Questões de Concurso Para prefeitura de timon - ma

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Q1723235 Matemática
Se ab = 8 e a2b + ab2 + a + b = 90, então qual o valor de a3 + b3?
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Q1723234 Matemática
Em certa papelaria, 7 cadernos, 2 pastas, 12 canetas e 17 lápis custam juntos R$ 156,00. Mas, 4 cadernos, 1 pasta, 7 canetas e 10 lápis custam R$ 89,00. Marcos comprou, nessa papelaria, 1 caderno, 1 pasta, 1 caneta e 1 lápis e teve um desconto de 10%. Quanto Marcos pagou?
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Q1723233 Matemática

A matemática é uma ciência exata que trabalha muito com a imaginação, a criatividade e com as técnicas de demonstrações. Por exemplo, para a ∈ R é possível mostrar usando simples técnicas de demonstrações que 4a2 - a≤ 4.

Se x, y, z são números reais e   Imagem associada para resolução da questão               então um possível valor para x + y + z é

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Q1723232 Matemática
A inserção dos estudos algébricos no Ensino Fundamental II é considerada de grande importância para a sequência de conteúdos destinados ao Ensino Médio. Atualmente, no 8° ano de algumas escolas, iniciam-se os estudos sobre produtos notáveis, fatoração e expressões algébricas. Porém, alguns livros didáticos abordam esses conteúdos apenas no nono ano, conforme recomendação da BNCC. Com esses estudos é possível provar, por exemplo, que a2 +a2 = (a+b)2 - 2abe a3 + b3 + (a+b) . (a2 - ab + b2). Assim, considerando que x 2 + y2 = 2 e usando corretamente as técnicas de produtos notáveis e fatoração, o valor da expressão algébrica 4 - 3 (xy)2 / x6 + y6 é igual a
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Q1723231 Raciocínio Lógico
Os números naturais surgiram da necessidade humana de contar e de ordenar. Os números inteiros são formados pelos naturais, os naturais acrescidos do sinal negativo e o zero, ou seja, são compostos de valores positivos, negativos e do zero. Números que podem ser escritos na forma de fração, com numerador e denominador inteiros e denominador diferente de zero, são chamados de números racionais. Números que têm infinitas casas decimais e não são periódicos são chamados de números irracionais. A união entre o conjunto dos números racionais e o conjunto dos números irracionais forma o conjunto dos números reais. Assim, levando-se em conta essas afirmações, é CORRETO afirmar que
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Q1723230 Matemática
Um número natural N, ao ser dividido por 10, deixa resto 9; ao ser dividido por 9, deixa resto 8 e, ao ser dividido por 8, deixa resto 7. Qual a soma dos dois menores valores de N que satisfazem essas condições?
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Q1723229 Matemática
Seja n um número natural. Qual o valor da soma de todos os possíveis valores do máximo divisor comum dos inteiros 3n e n + 8?
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Q1719307 Português

Leia o Texto XI para responder à questão. 


Bumba meu boi ganha título de Patrimônio Cultural da Humanidade

Celebração maranhense se junta a outros cinco bens culturais brasileiros, como o frevo e o samba de roda, que já têm o título. 




     A celebração do bumba meu boi, no Maranhão agora é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento foi dado pela Unesco nesta quarta (11) após reunião do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em Bogotá.  


     O bumba meu boi passa a ser reconhecido mundialmente depois de ter ganhado, em 2011, o título de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Foi o Iphan, inclusive, que elaborou a candidatura da festa maranhense.

(https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/12/bumba-meu-boi-ganha-titulo-de-patrimonio-cultural-da-humanidade, acesso em 16.12.19)

No trecho O bumba meu boi passa a ser reconhecido mundialmente depois de ter ganhado, em 2011, o título de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a sigla do Instituto aparece entre parênteses. Nesse caso, a escrita da sigla nos parênteses se justifica porque
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Q1719306 Português

Leia o Texto XI para responder à questão. 


Bumba meu boi ganha título de Patrimônio Cultural da Humanidade

Celebração maranhense se junta a outros cinco bens culturais brasileiros, como o frevo e o samba de roda, que já têm o título. 




     A celebração do bumba meu boi, no Maranhão agora é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. O reconhecimento foi dado pela Unesco nesta quarta (11) após reunião do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, em Bogotá.  


     O bumba meu boi passa a ser reconhecido mundialmente depois de ter ganhado, em 2011, o título de Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Foi o Iphan, inclusive, que elaborou a candidatura da festa maranhense.

(https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2019/12/bumba-meu-boi-ganha-titulo-de-patrimonio-cultural-da-humanidade, acesso em 16.12.19)

Conforme o texto, o título de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade que a Unesco concedeu à festa maranhense confere a essa expressão artística
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Q1719305 Português

Leia o Texto X para responder à questão.


Fácil


É fácil cair

Cair dos céus

Das alturas

É tão fácil cair

No chão

No abismo

No inferno

Até no inferno

Em teus braços

É fácil cair.


(Carlos Henrique Nery Costa. Inédito) 

Constata-se no poema grande musicalidade, marcada principalmente na exploração sistemática de vogais e consoantes idênticas. Relacionada à questão da fonologia portuguesa, a afirmação que justifica o exemplo transcrito ocorre
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Q1719304 Português

Leia o Texto X para responder à questão.


Fácil


É fácil cair

Cair dos céus

Das alturas

É tão fácil cair

No chão

No abismo

No inferno

Até no inferno

Em teus braços

É fácil cair.


(Carlos Henrique Nery Costa. Inédito) 

O poema, mediante versos branco e livre, com a forma de um movimento vertical, explora a ideia de instabilidade e facilidade à queda. Esse movimento descensional remete, sobretudo, à
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Q1719303 Português

Texto IX


“Quem desejar compreender como se relacionam as orações será mais prudente se fizer o percurso da subordinação para a coordenação. Por que nessa ordem e não ao inverso, como é o usual? Porque a subordinação é, dos dois procedimentos, o mais coerente, constituindo-se também em etapa necessária para a compreensão do outro.”


(CARONE, Flávia de Barros. Subordinação e coordenação: contrastes e confrontos. 1ª ed, São Paulo: Ática, 1988, p. 45)


No excerto: “(I) Fabiano meteu a faca na bainha, (II) guardou-a no cinturão, (III) acocorou-se, (IV) pegou no pulso do menino, (V) que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto.” 5 ° parágrafo), a numeração indica o início de orações que exemplificam os processos sintáticos referidos na metalinguagem acima. Conforme a sugestão do texto metalinguístico, o professor na aula de língua portuguesa, deverá começar os estudos pelo tipo de oração numerada com o

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Q1719302 Português

Texto VIII


Hipálage: consiste em deslocar um determinante de uma posição sintática, em que, por razões semânticas, se esperaria que ele estivesse, para outro lugar, em que contrai uma relação de determinação com outro termo.”


(FIORIN, José Luiz. Figuras retóricas. 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2014, p. 66)


A figura de linguagem explicada, estritamente literária, exemplifica-se com

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Q1719301 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

O fato de o texto ser literário autoriza substituir palavras nele presentes por sinônimos adequados ao sentido contextual e ao registro literário. Por exemplo, em e a obstinação da criança irritava-o (3° parágrafo), a palavra sublinhada poderá ser substituída, sem prejuízo do sentido, por
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Q1719300 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

Em O pirralho não se mexeu (3o parágrafo), tem-se exemplo de voz verbal ______________________ (I), cuja palavra SE, _________________ (II), atua sintaticamente como _______________________ (III).
Para que a descrição morfossintática dessa frase fique correta, as lacunas I, II e III, devem ser preenchidas, respectivamente, com
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Q1719299 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

Aponta-se, como aspecto recorrente na narrativa de Vidas Secas, a antropomorfização de animais e a zoomorfização dos seres humanos. Esta última característica da narrativa está presente em
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Q1719298 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

No excerto O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. (2º parágrafo), a expressão sublinhada sugere principalmente
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Q1719297 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

Os vocábulos voo (1° parágrafo) e ideia (5° parágrafo) perderam o acento gráfico com o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990). No entanto, continuam com acento gráfico obrigatório
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Q1719296 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

Os discursos direto, indireto e indireto livre são formas usuais de exposição ocorrentes em espécies narrativas como o romance, o conto, a crônica. Uma das características importantes do romance Vidas Secas é a presença do discurso indireto livre, como se constata em
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Q1719295 Português

Leia o Texto VII para responder à questão.


     A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos.  

     — Anda, excomungado. 

     O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde.

     Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés.  

     Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinha Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinha Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis.

     E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silêncio grande.


(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. 37ª, São Paulo: Record, 1977, p. 10-11)

Na construção narrativa ficcional, romanesca, é normal a presença de um protagonista e de um antagonista, que ajudam a compor o tecido narrativo. No texto lido, Fabiano pode ser tomado como protagonista; como antagonista deve-se apontar
Alternativas
Respostas
221: A
222: A
223: B
224: B
225: D
226: C
227: E
228: D
229: B
230: B
231: A
232: E
233: B
234: C
235: A
236: B
237: E
238: E
239: C
240: B