Questões de Concurso Para prefeitura de princesa isabel - pb

Durante a Primeira República (1889 -1930), a Paraíba foi um dos estados mais industrializados do Brasil, com um setor manufatureiro consolidado, o que levou à criação de um sistema de transportes ferroviários interligado com as grandes capitais brasileiras.

A Revolução de 1930 teve um impacto direto na política da Paraíba, com o assassinato de João Pessoa, então presidente do estado, servindo como um dos eventos catalisadores para a queda da República Velha e a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.

A participação da Paraíba na Guerra de Canudos foi decisiva para a vitória do Exército Brasileiro sobre os seguidores de Antônio Conselheiro, devido à forte tradição militar do estado, que mobilizou grande parte de suas tropas para o conflito.

A Paraíba desempenhou um papel central na Revolta da Armada, um movimento de resistência contra o governo republicano, liderado principalmente pelas forças navais do estado, que buscavam restaurar a monarquia.

A industrialização acelerada da Paraíba após a Segunda Guerra Mundial foi impulsionada pela descoberta de reservas de petróleo no litoral do estado, o que levou à criação de um parque petroquímico que dominou a economia local.

A política de austeridade fiscal implementada a partir de 2016 no Brasil impactou diretamente os estados do Nordeste, incluindo a Paraíba, com cortes significativos no orçamento para infraestrutura e redução de investimentos federais em saúde e educação, o que levou a uma desaceleração econômica no estado. No entanto, a Paraíba conseguiu manter níveis de crescimento acima da média nacional devido ao fortalecimento do seu setor agrícola.

A crise fiscal no Brasil teve pouco impacto sobre a Paraíba, uma vez que o estado possui uma economia altamente dependente do setor privado, com um parque industrial consolidado em João Pessoa e Campina Grande, que absorveu o impacto da redução de gastos públicos sem maiores prejuízos ao PIB estadual. 

Os programas federais de combate à seca implementados nos últimos cinco anos conseguiram transformar a realidade do semiárido paraibano, com investimentos em tecnologia de irrigação e energias renováveis que impulsionaram a agricultura e a pecuária na região, aumentando a produção de alimentos e o índice de desenvolvimento humano do sertão.

A Paraíba enfrentou uma crise econômica significativa após a aprovação da reforma trabalhista em 2017, uma vez que o setor de serviços do estado, responsável por grande parte dos empregos formais, não conseguiu se adaptar às novas modalidades de contratação, resultando em um aumento expressivo da informalidade no mercado de trabalho local.

O impacto das reformas previdenciária e administrativa, aprovadas em 2019 e 2021, respectivamente, foi especialmente severo para a Paraíba, com a diminuição de servidores públicos e cortes em programas sociais afetando diretamente os municípios do interior, enquanto as áreas metropolitanas se beneficiaram com uma maior flexibilização econômica.

As cidades paraibanas se formaram majoritariamente a partir da ocupação espontânea, em áreas costeiras voltadas à exploração de recursos pesqueiros, com pouca interferência das autoridades coloniais, que só investiram no desenvolvimento urbano no final do século XIX. O crescimento das cidades paraibanas no interior foi estimulado pela descoberta de jazidas de ouro e prata no século XVII.

A formação das cidades da Paraíba esteve profundamente ligada ao controle das fronteiras coloniais com os holandeses e franceses, sendo João Pessoa fundada estrategicamente como um forte militar, enquanto cidades no interior, como Campina Grande, surgiram como entrepostos comerciais para o escoamento da produção agrícola. Esse processo foi intensificado com a expulsão dos invasores estrangeiros no século XVIII.

A urbanização na Paraíba foi impulsionada pela economia de subsistência, com as cidades surgindo em torno de aldeamentos indígenas que foram assimilados pelas ordens religiosas católicas. O processo de ocupação foi marcado pela pacificação dos indígenas e pela integração das missões ao mercado colonial, especialmente na produção de tabaco e algodão.

O processo de formação das cidades paraibanas teve como principal fator impulsionador a construção de estradas de ferro no final do século XIX, conectando o interior do estado ao litoral e possibilitando a exportação de produtos como algodão, cana-de-açúcar e couro. Essa infraestrutura foi financiada por empresas inglesas que viam no estado um grande potencial agrícola e comercial.

O desenvolvimento das cidades paraibanas seguiu um modelo descentralizado, com as vilas se consolidando principalmente em áreas rurais voltadas para a exploração mineral. No entanto, as cidades costeiras não foram favorecidas por essa dinâmica e só começaram a se desenvolver no início do século XX, quando o governo estadual começou a investir em infraestrutura portuária.

No início do período colonial, a Paraíba se destacou como um dos maiores produtores de açúcar do Brasil, utilizando mão de obra livre em grandes engenhos localizados nas regiões litorâneas, enquanto as áreas do interior ficaram destinadas à agricultura de subsistência. Essa estrutura econômica se manteve inalterada até a introdução das primeiras indústrias no início do século XX.

A economia paraibana permaneceu isolada do processo de modernização industrial que ocorreu em outras partes do Brasil durante o século XX, mantendo-se majoritariamente agrícola e exportadora de algodão, cana-deaçúcar e tabaco. A industrialização só começou a ocorrer no estado após a criação de Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) na década de 2000.

O modelo econômico da Paraíba sempre foi dependente da extração mineral, especialmente no sertão, onde a abundância de recursos como ouro e prata impulsionou a economia local. Mesmo durante o período colonial, o estado já apresentava uma economia diversificada com forte presença de exploração mineral e agrícola.

A transição da Paraíba de uma economia essencialmente agrícola, baseada na cana-deaçúcar e no algodão, para uma economia mais diversificada, com o crescimento do setor de serviços e tecnologia, só ocorreu após a implementação de políticas federais de incentivo à industrialização na década de 1970, com ênfase na criação de polos industriais em Campina Grande e João Pessoa.

O setor turístico da Paraíba, embora tenha se consolidado como um dos maiores do Nordeste desde o início do século XXI, ainda enfrenta desafios estruturais devido à escassez de investimentos públicos, que impede uma maior integração entre os setores agrícola e industrial na região do sertão e no litoral.

A Reforma Trabalhista, aprovada em 2017, eliminou o direito ao 13º salário e reduziu o número de férias remuneradas anuais para duas semanas, sendo amplamente criticada por sindicatos e associações de trabalhadores.

A Reforma da Previdência de 2019 alterou as regras de aposentadoria no Brasil, estabelecendo uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, com tempo mínimo de contribuição de 40 anos para aposentadoria integral.

A Reforma Administrativa proposta em 2020 foi aprovada sem alterações, instituindo a extinção do regime de estabilidade para todos os servidores públicos federais, estaduais e municipais.

A Reforma Tributária de 2021 simplificou os impostos sobre consumo no Brasil, unificando o ICMS e o ISS em um único tributo federal chamado Imposto Nacional sobre Consumo (INC), com alíquota de 15%.

A Reforma Política aprovada em 2020 acabou com a possibilidade de reeleição para cargos executivos no Brasil, aplicando a regra a todos os níveis de governo, inclusive para prefeitos e governadores.