Questões de Concurso
Para if-al
Foram encontradas 716 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Um apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Por que lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
[...]
– Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
(Machado de Assis)
Sobre a compreensão do texto,
I. Somente há trechos que revelam a linha e a agulha como objetos de costura.
II. Como a agulha e a linha são tratadas no seu sentido próprio, não se pode dizer que o texto tem um caráter metafórico.
III. De acordo com o texto, linha e agulha desempenham igualmente funções importantes.
IV. Agulha e linha guardam traços humanos ao mesmo tempo que apresentam a dimensão de objetos.
assinale a opção que apresenta uma análise correta das proposições acima.
Um apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Por que lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
[...]
– Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
(Machado de Assis)
Um apólogo
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?
– Deixe-me, senhora.
– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Por que lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
– Mas você é orgulhosa.
– Decerto que sou.
– Mas por quê?
– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?
– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando...
– Também os batedores vão adiante do imperador.
– Você é imperador?
– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
[...]
– Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:– Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
(Machado de Assis)
Dadas as afirmações seguintes sobre o texto,
I. É possível afirmar que a agulha e a linha são figuras que servem para tematizar a igualdade de oportunidades entre as pessoas em diferentes relações sociais (patrão/empregado, marido/mulher...).
II. O uso da metáfora no texto torna-o extremamente expressivo, porque associa traços dos objetos a comportamentos ou ações humanas.
III. A agulha, a linha e o professor de melancolia representam pessoas que recebem a devida recompensa após o exercício de seu trabalho.
IV. No texto, a linha é comparada aos batedores do imperador porque são as pessoas que se esforçam para preparar o caminho para os outros.
verifica-se que
Marque a opção que preenche corretamente as lacunas das seguintes frases.
I. Após comprovar embriaguez ao volante, o delegado decretou prisão em _________.
II. Logo em seguida, o advogado apresentou _________ de segurança.
III. Sem a menor _________, o acusado _________ todas as normas de respeito à autoridade judicial e comprometeu a _________ de conciliação.
Dadas as afirmativas seguintes sobre o texto abaixo,
“[...] Esse espaço ligado ao culto funerário, essa cidade-pirâmide, não é silenciosa. Ecoa o barulho incessante dos canteiros de obras, além das vozes dos trabalhadores e dos serviços de reparação. As idas e vindas dos sacerdotes, responsáveis pelo culto funerário, e seus empregados, artesãos, criados ou camponeses, fazem desse local dedicado aos mortos um universo bem vivo”
(Larousse das Civilizações Antigas, 2006).
I. O adjetivo “incessante” (2ª linha) pode ser substituído, sem prejuízo de sentido, pelo adjetivo “intenso”.
II. Uma das funções dos pronomes demonstrativos presentes no texto, assim como dos pronomes possessivos, é retomar expressões ou trecho anteriores para garantir a unidade e progressão do tema no texto.
III. A palavra “Ecoa” é um verbo na primeira pessoa do presente do indicativo.
IV. A palavra “pirâmide”, no texto, é um substantivo.
verifica-se que são verdadeiras
Identifique, entre as opções apresentadas, a função dos dois-pontos no texto abaixo.
“O arquiteto egípcio imagina um edifício em degraus que se ergue em direção ao céu, buscando simbolizar a divindade do rei e seu voo para um destino celestial: é para construir uma morada na eternidade que inventa a pirâmide”
(Trecho adaptado
de Larousse das Civilizações Antigas, 2006).
Verifique os enunciados abaixo e marque a opção em que o uso das formas verbais é inadequado, de acordo com a norma da escrita padrão.
I. Uma comissão do Congresso Nacional ameaçou intervir se o presidente ir embora sem sancionar a lei que regulamenta o uso de telefones celulares em repartições públicas.
II. Os indígenas brasileiros mantiam, entre seus costumes e tradições, o hábito de banharem-se várias vezes ao dia.
III. Desde que fui aprovado no concurso, não caibo mais em mim de tanta felicidade.
IV. Se desfizesses o mal-entendido, tudo voltaria à paz de antes.
V. Quando prevermos o futuro, teremos condições de nos
precavermos das tragédias naturais.
Quanto à classificação dos pronomes, marque a opção cujas frases apresentam pronomes demonstrativos.
I. Isto aqui está bem diferente agora.
II. Quero morar em uma cidade onde eu possa ter o mínimo de segurança.
III. O que sair por último apagará o quadro.
IV. Precisamos entender melhor tudo o que os nossos pais nos ensinaram.
V. Comprei um livro que tem umas histórias bem
interessantes.
Texto 1
“Crônica tem esta vantagem: não obriga ao paletó-e-gravata do editorialista, forçado a definir uma posição correta diante dos grandes problemas; não exige de quem o faz o nervosismo saltitante do repórter, responsável pela apuração do fato na hora mesma em que ele acontece; dispensa a especialização suada em economia, finanças, política nacional e internacional, esporte, religião e o mais que imaginar se possa. Sei bem que existem o cronista político, o esportivo, o religioso, o econômico etc., mas a crônica de que estou falando é aquela que não precisa entender de nada ao falar de tudo. Não se exige do cronista geral a informação ou o comentário precisos que cobramos dos outros. O que lhe pedimos é uma espécie de loucura mansa, que desenvolva determinado ponto de vista não ortodoxo e não trivial, e desperte em nós a inclinação para o jogo da fantasia, o absurdo e a vadiação de espírito. Claro que ele deve ser um cara confiável, ainda na divagação. Não se compreende, ou não compreendo, cronista faccioso, que sirva a interesse pessoal, ou de grupo, porque a crônica é território livre da imaginação, empenhada em circular entre os acontecimentos do dia, sem procurar influir neles. Fazer mais do que isto seria pretensão descabida de sua parte. Ele sabe que seu prazo de atuação é limitado: minutos no café da manhã ou à espera do coletivo”.
(Carlos Drummond de Andrade - "Ciao", in Shopping News - City
News)
Com base na compreensão e análise do texto 1, responda a questão.
No excerto do texto: “Crônica tem esta vantagem: não
obriga ao paletó-e-gravata do editorialista, forçado a definir
uma posição correta diante dos grandes problemas; não
exige de quem o faz o nervosismo saltitante do repórter,
responsável pela apuração do fato na hora mesma em que
ele acontece; dispensa a especialização suada em
economia, finanças, política nacional e internacional,
esporte, religião e o mais que imaginar se possa”., o uso do
ponto-e-vírgula se justifica para
I. O conjunto formado por cadeiras, mesas e máquinas de somar, poderia ser registrado em uma única conta, que teria por nome Móveis e Utensílios.
II. O conjunto de pequenas despesas, sem necessidade de discriminação, receberia o nome de Despesas Diversas ou Despesas Gerais.
III. Diversos valores a receber, sem necessidades de representação isolada, poderiam ser registrados na conta Valores a Receber ou Contas a Receber.
IV. Diversos valores a pagar, sem necessidade de representação isolada, poderiam ser registrados na conta Valores a Receber ou Contas a Pagar.
são verdadeiras.
I. Com base no Princípio da Periodicidade, o orçamento deve ter vigência limitada a um período anual.
II. O Princípio da Publicidade aborda sobre a arrecadação de receitas, como a de tributos, que vem a ser a principal fonte de arrecadação do Estado, considerando que deve ser realizada de acordo com o disposto em lei.
III. Para o Princípio do Equilíbrio, as leis devem ser publicadas no meio oficial de comunicação.
IV. O princípio da Unidade estabelece que todas as receitas e despesas devem estar contidas numa só lei orçamentária.
verifica-se que somente são verdadeiras.
Lançamento = Pagamento de duplicata com desconto.
Esse lançamento é um Fato Modificativo. Identifique as características desse lançamento e indique qual a fórmula do lançamento no Livro Diário.