Etarismo, o preconceito contra os idosos
No Brasil, o preconceito contra os idosos, chamado
de “etarismo”, ainda é um mal muito latente nos dias de
hoje. Advindo de estereótipos que fazem parte da
construção da sociedade, os preconceitos referem-se à
saúde, à capacidade e ao empenho, à idade, à fragilidade,
entre outros.
Algumas crenças fortalecem esses preconceitos, já
que versam sobre premissas que não são verdadeiras, como:
os idosos não podem trabalhar; as pessoas mais velhas são
todas iguais e têm saúde debilitada; os idosos são frágeis;
não conseguem resolver suas necessidades básicas; os mais
velhos nada têm a contribuir; eles são um ônus econômico
para a sociedade. Alguns desses juízos evidenciam uma
discriminação a priori por parte da sociedade em relação aos
idosos.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) apontam que no Brasil 13% da população
tem mais de 60 anos, sendo que a partir de 2031 haverá
mais idosos do que crianças e adolescentes, e em 2042 essa
população alcançará o número de 57 milhões de brasileiros.
Esses números apontam a necessidade de olharmos
para a velhice cada vez de modo mais positivo e real,
valorizando todas as vantagens que esse período da vida traz
para todos, seja por conta de maior conhecimento sobre a
vida. É oportuno lembrar que a população idosa é
heterogênea e que quando falamos de idoso, saber de qual
idoso estamos tratando.
O estereótipo de que a idade é um empecilho afeta
consideravelmente a vida das pessoas, fazendo com que elas
sofram e se afastem do convívio social, ficando mais
deprimidas e deixando até mesmo de cuidar de sua saúde.
Com o intuito de combater o preconceito contra os
idosos, lembramos que o Estatuto do Idoso, definido pela Lei
Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, prevê uma
série de normas com vistas à proteção e à defesa dos
direitos da pessoa idosa.
Uma das formas mais adequadas de combater o
etarismo é disseminar informações pertinentes ao tema, a
fim de oportunizar que a população de maneira geral tenha
conhecimento sobre a velhice.
Negar o envelhecimento de outras pessoas,
discriminando-as por isso, é negar a própria vida, pois todos
seguirão pelo mesmo caminho — o do envelhecimento que,
aliás, é um privilégio.
(Fonte: SBGG — adaptado.)