Questões de Concurso
Para fcs - mg
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Considerando a Lei n.º 8313, de 23 de dezembro de 1991, também conhecida como Lei Rouanet e seus objetivos fundamentais, analise as assertivas e aponte a alternativa que apresenta uma afirmação incorreta em relação aos objetivos do Programa Nacional de Incentivo à Cultura, (Pronac).
Qual das afirmações sobre a avaliação crítica de obras de arte é verdadeira?
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular, (BNCC), quais são as cinco Unidades Temáticas propostas para o Ensino de Arte?
Cidadania envolve o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos pela Constituição, sendo essencial para uma sociedade equilibrada. No Brasil, apesar de conquistas após o Regime Militar, muitos ainda vivem em miséria, com altos índices de desemprego e analfabetismo.
O filme "Quanto vale ou é por quilo?", dirigido por Sérgio Bianchi, ilustra a problemática da cidadania ao comparar o Brasil Colonial com a realidade contemporânea, abordando a exploração social e a corrupção. O filme narra histórias entrelaçadas de épocas distintas, mostrando como a desigualdade e a violência persistem. Arminda, que denuncia superfaturamento em um projeto social e Candinho, que se torna matador de aluguel por necessidade, exemplificam essa luta por sobrevivência em um sistema que favorece os poderosos. A obra critica entidades assistenciais que, apesar de arrecadarem grandes quantias, não oferecem soluções eficazes para os problemas sociais, evidenciando a hipocrisia da solidariedade. Por fim, o filme chama a atenção para a necessidade de refletir sobre cidadania e educação, enfatizando que a responsabilidade por um Brasil mais justo é de todos, que é fundamental formar cidadãos críticos, desde a infância, para promover mudanças reais na sociedade.
O filme "Quanto vale ou é por quilo?" utiliza elementos artísticos para reforçar a crítica à cidadania no Brasil. Todas as alternativas estão corretas, exceto:
Vasculhei as gavetas procurando qualquer coisa para eu ler. A nossa casa não tinha livros.
Era uma casa pobre. O livro enriquece o espírito. Uma vizinha emprestou-me um livro, o romance A Escrava Isaura. Eu, que já estava farta de ouvir falar na nefasta escravidão, decidi que deveria ler tudo que mencionasse o que foi a escravidão. Compreendi tão bem o romance que chorei com dó da escrava. Analisei o livro. Compreendi que naquela época os escravizadores eram ignorantes, porque quem é culto não escraviza e os que são cultos não aceitam o jugo da escravidão. Era uma época de tête-à-tête porque uma pessoa culta prevê as consequências dos seus atos. Os brancos retirando os negros da África não previam que iam criar o racismo no mundo, que é problema e dilema. Eu lia o livro, retirava a síntese. E assim, foi duplicando o meu interesse pelos livros. Não mais deixei de ler, (JESUS, 2014, p. 129).
O trecho reflete uma profunda reflexão sobre a escravidão e o papel da leitura na formação da consciência crítica. A escritora Carolina de Jesus, ao encontrar um livro, descobre não apenas a história da escravidão, mas também a importância da educação e da cultura na luta contra a opressão. Qual é a crítica social implícita na afirmação de que "os que são cultos não aceitam o jugo da escravidão?
Observe os textos I e II, para responder esta questão.
TEXTO I.
Fonte: (Jaider Esbell. It was Amazaon – Era uma vez a Amazônia! , Desenho sobre canson. Disponível em: < https://www.jaideresbell.com.br/site/2016/07/01/it-was-amazon/ >. Acesso em: 01 out. 2024).
TEXTO II.
Ailton Krenak, pensador e líder indígena, em suas reflexões provocadas pela pandemia da COVID-19, traz à tona as tendências destrutivas da “civilização” contemporânea: o consumismo desenfreado, a devastação ambiental e uma visão limitada e excludente da humanidade. Considerado um dos pensadores mais influentes da atualidade, Krenak oferece insights cruciais para enfrentarmos os grandes desafios do nosso tempo, que incluem a escalada de pandemias, o crescimento de regimes autoritários e os efeitos devastadores do aquecimento global. Ele critica com vigor, a noção de que a economia não pode parar, desafiando a lógica que prioriza o lucro sobre a vida. Em suas palavras provocativas: “Poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los viver com a economia deles. Ninguém come dinheiro.” (Krenak, 2020).
Considerando-se as reflexões de Ailton Krenak, sobre a "civilização" contemporânea e a obra
"It was Amazon – Era uma vez a Amazônia!", de Jaider Esbell, como eles abordam a relação entre a cultura indígena e a natureza?
Eu não sou de beber, mas se beber melhora
Esse bebê, me adora, baby
Traz logo esse rosé com esse licor de amora
Nossas línguas namoram e o jambu treme
Me beija, seu balanço me suspende
Tô derretendo na sua frente.
(Baby 95, Liniker de Barros Ferreira Campos / Marcela Vale Pinheiro / Tassia dos Reis Santos / Tulipa Roiz Chagas).
Liniker é uma artista que se destaca não apenas por sua musicalidade, mas também por sua defesa da inclusão e dos direitos LGBTQIA+. Como mulher trans e de gênero fluido, ela usa sua voz para combater a violência de gênero e a discriminação, tornando-se uma figura emblemática na luta por igualdade e respeito. Em suas músicas, Liniker aborda questões de identidade, amor e resistência, trazendo à tona a vivência de pessoas marginalizadas. Sua presença no cenário musical é uma forma de inspiração e empoderamento, incentivando a aceitação e o diálogo sobre temas que muitas vezes são silenciados. Por meio de sua arte, ela promove uma mensagem de esperança e transformação social, refletindo a importância da visibilidade e do respeito às diferenças. A artista utiliza sua música como uma plataforma para abordar questões importantes da comunidade LGBTQIA+ e promover a inclusão.
Considerando-se o trecho de sua canção e seu ativismo, qual é o principal impacto de sua arte na sociedade?
Analise os textos I e II para responder à questão.
TEXTO I.
Fonte: (Celeida Tostes. Rito de Passagem. Performance, 1979. Frame do vídeo O Relicário de Celeida Tostes. Disponível em: <https://fcs.mg.gov.br>. Acesso em: 01 out. 2024.)
TEXTO II.
Mário de Andrade, em seu texto “O artista e o artesão”, ressalta que a arte não se aprende apenas, mas envolve o domínio do material. Ele argumenta que o artista deve ser um artesão, pois a técnica e o conhecimento do material são fundamentais. Andrade propõe que a criação artística depende de três elementos: artesanato, virtuosidade e a expressão pessoal do artista. Ele explica que enquanto artesanato e virtuosidade são ensináveis, a expressão pessoal é única. A performance ”Rito de Passagem”, de Celeida Tostes, ilustra essa ideia, ao usar argila de maneira pessoal e subjetiva, transformando-a em uma obra de arte. A artista destaca: "Meu trabalho é o nascimento. Ele nasceu como eu mesma nasci - de uma relação.
Relação com a terra, com o orgânico, o inorgânico, o animal, o vegetal. Misturar os materiais mais diversos e opostos. Entrei na intimidade desses materiais que se transformaram em corpos cerâmicos. Começaram a surgir bolas. Bolas com furos, com fendas, com rompimentos que me sugeriam vaginas, passagens. Senti, então, a necessidade imensa de misturar-me com o meu material de trabalho. Sentir o barro em meu corpo, fazer parte dele, estar dentro dele." (TOSTES, 2017).
Considerando-se a visão da artista sobre a relação entre seu trabalho e o conceito de nascimento, assim como as reflexões de Mário de Andrade sobre a fusão entre arte e artesanato, qual das alternativas melhor sintetiza a interseção entre técnica, material e expressão pessoal na obra de Celeida Tostes?