Questões de Concurso Para inca

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Q712357 Português

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa...” (§ 6) A concordância do verbo com o sujeito composto, em regra, é feita com o verbo no plural, como na oração acima. Das orações a seguir, aquela em que há erro de concordância, pois o verbo destacado só pode ser expresso no singular, é:
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Q712356 Português

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira...” (§ 5) A vírgula empregada no período acima justifica-se pela mesma regra que justifica a vírgula empregada em:
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Q712355 Português

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

“... caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.” (§ 5) No fragmento acima ocorre a seguinte figura de linguagem:
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Q712354 Português

                                                              O suor e a lágrima


     Fazia calor no Rio, 40 graus e qualquer coisa, quase 41. No dia seguinte, os jornais diriam que fora o mais quente deste verão que inaugura o século e o milênio. Cheguei ao Santos Dumont, o voo estava atrasado, decidi engraxar os sapatos. Pelo menos aqui no Rio, são raros esses engraxates, só existem nos aeroportos e em poucos lugares avulsos.

     Sentei-me naquela espécie de cadeira canônica, de coro de abadia pobre, que também pode parecer o trono de um rei desolado de um reino desolante.

     O engraxate era gordo e estava com calor – o que me pareceu óbvio. Elogiou meus sapatos, cromo italiano, fabricante ilustre, os Rosseti. Uso-o pouco, em parte para poupá-lo, em parte porque quando posso estou sempre de tênis.

     Ofereceu-me o jornal que eu já havia lido e começou seu ofício. Meio careca, o suor encharcou-lhe a testa e a calva. Pegou aquele paninho que dá brilho final nos sapatos e com ele enxugou o próprio suor, que era abundante.

     Com o mesmo pano, executou com maestria aqueles movimentos rápidos em torno da biqueira, mas a todo instante o usava para enxugar-se – caso contrário, o suor inundaria o meu cromo italiano.

     E foi assim que a testa e a calva do valente filho do povo ficaram manchadas de graxa e o meu sapato adquiriu um brilho de espelho à custa do suor alheio. Nunca tive sapatos tão brilhantes, tão dignamente suados.

     Na hora de pagar, alegando não ter nota menor, deixei-lhe um troco generoso. Ele me olhou espantado, retribuiu a gorjeta me desejando em dobro tudo o que eu viesse a precisar nos restos dos meus dias.

     Saí daquela cadeira com um baita sentimento de culpa. Que diabo, meus sapatos não estavam tão sujos assim; por míseros tostões, fizera um filho do povo suar para ganhar seu pão. Olhei meus sapatos e tive vergonha daquele brilho humano, salgado como lágrima.

(CONY, Carlos Heitor. O suor e a lágrima. Folha de S. Paulo. Primeiro Caderno. Opinião.A2. 19 fev. 2001.) 

A respeito do texto, são feitas as seguintes afirmações: I. A decisão do enunciador de engraxar os sapatos decorreu de atraso em voo que tomaria no aeroporto Santos Dumont, do Rio de Janeiro, atraso que aconteceu em consequência do calor de quase 41 graus. II. Acadeira do engraxate tinha a aparência tanto de cadeira de igreja de monges que vivem na simplicidade, quanto de assento de soberano abatido pela tristeza. III. Como o engraxate fosse gordo, obviamente sentia muito calor, mas não deixou de elogiar os sapatos do freguês, sabendo que se tratava de cromo italiano, fabricado pelo ilustre Rosseti. IV. Após oferecer o jornal ao freguês, o engraxate iniciou seu trabalho, mas, conquanto fizesse muito esforço, começou a transpirar, fato que o levou a usar o pano, com que dava o brilho final, para enxugar o suor abundante na testa e na calva. V. Por estar o engraxate usando o mesmo pano para limpar o suor e dar brilho ao sapato, não só a testa e a calva dele ficaram manchadas de graxa, como também o sapato do freguês adquiriu um brilho de espelho. VI. Como o engraxate alegasse não ter nota menor para dar o troco, o freguês deixou-lhe uma gorjeta abundante, fato que levou aquele a surpreender-se e desejar que este recebesse em dobro tudo aquilo de que viesse a precisar enquanto fosse vivo. VII. A circunstância de ter obtido o brilho dos sapatos com o sacrifício do suor do engraxate levou o enunciador a levantar-se da cadeira com sentimento de culpa, a ponto de ter vergonha do brilho dos sapatos. Das afirmações acima, estão de acordo com o texto apenas:
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Q468097 Administração Geral
A análise intraorganizacional e a análise ambiental são dois dos principais enfoques da teoria administrativa:
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Q468096 Direito Sanitário
Após as fases que demonstram a trajetória das políticas de saúde, observa-se uma fase complementar que busca a sistematização das demais. Nessa fase, destaca-se o(a):
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Q468095 Administração Geral
Mintzberg identifica alguns papéis específicos do administrador, dividindo-os em três categorias: interpessoal, informacional e decisorial. Representar os interesses da organização em negociações com sindicatos, em vendas, compras ou financiamentos é uma atividade de:
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Q468094 Gerência de Projetos
Os projetos que buscam conhecer algo na realidade são denominados:
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Q468093 Direito Sanitário
Em linhas gerais, o processo de planejamento em saúde consiste em definir os procedimentos de avaliação que permitirão o monitoramento:
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Q468092 Direito Sanitário
O dever do Estado é garantir a saúde com formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos, para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Esse dever exemplifica o seguinte princípio do SUS:
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Q468091 Gerência de Projetos
O monitoramento é uma atividade que diz respeito ao processo de:
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Q468090 Gerência de Projetos
Os objetivos quantificados são denominados:
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Q468089 Psicologia
Um processo que irá orientar uma mudança ou transformação de uma realidade, podendo ser estrutural ou situacional, denomina-se projeto:
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Q468088 Direito Sanitário
Na primeira fase da trajetória das políticas de saúde no Brasil (1974-1979), destacou-se:
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Q468087 Direito Sanitário
Um dos marcos da Emenda Constitucional n°29 foi a determinação clara de que os recursos da saúde sejam aplicados apenas em:
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Q468086 Administração Geral
A ênfase nos princípios gerais de administração é uma característica da teoria:
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Q468085 Gerência de Projetos
A menor atividade de uma estratégia de intervenção de um projeto é o(a):
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Q468084 Direito Sanitário
A intenção da NOB/SUS 01/96 é fortalecer a implantação de quais programas?
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Q468083 Administração Geral
A atividade de planejamento pode ser dividida em dimensões. A definição da condução desse processo e a sua determinação no espaço da política organizacional estão na dimensão:
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Q468082 Gerência de Projetos
Projetos são guias ou mapas de algo que se pretende realizar. Os projetos:
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Respostas
561: C
562: E
563: A
564: D
565: A
566: D
567: E
568: B
569: A
570: C
571: E
572: B
573: A
574: D
575: C
576: B
577: A
578: B
579: C
580: B