Questões de Concurso Para petrobras

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Q2876209 Português

Texto II


PALAVRA PEJORATIVA

O uso do termo “diferenciada” com sentido negativo ressuscita o preconceito de classe


“Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das

estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gen-

te diferenciada.” As palavras atribuídas à psicóloga

Guiomar Ferreira, moradora há 26 anos do bairro Hi-

5 gienópolis, em São Paulo, colocaram lenha na polê-

mica sobre a construção de uma estação de metrô na

região, onde se concentra parte da elite paulistana.

Guiomar nega ser a autora da frase. Mas a autoria,

convenhamos, é o de menos. A menção a camelôs

10 e usuários do transporte público ressuscitou velhos

preconceitos de classe, e pode deixar como lembran-

ça a volta de um clichê: o termo “diferenciada”.

A palavra nunca fora usada até então com viés

pejorativo no Brasil. Habitava o jargão corporativo

15 e publicitário, sendo usada como sinônimo vago de

algo “especial”, “destacado” ou “diferente” (sempre

para melhor).

– Não me consta que já houvesse um “diferencia-

do” negativamente marcado. Não tenho nenhum co-

20 nhecimento de existência desse “clichê”. Parece-me

que a origem, aí, foi absolutamente episódica, nas-

cida da infeliz declaração – explica Maria Helena Mou-

ra Neves, professora da Unesp de Araraquara (SP) e

do Mackenzie.

25___Para a professora, o termo pode até ganhar as

ruas com o sentido negativo, mas não devido a um

deslizamento semântico natural. Por natural, entenda-

se uma direção semântica provocada pela con-

figuração de sentido do termo originário. No verbo

30 “diferenciar”, algo que “se diferencia” será bom, ao

contrário do que ocorreu com o verbo “discriminar”,

por exemplo. Ao virar “discriminado”, implicou algo

negativo. Maria Helena, porém, não crê que a nova

acepção de “diferenciado” tenha vida longa.

35___– Não deve vingar, a não ser como chiste, aquelas

coisas que vêm entre aspas, de brincadeira –

emenda ela. [...]


MURANO, Edgard.

Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12327>.

Acesso em: 05 jul. 2011. Adaptado.

Segundo os compêndios gramaticais, existem duas possibilidades de escritura da voz passiva no português. Na frase abaixo, encontra-se uma delas:


“A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil.” (l. 13-14)


A outra possibilidade de escritura, na forma passiva, na qual o sentido NÃO se altera é:

Alternativas
Q2876208 Português

Texto II


PALAVRA PEJORATIVA

O uso do termo “diferenciada” com sentido negativo ressuscita o preconceito de classe


“Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das

estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gen-

te diferenciada.” As palavras atribuídas à psicóloga

Guiomar Ferreira, moradora há 26 anos do bairro Hi-

5 gienópolis, em São Paulo, colocaram lenha na polê-

mica sobre a construção de uma estação de metrô na

região, onde se concentra parte da elite paulistana.

Guiomar nega ser a autora da frase. Mas a autoria,

convenhamos, é o de menos. A menção a camelôs

10 e usuários do transporte público ressuscitou velhos

preconceitos de classe, e pode deixar como lembran-

ça a volta de um clichê: o termo “diferenciada”.

A palavra nunca fora usada até então com viés

pejorativo no Brasil. Habitava o jargão corporativo

15 e publicitário, sendo usada como sinônimo vago de

algo “especial”, “destacado” ou “diferente” (sempre

para melhor).

– Não me consta que já houvesse um “diferencia-

do” negativamente marcado. Não tenho nenhum co-

20 nhecimento de existência desse “clichê”. Parece-me

que a origem, aí, foi absolutamente episódica, nas-

cida da infeliz declaração – explica Maria Helena Mou-

ra Neves, professora da Unesp de Araraquara (SP) e

do Mackenzie.

25___Para a professora, o termo pode até ganhar as

ruas com o sentido negativo, mas não devido a um

deslizamento semântico natural. Por natural, entenda-

se uma direção semântica provocada pela con-

figuração de sentido do termo originário. No verbo

30 “diferenciar”, algo que “se diferencia” será bom, ao

contrário do que ocorreu com o verbo “discriminar”,

por exemplo. Ao virar “discriminado”, implicou algo

negativo. Maria Helena, porém, não crê que a nova

acepção de “diferenciado” tenha vida longa.

35___– Não deve vingar, a não ser como chiste, aquelas

coisas que vêm entre aspas, de brincadeira –

emenda ela. [...]


MURANO, Edgard.

Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12327>.

Acesso em: 05 jul. 2011. Adaptado.

Na última fala do Texto II, a forma verbal vingar está com o sentido de “ter bom êxito”, “dar certo”. (l. 35)


Em qual das frases abaixo o verbo em negrito apresenta a mesma regência de vingar?

Alternativas
Q2876207 Português

Texto II


PALAVRA PEJORATIVA

O uso do termo “diferenciada” com sentido negativo ressuscita o preconceito de classe


“Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das

estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gen-

te diferenciada.” As palavras atribuídas à psicóloga

Guiomar Ferreira, moradora há 26 anos do bairro Hi-

5 gienópolis, em São Paulo, colocaram lenha na polê-

mica sobre a construção de uma estação de metrô na

região, onde se concentra parte da elite paulistana.

Guiomar nega ser a autora da frase. Mas a autoria,

convenhamos, é o de menos. A menção a camelôs

10 e usuários do transporte público ressuscitou velhos

preconceitos de classe, e pode deixar como lembran-

ça a volta de um clichê: o termo “diferenciada”.

A palavra nunca fora usada até então com viés

pejorativo no Brasil. Habitava o jargão corporativo

15 e publicitário, sendo usada como sinônimo vago de

algo “especial”, “destacado” ou “diferente” (sempre

para melhor).

– Não me consta que já houvesse um “diferencia-

do” negativamente marcado. Não tenho nenhum co-

20 nhecimento de existência desse “clichê”. Parece-me

que a origem, aí, foi absolutamente episódica, nas-

cida da infeliz declaração – explica Maria Helena Mou-

ra Neves, professora da Unesp de Araraquara (SP) e

do Mackenzie.

25___Para a professora, o termo pode até ganhar as

ruas com o sentido negativo, mas não devido a um

deslizamento semântico natural. Por natural, entenda-

se uma direção semântica provocada pela con-

figuração de sentido do termo originário. No verbo

30 “diferenciar”, algo que “se diferencia” será bom, ao

contrário do que ocorreu com o verbo “discriminar”,

por exemplo. Ao virar “discriminado”, implicou algo

negativo. Maria Helena, porém, não crê que a nova

acepção de “diferenciado” tenha vida longa.

35___– Não deve vingar, a não ser como chiste, aquelas

coisas que vêm entre aspas, de brincadeira –

emenda ela. [...]


MURANO, Edgard.

Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12327>.

Acesso em: 05 jul. 2011. Adaptado.

O verbo ganhar (l. 25), na sua forma usual, é considerado um verbo abundante, apresentando, pois, duas formas de particípio: uma forma regular (ganhado); outra, irregular, supletiva (ganho).


Dentre os verbos encontrados no Texto II, qual é aquele que apresenta SOMENTE uma forma irregular?

Alternativas
Q2876206 Português

Texto I


REPIQUE DAS MESMAS PALAVRAS


Palavras consideradas difíceis, como “engala-

nada”, já não atraem muitos autores de escola de

samba. A busca agora é pela comunicação direta.

Em 2011, “vai” será a palavra mais repetida nos des-

5 files das 12 escolas do Grupo Especial: 19 vezes no

total. Em seguida, uma variação do mesmo verbo:

“vou”, com dez repetições. Essa também será a in-

cidência de “vida” e “amor” (dez vezes cada uma).

“Luz” e “mar” (nove vezes) fecham o pódio das mais

10 populares de 2011. Isto sem considerar as repetições

de uma mesma música, uma vez que ela não muda

durante todo o desfile das escolas.

Outrora clássicas, palavras como “relicário” e “di-

vinal” só aparecerão uma vez cada uma. E “engala-

15 nado”, que já teve seus dias de estrela, ficará mesmo

de fora dos desfiles do Grupo Especial.

Para especialistas, as palavras mais usadas atu-

almente são curtas, chamam o público e motivam os

componentes.

20___– “Vai” é a clara tentativa do compositor de em-

polgar e envolver a plateia desde o concurso das es-

colas, quando tem que mostrar às comissões julgadoras

que suas músicas têm capacidade de empolgar.

25 “Vou” está na linha de “vai”: chama, motiva. Quanto a

“vida” e “amor”, refletem o otimismo do carnaval. Ne-

nhuma palavra fica no campo semântico do pessimismo,

tristeza. E “mundo” deixa claro o aspecto gran-

dioso, assim como “céu” – disse o jornalista Marcelo

de Mello, jurado do estandarte de Ouro desde 1993.

30___Dudu Botelho, compositor do Salgueiro, é um

dos compositores dos sambas de 2007, 2008 e 2011.

O samba de sua escola, aliás, tem três das seis pala-

vras mais recorrentes: “vida”, “luz” e “mar”:

– O compositor tenta, através da letra, estimular

35 o componente e a comunidade a se inserir no roteiro

do enredo.

Todas as palavras mais repetidas no carnaval

estão entre as mais usadas nos sambas das últimas

campeãs dos anos 2000. “Terra” foi a mais escolhida

40 (11 vezes). Em seguida, apareceram “vou” e “pra”

(nove vezes); “luz”, “mar”, e “fé” (oito); “Brasil” (sete);

e “vai”, “amor”, “carnaval” e “liberdade” (seis); e “vida”

(cinco).

Para Marcelo de Mello, a repetição das mesmas

45 palavras indica um empobrecimento das letras:

– O visual ganhou um peso grande. A última es-

cola que venceu um campeonato por causa do sam-

ba foi o Salgueiro em 1993, com o refrão “explode

coração”.


MOTTA, Cláudio. Repique das mesmas palavras.

O Globo, 09 fev. 2011. Adaptado

“Essa também será a incidência de ‘vida’ e ‘amor’ (dez vezes cada uma).” (l. 7-8)


O substantivo incidência vem do verbo incidir. Dos verbos a seguir, o único que segue esse mesmo paradigma é

Alternativas
Q2876205 Português

Texto I


REPIQUE DAS MESMAS PALAVRAS


Palavras consideradas difíceis, como “engala-

nada”, já não atraem muitos autores de escola de

samba. A busca agora é pela comunicação direta.

Em 2011, “vai” será a palavra mais repetida nos des-

5 files das 12 escolas do Grupo Especial: 19 vezes no

total. Em seguida, uma variação do mesmo verbo:

“vou”, com dez repetições. Essa também será a in-

cidência de “vida” e “amor” (dez vezes cada uma).

“Luz” e “mar” (nove vezes) fecham o pódio das mais

10 populares de 2011. Isto sem considerar as repetições

de uma mesma música, uma vez que ela não muda

durante todo o desfile das escolas.

Outrora clássicas, palavras como “relicário” e “di-

vinal” só aparecerão uma vez cada uma. E “engala-

15 nado”, que já teve seus dias de estrela, ficará mesmo

de fora dos desfiles do Grupo Especial.

Para especialistas, as palavras mais usadas atu-

almente são curtas, chamam o público e motivam os

componentes.

20___– “Vai” é a clara tentativa do compositor de em-

polgar e envolver a plateia desde o concurso das es-

colas, quando tem que mostrar às comissões julgadoras

que suas músicas têm capacidade de empolgar.

25 “Vou” está na linha de “vai”: chama, motiva. Quanto a

“vida” e “amor”, refletem o otimismo do carnaval. Ne-

nhuma palavra fica no campo semântico do pessimismo,

tristeza. E “mundo” deixa claro o aspecto gran-

dioso, assim como “céu” – disse o jornalista Marcelo

de Mello, jurado do estandarte de Ouro desde 1993.

30___Dudu Botelho, compositor do Salgueiro, é um

dos compositores dos sambas de 2007, 2008 e 2011.

O samba de sua escola, aliás, tem três das seis pala-

vras mais recorrentes: “vida”, “luz” e “mar”:

– O compositor tenta, através da letra, estimular

35 o componente e a comunidade a se inserir no roteiro

do enredo.

Todas as palavras mais repetidas no carnaval

estão entre as mais usadas nos sambas das últimas

campeãs dos anos 2000. “Terra” foi a mais escolhida

40 (11 vezes). Em seguida, apareceram “vou” e “pra”

(nove vezes); “luz”, “mar”, e “fé” (oito); “Brasil” (sete);

e “vai”, “amor”, “carnaval” e “liberdade” (seis); e “vida”

(cinco).

Para Marcelo de Mello, a repetição das mesmas

45 palavras indica um empobrecimento das letras:

– O visual ganhou um peso grande. A última es-

cola que venceu um campeonato por causa do sam-

ba foi o Salgueiro em 1993, com o refrão “explode

coração”.


MOTTA, Cláudio. Repique das mesmas palavras.

O Globo, 09 fev. 2011. Adaptado

A última fala do texto, de Marcelo de Mello, poderia ser introduzida por um conectivo, que preencheria a frase abaixo.


A repetição das mesmas palavras indica um empobrecimento das letras __________ o visual ganhou um peso grande.


A respeito do emprego desse conectivo, analise as afirmações a seguir.


I - O conectivo adequado seria porque, uma vez que estabelece uma relação de causa.

II - O conectivo adequado seria por que, uma vez que se reconhecem aqui duas palavras.

III - O conectivo levaria acento, porquê, já que pode ser substituído pelo termo “o motivo”, ou “a razão”.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Respostas
276: B
277: E
278: A
279: A
280: A