Questões de Concurso Para prefeitura de pitangueiras - sp

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Q2447076 Português
Chuva


     Houve um prefeito, paisano e sem imaginação, que resolveu acabar com as inundações do Rio. Foi o engenheiro João Carlos Vital, cujo breve reinado se perde, na série imensa dos prefeitos, entre um calvo general atrabiliário que construiu o Maracanã e um bravo coronel do P.T.B. que ali recebeu a mais estrondosa das manifestações.

     Vital foi um Frontin às avessas, e conseguiu livrar o Rio do excesso de água com esta providência original: mandou desentupir os bueiros. Nunca ninguém se lembrara disso antes; e depois, como se viu no dia de ontem, nunca ninguém voltou a se lembrar. Tivemos ruas, praças e amplas avenidas transformadas em córregos, lagoas e rios. Foi a bela resposta do coronel à populaça que no estádio lhe gritava: água, água! “Pois tomem água”! – Disse ele.

          Eu tive pena foi de sair de casa calçado e, além disso, com 30 anos de idade mais do que o conveniente. Descalço e menino, faria o que os meninos descalços eu vi fazendo: entraria na enchente, patinaria na lama, soltaria na esquina meus barcos de papel, e me divertiria imenso com a aflição da gente grande a empilhar trastes e móveis no andar térreo e a buzinar nervosamente atrás de um carro de capota levantada e distribuidor enlameado.

       A infância pobre do Rio, sempre esquecida, teve ontem um lindo dia de folga e festa: desculpa para não ir à escola e divertimentos animados na grande alegria das enxurradas.

       Quando a infância ri, Deus está contente. O telhado de minha mansarda amanheceu limpinho, e as árvores da rua engordaram de verde, pingando alegria, muito gratas ao senhor prefeito. Os chauffeurs de táxi tungaram alegremente seus passageiros; não é à toa que esses marotos gostam de ter, no quadro do carro, a imagem de São Cristóvão carregando o menino Jesus no ombro durante uma enchente.

          Salve, portanto, a chuva, amiga das crianças, da lavoura e dos motoristas. Cheguei em casa de pés molhados, mas um gole de pisco, lembrança do Peru, me esquentou os pés e a alma. Para dizer a verdade, foi um gole para os pés e outro para a alma; e para dizer toda a verdade, houve mais um de lambuja. Haja pisco; motivos para beber não hão de faltar neste país sempre desgovernado e às vezes, graças a Deus, chuvoso.


(BRAGA, Rubem. Dois pinheiros e o mar: e outras crônicas sobre meio ambiente. Brasil, Global Editora, 2017.)
Ao comparar João Carlos Vital com o também político Paulo de Frontin, o autor afirma que “Vital foi um Frontin às avessas, e conseguiu livrar o Rio do excesso de água [...]” (2º§). O emprego da expressão sublinhada, bem como das informações dispostas no trecho sugere ao leitor que Frontin foi um prefeito conhecido por:
Alternativas
Q2447075 Português
Chuva


     Houve um prefeito, paisano e sem imaginação, que resolveu acabar com as inundações do Rio. Foi o engenheiro João Carlos Vital, cujo breve reinado se perde, na série imensa dos prefeitos, entre um calvo general atrabiliário que construiu o Maracanã e um bravo coronel do P.T.B. que ali recebeu a mais estrondosa das manifestações.

     Vital foi um Frontin às avessas, e conseguiu livrar o Rio do excesso de água com esta providência original: mandou desentupir os bueiros. Nunca ninguém se lembrara disso antes; e depois, como se viu no dia de ontem, nunca ninguém voltou a se lembrar. Tivemos ruas, praças e amplas avenidas transformadas em córregos, lagoas e rios. Foi a bela resposta do coronel à populaça que no estádio lhe gritava: água, água! “Pois tomem água”! – Disse ele.

          Eu tive pena foi de sair de casa calçado e, além disso, com 30 anos de idade mais do que o conveniente. Descalço e menino, faria o que os meninos descalços eu vi fazendo: entraria na enchente, patinaria na lama, soltaria na esquina meus barcos de papel, e me divertiria imenso com a aflição da gente grande a empilhar trastes e móveis no andar térreo e a buzinar nervosamente atrás de um carro de capota levantada e distribuidor enlameado.

       A infância pobre do Rio, sempre esquecida, teve ontem um lindo dia de folga e festa: desculpa para não ir à escola e divertimentos animados na grande alegria das enxurradas.

       Quando a infância ri, Deus está contente. O telhado de minha mansarda amanheceu limpinho, e as árvores da rua engordaram de verde, pingando alegria, muito gratas ao senhor prefeito. Os chauffeurs de táxi tungaram alegremente seus passageiros; não é à toa que esses marotos gostam de ter, no quadro do carro, a imagem de São Cristóvão carregando o menino Jesus no ombro durante uma enchente.

          Salve, portanto, a chuva, amiga das crianças, da lavoura e dos motoristas. Cheguei em casa de pés molhados, mas um gole de pisco, lembrança do Peru, me esquentou os pés e a alma. Para dizer a verdade, foi um gole para os pés e outro para a alma; e para dizer toda a verdade, houve mais um de lambuja. Haja pisco; motivos para beber não hão de faltar neste país sempre desgovernado e às vezes, graças a Deus, chuvoso.


(BRAGA, Rubem. Dois pinheiros e o mar: e outras crônicas sobre meio ambiente. Brasil, Global Editora, 2017.)
O autor inicia a crônica com a descrição de uma ação do ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro, João Carlos Vital, voltada para o controle de inundações. Já no início, o político é descrito como “[...] paisano e sem imaginação, [...]” (1º§). Considerando a seguinte comparação de João Carlos Vital com os outros prefeitos e o contexto em que o excerto está inserido, é correto afirmar que o termo sublinhado foi usado no texto para designar alguém que:
Alternativas
Q2446374 Pedagogia
De acordo com Gulinelli (2008 p. 9), “a atividade lúdica é um fator muito importante para o desenvolvimento da criança. Por meio dela, podemos tornar a aprendizagem mais prazerosa (...)”. Sobre o exposto e, ainda, considerando a ludicidade na sala de aula, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Por meio do lúdico há o desenvolvimento das competências de aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer e aprender a fazer.

( ) A introdução da ludicidade no âmbito educacional é de muita relevância, pois ela é uma ferramenta pedagógica que auxilia na mediação do processo de ensino aprendizagem.

( ) O jogo corrobora com a identidade do grupo social; entretanto, não tem uma contribuição para estimular a solidariedade e a coesão do grupo, afetando os sentimentos de comunidade.


( ) A prática pedagógica, através da ludicidade, proporciona o desenvolvimento de atividades que estimulem o raciocínio lógico, a criatividade e o crescimento pedagógico de forma mais significativa.


A sequência está correta em 
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Q2446373 Pedagogia
Os pesquisadores dessa área do conhecimento, a linguística, costumam dividir a linguagem em dois grandes grupos: verbal e não verbal. Saber reconhecer e utilizar essa importante ferramenta, seja na modalidade que for, é extremamente importante para que possamos realizar atos comunicativos eficientes.

(Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/Adaptado.)


Trata-se de um exemplo de linguagem não-verbal que o professor pode trabalhar em sala de aula: 
Alternativas
Q2446372 Pedagogia
Para Emília Ferreiro, a alfabetização das crianças não provém de métodos de como ensinar a ler e a escrever; mas,sim, de como as crianças aprendem, elas “(re)constroem o conhecimento sobre a língua escrita por meio de hipóteses que formulam para compreender o funcionamento desse objeto de conhecimento”.

(MELLO, 2015, p. 272.)


Observe a imagem, a seguir, e assinale qual das hipóteses ela representa.



Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Respostas
126: A
127: A
128: A
129: D
130: B