Questões de Concurso Para prefeitura de são luís - ma

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Q837131 Português

Texto 10A4BBB


      Conversamos com especialistas de Portugal e do Brasil para saber como está a situação, e quais são as dificuldades, do ensino da língua portuguesa. Quanto aos desafios, os docentes concordam em um ponto: a forma de ensinar a língua portuguesa deveria ser modificada.

      O professor doutor José Fiorin, da Universidade de São Paulo, acredita que o conteúdo não pode nem deve ser entendido como algo isolado, pois precisa fazer parte de um todo. “Não formamos leitores com proficiência, gente que seja capaz de produzir, e ler, textos claros e concisos. Hoje o ensino está voltado para a descrição da língua. O professor se contenta, em suas aulas, em explicar a gramática, explicar o que é análise sintática, sintaxe etc.”, conta.

      Segundo a professora doutora Luísa Marinho Paolinelli, da Universidade da Madeira, em Portugal, a união de gramática e literatura, em seu país, afasta o aluno de ambas as disciplinas e dificulta o ensino. “Em minha opinião pessoal, acredito que ganharíamos se separássemos o estudo da língua portuguesa do estudo do texto literário. A ideia de partir do texto artístico para aprender a sintaxe, a morfologia etc. tem duas consequências nefastas: o aluno não gosta de gramática e o aluno não gosta de literatura. A língua é comunicação e a literatura é um dos muitos usos da língua.”

Revista Giz. 25/maio/2012. Internet: <http://revistagiz.sinprosp.org.br>  (com adaptações).

O propósito do autor do texto 10A4BBB é
Alternativas
Q837130 Português

Texto 10A4BBB


      Conversamos com especialistas de Portugal e do Brasil para saber como está a situação, e quais são as dificuldades, do ensino da língua portuguesa. Quanto aos desafios, os docentes concordam em um ponto: a forma de ensinar a língua portuguesa deveria ser modificada.

      O professor doutor José Fiorin, da Universidade de São Paulo, acredita que o conteúdo não pode nem deve ser entendido como algo isolado, pois precisa fazer parte de um todo. “Não formamos leitores com proficiência, gente que seja capaz de produzir, e ler, textos claros e concisos. Hoje o ensino está voltado para a descrição da língua. O professor se contenta, em suas aulas, em explicar a gramática, explicar o que é análise sintática, sintaxe etc.”, conta.

      Segundo a professora doutora Luísa Marinho Paolinelli, da Universidade da Madeira, em Portugal, a união de gramática e literatura, em seu país, afasta o aluno de ambas as disciplinas e dificulta o ensino. “Em minha opinião pessoal, acredito que ganharíamos se separássemos o estudo da língua portuguesa do estudo do texto literário. A ideia de partir do texto artístico para aprender a sintaxe, a morfologia etc. tem duas consequências nefastas: o aluno não gosta de gramática e o aluno não gosta de literatura. A língua é comunicação e a literatura é um dos muitos usos da língua.”

Revista Giz. 25/maio/2012. Internet: <http://revistagiz.sinprosp.org.br>  (com adaptações).

No texto 10A4BBB, os professores emitem opiniões
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Q837129 Português

Texto 10A4BBB


      Conversamos com especialistas de Portugal e do Brasil para saber como está a situação, e quais são as dificuldades, do ensino da língua portuguesa. Quanto aos desafios, os docentes concordam em um ponto: a forma de ensinar a língua portuguesa deveria ser modificada.

      O professor doutor José Fiorin, da Universidade de São Paulo, acredita que o conteúdo não pode nem deve ser entendido como algo isolado, pois precisa fazer parte de um todo. “Não formamos leitores com proficiência, gente que seja capaz de produzir, e ler, textos claros e concisos. Hoje o ensino está voltado para a descrição da língua. O professor se contenta, em suas aulas, em explicar a gramática, explicar o que é análise sintática, sintaxe etc.”, conta.

      Segundo a professora doutora Luísa Marinho Paolinelli, da Universidade da Madeira, em Portugal, a união de gramática e literatura, em seu país, afasta o aluno de ambas as disciplinas e dificulta o ensino. “Em minha opinião pessoal, acredito que ganharíamos se separássemos o estudo da língua portuguesa do estudo do texto literário. A ideia de partir do texto artístico para aprender a sintaxe, a morfologia etc. tem duas consequências nefastas: o aluno não gosta de gramática e o aluno não gosta de literatura. A língua é comunicação e a literatura é um dos muitos usos da língua.”

Revista Giz. 25/maio/2012. Internet: <http://revistagiz.sinprosp.org.br>  (com adaptações).

Com relação ao exposto no texto 10A4BBB quanto ao ensino da língua portuguesa, infere-se que os professores José Fiorin e Luísa Marinho Paolinelli propõem, respectivamente,
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Q837128 Português

Texto 10A4AAA


      Quais são as atividades que marcam as suas aulas hoje?

      O foco é a análise dos textos, e não o ensino de regras gramaticais. Conforme discuto as produções dos alunos durante as aulas e faço as correções, mostro que faltou uma conjunção ou os melhores usos de um pronome, procurando sempre aliar ao contexto. Mesmo assim, ainda tenho grandes desafios.

      Qual o maior deles?

    A falta do hábito de leitura, o que prejudica os alunos no momento da compreensão dos textos. Para tentar solucionar essa questão, procuro apresentar vários gêneros, esmiúço cada um e provoco a interpretação para que a turma possa entender melhor o que está escrito.

       Houve mudanças na maneira de ensinar nos últimos tempos?

      Leciono há 24 anos, mas percebi que nos últimos 20 houve alterações na sala de aula. Antes disso, as fórmulas se repetiam. O livro didático era usado como único material, e o foco principal de ensino era a gramática.

                                                                  Revista Nova Escola. abr./2009.

Assinale a opção que apresenta a ideia central de cada uma das respostas da professora no texto 10A4AAA.
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Q837127 Português

Texto 10A4AAA


      Quais são as atividades que marcam as suas aulas hoje?

      O foco é a análise dos textos, e não o ensino de regras gramaticais. Conforme discuto as produções dos alunos durante as aulas e faço as correções, mostro que faltou uma conjunção ou os melhores usos de um pronome, procurando sempre aliar ao contexto. Mesmo assim, ainda tenho grandes desafios.

      Qual o maior deles?

    A falta do hábito de leitura, o que prejudica os alunos no momento da compreensão dos textos. Para tentar solucionar essa questão, procuro apresentar vários gêneros, esmiúço cada um e provoco a interpretação para que a turma possa entender melhor o que está escrito.

       Houve mudanças na maneira de ensinar nos últimos tempos?

      Leciono há 24 anos, mas percebi que nos últimos 20 houve alterações na sala de aula. Antes disso, as fórmulas se repetiam. O livro didático era usado como único material, e o foco principal de ensino era a gramática.

                                                                  Revista Nova Escola. abr./2009.

Em relação ao ensino de língua portuguesa durante seus vinte e quatro anos de exercício do magistério, no texto 10A4AAA, a professora entrevistada afirma que
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Q837126 Português

Texto 10A4AAA


      Quais são as atividades que marcam as suas aulas hoje?

      O foco é a análise dos textos, e não o ensino de regras gramaticais. Conforme discuto as produções dos alunos durante as aulas e faço as correções, mostro que faltou uma conjunção ou os melhores usos de um pronome, procurando sempre aliar ao contexto. Mesmo assim, ainda tenho grandes desafios.

      Qual o maior deles?

    A falta do hábito de leitura, o que prejudica os alunos no momento da compreensão dos textos. Para tentar solucionar essa questão, procuro apresentar vários gêneros, esmiúço cada um e provoco a interpretação para que a turma possa entender melhor o que está escrito.

       Houve mudanças na maneira de ensinar nos últimos tempos?

      Leciono há 24 anos, mas percebi que nos últimos 20 houve alterações na sala de aula. Antes disso, as fórmulas se repetiam. O livro didático era usado como único material, e o foco principal de ensino era a gramática.

                                                                  Revista Nova Escola. abr./2009.

No texto 10A4AAA, na resposta à segunda pergunta, o verbo esmiuçar foi empregado pela professora como sinônimo de
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Q837125 Português

Texto 10A3DDD


      É no seu quarto romance, Vidas secas, publicado em 1938 e, portanto, produto do aprendizado vivido pelo escritor enquanto esteve preso, que emerge pela primeira vez uma visão social completa do processo histórico da modernização, aparecendo com clareza no romance aqueles que ficaram somente com a face do atraso nesse processo.

      Em Vidas secas, Graciliano dedica um capítulo do livro para cada membro da família, e demonstra cada ângulo de visão, mas fica claro que o ponto de vista do narrador, é de observar o coletivo, a família, e as saídas possíveis, ainda que, nesse caso, a única disponível seja a da fuga. Mesmo que fique clara uma separação entre o narrador e os personagens, Graciliano é, de uma maneira ou de outra, parte da realidade social que ele está retratando, e não há, portanto, uma relação de distância propriamente dita.

      O que se observa, em Vidas Secas, é que não há uma tentativa de dar voz aos camponeses. Graciliano não tem a coragem de entrar na pele de Fabiano, porque ele não sabe as palavras que estão na boca dele, e não quer colocá-las na boca dele. Ele não vai, por uma enorme simpatia que tenha pelo operário, pelo camponês, de repente começar a emprestar conteúdos esperançosos a ele, porque inclusive esse indivíduo não tem a mesma noção de esperança que ele. Não vai impor aos retirantes uma determinada forma de pensamento que fosse compatível com a maneira que ele pensava a marcha da História.

Marisa S. de Mello. Graciliano Ramos: modernista engajado. Internet: <www.unicamp.br/cemarx/anais> .

Assinale a opção que apresenta o assunto principal do texto 10A3DDD.
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Q837124 Literatura

Texto 10A3DDD


      É no seu quarto romance, Vidas secas, publicado em 1938 e, portanto, produto do aprendizado vivido pelo escritor enquanto esteve preso, que emerge pela primeira vez uma visão social completa do processo histórico da modernização, aparecendo com clareza no romance aqueles que ficaram somente com a face do atraso nesse processo.

      Em Vidas secas, Graciliano dedica um capítulo do livro para cada membro da família, e demonstra cada ângulo de visão, mas fica claro que o ponto de vista do narrador, é de observar o coletivo, a família, e as saídas possíveis, ainda que, nesse caso, a única disponível seja a da fuga. Mesmo que fique clara uma separação entre o narrador e os personagens, Graciliano é, de uma maneira ou de outra, parte da realidade social que ele está retratando, e não há, portanto, uma relação de distância propriamente dita.

      O que se observa, em Vidas Secas, é que não há uma tentativa de dar voz aos camponeses. Graciliano não tem a coragem de entrar na pele de Fabiano, porque ele não sabe as palavras que estão na boca dele, e não quer colocá-las na boca dele. Ele não vai, por uma enorme simpatia que tenha pelo operário, pelo camponês, de repente começar a emprestar conteúdos esperançosos a ele, porque inclusive esse indivíduo não tem a mesma noção de esperança que ele. Não vai impor aos retirantes uma determinada forma de pensamento que fosse compatível com a maneira que ele pensava a marcha da História.

Marisa S. de Mello. Graciliano Ramos: modernista engajado. Internet: <www.unicamp.br/cemarx/anais> .

A partir da leitura do texto 10A3DDD e considerando-se a dinâmica do sistema literário brasileiro na geração de 1930 do Modernismo, é correto afirmar que nesse período escritores do gênero romance
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Q837123 Português

Texto 10A3DDD


      É no seu quarto romance, Vidas secas, publicado em 1938 e, portanto, produto do aprendizado vivido pelo escritor enquanto esteve preso, que emerge pela primeira vez uma visão social completa do processo histórico da modernização, aparecendo com clareza no romance aqueles que ficaram somente com a face do atraso nesse processo.

      Em Vidas secas, Graciliano dedica um capítulo do livro para cada membro da família, e demonstra cada ângulo de visão, mas fica claro que o ponto de vista do narrador, é de observar o coletivo, a família, e as saídas possíveis, ainda que, nesse caso, a única disponível seja a da fuga. Mesmo que fique clara uma separação entre o narrador e os personagens, Graciliano é, de uma maneira ou de outra, parte da realidade social que ele está retratando, e não há, portanto, uma relação de distância propriamente dita.

      O que se observa, em Vidas Secas, é que não há uma tentativa de dar voz aos camponeses. Graciliano não tem a coragem de entrar na pele de Fabiano, porque ele não sabe as palavras que estão na boca dele, e não quer colocá-las na boca dele. Ele não vai, por uma enorme simpatia que tenha pelo operário, pelo camponês, de repente começar a emprestar conteúdos esperançosos a ele, porque inclusive esse indivíduo não tem a mesma noção de esperança que ele. Não vai impor aos retirantes uma determinada forma de pensamento que fosse compatível com a maneira que ele pensava a marcha da História.

Marisa S. de Mello. Graciliano Ramos: modernista engajado. Internet: <www.unicamp.br/cemarx/anais> .

Considerando a relação entre narrador e personagem construída no romance Vidas Secas, de Graciliano Ramos, a autora do texto 10A3DDD defende que o narrador do romance
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Q837122 Literatura

Texto 10A3CCC


      O nosso Modernismo importa, essencialmente, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. Esse sentimento de triunfo, que assinala o fim da posição de inferioridade no diálogo secular com Portugal e já nem o leva mais em conta, define a originalidade própria do Modernismo na dialética do geral e do particular.

      Na nossa cultura há uma ambiguidade fundamental: a de sermos um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e africanas. Essa ambiguidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização.

      O Modernismo rompe com esse estado de coisas. As nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades, através das vanguardas. A filosofia cósmica e superficial, que alguns adotaram certo momento nas pegadas de Graça Aranha, atribui um significado construtivo, heroico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas de estudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Isso, na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem.

Antonio Candido. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 126-7 (com adaptações)

Visto como síntese de tendências estéticas universalistas e particularistas, o Modernismo é apresentado pelo texto 10ACCC como um movimento que
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Q837121 Literatura

Texto 10A3CCC


      O nosso Modernismo importa, essencialmente, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. Esse sentimento de triunfo, que assinala o fim da posição de inferioridade no diálogo secular com Portugal e já nem o leva mais em conta, define a originalidade própria do Modernismo na dialética do geral e do particular.

      Na nossa cultura há uma ambiguidade fundamental: a de sermos um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e africanas. Essa ambiguidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização.

      O Modernismo rompe com esse estado de coisas. As nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades, através das vanguardas. A filosofia cósmica e superficial, que alguns adotaram certo momento nas pegadas de Graça Aranha, atribui um significado construtivo, heroico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas de estudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Isso, na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem.

Antonio Candido. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 126-7 (com adaptações)

O texto 10A3CCC faz referência à(s)
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Q837120 Português

Texto 10A3CCC


      O nosso Modernismo importa, essencialmente, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. Esse sentimento de triunfo, que assinala o fim da posição de inferioridade no diálogo secular com Portugal e já nem o leva mais em conta, define a originalidade própria do Modernismo na dialética do geral e do particular.

      Na nossa cultura há uma ambiguidade fundamental: a de sermos um povo latino, de herança cultural europeia, mas etnicamente mestiço, situado no trópico, influenciado por culturas primitivas, ameríndias e africanas. Essa ambiguidade deu sempre às afirmações particularistas um tom de constrangimento, que geralmente se resolvia pela idealização.

      O Modernismo rompe com esse estado de coisas. As nossas deficiências, supostas ou reais, são reinterpretadas como superioridades, através das vanguardas. A filosofia cósmica e superficial, que alguns adotaram certo momento nas pegadas de Graça Aranha, atribui um significado construtivo, heroico, ao cadinho de raças e culturas localizado numa natureza áspera. O mulato e o negro são definitivamente incorporados como temas de estudo, inspiração, exemplo. O primitivismo é agora fonte de beleza e não mais empecilho à elaboração da cultura. Isso, na literatura, na pintura, na música, nas ciências do homem.

Antonio Candido. Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: Literatura e sociedade. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006, p. 126-7 (com adaptações)

De acordo com o texto 10A3CCC, o Modernismo renova a estética literária brasileira porque
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Q837119 Literatura

Texto 10A3BBB


                                   Livre


                 Livre! Ser livre da matéria escrava,

                 arrancar os grilhões que nos flagelam

                 e livre penetrar nos Dons que selam

                 a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.


                  Livre da humana, da terrestre bava

                  dos corações daninhos que regelam,

                  quando os nossos sentidos se rebelam

                  contra a Infâmia bifronte que deprava.


                   Livre! Bem livre para andar mais puro,

                   mais junto à Natureza e mais seguro

                   do seu Amor, de todas as justiças.


                    Livre! Para sentir a Natureza,

                    para gozar, na universal Grandeza,

                    Fecundas e arcangélicas preguiças.

                    Cruz e Souza. Obra completa. V.1, Ed. Avenida, 2008, p. 529.

São elementos da estética simbolista presentes no poema Livre (texto 10A3BBB), de Cruz e Souza,
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Q837118 Português

Texto 10A3BBB


                                   Livre


                 Livre! Ser livre da matéria escrava,

                 arrancar os grilhões que nos flagelam

                 e livre penetrar nos Dons que selam

                 a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.


                  Livre da humana, da terrestre bava

                  dos corações daninhos que regelam,

                  quando os nossos sentidos se rebelam

                  contra a Infâmia bifronte que deprava.


                   Livre! Bem livre para andar mais puro,

                   mais junto à Natureza e mais seguro

                   do seu Amor, de todas as justiças.


                    Livre! Para sentir a Natureza,

                    para gozar, na universal Grandeza,

                    Fecundas e arcangélicas preguiças.

                    Cruz e Souza. Obra completa. V.1, Ed. Avenida, 2008, p. 529.

O conceito de liberdade expresso pelo poema de Cruz e Souza (texto 10A3BBB) é corretamente enunciado na seguinte expressão:
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Q837117 Literatura

Texto 10A3AAA


      Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.

      […]

      O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.

          Aluísio Azevedo. O cortiço. 15.ª ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-9.

A escola naturalista no Brasil, à qual pertence o romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, caracteriza-se literariamente pela presença de narrativas com protagonismo de personagens
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Q837116 Português

Texto 10A3AAA


      Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.

      […]

      O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.

          Aluísio Azevedo. O cortiço. 15.ª ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-9.

Os personagens apresentados no texto 10A3AAA, trecho de O cortiço, são representados de modo
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Q837115 Literatura

Texto 10A3AAA


      Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada, sete horas de chumbo.

      […]

      O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. Começavam a fazer compras na venda; ensarilhavam-se discussões e rezingas; ouviam-se gargalhadas e pragas; já se não falava, gritava-se. Sentia-se naquela fermentação sanguínea, naquela gula viçosa de plantas rasteiras que mergulham os pés vigorosos na lama preta e nutriente da vida, o prazer animal de existir, a triunfante satisfação de respirar sobre a terra.

          Aluísio Azevedo. O cortiço. 15.ª ed. São Paulo: Ática, 1984. p. 28-9.

O texto 10A3AAA, trecho do romance de Aluísio Azevedo, estrutura-se a partir do princípio do naturalismo literário caracterizado pelo(a)
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Q837114 Literatura

Texto 10A2CCC


                              Canção do Tamoio

                              (Natalícia)


                        Não chores, meu filho;

                        Não chores, que a vida

                        É luta renhida:

                        Viver é lutar.

                        A vida é combate,

                        Que os fracos abate,

                        Que os fortes, os bravos

                        Só pode exaltar.


                        Um dia vivemos!

                        O homem que é forte

                        Não teme da morte;

                        Só teme fugir;

                        No arco que entesa

                        Tem certa uma presa,

                        Quer seja tapuia,

                        Condor ou tapir.


                         E pois que és meu filho,

                         Meus brios reveste;

                         Tamoio nasceste,

                          Valente serás.

                          Sê duro guerreiro,

                          Robusto, fragueiro,

                          Brasão dos tamoios

                          Na guerra e na paz.


                           Teu grito de guerra

                           Retumbe aos ouvidos

                           D’imigos transidos

                           Por vil comoção;

                           E tremam d’ouvi-lo

                           Pior que o sibilo

                           Das setas ligeiras,

                           Pior que o trovão.


                           Porém se a fortuna,

                           Traindo teus passos,

                           Te arroja nos laços

                           Do inimigo falaz!

                           Na última hora

                           Teus feitos memora,

                           Tranquilo nos gestos,

                            Impávido, audaz.


                           E cai como o tronco

                           Do raio tocado,

                           Partido, rojado

                           Por larga extensão;

                           Assim morre o forte!

                           No passo da morte

                           Triunfa, conquista

                           Mais alto brasão.


                           As armas ensaia,

                           Penetra na vida:

                           Pesada ou querida,

                           Viver é lutar.

                           Se o duro combate

                           Os fracos abate,

                           Aos fortes, aos bravos,

                           Só pode exaltar.

Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>  (com adaptações).

Na Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias, apresenta-se o perfil literário do indígena construído pela poesia romântica com forte motivação nacionalista. Nessa fase da poesia romântica, o índio foi escolhido como o símbolo ideal do nacionalismo porque
Alternativas
Q837113 Português

Texto 10A2CCC


                              Canção do Tamoio

                              (Natalícia)


                        Não chores, meu filho;

                        Não chores, que a vida

                        É luta renhida:

                        Viver é lutar.

                        A vida é combate,

                        Que os fracos abate,

                        Que os fortes, os bravos

                        Só pode exaltar.


                        Um dia vivemos!

                        O homem que é forte

                        Não teme da morte;

                        Só teme fugir;

                        No arco que entesa

                        Tem certa uma presa,

                        Quer seja tapuia,

                        Condor ou tapir.


                         E pois que és meu filho,

                         Meus brios reveste;

                         Tamoio nasceste,

                          Valente serás.

                          Sê duro guerreiro,

                          Robusto, fragueiro,

                          Brasão dos tamoios

                          Na guerra e na paz.


                           Teu grito de guerra

                           Retumbe aos ouvidos

                           D’imigos transidos

                           Por vil comoção;

                           E tremam d’ouvi-lo

                           Pior que o sibilo

                           Das setas ligeiras,

                           Pior que o trovão.


                           Porém se a fortuna,

                           Traindo teus passos,

                           Te arroja nos laços

                           Do inimigo falaz!

                           Na última hora

                           Teus feitos memora,

                           Tranquilo nos gestos,

                            Impávido, audaz.


                           E cai como o tronco

                           Do raio tocado,

                           Partido, rojado

                           Por larga extensão;

                           Assim morre o forte!

                           No passo da morte

                           Triunfa, conquista

                           Mais alto brasão.


                           As armas ensaia,

                           Penetra na vida:

                           Pesada ou querida,

                           Viver é lutar.

                           Se o duro combate

                           Os fracos abate,

                           Aos fortes, aos bravos,

                           Só pode exaltar.

Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>  (com adaptações).

A partir do texto 10A2CCC, é correto afirmar que a poesia indianista de Gonçalves Dias, para alcançar seu pendor nacionalista, recorre predominantemente a elementos tradicionais
Alternativas
Q837112 Português

Texto 10A2CCC


                              Canção do Tamoio

                              (Natalícia)


                        Não chores, meu filho;

                        Não chores, que a vida

                        É luta renhida:

                        Viver é lutar.

                        A vida é combate,

                        Que os fracos abate,

                        Que os fortes, os bravos

                        Só pode exaltar.


                        Um dia vivemos!

                        O homem que é forte

                        Não teme da morte;

                        Só teme fugir;

                        No arco que entesa

                        Tem certa uma presa,

                        Quer seja tapuia,

                        Condor ou tapir.


                         E pois que és meu filho,

                         Meus brios reveste;

                         Tamoio nasceste,

                          Valente serás.

                          Sê duro guerreiro,

                          Robusto, fragueiro,

                          Brasão dos tamoios

                          Na guerra e na paz.


                           Teu grito de guerra

                           Retumbe aos ouvidos

                           D’imigos transidos

                           Por vil comoção;

                           E tremam d’ouvi-lo

                           Pior que o sibilo

                           Das setas ligeiras,

                           Pior que o trovão.


                           Porém se a fortuna,

                           Traindo teus passos,

                           Te arroja nos laços

                           Do inimigo falaz!

                           Na última hora

                           Teus feitos memora,

                           Tranquilo nos gestos,

                            Impávido, audaz.


                           E cai como o tronco

                           Do raio tocado,

                           Partido, rojado

                           Por larga extensão;

                           Assim morre o forte!

                           No passo da morte

                           Triunfa, conquista

                           Mais alto brasão.


                           As armas ensaia,

                           Penetra na vida:

                           Pesada ou querida,

                           Viver é lutar.

                           Se o duro combate

                           Os fracos abate,

                           Aos fortes, aos bravos,

                           Só pode exaltar.

Gonçalves Dias. Canção do Tamoio. Internet: <www.dominiopublico.gov.br>  (com adaptações).

A partir do texto 10A2CCC, é correto afirmar que, na poesia indianista, a configuração estética do indígena reflete valores e costumes da sociedade brasileira do século XIX, pois, no poema,
Alternativas
Respostas
881: C
882: E
883: A
884: B
885: D
886: C
887: C
888: E
889: A
890: C
891: C
892: B
893: D
894: E
895: E
896: D
897: E
898: A
899: C
900: C