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Fonte: Brasil. Fundação Nacional de Saúde. Manual de controle de roedores. - Brasília: Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, 2002. 132p.: il. 1. Roedores - prevenção e controle. 2. Vigilância epidemiológica. 3 zoonose.
Destarte, considere as afirmativas seguintes:
I- A leptospirose é uma doença infecciosa grave causada por bactérias do gênero Leptospira. Uma grande variedade de animais é suscetível às leptospiras, incluindo bovinos, equinos, caprinos, cães e roedores. A leptospirose está intimamente relacionada com a pobreza e com as condições precárias de saneamento básico, associadas à alta infestação de ratos infectados por Leptospira. Possui taxa de letalidade próxima a 11%.
II- Uma grande variedade de mamíferos pode abrigar e disseminar Leptospiras patogênicas. Nos centros urbanos, os roedores são o principal reservatório da Leptospira. Na zona rural, os bovinos, equinos, suínos, ovinos e caprinos são os principais reservatórios. O homem, além de ser hospedeiro acidental, também é considerado um hospedeiro terminal dentro da cadeia de transmissão.
III- A transmissão da leptospirose ocorre via urina de animais contaminados. Após invadirem um animal, as Leptospiras patogênicas migram para os seus rins e são expelidas na urina dos animais infectados. Após serem expelidas na urina, podem sobreviver no ambiente por dias, semanas ou meses, caso entrem em contato com água ou com solo úmido.
IV- Agrande incidência da doença nos centros urbanos ocorre nos períodos chuvosos, quando as águas das chuvas entram em contato com as águas dos esgotos. Os roedores representam grande perigo por, normalmente, serem bem adaptados à infecção, não apresentando sinais clínicos da doença e disseminando a Leptospiras no ambiente onde vivem ou transitam.
V- O período de incubação da leptospirose é bastante curto, podendo variar de dois a vinte dias. Em média, os primeiros sintomas aparecem cerca de dez dias após a contaminação. Podem se apresentar de forma leve, começar subitamente com febre, cefaleia (dor de cabeça), dores musculares, anorexia, náuseas e vômitos. Tendem a se curar sozinhas, em poucos dias, sem deixar sequelas, podendo ser confundidas com outras enfermidades, tais como viroses ou outras doenças que costumam ocorrer na mesma época.
Portanto, estão CORRETAS
J.M.A., 16 anos, deu entrada no Hospital com hematomas pelo corpo, e sangramento genital intenso. Relata que foi violentada pelo tio, irmão de sua genitora. Considerando o dever do médico assistente, pode-se afirmar que
I- o médico deve ater-se à assistência da menor, e proceder com notificação do caso de violência doméstica, comunicando às autoridades competentes o fato, posto que a Carta Magna brasileira se destaca por dar importância aos cuidados, deveres e responsabilidades do Estado, e no âmbito familiar, dos responsáveis legais primando pela defesa das crianças, adolescentes, além de idosos e da mulher.
II- o médico deve ater-se à assistência da menor, enquanto que cabe à família, que é a base da sociedade, tomar as medidas cabíveis comunicando o fato às autoridades competentes, visto que tem especial proteção do Estado.
III- o médico deve ater-se à assistência da menor, enquanto cabe ao Estado assegurar a assistência à família, na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações. Portanto, trata-se de um caso de polícia.
IV- é dever do médico prestar a devida assistência à menor, e desde já notificar o caso de violência doméstica encaminhando-a para procedimentos legais, sob os cuidados das autoridades competentes, uma vez que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a dignidade ao respeito, a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
V- o médico está obrigado a atender a menor em caráter de urgência uma vez que sua omissão implicará em maiores danos biopsicossociais, ao tempo em que notifica o caso de violência doméstica, e comunica o fato às autoridades competentes. Ademais, a lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente, notório no caso em apreço.
Portanto, estão CORRETAS
As Doenças Sexualmente Transmissíveis podem ser causadas por bactérias, vírus, fungos, protozoários e pequenos animais, por exemplo, chatos. Portanto, acerca das DSTs pode-se afirmar que
I- são agentes causadores bactérias: (Sífilis - Treponema pallidum; Gonorréia - Diplococcus gram; Clamídia - Chlamydia trachomatis); vírus: Herpes Genital - vírus das famílias; Alfaherpesvirinae, Betaherpesvirinae e Gamaherpesvirinae; HPV - papiloma vírus humano; AIDS– HIV).
II- podem ser transmitidas de diversas maneiras: pelo contato sexual; de mãe para filho (exemplos: AIDS - pela corrente sanguínea durante a gestação, no parto ou pela amamentação; Sífilis - no parto); pelo compartilhamento de seringas (exemplo: AIDS); pela transfusão de sangue.
III- de uma forma geral os sintomas são: presença de feridas na genitália, próximo a ela e no ânus; ardência e prurido (coceira) na região genital; ardência ao urinar; secreção branca ou esverdeada na genitália. Alguns casos são assintomáticos: AIDS e HPV. A Sífilis também é assintomática em uma de suas fases.
IV- podem acarretar muitos outros problemas de saúde, entre eles: câncer de colo uterino (HPV); problemas cardiovasculares e neurológicos (Sífilis); infertilidade (Clamídia, Gonorreia); aborto espontâneo (Herpes Simples Genital, Gonorreia, etc); infecção fetal (Sífilis, Gonorreia, Clamídia, etc.); malformações congênitas (Sífilis); meningite (Gonorreia).
Portanto, estão CORRETAS
O atendimento aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, deve ser prestado por todas as portas de entradas do SUS. Acerca do atendimento em unidade hospitalar não especializada, pode-se concluir que
I- o SUS optou por não mais fazer diferença entre o termo Urgências e Emergências, passando utilizar apenas o termo URGÊNCIAS, para todos os casos que necessitem de cuidados agudos, tratando de definir o “GRAU DE URGÊNCIA” e classificá-las em NÍVEIS.
II- emergência psiquiátrica é o distúrbio do pensamento, sentimentos ou ações que envolvem risco de vida ou risco social grave, necessitando de intervenções imediatas e inadiáveis (horas-minutos), como por exemplo violência, suicídio, automutilação, autonegligência, juízo crítico muito comprometido.
III- urgência psiquiátrica é o distúrbio do pensamento, sentimentos ou ações que implicam riscos menores de vida ou social, necessitando de intervenções a curto prazo (dias-semanas), como por exemplos comportamento bizarro, quadros agudos de ansiedade, síndromes conversivas.
IV- com relação a situações eletivas, trata-se do fato de que a rapidez da intervenção não é critério essencialmente importante, dentre as quais se encontram ansiedade leve, distúrbios de relacionamento interpessoal, informações sobre medicação e fornecimento de receitas.
Estão CORRETAS
O senhor A.B.S., 70 anos, queixa-se de náuseas e tonturas, e afirma parecer “que está flutuando”. Relata, ainda, que já teve diversos episódios, sendo medicado, mas não obteve êxito no tratamento. Com base no quadro abaixo, pode-se afirmar que
Quadro 1: Raíz geral simplificada de raciocínio clínico à anamnese.
Fonte: Vol. 11, n. 3 - Otorrinolaringologia Geriátrica.
http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=343.
J.B.S, 25 anos, com queixas de dor, edema e calor no tornozelo direito precedido de fortes dores na garganta, febre elevada e prostração. Automedicou-se com Voltaren 50mg, via oral (SIC). Nega traumatismo local. Buscou serviço de atendimento hospitalar por não suportar a dor que piorava com a movimentação da articulação do pé direito, sem sequer conseguir caminhar. Diante do caso, considere as assertivas:
I- Trata-se de artrite séptica, uma variante da artrite infecciosa, e se refere à invasão do líquido sinovial por microorganismos, frequentemente bactérias.
II- Trata-se de artrite pós-infecciosa que se define pela presença de antígenos microbianos na articulação comprometida, como ocorre na artrite pós-meningocócica ou na poliarterite nodosa consequente à infecção pelo vírus da hepatite B.
III- Trata-se de artrite reativa, onde se verifica a presença de um processo inflamatório articular consequente a uma infecção à distância, como é o caso da febre reumática e da artrite por enterobactérias (iersinioses e salmoneloses).
IV- Trata-se de artrite inflamatória, onde não se observam agentes infecciosos bem determinados, mas estes parecem de alguma forma estar envolvidos na fisiopatologia de doenças como a Artrite Reumatoide e o Lupus Eritematoso Sistêmico.
V- Em adultos, a principal bactéria responsável é o Staphylococcus aureus (até 70%), seguido por Streptococcus sp (25%) (incluindo S. pneumoniae, estreptococos beta-hemolíticos dos grupos Ae B, S. viridans), bacilos Gram-negativos (11%-32%) e anaeróbios (2%).
Portanto, estão CORRETAS
A dor é a queixa principal na avaliação de um paciente com suspeita de abdômen agudo. Ou seja, a pesquisa da dor na anamnese deve se caracterizar pela necessidade de ser precisa. Disto se depreende que
I- a duração da dor, sua localização, como se iniciou e outras características como tipo de dor e evolução podem ajudar no diagnóstico diferencial. Enquanto que a dor visceral causada por distensão, inflamação ou isquemia é difusamente localizada na região mesogástrica.
II- doenças renais ou ureterais causam dor nos flancos. Por outro lado, sangue ou pus subdiafragmático à esquerda podem gerar dor no ombro esquerdo, doença biliar pode causar dor referida no ombro direito ou dorso.
III- doenças supradiafragmáticas, como uma pneumonia basal, podem causar dor referida no pescoço ou ombro. Enquanto que a dor abdominal no andar superior do abdômen sugere úlcera péptica, colecistite aguda ou pancreatite.
IV- cisto de ovário, diverticulite e abscessos tubo-ovarianos causam dor na porção inferior do abdômen. Enquanto que a obstrução do intestino delgado causa dor no mesogástrio, que, às vezes, é referida no dorso.
Portanto, estão CORRETAS
A imagem abaixo trata de fluxograma geral de atendimento do paciente com dor torácica.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia
Considerando o tratamento inicial da síndrome coronariana aguda pode-se afirmar:
I- A abordagem do paciente inicia-se pela rápida avaliação das características da dor torácica e de outros sintomas concomitantes, pelo exame físico e pela imediata realização do ECG (em 5-10min após a chegada ao hospital).
II- Se o paciente estiver em vigência de dor e o ECG evidenciar supradesnível do segmento ST deve-se iniciar imediatamente um dos processos de recanalização coronariana: trombolítico ou angioplastia primária.
III- Se o ECG não evidenciar supradesnível do segmento ST mas apresentar alguma alteração compatível com isquemia miocárdica, iniciamos o tratamento anti-isquêmico usual e estratificamos o risco de complicações, que orientará o tratamento adequado a seguir.
IV- Se o ECG for normal ou inespecífico, mas a dor torácica for sugestiva ou suspeita de isquemia miocárdica, o tratamento anti-isquêmico pode ser iniciado ou então protelado (principalmente se a dor não mais estiver presente na admissão), mas o uso de aspirina está indicado.
Portanto, estão CORRETAS
A Política Nacional de Humanização (PNH) – HumanizaSUS - vem apresentando, desde a sua instituição, no ano de 2003, algumas ferramentas potentes para esse processo de racionalização do atendimento na Rede de Urgência e Emergência (RUE). Trata-se do “acolhimento com classificação de risco” (...) que tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde com o objetivo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência, de forma que o atendimento seja ágil e oportuno.
(REDES DEATENÇÃO À SAÚDE: REDE DE URGÊNCIAE EMERGÊNCIA– RUE, p. 07. Disponível em www.unasus.ufma.br).
Considere as afirmativas abaixo no que diz respeito à relação de condição para a transferência de um paciente:
I- A regulação pré-hospitalar de urgências e emergências/Samu 192 é responsável pelo atendimento do usuário após ter ocorrido um
agravo à sua saúde que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte mediante deslocamento de equipe médica em
ambulâncias adequadas ao caso e sua remoção para as portas de entrada da Rede de Urgência e Emergência (hospitais de prontos-socorros e unidades de pronto atendimento), estabelecidas na Região de Saúde.
II- A regulação pré-hospitalar de urgências e emergências/Samu 192 afirma que a solicitação para o atendimento poderá ser feita pelo usuário ou por um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, mas que necessita ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento.
III- A regulação inter-hospitalar de urgências e emergências /Central de Leitos de Retaguarda de urgência e emergência – CLR é responsável pela regulação do acesso e transferência dos pacientes inicialmente atendidos e estabilizados nas unidades consideradas como portas de entrada da Rede de Urgência e Emergência para Leitos de Retaguarda da Rede de Urgência e Emergência que incluem leitos clínicos, leitos de unidade de terapia intensiva, leitos de longa permanência, leitos de unidade coronariana e leitos de acidente vascular cerebral.
IV- A regulação inter-hospitalar de urgências e emergências /Central de Leitos de Retaguarda de urgência e emergência – CLR aponta que em cada região de saúde os Leitos de Retaguarda serão identificados nas unidades hospitalares, para utilização exclusiva da central de regulação inter-hospitalar de urgências e emergências, conforme distribuição das grades de referência e pactuação nos planos de ação regional, partes integrantes da Rede de Atenção de Urgência e Emergência.
Estão CORRETAS
A prática médica é exercida e substanciada por princípios fundamentais, dentre estes, no que tange à autonomia, beneficência e não maleficência do paciente, e dever do médico, se destacam respectivamente:
I- A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. E o alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
II- O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e integridade.
III- O médico guardará sigilo a respeito das informações de que detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em lei. E, no processo de tomada de decisões profissionais, de acordo com seus ditames de consciência e as previsões legais, o médico aceitará as escolhas de seus pacientes, relativas aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas.
IV- Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os cuidados paliativos apropriados.
V- Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o médico agirá com isenção e independência, visando ao maior benefício para os pacientes e a sociedade. E, sempre que participar de pesquisas envolvendo seres humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da pesquisa.
Portanto, estão CORRETOS
Acerca do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro pode-se afirmar:
I- O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o Sistema Único de Saúde (SUS).
II- Estão incluídas as instituições públicas federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e produção de insumos, medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e de equipamentos para saúde.
III- A iniciativa privada poderá participar do Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.
IV- Estão incluídas obrigatoriamente Instituições Filantrópicas de Saúde, por força da Lei 8080/1990.
Dentre as afirmações supra, estão CORRETAS