Questões de Concurso Para prefeitura de gonçalves - mg

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Q2069066 Geografia
Sobre o Brasil na Conferência da Organização das Nações Unidas, analise as afirmativas a seguir.
I. Os Membros Permanentes do Conselho de Segurança são: Estados Unidos da América e Federação Russa (que substituíram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS), França, Inglaterra e República da China. II. O nosso país assumirá uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU de 2022 a 2024. A eleição ocorreu na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, nos EUA; foi a décima vez que o Brasil ocupou um lugar no Conselho. III. Todos os anos, a Assembleia Geral elege cinco membros não permanentes (do total dos dez) para um mandato de dois anos; os dez assentos não permanentes são distribuídos, regionalmente, da seguinte forma: cinco para os Grupos dos Estados Africanos e dos Estados Asiáticos; um para o Grupo dos Estados da Europa do Leste; dois para o Grupo da América Latina e Estados das Caraíbas; e, dois para o Grupo dos Estados da Europa Ocidental e demais Estados.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2069065 Atualidades
Sobre o Prêmio Nobel 2021, analise as afirmativas a seguir.
I. O Prêmio Nobel de Química foi entregue aos cientistas alemães Benjamin List e David MacMillan pelo importante trabalho com organocatálise assimétrica. Essa nova ferramenta de construção de molécula anulou a ideia vigente no meio científico que afirmava que havia um único tipo de catalisador metal. II. O Prêmio Nobel da Paz foi concedido aos jornalistas Maria Ressa (Filipinas) e Dmitry Andreyevich Muratov (Rússia) pelo esforço para proteger a liberdade de expressão, o que é uma pré-condição para a democracia. Nesses países, há graves problemas relacionados à liberdade de impressa. III. Os cientistas David Julius(americano de origem libanesa) e Ardem Patapoutian (Armênia) foram anunciados como os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina por suas descobertas de receptores para temperatura e tato. IV. O Prêmio Nobel de Economia foi concedido a três cientistas do Canadá, Estados Unidos e Holanda, por pesquisas sobre o mercado de trabalho, migração, educação e relações de causa e efeito com experimentos naturais. A relação salarial, educação, mercado de trabalho e migração é contemplada em suas pesquisas.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2069064 História
Davi Kopenawa, bem como o francês Bruce Albert, em seu livro “A queda do céu”,sintetizam dois clássicos da literatura científica mundial ao definir o homem branco: “os brancos dormem muito, mas só conseguem sonhar com eles mesmos” e “faço parte do povo da mercadoria e das fábricas! Só eu possuo todas essas coisas! Sou inteligente! Sou um homem importante, sou rico!”.
Considerando os fragmentos, assinale, a seguir, dois autores clássicos e suas respectivas obras. 
Alternativas
Q2069063 Atualidades
“O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que as relações internacionais entre seu país e a China são um ‘modelo de cooperação’ para o mundo. A afirmação ocorreu em uma reunião virtual com seu homólogo chinês, Xi Jinping. ‘Hoje, seguindo a carta e o espírito do nosso tratado, conseguimos levar as relações russo-chinesas a um nível sem precedentes e torná-las um modelo de cooperação entre Estados no século 21’, disse Putin.” 
(Disponível em: https://istoe.com.br/relacao-entre-russia-e-china-e-modelo-de-cooperacao-diz-putin/.)
Qual o significado de Rússia e China reafirmarem parceria estratégica no mundo?
Alternativas
Q2069062 História
Analise a imagem a seguir:
15.png (195×262) 
(A Torta Chinesa. Henri Meyer. Publicada em 16/01/1898 no Le Petit Journal; França.)
Considerando a charge e conhecimentos sobre atualidade, é correto afirmar que a China: 
Alternativas
Q2069061 Geografia
Sobre o desmatamento na Amazônia nos últimos anos, analise a imagem e as afirmativas. 
 14.png (379×173)
(Incêndio e desmatamento na Amazônia. Região Norte do Brasil. — Foto: André Penner/AP. Disponível em: https://g1.globo.com/natureza/amazonia/noticia/2021/08/19/.)
I. A Amazônia vem sendo devastada no maior ritmo dos últimos dez anos. Além disso, a taxa de desmatamento na Amazônia no primeiro semestre de 2021 também bateu recorde.  II. Nos últimos meses, a floresta perdeu uma área equivalente a nove vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro. III. O Acre foi o estado mais desmatado nos últimos meses: 4.147 km², 43% a mais do registrado no calendário anterior. IV. A perda da cobertura florestal continua sendo preocupante. Embora as estimativas sobre o desmatamento da Amazônia variem conforme a fonte, há um consenso geral de que 10% a 12% da floresta em todos os países da região Amazônica já tenha desaparecido.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q2069060 Atualidades
13.png (362×210)

(Sputnik News.)
 Considerando a representação da imagem, é correto afirmar que:
Alternativas
Q2069059 Atualidades
12.png (384×196)  (Disponível em: uol.com.br. Acesso em: 16/08/2021.)
Sobre a situação do Afeganistão, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2069058 Atualidades
“Após o surgimento da pandemia Covid-19, os britânicos parecem estar próximos de mais um inverno complicado. Os números de infecções têm se mantido num patamar alto; isso colocou as autoridades em alerta e as palavras ‘restrições’ e ‘recessão’ voltaram a ser discutidas. Ao mesmo tempo, o Reino Unido enfrenta o aumento da inflação e uma crise energética, que está afetando as contas de milhões de pessoas. Para agravar a situação, a nação enfrenta uma escassez de produto e de trabalhadores – o caso mais emblemático disso é a falta de motoristas de caminhões, o que provoca desabastecimento nos supermercados e longas filas para colocar gasolina nos postos de combustíveis, depois que vários países suspenderam as conexões com o Reino Unido devido a uma mutação do novo Coronavírus que agrava o caos.” 
(Disponível em: www.bbc.com. Adaptado.)
Assinale a alternativa que melhor explica a crise tripla enfrentada pelo Reino Unido.
Alternativas
Q2069057 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
Figuras de linguagem são palavras ou expressões conotativas, pois apresentam sentidos que ultrapassam a linguagem comum. São elementos que tornam o texto mais expressivo. Por esse motivo, também são chamadas de “figuras de estilo” ou “recursos estilísticos”, já que melhoram a comunicação e trazem novos sentidos para a mensagem a ser transmitida. Considerando essas informações, assinale a correta indicação da figura de linguagem referente às passagens do texto. 
Alternativas
Q2069056 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
A voz do verbo pode ser tratada como passiva ou ativa, dependendo do destaque que se dá ao sujeito/agente ou ao objeto/paciente. A chamada voz passiva é muito comum em notícias de jornal, uma vez que as manchetes, normalmente, omitem o agente de uma ação. Sendo assim, discursivamente, a voz passiva pode ser usada para evidenciar o alvo ou o impacto da ação expressa, e não o agente que a realiza. Com base nessas informações, aponte a única alternativa que apresenta voz passiva.
Alternativas
Q2069055 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
Considerando as regras de colocação pronominal prescritas pela norma culta, assinale a alternativa que apresenta um desvio no emprego da próclise, uma vez que o autor deveria ter usado, obrigatoriamente, a ênclise
Alternativas
Q2069054 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
Dependendo da forma como os nomes são empregados nos textos, eles podem desempenhar função de substantivo ou de adjetivo. Dos enunciados transcritos a seguir, qual termo destacado foi empregado com função de substantivo?
Alternativas
Q2069053 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
A anáfora é um mecanismo linguístico que serve para referenciar uma ideia ou termo anteriormente citado no texto. Assim, os pronomes anafóricos, por exemplo, são fundamentais para garantir a coesão textual. Isso porque a sua adequada utilização garantirá o encadeamento lógico-semântico das ideias, permitindo a compreensão do texto. Além disso, a anáfora impede a repetição excessiva e muito próxima de palavras, evitando que o conjunto textual se torne cansativo, entediante e até mesmo confuso. Com base nessas informações, assinale a única alternativa em que o pronome anafórico retoma informação diferente dos demais.
Alternativas
Q2069052 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
De acordo com suas características linguísticas, estruturais e discursivas, o texto lido é um exemplar do gênero:
Alternativas
Q2069051 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)

Analise as assertivas a seguir.


I. “O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (...)” (9º§): o travessão foi utilizado para isolar uma informação de menor relevância no texto.

II. “Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: (...)” (13º§): os dois pontos foram usados para indicar uma enumeração.

III. “(...) e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), (...)” (14º§): os parênteses foram empregados para apresentar uma informação acessória.

IV. “(...) o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo ‘normal’ com que se constituem as relações políticas, (...)” (12º§): no texto, as aspas duplas foram utilizadas, na palavra “normal”, para marcar uma citação direta.


Está correto o que se afirma apenas em

Alternativas
Q2069050 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
Releia as seguintes passagens do texto.
I. “A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos.” (8º§) II. “O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.” (9º§)
O autor lança mão de alguns dados de pesquisa com o propósito, sobretudo, de:
Alternativas
Q2069049 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)
Qual alternativa melhor sintetiza a principal ideia defendida no texto?
Alternativas
Q2069048 Português
As verdades mais profundas

     As tragédias no Brasil são esquecidas facilmente. A comoção não se sustenta ao fim de 48 horas. E depois tudo volta à “normalidade” em um país como o nosso, que ainda tem uma enorme dívida para com o seu povo negro.
  Crianças negras são mortas por balas perdidas; homens negros são torturados e assassinados por serem negros; mulheres negras são discriminadas pelo olhar e pelas palavras e por gestos sórdidos, que cortam como lâmina afiada a ceiva da dignidade.
     O sangue jorra nas ruas e vielas de comunidades carentes, nas favelas, no asfalto, nas praças e avenidas, no ônibus, no supermercado, na escola, no vil ato de abordar uma pessoa, se utilizando das práticas mais cruéis e desumanas.
   Em um anúncio de emprego nos classificados de um jornal ou nas redes sociais, é solicitado o envio de currículo com foto. Sem se dar conta, o jovem negro da periferia assim o faz. Mas no fundo esse “método” foi para eliminá-lo.
    Esse mesmo jovem, muitas vezes deprimido, sem horizonte, sai a caminhar e se depara em frente a um shopping. As luzes o fascinam, como a todo jovem. Mas, ao adentrar, logo é cercado por seguranças que o encaminham a uma sala e exigem documentos.
    Só quem é negro sabe o quanto dói ser discriminado pela cor da pele, por ter cabelo afro, por cantar e dançar as suas origens. Essa violência e ódio deixam a alma esquartejada, acabam com a autoestima, fazendo nascer o sentimento de culpa.
   Como é possível num país como o nosso, construído por mãos negras ao longo de séculos, toda essa insanidade humana? A escravidão de ontem é o martírio cotidiano de hoje, da humilhação, do prato vazio, da falta de emprego, de saúde.
    A população brasileira é composta por 56,2% de pretos e pardos. A grande maioria é pobre e está exilada em seu “próprio” país. Os direitos da cidadania, garantidos pela Constituição Cidadã, não chegam até eles.
   O analfabetismo para a população negra é de 11,8% – maior que a média de toda população brasileira (8,7%). Dos jovens entre 15 e 29 anos que não estudam nem trabalham, mais de 60% são negros, de acordo com o IBGE.
    O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca”.
    As transformações que o Brasil tanto necessita só serão alcançadas por meio da ação política. Não é por acaso que não haja negros nos espaços decisórios do poder. Quantos senadores e senadoras negros existem? Deputados e deputadas? Governadores e governadoras? Vereadores e vereadoras? Prefeitos e prefeitas?
     É evidente que há uma fratura social exposta e ela se personifica no racismo estrutural, institucional e de Estado. A sociedade brasileira é racista. O professor e filósofo Silvio Almeida explica que o racismo é apresentado como decorrência da própria estrutura, ou seja, do modo “normal” com que se constituem as relações políticas, econômicas, jurídicas e até familiares.
   Uma das formas de combatê-lo é por meio da ação legislativa. Precisamos aprovar os seguintes Projetos de Lei: 4.373/2020, que tipifica como crime de racismo a injúria racial; 5.231/2020, que trata da abordagem dos agentes públicos e privados de segurança.
    Da mesma forma, o Congresso precisa aprovar também o 3.434/2020, que reserva vagas para negros nos programas de pós-graduação e o 4.656/2020, que estende a validade da Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que perde a validade em 2022.
   O Brasil é o país das multicores, das diversidades e das diferenças. O racismo e as desigualdades sociais são chagas da nossa sociedade; precisam ser eliminados. Que o grito de resistência de Zumbi dos Palmares, de esperança e de transformação, ecoe em todos os cantos do nosso país.

(PAIM, Paulo. As verdades mais profundas.
Jornal do Brasil, 2021. Disponível em
https://www.jb.com.br/pais/opiniao/artigos/2021/11/1034016-asverdades-mais-profundas.html. Acesso em: 15/11/2021. Adaptado.)

Analise a seguinte passagem do texto.


“O poeta Affonso Romano descreveu muito bem o Brasil: ‘Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento. Há 500 anos estupramos livros e mulheres. Há 500 anos somos pretos de alma branca’.” (10º§)


Considerando as informações apresentadas nesse excerto, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. 


I. “Os versos do poema de Affonso Romano remetem às origens históricas da escravidão no Brasil, cuja herança se materializou, ao longo do tempo, nas mais variadas formas de racismo, sobretudo, de cunho estrutural e institucional.” 


PORQUE


II. “Após a abolição, a ausência do poder público na integração da população negra, por meio do fornecimento de condições materiais e políticas para sua participação em uma sociedade livre, resultou em um perverso sistema de marginalização, que perdura até os dias atuais.”


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q2255208 Conhecimentos Gerais
Dólar abre 2022 em alta, negociado acima de R$ 5,65
Analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) para o ano de 2022. A projeção para o crescimento da economia no ano passou de 0,42% para 0,36%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central.
(Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/01/03/ dolar.ghtml. Acesso em: 03/01/2022. Adaptado.)
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), está INCORRETO o que se afirma em:
Alternativas
Respostas
61: B
62: D
63: B
64: B
65: D
66: C
67: D
68: B
69: C
70: B
71: D
72: B
73: C
74: C
75: D
76: C
77: A
78: C
79: C
80: A