Questões de Concurso
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I. A Constituição de 1988 definiu novos direitos para as populações indígenas, e, consequentemente, teve impacto na região amazônica, onde a maior parte das terras indigenas e de descendentes dos povos originários se concentram, conforme o Censo IBGE de 2022.
II. A Constituição de 1988 chancelou o multiculturalismo, o direito à diferença, à identidade cultural e às terras tradicionalmente ocupadas por estes povos.
III. A Constituição de 1988 validou o Estatuto do Índio, mantendo sua classificação como integrados, semi-integrados e nãointegrados à sociedade branca.
IV. A Constituição de 1988 estabeleceu que as terras indigenas são terras ocupadas em caráter permanente, devendo ser demarcadas pelos governos estaduais, com apoio da FUNAI e do INCRA.
É correto o que se afirma APENAS em
O litígio, objeto de longas e complexas negociações que envolveram o Brasil, a Bolivia e os Estados Unidos da América, sede do Bolivian Syndicate, empresa concessionária dos direitos cedidos pelo govermo boliviano, foi solucionado mediante o pagamento de uma indenização de 114 mil libras esterlinas aos capitalistas investidores na concessionária e, à Bolívia, de uma indenização monetária de dois milhões de libras esterlinas; o compromisso da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, e a cessão de uma parcela do território, cabendo ao Brasil a área do atual estado do Acre, já povoado por brasileiros.
(Disponivel em: https: latlas.fgv.br)
A solução do litígio em questão foi consumada por meio do Tratado
A liberdade chega aos morros
Ao fincar a bandeira do Brasil e do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) em uma laje que servia como QG de traficantes, um grupo de policiais da tropa de elite do Rio de Janeiro marcava, na semana passada, a retomada do poder em um conjunto de sete violentas favelas da Zona Norte — a maior operação dessa natureza já feita em morros cariocas.
In: Veja, n.º 2.163, 5/5/2010, p. 80.
Acerca do assunto abordado nesse fragmento de texto e de assuntos a ele relacionados, assinale a alternativa correta.
A área ocupada pela comunidade Kalunga foi reconhecida pelo Governo do Estado de Goiás, desde 1991, como Sítio Histórico e Patrimônio Cultural. Esse reconhecimento é importante porque
Leia o fragmento a seguir.
Os livros didáticos produzem a mágica de fazer aparecer e desaparecer os índios na história do Brasil. O que parece mais grave neste procedimento é que, ao jogar os índios no passado, os livros didáticos não preparam os alunos para entenderem a presença dos índios no presente e futuro. E isto acontece, muito embora as crianças sejam cotidianamente bombardeadas pelos meios de comunicação com informações sobre os índios hoje. Deste modo, elas não são preparadas para enfrentar uma sociedade pluriétnica, onde os índios, parte de nosso presente e também de nosso futuro, enfrentam problemas que são vivenciados por outras parcelas da sociedade brasileira. |
GRUPIONI, L. D. Imagens contraditórias e fragmentadas: sobre o lugar dos índios nos
livros didáticos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v.77, p.422-37,
1996. p.425.
O texto apresentado critica o ensino que cristaliza a história e as culturas indígenas no passado e reforça a importância de se trabalhar essa temática também na história recente e do tempo presente. Buscando superar essa lacuna em sala de aula, um professor pode analisar com seus alunos, entre as diversas questões envolvendo povos indígenas atualmente no Brasil,
Leia os fragmentos a seguir.
Chefes altamente qualificados do Movimento de Março de 64 preferem chamá-lo contrarrevolução. Com efeito, houve uma reação ao rumo desordenado e ameaçador que a Nação tomava sob João Goulart. […] O “esquerdismo” teria sido, ao contrário de outras supostas causas, o cimento que unificou as diversas correntes de pensamento brasileiro, refletidas nas Forças Armadas, desde o liberalismo clássico, ao neoconservadorismo e ao reformismo. Março de 64 é, pois, uma resposta e não um projeto autônomo. Por isso, foi feito em nome do Anti: anticomunismo, antipeleguismo, anticorrupção. |
FOLHA DE S. PAULO. Jarbas Passarinho, Dezoito anos depois. Opinião, p. 3,
31/03/1982. Disponível em: < http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/1982/03/31/2/ >.
Acesso em: 3 maio de 2016. [Adaptado].
Com efeito, o governo de Jango não caiu por seus defeitos, ele foi derrubado por suas virtudes. Essencialmente porque representava uma ameaça inadmissível para as classes dominantes. Quem viveu aqueles últimos meses de tensão recordará tanto a animosidade e o ódio que se alastraram por toda a casta de privilegiados contra o governo nacionalista e sindicalista, como o entusiástico apoio popular ao governo trabalhista e reformista. |
FOLHA DE S. PAULO. Darcy Ribeiro, 1964: um testemunho. Opinião, p. 3,
30/03/1982). Disponível em:< http://acervo.folha.uol.com.br/fsp/1982/03/30/2/>.
Acesso em: 3 maio 2016. [Adaptado].
Os dois fragmentos foram extraídos de textos publicados no jornal Folha de S. Paulo quando se completavam dezoito anos do Golpe Militar de 1964. Embora apresentem perspectivas diferentes, ambos os autores dos textos compreendem que a motivação do Golpe se relacionava a uma reação
Leia o fragmento a seguir.
Em 1937, houve o golpe que implantou o Estado Novo; ele fora cuidadosamente preparado, pois Vargas fizera aprovar previamente, pelo Congresso Nacional, inúmeras medidas repressivas. A ditadura, de forte coloração fascista, inspirava-se nas doutrinas direitistas que grassavam pelo mundo, como em Portugal, Espanha, Itália e Polônia. Partidos dissolvidos, outorga de uma Constituição de molde fascista, censura, repressão policial, tortura e os demais ingredientes típicos das ditaduras. |
FICO, Carlos. O Brasil no contexto da Guerra Fria: democracia, subdesenvolvimento e ideologia do planejamento 1946-1964. In: MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Viagem incompleta: a grande transação. São Paulo: Senac, 2000. p. 167. [Adaptado] .
O período referido no fragmento do texto de Carlos Fico caracterizou-se pela
Leia o fragmento.
Nós, que sobrevivemos aos Campos, não somos verdadeiras testemunhas. Esta é uma ideia incômoda que passei aos poucos a aceitar, ao ler o que outros sobreviventes escreveram – inclusive eu mesmo, quando releio meus textos após alguns anos. Nós, sobreviventes, somos uma minoria não só minúscula, como também anômala. Somos aqueles que, por prevaricação, habilidade ou sorte, jamais tocaram o fundo. Os que tocaram, e que viram a face das Górgonas, não voltaram, ou voltaram sem palavras. |
LEVI, Primo. Apud HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 11.
O texto de Primo Levi (1919/1987), sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, levanta importante questão para a escrita da história:
Leia o fragmento a seguir.
Justamente agora que a nação alemã está em colapso, espezinhada por todo mundo, é que mais se faz necessária aquela confiança em si mesma. Essa confiança deve ser cultivada na juventude, desde a meninice. Toda a sua educação, todo o seu treinamento devem ser dirigidos no sentido de dar-lhe a convicção da sua superioridade. Certa da sua força e da sua habilidade, a mocidade deve readquirir a fé na invencibilidade da sua nação. |
HITLER, Adolf. Minha luta. 8a. ed. São Paulo: Mestre Jou, 1962. p. 253-260.
Em 2016, o livro Minha luta, escrito por Adolf Hitler, entrou em domínio público, o que tem gerado preocupação em relação à propagação de seu conteúdo por grupos neofascistas. Contudo, a leitura contextualizada e crítica da obra permite ao historiador analisar aspectos do discurso nazista. Dentro desta perspectiva, o trecho destacado indica a ideologia que orientou a
Analise as imagens a seguir.
PICASSO, P. Autorretrato (1905),. Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/destaque/ noticia/2014/01/20/1076200/cubismo-autorretrato-pablo-picasso.html#>. Acesso em: 4 maio de 2016.
MÁSCARA FANG. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/artes/influenciaafro- a-arte-africana-e-o-cubismo.htm>. Acesso em: 4 maio de 2016.
Ao comparar as duas imagens, percebe-se que a arte tradicional africana, mais precisamente as máscaras ritualísticas de Fang, entre máscaras de outras etnias, inspirou Pablo Picasso e o advento de sua obra cubista. O pintor modernista europeu aproximou-se da arte tradicional africana ao
Leia o fragmento a seguir.
Pedro Ludovico Teixeira começou a inscrever seu nome na história do Estado com a Revolução de 1930, quando ele e outros importantes líderes da oposição goiana uniram-se ao grupo de Getúlio Vargas e assumiram o poder em Goiás. Os chamados outubristas difundiram os ideais de progresso e desenvolvimento como contraponto ao período anterior a 1930, classificado como de atraso político, econômico e social de Goiás. |
CUNHA, C. A. A herança modernizadora de Pedro Ludovico e a memória de seu grupo político. In: CHAUL, N. F.; DUARTE, L. S. História política de Goiás. Goiânia: UFG, 2009. p. 7. [Adaptado].
No contexto referido no fragmento, o processo de modernização em Goiás esteve diretamente vinculado à
Leia o fragmento a seguir.
Tudo o que foi possível saber de M.J., 29 anos, branca, brasileira, casada, provém de sucintas observações anotadas em sua ficha de observação. Internada na Casa de Saúde Dr. Eiras em 27 de maio de 1896, foi submetida a observação do Dr. Vicente Maia. Os principais sintomas de sua doença foram buscados pelo psiquiatra nos “antecedentes pessoais” da paciente. Revelando uma “vivacidade precoce”, durante a infância, apresentou sensíveis melhoras do estado psicopático depois de ter se casado, revelando “extrema dedicação ao marido”, ao qual, contudo, repudiaria mais tarde, abandonando o “lar doméstico” e entregando-se “sucessivamente a três homens de baixa classe”. |
ENGEL, Magali. Psiquiatria e feminilidade. In: DEL PRIORE, Mary (Org.) & BASSANEZI, Carla (coord. de textos). História das mulheres no Brasil. São Paulo: Contexto/Ed. UNESP, 1997. p. 323. [Adaptado].
No final do século XIX, o discurso médico direciona-se para a mulher, inclusive no Brasil. O caso destacado, a partir das observações médicas e do diagnóstico clínico, indica a
Analise as imagens a seguir.
MELO, F. A. de F. e Martírio de Tiradentes (1893). Óleo sobre tela. Disponível em:<http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/galeria26/g26a005g.jpg>.
WASTH J. A. Alferes Joaquim José da Silva Xavier (1940), o Tiradentes. Óleo sobre tela Rodrigues.
Disponível em: <http://www.museuhistoriconacional.com.br/images/e330n-04g.jpg>. Acesso em: 4 maio 2016.
Ao analisar a construção da representação heroica de Tiradentes, um professor realiza em sala a comparação didática dos dois documentos visuais. Tal comparação revela uma relação de:
Leia o fragmento a seguir.
Razão tinham os antigos quando estabeleceram os juízos dos mortos; porque necessário é que desapareçam o homem da superfície da terra para que se lhe faça justiça, para que com imparcialidade se julgue os seus atos. Pairam ainda por algum tempo em derredor dos túmulos o espectro das paixões e releva que se haja ele ausentado para que sua final sentença profira a história. |
OLIVEIRA, M. da G., Brasileiros ilustres no tribunal da posteridade. Varia Historia, v. 26, n. 43, jan./jun. 2010, p. 295.
O texto, que se refere ao projeto historiográfico do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil no século XIX, apresenta uma concepção em que a escrita da história é foro de
Leia o fragmento a seguir.
As duas raças, latina e saxônia, neste país, hão de produzir alguma coisa melhor [...] quero ir gradualmente, isto é, trazendo o estrangeiro precipitadamente para a província de São Paulo, porque eu, primeiro que tudo, sou paulista. Venha, pois, o estrangeiro, sr. presidente, façamos tudo quanto estiver ao nosso alcance para chamá-lo, e mais tarde teremos a restauração de nossos foros. |
AZEVEDO, Célia Maria Marinho de. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites do século XIX. São Paulo: Annablume, 2004. p. 121.
Com este discurso, o deputado Aguiar Witaker saudou a chegada de imigrantes ao seu estado, em 1869. Da fala do deputado depreende-se a
Leia o fragmento.
Vovó Claudina era paulista, vovô Torquato estudou direito em São Paulo. Ela tinha 12 anos, ele começou a namorar. Ele tinha que vir embora, foi atrás do pai dela e falou assim: “Eu gosto muito de Claudina e quero casar com ela, mas vou para Goiás e para voltar aqui é difícil, de maneira que eu quero casar e levar ela comigo. Eu prometo que ela será uma irmã para mim até os 18 anos. Eu vou até contratar uma aia, uma dama de companhia”. E ela ficou na casa do pai dele. O pai dele tratava ela como uma menina. Comprava boneca, levava pra passear, ela só foi pra casa do marido com 18 anos. |
BIANCA, M. Família e poder em Goiás. Goiânia: Alternativa, 2003. p.55.
O texto, que apresenta um caso de casamento comum no Brasil do período imperial, coloca em evidência a