pensamento social brasileiro e marcou época na interpretação da formação societal nacional como o produto do encontro e intercâmbio cultural e etnorracial entre os povos brancos, negros e indígenas. Seu autor, Gilberto Freyre, ganhou projeção nacional ao defender que
Florestan Fernandes é conhecido como um dos nomes mais destacados da sociologia brasileira e desenvolveu estudos originais sobre as condições institucionais de integração do negro na sociedade brasileira. Profundamente ainda influente nos dias de hoje, na obra A integração do negro na sociedade de classes, o principal argumento de Fernandes para explicar a desigualdade racial foi a
Na década de 1950, Theodor Adorno e Max Horkheimer cunharam a expressão “indústria cultural” para descrever o mercado emergente de produção em massa de bens de consumo (tecidos, carros, eletrodomésticos, móveis), tornado possível nas formas de organização do trabalho de tipo fordista-taylorista. Também nos textos de Adorno e Horkheimer pode-se encontrar uma crítica à indústria cultural, entendida como
A questão 24 deve ser respondida com base no excerto abaixo.
Os refugiados Segundo a Coordenação Nacional de Imigração, órgão do Ministério do Trabalho, o Brasil deu 311 mil autorizações para estrangeiros trabalharem no país entre 2011 e 2016. Pouco mais de 200 mil carteiras de trabalho foram emitidas nesse período. Por outro lad o, a autorização de vistos de refúgio continua um processo lento – em média, ela demora dois anos. A fila chega a 86 mil pessoas e tende a crescer por causa da massa de venezuelanos que diariamente chega ao Brasil. Quando pousou em São Paulo, o congolês Kanga Heroult, de 38 anos, já tinha o documento que autorizava seu refúgio político no país. Era uma outra época, em 2008, quando o número de pedidos de refúgio era bem menor. Hoje, Heroult trabalha como agente de saúde na região da cracolândia, área de consumo e venda de crack no centro da cidade. Ele auxilia dependentes químicos a entrar no serviço municipal de recuperação, o Redenção. |
(FONTE: MACHADO, Leandro. O agente congolês na cracolândia, a boliviana no SUS, o angolano no 'rapa' e outras histórias de recomeço no Brasil. BBC NEWS Brasil, São Paulo, jun. 2018)
O acontecimento relatado no texto ilustra uma das situações -problema que têm ganhado visibilidade na esfera pública internacional e que diz respeito às dificuldades impostas pela experiência histórica contemporânea de pressão da globalização. Sobre esse assunto, Jürgen Habermas, sociólogo alemão, vai afirmar que o processo de globalização minou os potenciais de integração social do Estado-nação, sendo necessário agora
O excerto a seguir servirá de referência para responder à questão 23.
Iniciada por aqueles autores qualificados como intelectuais da diáspora negra ou migratória – fundamentalmente imigrantes oriundos de países pobres que vivem na Europa Ocidental e na América do Norte –, a perspectiva pós-colonial teve, primeiro na crítica literária, sobretudo na Inglaterra e nos Estados Unidos, a partir dos anos de 1980, suas áreas pioneiras de difusão. Depois disso, expande-se geograficamente e para outras disciplinas, fazendo dos trabalhos de autores como Homi Bhabha, Edward Said, Gayatri Chakravorty Spivak ou Stuart Hall e Paul Gilroy referências recorrentes em outros países dentro e fora da Europa. |
(FONTE: COSTA, Sérgio. Desprovincializando a sociologia: a contribuição pós -colonial. Rev. Bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 21, n. 60, p. 117-134, fev. 2006).
Para o conjunto de autores destacados no texto, a questão central na relação entre as sociedades dos Atlânticos Norte e Sul seria a
A estratificação social é uma das formas de apreender as diferenças existentes dentro de uma sociedade. A proposição que melhor traduz o uso corrente do termo na análise sociológica é:
Para Anthony Giddens, em uma de suas principais obras, “As consequências da modernidade”, o advento do mundo moderno levou a um desencaixe da experiência social. Assim, estamos cada vez mais conectados com processos e eventos que ocorrem em lugares muito distantes daquele no qual estamos fisicamente situados. Tomando em consideração o exposto, avalie as proposições abaixo.
I |
Uma das consequências do desencaixe da experiência social é que a vida na comunidade local deixa de ser a referência fundamental para a construção da identidade. |
II |
A globalização da economia é uma das expressões do desencaixe da vida social , na medida em que retira do entorno imediato o controle de atividades básicas, não sendo raro que decisões tomadas a milhares de quilômetros impliquem no fechamento de empreendimentos locais e na emergência de problemas sociais em nível local como o desemprego. |
III |
O desencaixe da experiência social é uma tendência evolutiva que pode ser encontrada em todos os períodos históricos. |
IV |
As práticas e saberes tradicionais não são afetados pelo processo de desencaixe da vida social. |
Estão corretas as proposições
O excerto a seguir servirá de base para responder à questão 20.
“Os grupos de status se definem menos por um ter do que por um ser, irredutível a seu ter, menos pela posse pura e simples de bens do que por uma certa maneira de usar estes bens, pois a busca da distinção pode introduzir uma forma inimitável de raridade, a raridade da arte de bem consumir capaz de tornar raro o bem de consumo mais trivial. É por isto que, como observa ainda Weber, “poderíamos dizer, ao preço de uma simplificação excessiva, que as classes se diferenciam segundo sua relação com a produção e com a aquisição de bens, e os grupos de status, ao contrário, segundo os princípios de seu consumo de bens, consumo que se cristaliza em tipos específicos de estilo de vida.” |
(Fonte: BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspecti va, 1974. p. 16).
Imagine uma situação em que seja solicitado de um sociólogo realizar uma pesquisa com objetivo de, por um lado, apreender a desigualdade social no consumo de bens culturais em um determinado município e, por outro, elaborar um perfil dos estilos de vida. Para tanto, lhe é solicitada a confecção de um questionário. Nessa perspectiva, para atender a proposta da pesquisa, as perguntas que deverão constar no questionário são:
O excerto a seguir servirá de base para responder à questão 19.
“O problema é que, no Brasil, o Estado nunca conseguiu ter completamente o monopólio do uso legítimo da violência, nem foi capaz de oferecer igualmente a todos os cidadãos acesso judicial à resolução de conflitos. O que significa que o Estado brasileiro não deteve, em nenhum momento completamente, a capacidade de ter o monopólio do uso da força em todo território, nem o de ser capaz de transferir para si a administração plena da Justiça. Ao dizer isso, eu estou afirmando que sempre restaram espaços e, portanto, sempre restou uma incompletude no processo de modernização do país, que atingiu tanto o Estado quanto a sociedade, e que é, em parte, responsável pelos efeitos de violência que nós est amos assistindo hoje. Pois não é possível, não é imaginável que um país que tenha a capacidade de processar razoavelmente os conflitos e os crimes no âmbito da Justiça , assista à demanda, cada vez maior, hoje presente tanto na mídia quanto em expressivos s egmentos da população, para soluções de força privadas ou para soluções de força ilegais (justiçamentos, tortura, fazer a justiça com as próprias mãos).” |
(FONTE: MISSE, Michel. “Sobre a acumulação social da violência no Rio de Janeiro”. Porto Alegre: Civitas, 2008. p. 374).
Na abordagem da problemática da violência criminal acima exposta, temos um resgate por parte do autor de um dos tópicos centrais de análise da vida social moderna feita por um dos autores considerados clássicos na teoria sociológica: o monopólio do Estado da violência legítima. A abordagem do tópico analítico tratado no excerto foi embasada no autor clássico
Dentre os autores considerados clássicos da sociologia, Georg Simmel foi aquele que mais se destacou na apreensão das consequências psicológicas e sociais da urbanização. A “intelectualização” da vida, com o predomínio do racional sobre o emotivo, e um certo “embotamento” intencional dos sentidos diante da multiplicidade de eventos e informações foram elementos da vida urbana moderna por ele destacados. Essa nova forma de atuar e perceber o mundo foi condensada pelo autor em um conceito que ele denominou de atitude
Para Anthony Giddens (1991), “a reflexividade da vida social moderna consiste no fato de que as práticas sociais são constantemente examinadas e reformadas à luz de informação renovada sobre estas próprias práticas, alterando assim constitutivamente seu caráter.”
(FONTE: GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade, São Paulo: Editora da UNESP, 1991, p. 45).
Levando em conta a importância decisiva da reflexividade no mundo social contemporâneo, analise as proposições abaixo.
I |
A reflexividade expressa um dinamismo social exacerbado em que a tradição deixa de ser o fundamento para as práticas e escolhas individuais e coletivas . |
II |
Tanto nas sociedades pré-modernas quanto nas modernas, a reflexividade ocupa um lugar central nas práticas sociais, mesmo nas atividades cotidianas . |
III |
As instituições modernas incorporaram fortemente a reflexividade. |
IV |
A reflexividade social não se expande globalmente e nem impacta todas as esferas da vida em sociedade. |
Na perspectiva analítica de Anthony Giddens, as proposições corretas são
A reportagem e o excerto a seguir servirão de base para responder a questão 16.
“Durante mais de 72 horas, a Escola Municipal Limírio Cardoso Dávila, em Parnamirim, foi alvo massivo de vândalos – sem intervenção de autoridades. Homens e mulheres, de diferentes idades, saquearam e destruíram o patrimônio público, que ficou destelhado, sem portas e com os livros didáticos queimados. O incêndio, que também atingiu cadeiras, foi iniciado ainda na sexta-feira (15). [...] Segundo relatos dos saqueadores, não existe preocupação da PM e a intenção era ‘levar o que puder’. A TRIBUNA DO NORTE es teve na escola durante a manhã de ontem (16), e constatou um cenário de completa barbárie. No local, lixo e sujeira tomavam conta da estrutura que deveria ser a base de formação para centenas de alunos.” |
Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/va-ndalos-destroem-escola-paoblica-em-parnamirim/352411. Acesso em: 03 jun. 2018. [Adaptado]
“O funcionalismo sustenta que a sociedade é um sistema complexo cujas diversas partes trabalham conjuntamente para produzir estabilidade e solidariedade. De acordo com essa abordagem, a disciplina sociologia deveria investigar a relação das partes da sociedade umas com as outras e com a sociedade como um todo”. |
(FONTE: GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 4 ed. 2005. p. 34-35).
O profissional de sociologia, orientado pela perspectiva funcionalista, ao analisar a situação descrita na reportagem deve desconsiderar a seguinte alternativa:
O excerto a seguir servirá de base para responder à questão 15.
“Em 10 anos, o Brasil ganhou 1,1 milhão de famílias compostas por mães solteiras. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2005, o país tinha 10,5 milhões de famílias de mulheres sem cônjuge e com filhos, morando ou não com outros parentes. Já os dados de 2015, os mais recentes do instituto, apontam 11,6 milhões de arranjos familiares. Mesmo com esse aumento no número absoluto, a representatividade das mães solteiras caiu de 18,2% para 16,3% no período. Isso porque outros tipos de família, como as de casais sem filhos e as unipessoais, cresceram mais proporcionalmente.” |
Disponível em:<https://g1.globo.com/economia/noticia/em-10-anos-brasil-ganha-mais-de-1-milhao-de-familiasformadas-por-maes-solteiras.ghtml>. Acesso em: 08 jun.2018.
O estudo da família sempre foi uma das principais tarefas da sociologia e se traduziu em abordagens distintas, não raro conflitantes. Uma dessas correntes foi o funcionalismo. Considerando o excerto, analise as afirmações abaixo.
I |
Presenciamos atualmente, não apenas no Brasil, mas também na maioria das sociedades ocidentais, uma mudança substancial no formato da família, impactando negativamente o cumprimento das funções básicas por parte dessa instituição básica. |
II |
As transformações demográficas ocorridas nos últimos anos no Brasil se traduziram na emergência de um contingente significativo de famílias que não contam com a figura de um “provedor”. Essa reconfiguração fragiliza a socialização do papel masculino na instituição familiar. |
III |
Na medida em que a família, como apontam pesquisadoras feministas, não é apenas uma instituição cooperativa, alicerçada em interesses partilhados e mútua cooperação, mas também um espaço de relações de poder, de hierarquia e de opressão, os dados acima apontados expressam não uma crise da família, mas a sua democratização. |
IV |
O que os dados revelam é que a família tradicional, definida como heterossexual e monogâmica, como já apontava a análise marxiana, não encontra referentes na realidade das sociedades capitalistas avançadas. |
Dentre essas proposições, as que não se enquadram na abordagem funcionalista da família são
A análise feita por Max Weber a respeito dos tipos de dominação tornou-se uma referência fundamental tanto para a sociologia quanto para a ciência política. Tendo por base a sua perspectiva metodológica dos tipos ideais, o cientista social alemão definiu três tipos de legitimação e justificação da dominação. Os três tipos ideais de dominação definidos por Weber são:
O texto a seguir servirá de base para responder à questão 13.
Émile Durkheim contribuiu decisivamente para a constituição da sociologia como ciência ao identificar o “fato social” como o seu objeto de estudo. Ele o definiu da seguinte maneira: “Fato social é toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior: ou então, que é geral no âmbito de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria, independente das suas manifestações individuais” |
(Fonte: DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. Tradução de Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Clareto, 2007. p. 40).
Essa definição de fato social foi tradicionalmente condensada em três características básicas, que são:
Karl Marx e Émile Durkheim elaboraram proposições que se tornaram referenciais para a análise da divisão social. Ambos, de perspectivas distintas, incorporaram o conceito de classe em suas análises. Sobre a temática "classe social", analise as proposições abaixo.
I |
Para Marx, as classes sociais expressam, na maior parte da história, posições antagônicas no processo de produção da vida material, traduzindo -se em uma oposição entre classe dominante e classe dominada. Já para Durkheim, embora as classes sociais se originem na divisão social do trabalho, elas tendem à integração (solidariedade orgânica) e não ao conflito. |
II |
A luta de classes é apreendida como a fonte de dinamicidade histórica na abordagem de Karl Marx. Durkheim assume posição distinta e não atribui importância decisiva ao conflito entre as classes sociais. |
III |
Para Marx, embora a luta de classes fosse considerada o “motor da história”, era a integração não conflituosa dos homens no processo de produção que marcaria a vida social até o momento histórico de ascensão do socialismo. |
IV |
Para Durkheim, quando as classes sociais não conseguem apreender corretamente o seu papel na história, temos a emergência da “anomia social”. |
Estão corretas as proposições
Significativas mudanças econômicas e políticas redefiniram a paisagem social no final do século XVIII e início do século XIX. Eventos ocorridos na Europa transformaram substancialmente os modos de vida com os quais homens e mulheres estavam acostumados há milhares de anos. As duas revoluções que expressaram esses eventos foram: