Questões de Concurso Comentadas sobre regência em português

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Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: DAEM Prova: VUNESP - 2018 - DAEM - Engenheiro Civil |
Q1879323 Português

Considere a charge.


Imagem associada para resolução da questão


Assinale a alternativa em que a afirmação a respeito da charge está correta de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Q1821307 Português
A Europa se fixa em Asimov para regular as máquinas autônomas

O acidente de um carro autônomo da Uber em 19 de março, com o atropelamento e morte de um pedestre que cruzava a rua empurrando sua bicicleta em Tempe (Arizona, EUA), voltou a trazer à tona uma questão crucial sobre os robôs: a responsabilidade. A União Europeia quer antecipar-se a um futuro próximo, no qual as máquinas terão um peso fundamental nos acontecimentos, não só trágicos, mas também sociais, econômicos e políticos.
O Parlamento Europeu, em suas recomendações à Comissão para que regulamente o direito civil sobre a robótica, estabeleceu algumas premissas básicas colocadas já em meados do século passado por Isaac Asimov, o visionário cientista de origem russa, que faleceu em Nova York em 1992:
1. Um robô não causará danos a um ser humano nem permitirá que, por inação, este sofra danos
2. Um robô obedecerá às ordens que receber de um ser humano, a não ser que as ordens entrem em conflito com a primeira lei
3. Um robô protegerá sua própria existência na medida em que dita proteção não entre em conflito com as leis primeira e segunda.
Estas leis se resumem em uma denominada 0: “Um robô não causará danos à humanidade nem permitirá que, por inação, esta sofra danos”.

(Trecho. Raúl Limón. El País Brasil. 4 de maio de 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ brasil/2018/04/24/tecnologia/1524562104_998276. html)
A respeito dos verbos destacados a seguir, considerando a construção da oração em que se encontram, assinale a alternativa CORRETA.
1. Um robô não CAUSARÁ danos a um ser humano nem PERMITIRÁ que, por inação, este sofra danos. 2. Um robô OBEDECERÁ às ordens que receber de um ser humano. 3. Um robô PROTEGERÁ sua própria existência.
Alternativas
Q1794871 Português
Elas são as amigas que sempre se __________ muito _____ livros e cinema. Por isso nós _________ convidamos para ir conosco ver esse novo filme.
As lacunas do enunciado devem ser preenchidas, correta e respectivamente, conforme a norma-padrão da língua portuguesa, por:
Alternativas
Q1759044 Português
TEXTO III

AS SEM RAZÕES DO AMOR

Eu te amo porque te amo
Não precisas ser amante
E nem sempre sabes sê-lo

Eu te amo porque te amo

Amor é estado de graça
E com amor não se paga

Amor é dado de graça
É semeado na cachoeira, no eclipse
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários

Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim
Porque amor não se troca
Não se conjuga, nem se ama
Porque amor é amor a nada
Feliz e forte em si mesmo

Amor é primo da morte
E da morte vencedor
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor

Carlos Drummond de Andrade
https://www.letras.mus.br/carlos-drummond-de-andrade/983318/. 
Nos versos “Amor foge a dicionários / E a regulamentos vários”, o verbo “foge”, conforme a regência empregada, pode ser classificado como sendo:
Alternativas
Q1750225 Português

“Quando nervoso, ele cospe compulsivamente.”. Acerca da regência do verbo destacado, é correto afirmar que ele é:

Alternativas
Q1735214 Português
Assinale a alternativa que apresenta o termo retirado do trecho abaixo responsável por exigir a preposição sublinhada, devido à sua regência: “Advogados brasileiros têm até 5 de fevereiro para se candidatar ao intercâmbio oferecido pelo ‘Bar Council of England & Wales’ e pela ‘Law Society of England & Wales’...” (Adaptado de Jusbrasil, 15/01/2018)
Alternativas
Q1729433 Português
Assinale a alternativa correta, segundo o padrão culto de língua:
Alternativas
Q1725839 Português
Assinale a alternativa INCORRETA, segundo o padrão culto de língua:
Alternativas
Q1701725 Português

Atenção: Para responder à questão de número, baseie-se no texto abaixo.



Uma palavra sobre cultura e Constituição


   Todas as Constituições brasileiras foram lacônicas e genéricas ao tratar das relações entre cultura e Estado. Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior. Ao Estado cumpre realizar uma tarefa social de base cujo vetor é sempre a melhor distribuição da renda nacional. Na esfera dos bens simbólicos, esse objetivo se alcança, em primeiro e principal lugar, construindo o suporte de um sistema educacional sólido conjugado com um programa de apoio à pesquisa igualmente coeso e contínuo.

   A sociedade brasileira não tem uma “cultura” já determinada. O Brasil é, ao mesmo tempo, um povo mestiço, com raízes indígenas, africanas, europeias e asiáticas, um país onde o ensino médio e universitário tem alcançado, em alguns setores, níveis internacionais de qualidade e um vasto território cruzado por uma rede de comunicações de massa portadora de uma indústria cultural cada vez mais presente.

   O que se chama, portanto, de “cultura brasileira” nada tem de homogêneo ou de uniforme. A sua forma complexa e mutante resulta de interpenetrações da cultura erudita, da cultura popular e da cultura de massas. Se algum valor deve presidir à ação do Poder Público no trato com a “cultura”, este não será outro que o da liberdade e o do respeito pelas manifestações espirituais as mais diversas que se vêm gestando no cotidiano do nosso povo. Em face dessa corrente de experiências e de significados tão díspares, a nossa Lei Maior deveria abster-se de propor normas incisivas, que soariam estranhas, porque exteriores à dialética das “culturas” brasileiras. Ao contrário, um certo grau de indeterminação no estilo de seus artigos e parágrafos é, aqui, recomendável. 


(Adaptado de: BOSI, Alfredo. Entre a Literatura e a História. São Paulo: Editora 34, 2013, p. 393-394)


Observando-se a construção da frase Não creio que se deve propriamente lamentar esse vazio nos textos da Lei Maior, é correto afirmar que
Alternativas
Q1687491 Português

Considere o seguinte texto:


Usando modelos geométricos, os pesquisadores puderam calcular a distorção relativa de diversas partes do rosto com a câmera posicionada a diferentes distâncias, e chegaram à conclusão ________ o ideal é tirar a foto com a câmera a 1,5 metros do rosto. A 30 centímetros, a distorção da largura do nariz chega a ser de até 30%.


Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna acima.

Alternativas
Ano: 2018 Banca: FAPEC Órgão: UFMS Prova: FAPEC - 2018 - UFMS - Auxiliar em Administração |
Q1631102 Português
“Ele saía para o trabalho todas as manhãs, antes de o sol nascer, e só voltava após o pôr do sol. Mal via os três filhos e a esposa, mas julgava ser seu herói, pois não lhes faltava nada. Naquela noite, ao retornar, pôde sentir, no entanto, possíveis efeitos de sua ausência constante. Dois dos meninos estavam sendo abordados por policiais, sob suspeita de tráfico de entorpecentes.” [Texto produzido pela Fapec especificamente para esta prova]
Ainda com base no texto, esta questão avalia conhecimentos sobre itens diversos do conteúdo previsto em edital. A única alternativa que traz informação correta ou verdadeira sobre o respectivo item é:
Alternativas
Q1628137 Português
A SÚBITA MUDANÇA DE PERCEPÇÃO SOBRE O ASSÉDIO SEXUAL

“Aquelas que rompem o silêncio”. Sob esse título, a revista Time destacou em sua capa de dezembro cinco mulheres que tiveram a coragem de denunciar haver sido vítimas de assédio ou abuso sexual. A revista decidiu escolher como personalidade do ano aquelas que protagonizaram a campanha #MeToo (#EuTambém), um movimento social que surpreendeu pela velocidade com que se espalhou e pelos efeitos fulminantes que teve. Desde o caso Weinstein, a denúncia ganhou uma força incontrolável e muitos homens com poder tiveram que deixar seus cargos depois de terem sido identificados como assediadores.

A campanha teve tanto efeito que agora muitos outros homens temem ser atingidos por esse vendaval. E muitos perguntam o que mudou para que a mera acusação de ter passado dos limites possa provocar agora destituições e demissões fulminantes. Para que comportamentos do passado que consideravam normais possam agora acabar custando caro a eles. O fenômeno é complexo, mas podemos supor vários fatores. O primeiro é uma mudança súbita de percepção social. Isso não é novo. Já ocorreu com a violência doméstica. O caso de Ana Orantes, assassinada pelo marido depois de ter denunciado na televisão uma vida de espancamentos e humilhações, marcou um ponto de inflexão na percepção social. A violência machista deixou de ser um assunto particular e passou a ser considerada uma realidade lacerante que era mantida oculta porque fazia parte das regras do jogo do poder machista.

O mesmo acontece com o assédio sexual. As pesquisas revelam que é um fenômeno muito difundido, mas dificilmente vem à luz porque faz parte das relações de poder. Aqueles que assediam ou abusam são homens que usam o poder para conseguir favores sexuais. No entanto, acontece que agora existem muitas mulheres com formação, autoestima e também poder suficiente para dizer basta. Algumas romperam a barreira do silêncio e muitas outras as seguiram, cansadas de uma humilhação que consideram insuportável. Não é por acaso que o ponto de inflexão tenha sido a queda do poderoso produtor de Hollywood. O fato de que as denunciantes sejam atrizes famosas e com grande projeção pública conferiu reconhecimento ao fenômeno: se elas sofreram assédio, o que não acontecerá com outras mulheres que não têm nenhum poder? [...].

(Milagros Pérez Oliva. Adaptado (disponível em: https://brasil.elpais.com/).
Com base no texto 'A SÚBITA MUDANÇA DE PERCEPÇÃO SOBRE O ASSÉDIO SEXUAL', leia as afirmativas a seguir:
I. A preposição “sob” no trecho “Sob esse título,...” poderia ser substituída por “a respeito de”, fazendo-se as adaptações necessárias, sem acarretar prejuízos para o texto. II. É transitiva indireta a forma verbal “teve” no excerto: “A campanha teve tanto efeito que agora...”.
Marque a alternativa CORRETA:
Alternativas
Q1390854 Português

UM EXEMPLO 

Sírio Possenti 

Publicado em 25 de novembro de 2016

Ref.: https://blogdosirioblog.wordpress.com/ [adaptado] 


    Uma amiga mexicana me mandou uma imagem: dois homens de terno (o terno indica uma classe social que não é a popular) conversam. Um diz: – Me corrigieran “Ler”. O outro responde: – No lo puedo “Crer”. 
    Não me dei conta, imediatamente, do que estava em jogo (tratando-se de outra língua, a presteza nunca é muito grande). Perguntei detalhes (não vou me imolar aqui…). Ela me deu o contexto, que é o seguinte: 
    Um Secretário de Instrución Pública falava a um grupo de alunos em uma escola e os incentivava a “ler” (ele disse “ler” mais de uma vez). Ao final, uma menina o chamou de lado e lhe informou que não se diz “ler”, “pero ‘leer’”. Ele achou graça, elogiou a aluna etc.
    Depois disso é que surgiu a piada narrada no primeiro parágrafo, uma montagem. A graça está no fato de que, na resposta (no lo puedo “crer”), ocorre o mesmo fenômeno que ocorre em “ler”. 
    Que é o seguinte: em espanhol “culto”, as formas do infinitivo destes dois verbos são “leer” e “creer”. O fato de o Secretário dizer “ler” indica, evidentemente, que esta pronúncia está desaparecendo: “ler” e “crer”.
    Observe-se que o fenômeno ocorre nos dois casos, o que favorece a tese dos sociolinguistas que defendem que, nos mesmos contextos, ocorrem as mesmas variações (ou mudanças).
    Observe-se, também, que esta mudança em curso no espanhol (do México, pelo menos), como o indica a fala do secretário, e depois, a montagem com “crer”, já ocorreu no português.
    Mesmo quem não conhece linguística histórica ou não tem um manual que descreva as mudanças ocorridas pode ver o registro em dicionários como o Houaiss, que fornece uma etimologia mínima (eu grifo leer e creer): 
    ler: cf. esp. leer, it. lèggere, fr. lire; ver le- e leg- e as remissivas aí citadas; f.hist. 1258-1261 leer, sXIII liia, sXIII leer, sXIV leendo, sXIV lyi, sXV le, sXV leese, sXV lia
    crer: pelo lat. vulg. *credére > port. arc. creer; ver cred-; f.hist. sXIII creer, sXIII creo, sXIV creyo, sXV crer, sXV creio

    O fato histórico pode ser atestado. E a variação no espanhol deve ser bem óbvia, pelo menos para muitos falantes. Se não fosse, a piada não funcionaria (como não funcionou comigo). 
    Observe-se, também, por muito relevante, que uma aluna de uma escola modesta aprendeu que se deve dizer “leer”.
   É um fato conhecido que instituições diversas (a escola, a imprensa, a própria escrita) retardam mudanças linguísticas. Pode-se apostar que, se essas instituições não existissem, ou se sua política fosse outra, ninguém mais saberia que as formas verbais em questão são (?) “leer” e “creer”. Aliás, para os falantes menos letrados, e mesmo para letrados em situação informal, já não são essas. 
    A piada seria impossível.
    O que seria lamentável. 
Em relação à ocorrência da palavra a nos enunciados seguintes, avalie as afirmações que se seguem:

I. Um Secretário de Instrución Pública falava a um grupo de alunos em uma escola e os incentivava a “ler”. II. Depois disso é que surgiu a piada narrada no primeiro parágrafo, uma montagem. III. Observe-se que o fenômeno ocorre nos dois casos, o que favorece a tese dos sociolinguistas. 
Alternativas
Q1389909 Português
Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou tão feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
-- dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.

Adélia Prado , Bagagem. São Paulo: Siciliano. 1993. p. 11.
Marque a opção em que o trecho transcrito apresenta regência e concordância corretas ao ser passado para o plural.
Alternativas
Q1388531 Português

    1. A crônica no Brasil teve alguns autores de grande qualidade literária que também chegaram ao sucesso popular. João do Rio, Rubem Braga e Nelso Rodrigues logo vêm à mente. Depois deles, o grande cronista famoso do país é, claro, Luis Fernando Verissimo. Ele tem grande percepção para o comportamento social e suas mudanças e semelhanças no passar do tempo, revelando mais sobre a atual classe média brasileira em seus textos do que todos os ficcionistas vivos do país, somados. Seu intimismo não é nostálgico, é reflexivo; ele não precisa rir para que se perceba que está contando uma piada; e jamais deixa de dar sua opinião. Sobre suas influências, métodos e assuntos, ele fala na entrevista a seguir.

    2. Ivan Lessa diz que a crônica no Brasil tem uma tradição rica porque “somos bons no pinguepongue”. Você concorda? E por que somos bons no pinguepongue? Lessa diz que é porque “gostamos de falar de nós mesmos, contar a vida (íntima) para os outros... – Acho que a crônica pegou no Brasil pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. Não existem tantos cronistas porque existia uma misteriosa predisposição no público pela crônica, acho que foram os bons cronistas que criaram o mercado.

    3. Você, na verdade, talvez seja o menos “confessional” dos cronistas brasileiros. Difícil vê-lo relatar que foi a tal lugar, com tal pessoa, num dia chuvoso etc. e tal. Por quê? – De certa maneira, o cronista é sempre seu assunto. A crônica não é lugar para objetividade, todos escrevem de acordo com seus preconceitos. Ser mais pessoal, mais coloquial, depende do estilo de cada um. Mas a gente está se confessando sempre.

    4. Há uma mescla de artigo e crônica nos seus textos, como se você estivesse interessado nas ideias, na reflexão sobre o comportamento humano, e ao mesmo tempo desconfiasse profundamente de generalizações e filosofices. Você é um pensador que “croniqueia” ou um cronista que filosofa? – Prefiro pensar que sou um cronista que às vezes tem teses, mas nunca vai buscá-las muito fundo. O negócio é pensar sobre as coisas, e tentar pensar bem, mas nunca esquecer que nada vai ficar gravado em pedra, ou fazer muita diferença.

    5. Você diz que o século XX foi o das “boas intenções derrotadas”. Também foi o século de Frank Sinatra, de Pelé... E o século das listas de melhores do século. Você faria uma lista das dez boas intenções vencedoras? – Este foi o século em que as melhores ideias foram derrotadas. Eu só livraria a escada rolante e o controle remoto.

(Adaptado de: PIZA, Daniel. Entrevista com Luís Fernando Verissimo. São Paulo: Contexto, São Paulo, 2004, ed. digital.) 

Há noção de causa no segmento sublinhado que se encontra em:
Alternativas
Q1375242 Português

Leia o texto, para responder à questão.


Após 15 anos do Estatuto do Idoso, desafio é cumprir a lei

       Quinze anos após ter sido criada, a principal lei de defesa dos direitos do idoso ainda tem sua aplicação completa como desafio. Em outubro de 2003, quando o chamado Estatuto do Idoso entrou em vigor, 8,5% da população tinha 60 anos ou mais —15 milhões de pessoas. Hoje, esse grupo já representa 13% do total e supera 27 milhões, segundo o IBGE.

         O envelhecimento da população não tem sido acompanhado por medidas que garantam todos os direitos desse público, dizem especialistas. A baixa oferta de políticas de cuidado para idosos que precisam de apoio, como os chamados centros-dia, é um dos gargalos apontados. Outros problemas são dificuldade no_________________ saúde,________________abordagem nas escolas sobre__________________idoso e falta de políticas de emprego.

        “Existe uma cultura de que envelheceu e acabou: você ganha um pijama, um chinelo e uma poltrona. Queremos mostrar que o idoso continua sendo sujeito de direitos”, diz Delton Pastore, promotor que atua na defesa do idoso no Ministério Público de São Paulo. Para ele, falta integração de serviços ao idoso, como na saúde e na assistência social.

         Desde que entrou em vigor, o estatuto já foi alterado em mais de 20 pontos, por 11 leis. Uma das mais recentes, de 2017, deu prioridade especial no atendimento a quem tem a partir de 80 anos. 

        Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos idosos têm visão pessimista sobre as condições do país: 69% deles avaliam que o Brasil está pior hoje do que na sua juventude. Saúde pública e condições de trabalho têm as piores avaliações.

(Natália Cancian e Laís Alegretti. Disponível em:

<https://www1.folha.uol.com.br>. 10.07.2018. Adaptado)

A alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do 2° parágrafo de acordo com a norma-padrão de regência nominal é:
Alternativas
Q1375234 Português

Leia o texto, para responder à questão. 


Cor-de-rosa

      O vizinho mandou pintar de cor-de-rosa sua casa, e de azul-claro o beiral e os marcos e folhas das janelas. Esta providência dá margem a algumas divagações, que aqui são transmitidas ao leitor, nosso companheiro.

       O ato do vizinho é muito mais importante do que lhe parece a ele. Afirma um sentimento de confiança na civilização mediterrânea, e o propósito de contribuir para que todos nós, residentes ou transeuntes, recuperemos um pouco da beatitude perdida. 

      Quem pinta hoje sua casa, em vez de negociar-lhe a demolição, cumpre uma cláusula do contrato social, observa a boa lição urbanística e, dentro do rito milenar, satisfaz essa velha tendência do homem a aformosear o quadro de sua existência.

    De uns anos para cá as ruas passaram a ser percorridas por elementos suspeitos, que, avaliando em metros quadrados aéreos os terrenos onde se erguem as habitações humanas, logo procuram seus proprietários e lhes propõem botar aquilo no chão.

   A aquiescência imediata dos interpelados revela estranha propensão ao suicídio, praticado através da destruição de algo fundamental, como é a casa em que vivemos.

    Tendo destruído essa parte do ser, as pessoas transportam os remanescentes para os ossuários erguidos apressadamente no mesmo local, e que se arrumam pelo princípio da superposição de urnas. Aí aguardarão, talvez, até a consumação dos séculos, o dia da ressurreição das casas.

    Mas o vizinho reagiu contra essa psicose grupal, e dali sorriem pintadas de rosa as paredes de sua casa.

(Carlos Drummond de Andrade, Fala, amendoeira. Adaptado)


Assinale a alternativa redigida de acordo com a norma-padrão de regência e colocação de pronomes.
Alternativas
Q1345855 Português

Leia o texto a seguir:

A CEBOLA

PEGUE UMA cebola e corte ao meio. Então olhe bem para ela com olhos de criança. Se você não sabe o que é o olhar de uma criança, leia o poeta Alberto Caeiro para aprender...

Uma paciente minha, dos tempos em que eu exercia a psicanálise, olhou com olhos de criança para uma cebola cortada ao meio e ficou tão espantada com o que viu que pensou que estava ficando louca. 

Uma cebola cortada é mesmo um espanto. Pablo Neruda, olhando para uma cebola, escreveu: "Rosa de água com escamas de cristal...".

Agora, figure que uma cebola cortada é um modelo do mundo. Bem no centro, lá onde o primeiro anel é tão pequeno que não chegou a ser anel, ponha uma criança. Imagine que os anéis são os mundos que ela precisa conhecer para viver.

Mas não é possível comer o que está longe. Não é possível pular anéis. Só se pode comer o quarto anel depois que se comeu o primeiro, o segundo e o terceiro anéis.

A cebola cortada me sugeriu a forma como o primeiro currículo deveria ser organizado: como os anéis de uma cebola, na ordem certa. O que estaria contido no primeiro anel? A resposta é fácil: o primeiro anel que abraça a criança é a sua casa.

Não fui ousado ao ponto de sugerir a construção de uma casa de tijolo e cimento. Mas é a imaginação que faz o que não existe existir! Pensei que a casa onde uma criança mora, o primeiro anel da sua cebola, é um universo imenso, cheio de provocações ao conhecimento. Primeiro, a casa como objeto matemático: ângulos, triângulos, linhas horizontais, verticais e paralelas, proporções e simetrias.

Depois, como objeto da física: a composição de forças no travamento do telhado, o prumo, o nível, as caixas de ferramentas, o martelo, o serrote, a pua, a física dos materiais, a madeira, o vidro, a cerâmica, o plástico, a eletricidade que esquenta e que esfria, a eletricidade que faz girar, que ilumina e produz música.

Esse laboratório de química chamado cozinha: o fogo, os alimentos, os temperos.

O mundo das coisas vivas: as baratas, as traças, os tatuzinhos, os piolhos, os pássaros, as aranhas, os cachorros, os gatos, os peixes, os pernilongos, os mosquitos da dengue, os caramujos.

O mundo das doenças e da saúde. Os primeiros-socorros. O lixo, as privadas... Ouse imaginar quantas toneladas de cocô por ano os humanos colocam na nossa Terra...

E, ao tomar o seu branco e puro leitinho, imagine quantas toneladas de bosta de vaca e quantos metros cúbicos de gases fétidos são lançados na atmosfera diariamente pelos bovinos inocentes.

O mundo da cultura: as revistas, os livros, a televisão, o jardim, os quadros.

Gostaria de conhecer a casa em que moro, mas não conheço. Aperto uma infinidade de botões que fazem as coisas acontecerem, mas não sei por que elas acontecem, e, quando não acontecem, fico perdido e tenho de chamar um técnico.

Pensei que as crianças gostariam da ideia assim como eu gostei. Aprendendo sobre a casa aprendemos sobre o mundo todo. Pois o mundo todo é a grande casa em que moramos, o último anel da cebola...


Fonte: ALVES, Rubem, Folha de São Paulo

Disponível em:<http://www.institutorubemalves.org.br/rubem-alves/carpe-diem/cronicas/a-cebola/>  Acesso em:

18 maio 2018

Assinale a opção que completa adequadamente os espaços pontilhados: Duvidar de minhas teorias é um direito que ...... assiste e ......... não se deve abrir mão.
Alternativas
Q1335568 Português

Texto para responder à questão.


Barbara


        Tinha um medo terrível do mundo lá fora. Meu quarto era o único lugar seguro do mundo - e ainda assim não punha minha mão no fogo quanto ao interior dos armários. Dormir na casa de um amigo, para mim, equivalia a conhecer a Coréia do Norte. Acordava no meio da noite aos prantos e ligava pros meus pais virem me buscar. Durante anos tive pesadelos por causa da capa de um VHS de terror - sim, só vi a capa. Me afastei de um amigo por causa de um adesivo que ele tinha no caderno -um a caveira sangrando. Não podia ver esse amigo que o adesivo me vinha à mente e eu começava a tremer e chorar. Sim, eu tinha problemas sérios. E não vou dizer quantos anos eu tinha. Só vou dizer que era uma idade em que tudo isso já era bastante constrangedor.

        Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas. "Aonde você pensa que vai?" - minha mãe perguntou. "Vou passar o fim de semana com o Yannick na praça seca". Minha mãe, que nunca tinha ouvido falar no Yannick ou na praça seca, achou que a filha estivesse delirando até que, poucas horas depois, o próprio Yannick, um rapaz mais velho, de quatro anos de idade, toca a campainha, acompanhado dos pais: "Vim buscar a Barbara, a gente combinou de ir à Praça Seca". Lembro de observar a picape indo embora com minha irmã na caçamba como quem se despede para sempre. "O mundo lá fora vai te trucidar!" eu dizia com os olhos, "Ainda dá tempo de desistir!", mas ela nem sequer olhava pra trás. Apostei com a minha mãe: "Não dou meia hora pra ela ligar chorando". Barbara não ligou em meia hora, nem em 24, nem em 48. Só reapareceu no domingo, com a mochila cheia de goiabas que ela mesma tinha catado. Alguns arranhões, nada mais. Se hoje não tenho muito medo de sair de casa - só tenho um pouco - é porque vi a Barbara sobrevivendo.

         Aos 17 anos, Barbara foi morar sozinha em outro continente. Achei que ela fosse ligar chorando na primeira noite. Não ligou. Aos 28, já se formou, escreveu peça, foi à China, fala cinco línguas e acorda às sete pra correr na praia com o namorado.

        Nesse sábado, os dois vão se casar. Isso, casar. Tentei explicar que casar hoje em dia é tão obsoleto quanto abrir uma vídeo locadora. "Barbara, você sabe o que te espera? Você sabia que todo casamento acaba em divórcio ou em morte? Ainda dá tempo de desistir." Na caçamba da picape, ela não olha pra trás. Minha irmã mais nova me ensina diariamente a não ter medo do mundo.

DUVIVIER, Gregório. Barbara. Folha de S. Paulo, Folhapress, 27 jun. 2016.Disponível em http://www1.folha.uol.com.br./colunas/ gregorioduvivier/2016/06/1785988-barbara.shtml 

Sobre os elementos “Minha irmã Barbara tinha três anos de idade quando chegou em casa da escola e começou a fazer as malas”, leia as afirmativas.


1. O autor deveria ter colocado vírgulas antes e depois de “quando chegou em casa da escola”.

2. MINHA é um pronome substantivo possessivo.

3. Há uma impropriedade no uso da sintaxe de regência no segmento CHEGOU EM CASA.


Está correto o que se afirma apenas em:

Alternativas
Q1293089 Português

Texto para a questão.




Yuval Noah Harari (trad. Paulo Geiger). Homo Deus: uma

breve história do amanhã. São Paulo: Companhia

das Letras, 2016, p. 47‐8 (com adaptações).

Assinale a alternativa correta em relação a aspectos linguísticos do texto.
Alternativas
Respostas
1141: E
1142: D
1143: B
1144: D
1145: A
1146: B
1147: D
1148: B
1149: D
1150: C
1151: D
1152: D
1153: D
1154: E
1155: D
1156: A
1157: C
1158: A
1159: A
1160: E