O texto a seguir foi extraído de uma biografia de Dom
Pedro II, Imperador do Brasil, escrito em 1889. Leia-o
atentamente para responder a próxima questão.
“Confesso francamente que não ousaria jamais narrar,
mesmo sumariamente, a vida de D. Pedro II, imperador constitucional do Brasil, se ele não me houvesse
aparecido, não como soberano, mas como filósofo;
não como senhor de seu povo – pois não é um rei absoluto, um autocrata – mas como filantropo, amigo da
humanidade, benfeitor de sua pátria. Não vou falar de
um monarca, mas do chefe de uma ‘democracia coroada’, como a denominou recentemente o presidente da
República Argentina, referindo-se à nação brasileira.
Vou falar a respeito do primeiro cidadão desse grande
e belo país, onde reina um sentimento de democracia,
de nivelamento das classes sociais, de independência
em todas as manifestações do livre arbítrio, diferente
de muitos outros Estados, mesmo os de forma republicana. Além disso, D. Pedro II é o mais puro modelo
do verdadeiro patriotismo, do desinteresse, do amor à
liberdade, da dedicação ao progresso. Darei a conhecer esse príncipe ilustre que soube conquistar o amor
de seu povo, como o respeito e a admiração de toda a
Europa, dirigindo, há cinquenta anos, a surpreendente
evolução de sua pátria, presidindo a uma das maiores
obras de transformação social realizadas no presente
século”.
(Trecho com adaptações).