Questões de Concurso
Para prefeitura de belo horizonte - mg
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Em 10 de novembro de 1937, tropas da polícia militar cercaram o Congresso e desfechou-se o golpe. Era o começo da ditadura do Estado Novo. Acerca do Estado Novo, considere as afirmativas seguintes:
I. O Estado Novo, do ponto de vista socioeconômico, representou uma aliança da burocracia civil e militar e da burguesia industrial em torno da promoção da industrialização do país sem grandes transformações sociais.
II. A Constituição brasileira de 1937 legalizou a censura prévia aos meios de comunicação. A imprensa, através de legislação especial, foi investida da função de caráter público, tornandose instrumento do Estado e veículo oficial da ideologia estado-novista.
III. A política econômica vigente durante o Estado Novo adotou metas referentes à infraestrutura nas áreas energética e de transportes, à produção de insumos básicos e à indústria automobilística.
IV. No início da década de 1940, ganhou consistência a política trabalhista do Estado Novo com a aprovação de legislação social que ampliou de forma significativa os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais.
Durante a década de 1930, “foi assim, com uma política de aproximações alternadas e simultâneas dos Estados Unidos e Alemanha [...] que o Brasil seguiu na sua busca por autonomia procurando tirar proveito da disputa entre os dois países”.
PINHEIRO, Letícia. Política Externa Brasileira (1889-2002). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004, p. 23-24
O elemento que definiu a alteração desse posicionamento da política externa brasileira foi a
“Os vitoriosos de 1930 compunham um quadro heterogêneo, tanto do ponto de vista social quanto político. Tinham-se unido contra um mesmo adversário, com perspectivas diversas: os velhos oligarcas, representantes típicos da classe dominante regional [...]”.
FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2002, p.182.
Na interpretação de Boris Fausto, É CORRETO afirmar que a Revolução de 1930
Ângela de Castro Gomes, ao comentar sobre a visão historiográfica que classifica a República do pós-45 como populista, aponta que é fundamental indagar pela construção dessa nomeação e sua divulgação. Sobre essa trajetória do conceito de populismo, para Castro, analise as afirmativas seguintes:
I. A palavra “populismo” e seus derivados não integravam o vocabulário da política brasileira até os anos 1950. Tais termos começaram a circular, tanto na imprensa, quanto em textos acadêmicos, mais ou menos por volta do ano de 1953, ou com um sentido valorativo muito ambivalente, ou com uma conotação positiva.
II. Nos textos acadêmicos, a palavra também surgiu mais ou menos por volta de 1953, referindo-se às figuras de Vargas e de Goulart, e o termo era diagnosticado como uma característica que era positiva em termos de política eleitoral, pois dava acesso a um grande número de votos. Ser “populista” significava ser “popular”, estar se comunicando com o “povo”, mais especificamente com o povo trabalhador.
III. O discurso político no pós-64 produziu uma tipologia de populismos no Brasil que, embora reconheça as diferenças entre os vários tipos, mantinha como ponto fundamental o diagnóstico de uma relação social de dominação, na qual, de um lado, existe a contínua presença de elites políticas personalistas e voltadas para “seus” interesses; e, de outro, um povo fundamentalmente crédulo, apático e/ou inconsciente, sempre capaz de ser manipulado/enganado.
Observe os gráficos da pirâmide etária brasileira para os anos de 1960 e 2000.
A partir da observação dos dois gráficos, analise as afirmativas seguintes:
I. Em 2000, a estrutura etária brasileira apresentava o formato “barril”, característico dos países industrializados mais desenvolvidos.
II. Para o período entre 1960 e 2000, não houve alteração na estrutura etária da população idosa brasileira.
III. Entre 1960 e 2000, houve uma redução na base
da pirâmide, e a participação das faixas etárias
superiores aumentou.
O documento Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental – história aborda a questão do patrimônio histórico:
“Debater a questão do patrimônio histórico pode remeter às preocupações do mundo de hoje de preservar não só as construções e os objetos antigos, mas também a natureza e as relações dos homens com tudo isso. Pode remeter também para debates sobre as fontes de pesquisa dos estudiosos e para as fontes de informação que sustentam a produção do conhecimento sobre o passado”.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Nesse contexto, as visitas aos museus e às exposições devem possibilitar debates sobre vários temas pertinentes à memória. Analise a pertinência dos temas a seguir:
I. Preservação da memória de lideranças políticas e de heróis nacionais.
II. Preservação das práticas e vivências populares, como as lembranças do Arraial de Canudos.
III. Preservação dos objetos de uso cotidiano, como vestimentas.
IV. Preservação das fotografias das famílias.
O documento Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental - história, entre os eixos temáticos a serem desenvolvidos no 4º ciclo, propõe o eixo História das representações e das relações de poder.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
É pertinente a esse eixo temático o estudo dos
No Eixo Temático História das relações sociais da Cultura e do Trabalho para o 3º Ciclo, do documento Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história, há a orientação para se estudar as relações entre a realidade histórica brasileira, a História da América, da Europa, da África e de outras partes do mundo.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
Sobre essa orientação, no que toca aos conteúdos propostos para os estudos acerca das RELAÇÕES DE TRABALHO, analise a pertinência dos temas a seguir:
I. A manufatura espanhola e inglesa.
II. O artesanato.
III. A divisão de trabalho nas culturas agrícolas e urbanas.
IV. A produção de alimentos e de utensílios nas populações indígenas circunscrita apenas à época colonial.
É CORRETO apenas o que se apresenta em
Entre as capacidades a serem desenvolvidas nos alunos, está a percepção da historicidade, percebida como elemento que está na vida social.
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria
Municipal de Educação. Proposições Curriculares Ensino
Fundamental – História - 3º Ciclo. Belo Horizonte, SMED.
2012. Disponível
em:<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc=historia2012_-_revisado_semcapa.pdf>
Em 9 de janeiro de 2003, foi aprovada a Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afrobrasileira nos níveis fundamental e médio. De acordo com a Lei, os currículos devem incluir "o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política (…)"
Mônica Lima questiona:
“Por que uma lei para fazer valer conteúdo tão fundamental na história, especialmente na história nacional? O fato é que nossos antigos historiadores trataram indevidamente, ou ignoraram, a participação africana em nossa formação, influenciados por preconceitos originários da sociedade escravista, entre os quais os ideais de branqueamento da população brasileira nutridos, desde meados do século XIX, por boa parte das elites nacionais”.
LIMA, Mônica. A África na sala de aula, 8 de julho de 2015,
Blog Prof. Márcio Ramos. Disponível em:<htpp://profmarcionamos.blogspot.com.br/2015/07/a-africa-na-sala- de-aula.html>
O documento Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história, do Ministério da Educação recomenda algumas práticas e procedimentos que podem ser privilegiados em várias situações didáticas.
O documento afirma: “É tarefa do professor criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações entre o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas, os interesses específicos de grupos e as articulações sociais. Podem ser privilegiadas as seguintes situações didáticas (...)”.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino fundamental, história. Brasília: MEC/SEF, 1998.
À luz das didáticas sugeridas pelo MEC, analise os itens a seguir:
I. propor aos alunos que organizem suas próprias soluções e estratégias de intervenção na realidade (organização de regras de convívio, atitudes e comportamentos diante de questões sociais, atitudes políticas individuais e coletivas etc.).
II. solicitar resumos orais ou em forma de textos, imagens, gráficos, linhas do tempo, propor a criação de brochuras, murais, exposições e estimular a criatividade expressiva.
III. debater questões do cotidiano e suas relações com contextos mais amplos não se aplica em conteúdos históricos, pois isto estaria em desacordo com o conceito de tempo histórico.
Nos livros atuais, sejam eles escolares ou não, negar a América indígena e negra, negar as vivências para ressaltar meras sobrevivências, ou pior, aniquilamentos totais, criar a visão dos vencidos, espécie de mescla de Galeano e Soustelle, Las Casas e Prescott: o sentimentalismo redentor e o reducionismo técnico; igreja e laboratório”, avaliam Luiz Fernando Estevam e Marcus Vinicius de Morais. (p. 54)
FERNANDES, Luiz Estevam; MORAIS, Marcus Vinicius de. Renovação da História da América. Por uma história prazerosa e consequente. KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003. p. 143 –162.
A professora da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte Joana D’Arc Mártir da França, atenta aos eixos norteadores e capacidades a serem desenvolvidas no 3º ciclo, de acordo com o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte, vai realizar a seguinte atividade com seus alunos: eles vão visitar o Museu das Minas e Metais, localizado na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Depois, em sala, eles vão trabalhar as vivências proporcionadas pela visita.
Avalie as proposições a seguir sobre o planejamento da atividade por Joana D’arc:
I. Iniciar o seu planejamento, em um trabalho de preparação que começa em sala de aula, com o levantamento das expectativas e conhecimentos prévios dos educandos.
II. Evitar o contato com profissionais ligados aos setores e finalidades educativas da instituição com a qual pretende proporcionar ações educativas, aprendendo com seus profissionais, expondo-lhes seus objetivos e compartilhando uma proposta de ação.
III. Criar estratégias para que, durante a visita, favoreçam um ambiente de aprendizagem e fruição estética, garantindo que os educandos tenham alguma autonomia para construir seus percursos no Museu.
Sobre a organização curricular do ensino de história no ensino fundamental, o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte, da Prefeitura de Belo Horizonte, afirma que
“Como contribuição para o planejamento do trabalho docente, são apresentados quadros com as matrizes curriculares, que trazem sugestões quanto à gradação no tratamento das capacidades em cada ano do ciclo e são empregadas as letras I, R,T e C, que remetem aos verbos INTRODUZIR, RETOMAR, TRABALHAR e CONSOLIDAR. A definição desses termos aparece no texto ‘Introdução’, destas Proposições Curriculares”. (p. 14-17)
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação.
Proposições Curriculares Ensino Fundamental – História - 3º Ciclo. Belo
Horizonte, SMED. 2012. Disponível em:
Sobre os Eixos Norteadores e Capacidades a serem desenvolvidas no 3º ciclo , o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte estabelece eixos norteadores para se trabalhar a estrutura curricular que se relacionam a capacidades que o aluno deve adquirir.
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de
Educação. Proposições Curriculares Ensino Fundamental –
História - 3º Ciclo. Belo Horizonte, SMED. 2012. Disponível em:<http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/files.do?evento=download&urlArqPlc=historia2012_-_revisado_semcapa.pdf>
Sobre as capacidades a serem desenvolvidas nos alunos crianças nos estudos históricos, de acordo com o documento Desafios da formação proposições curriculares Ensino fundamental história rede municipal de educação de Belo Horizonte, avalie as afirmativas a seguir:
I. O aluno deve iniciar-se na produção de registros de conteúdo histórico primeiramente no livro didático.
II. O aluno deve compreender patrimônio histórico cultural, compreendo-os como registros fundamentais da memória social e das diversas experiências humanas no tempo.
III. O aluno deve estabelecer aproximações entre as experiências vivenciadas e as experiências semelhantes, em outros tempos, em outros espaços e em outras culturas.
IV. O aluno deve perceber a historicidade presente em aspectos diversos da vida social, iniciando o processo de desnaturalização do mundo a sua volta e de compreensão espaço temporal.
BELO HORIZONTE, Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação.
Proposições Curriculares Ensino Fundamental – História - 3º Ciclo. Belo
Horizonte, SMED. 2012. Disponível em:
Os estudiosos em ensino de História, Jaime e Carla Pinsky, no artigo Por uma história prazerosa e consequente, avaliam que os conteúdos da disciplina foram deixados de lado, a erudição foi considerada esnobe, e a leitura da História foi prejudicada neste contexto simplista.
PINSKY, Jaime; PINSKY, Carla. Por uma história prazerosa e consequente. KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo:Contexto, 2003. p. 17- 36.
Entre as propostas apresentadas pelos autores, está:
O professor da Universidade de Quebec, Canadá, Christian Laville relativiza a importância do ensino de história na formação de consciências e opiniões nas pessoas.
LAVILLE, Christian. A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de história. Revista Brasileira de História. São Paulo. v.19, nº 38, 1999. Disponível em <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=scl_arttex&tlng=pt>.Acesso em: 15 set. 2015.
As narrativas do ensino da história, nos tempos atuais, não teriam tanto poder para moldar consciências, pois concorrem com outros fatores que influenciam os cidadãos.
Na análise do autor, o mais importante desses fatores é
O estudioso José Alves de Freitas Neto (2003) propõe renovações no ensino de História com a implantação dos eixos temáticos transversais preconizados pelo Ministério da Educação no documento Parâmetros Curriculares Nacionais, de 1998.
FREITAS NETO, José Alves. A Transversalidade e a renovação no ensino de História. In: KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
Sobre as propostas de trabalho com os temas transversais apresentados pelo autor, analise os itens abaixo que trazem essas propostas:
I. valorizar o aluno e seu universo.
II. ser possível estudar tudo e assim o professor poderá contemplar toda a história.
III. saber identificar o esgotamento de um tópico pela maturidade, envolvimento e proximidade com o que foi vivido pelos alunos.
IV. dar a dimensão de que o conhecimento histórico é um meio para compreender o mundo e as questões da atualidade
Os Parâmetros Curriculares Nacionais, estabelecidos pelo Ministério da Educação em 1998, apresentaram os cinco temas transversais para a educação nacional: ética, pluralidade, cultural, saúde, orientação sexual e meio ambiente.
Freitas Neto (2003) avalia que, na prática escolar, dois procedimentos são mais usuais no ensino da História: a abordagem do ensino da História através de eixo temático e a abordagem do ensino da História por meio de temas ou períodos.
FREITAS NETO, José Alves. A Transversalidade e a renovação no ensino de História. In: KARNAL, Leandro (org.). História na Sala de Aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2003.
Sobre a utilização dos temas transversais no ensino de historia, numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I, estabelecendo a relação dos dois procedimentos de abordagem da história com as estratégias de ensino
Coluna I
1.Abordagem por meio de eixo temático
2.Abordagem por meio de temas ou períodos
Coluna II
( ) O problema desta prática é quando o professor segue fielmente a divisão capitular do livro didático, distanciando-se dos alunos e suas vivências.
( ) Propor ao aluno uma construção que não seja a repetição dos fatos, mas a capacidade de refletir os acontecimentos como fruto da ação dos indivíduos em um determinado momento.
( ) O trabalho deve desdobrar-se para inserir a realidade em questões regionais e globais, aguçando a curiosidade e a compreensão da necessidade de uma visão mais ampla para estas questões.
( ) Para que a análise não fique
cronologicamente distante , o
professor pode estabelecer como
um dos momentos de seu eixo
temático da questão da
diversidade cultural , tensões e
conflitos recentes.