Questões de Concurso Para prefeitura de rio de janeiro - rj

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Q1361646 Arquivologia
É importante que o assistente técnico administrativo conheça as regras básicas para distribuição das pastas num arquivo alfabético. A fatura da empresa “Rafaella Duarte & Cia” deverá ser arquivada como:
Alternativas
Q1361645 Português
Leia o parágrafo abaixo, extraído do Texto 1, e responda à questão.

    “A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais.” 
O emprego repetidas vezes da contração da preposição e do artigo a no período deve-se à:
Alternativas
Q1361644 Português
Leia o parágrafo abaixo, extraído do Texto 1, e responda à questão.

    “A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais.” 
A informação contida no parágrafo poderia ser expressa de forma mais clara da seguinte forma:
Alternativas
Q1361643 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Em “... as mensagens que circulam nas redes interpessoais”, a estrutura em destaque não pode ser substituída sem custo para o sentido que deseja expressar por:
Alternativas
Q1361642 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

A única alternativa que pode substituir a frase “É preciso muito mais envolvimento” no texto é:
Alternativas
Q1361641 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Conforme determina o padrão culto da Língua Portuguesa, a frase “ou a empresa ouve ele ou não” deveria ter a forma:
Alternativas
Q1361640 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Quanto à ausência de vírgulas na frase “A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível”, é procedente afirmar que esta provoca:
Alternativas
Q1361639 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Verifica-se uma transgressão à norma culta da Língua Portuguesa na frase:
Alternativas
Q1361638 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

A alternativa que reescreve adequadamente a frase “O termo indica uma relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro” é:
Alternativas
Q1361637 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

A frase em que se encontra um verbo empregado como substantivo é:
Alternativas
Q1361636 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Os termos destacados em “Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias de uma refeição” podem ser respectivamente substituídos por:
Alternativas
Q1361635 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

A oração que não apresenta um efeito semântico equivalente ao encontrado em “Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico” é:
Alternativas
Q1361634 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Não se encontra qualquer relação de condição entre orações em:
Alternativas
Q1361633 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

O argumento empregado no Texto 3 que melhor explica a finalidade de se utilizarem recursos de interatividade é:
Alternativas
Q1361632 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Sobre a televisão, o Texto 1 não declara que esta:
Alternativas
Q1361631 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

O trecho que diretamente vincula o Texto 1 às temáticas específicas dos Textos 2 e 3 é:
Alternativas
Q1361630 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Em “Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para interagir com os dispositivos do computador” (Texto 3) faz-se uso de:
Alternativas
Q1361629 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

Considerando-se o conjunto de informações presentes nos três textos, é procedente afirmar que:
Alternativas
Q1361628 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

A temática do Texto 2 distingue-se das dos demais textos por:
Alternativas
Q1361627 Português

Leia os textos 1 a 3:


Texto 1

    Se a escrita potenciou o discurso dos conceitos e a ordenação racional/estratégica do mundo, o fez às custas de ignorar, por outra parte, o sistema audiovisual, relegando o mundo das emoções ao espetáculo e à liturgia. Mas, em nosso século, a cultura da imagem, do som e do espetáculo passa à desforra com o cinema, a radiofonia, a televisão, sistemas já consolidados, ao mesmo tempo em que um novo patamar tecnológico aí vem para articular as muitas linguagens na rede interativa de um supertexto e em uma metalinguagem abrangente das modalidades oral, escrita e audiovisual.

    A escrita se presta à configuração sistemática de um pensar conceitual, dedutivo e seqüencial, a uma valoração da razão e da ordem, à capacidade de estabelecer distanciamento e objetividade e de aguardar resposta postergada e, de outra parte, a televisão melhor se adapta à conversação ocasional, à sedução das imagens, às linhas do menor esforço psicológico, ao tranqüilo relaxar das tensões do cotidiano repetitivo, e se faz base dos processos de comunicação ampliada, da política e dos negócios, desalojando da prática societária mais ampla as mensagens que circulam nas redes interpessoais. Por outra parte, não sendo a audiência atitude passiva, antes interação de sujeitos, abrem-se caminhos da diferenciação, da segmentação dos meios, da personalização e individuação propiciadas pelas tecnologias da comunicação em muitas direções, através de canais múltiplos independentes e de sempre novos dispositivos da reversibilidade das mensagens.

In: MARQUES, M O (1999) A escola no computador. Ijuí: UNIJUI. PP: 98-9.


Texto 2

    A problemática da interação está na agenda de discussões dos pesquisadores das tecnologias do ciberespaço e de ambientes informáticos de ensino à distância. Contudo, existe ainda uma carência por aprofundamento a respeito de tal tópico. As palavras “interatividade” e “interativo” têm sido usadas de forma muito elástica e imprecisa, além de servirem como slogan de venda para os mais diversos produtos industrializados. Nesse contexto, exige-se uma maior dedicação ao estudo da interação em ambientes mediados por computador para que se possa abordar o tema com a propriedade e cuidado necessários.

    Inicialmente, caberia perguntar, por exemplo, se a interação (a) de um aluno com seu computador e (b) do mesmo aluno com seus colegas e professores mediados pela mesma máquina tem igual qualidade. Indo mais além, pode-se aproximar a interação entre um indivíduo e uma máquina de uma relação interpessoal, entendendo-as como equivalentes? Isto é, seria desnecessário levar em conta se tratamos de interação entre vivos ou não vivos?

Extraído de: PRIMO, A. (2001) “Sistemas de interação”.In: SILVA, D. et FRAGOSO, S. Comunicação na cibercultura. São Leopoldo: UNISINOS. P: 117.


Texto 3

Interatividade não é um fim, é meio

    O termo indica um canal de relação de mão-dupla, onde um sujeito ajuda o outro para realizar uma ação conjunta. o website, a interatividade parte do hipertexto para chegar em transações reais entre cidadãos separados por centenas de quilômetros. Mesmo com todo esse potencial interativo, a maioria dos websites explora apenas o hipertexto, o e-mail e olhe lá.

    Uma clínica de emagrecimento pode oferecer seu know-how tanto em artigos quanto numa aplicação que mede as calorias da sua refeição. Outra, pode oferecer acompanhamento da dieta por e-mail. Imagina-se que no futuro, pulseiras enviarão os dados vitais do gordinho constantemente para a personal trainer dele, que responde quando ele sai da linha. Tudo isso é interatividade, mas em graus distintos.

    Essa tal de interatividade é tão boa que suportamos a situação insólita de ficar numa postura cansativa por horas só para poder interagir com os dispositivos do computador. É por isso que vem aquela coceira nos dedos quando temos que ficar muito tempo parados lendo um texto ou assistindo uma animação ou vídeo. Usar o computador implica interação.

2.png (179×155)

    Mas para estabelecer verdadeira interatividade, o usuário precisa se sentir participante da ação, precisa ver as coisas se modificarem à medida que ele emprega sua energia. Valorizar a entrada de dados (input) através de efeitos como rollover e mostrar as escolhas já feitas pelo usuário é só a ponta do iceberg. É preciso muito mais envolvimento.

    Primeiro, o usuário precisa ter um grande interesse no que o website oferece. Por isso, nem adianta pedir a opinião do usuário sobre o website. Se ele não gosta, nem se dá ao trabalho de criticar. Vai embora.

    Segundo, é preciso colocar o usuário no controle. A interface deve oferecer a ele as opções de que precisa o mais rápido possível, ser polida e obediente. Ninguém quer interagir com um computador desobediente, a não ser para objetivos de entretenimento ou puro sadomasoquismo. A interface deve funcionar como um servo de prontidão a fazer aquilo que o usuário mandar. Porém, um servo puxa-saco pode ser chato demais. Oferecer interatividade demais pode atrapalhar mais do que ajudar. Quem não se irrita com interrupções constantes que solicitam interação enquanto se está escrevendo algo, por exemplo?

    Porém, interatividade não é um fim em si mesma. O termo acabou por se banalizar e hoje, clientes procuram agências para dar o “upgrade” no seu website, pedindo, entre outras, mais interatividade. Acham que por adicionar efeitos especiais ou criar aplicações mirabolantes, vão atrair e reter a audiência que falta no site.

    Melhor explicar a esse cliente que, no website institucional, a interatividade deve estar de acordo com a identidade da empresa. Se a empresa é sisuda e raramente ouve seus próprios clientes, é até mesmo falta de honestidade criar um website supostamente interativo para ela. Porém, se ela está todo o tempo tentando criar canais de relacionamento, então é preciso fornecer mais recursos.

    Mas como medir a interatividade? Ela é algo que faz parte da experiência total do usuário com o sistema. É preciso uma visão holística, que considera as partes do todo em relação umas com as outras, para perceber como é a interatividade. Uma análise equivocada poderia considerar um formulário de sugestões num website empresarial como uma interatividade. Na verdade a interatividade mesmo é o cliente modificando a empresa através da sugestão. O formulário é apenas um meio para isso. E o sucesso da interatividade, nesse caso, vai muito além de um posicionamento tecnológico. É uma questão de postura de relacionamento com o cliente: “ou a empresa ouve ele ou não”. Concluindo, o usuário não interage com o website. Ele interage com quem está por trás do website. Pode ser uma empresa, uma história, um personagem ou qualquer outro “agente” na ação realizada. Por isso, criar um website realmente interativo é um grande desafio. É preciso convencer a instituição de que vale a pena flexibilizar seu modelo de comunicação.

AMSTEL, F. In: http://webinsider.uol.com.br/vernoticia.php/cl/ 33. 05/12/2004

As referências que melhor sintetizam os objetivos dos Textos 1, 2 e 3 são, respectivamente:
Alternativas
Respostas
121: D
122: A
123: D
124: C
125: D
126: B
127: A
128: C
129: A
130: D
131: B
132: D
133: C
134: B
135: B
136: A
137: D
138: A
139: C
140: C