Quando começa o verão em 2023 no Brasil?
As temperaturas recordes das últimas semanas
podem ter confundido muitos brasileiros. Apesar de a
recente onda de calor ter dado uma palinha da próxima
estação, é a primavera que permanece ativa no hemisfério
sul. Em 2023, o verão começa no fim de dezembro.
Em termos exatos, o início da estação será no dia 22
de dezembro, à 00h27 (horário de Brasília), e termina em 20
de março de 2024, à 00h06, data de início do outono.
A precisão do horário não é um mero detalhe. O
marco é resultado de cálculos matemáticos feitos por
especialistas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências
Atmosféricas da USP (IAG/USP).
A depender da inclinação do eixo de rotação da Terra,
uma estação diferente se estabelece em cada hemisfério.
Como o cálculo considera o tempo de rotação do planeta ao
redor do sol — que dura, em média, 365 dias, 5 horas e 45
minutos —, há pequenas diferenças entre um ano e outro.
São elas as responsáveis pelos minutos quebrados.
Segundo a MetSul Meteorologia, a estação será
marcada por altas temperaturas na maior parte do Brasil,
principalmente entre janeiro e março de 2024. “Com menos
chuva, o centro do país e áreas do Norte e do Nordeste
podem notar que o clima estará mais quente do que o
habitual”, afirmam.
Apesar da previsão de calor, os especialistas não
esperam que os termômetros atinjam picos similares aos da
primavera de 2023 no Centro-Oeste e em São Paulo e Minas
Gerais. Por outro lado, há previsão de novas temperaturas
recorde no Rio de Janeiro e no sul do país, principalmente
no Rio Grande do Sul.
Sob influência do fenômeno El Niño — que seguirá
ativo até abril de 2024 —, nos próximos meses, os dias
devem ser abafados e as noites, quentes. Há previsão de
chuvas, mas elas podem não ser suficientes para suprir as
demandas da safra de verão, alerta Desirée Brandt,
meteorologista da Nottus.
Além disso, novas ondas de calor podem atingir o país
até março de 2024. O meteorologista Celso Oliveira
esclarece que as águas de todos os oceanos, e não apenas
do Pacífico, estão mais quentes. “A tendência é que a
frequência e intensidade desses fenômenos aumente”, diz.
(Fonte: Globo Rural — adaptado.)