Questões de Concurso
Para dpe-rj
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Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396767
Programação
Considere o código escrito na linguagem C# mostrado a seguir
using System.IO; using System;
public class Veiculo { public virtual void mover() { Console.Write("Movendo"); } } public class Automovel:Veiculo { public override void mover() { Console.Write("Acelerando"); } } public class Fusca:Automovel { public override void mover() { Console.Write ("Passeando"); } } class Program { static void Main() { Veiculo veiculo = new Fusca(); veiculo.mover(); } }
O resultado produzido pela execução desse código é :
using System.IO; using System;
public class Veiculo { public virtual void mover() { Console.Write("Movendo"); } } public class Automovel:Veiculo { public override void mover() { Console.Write("Acelerando"); } } public class Fusca:Automovel { public override void mover() { Console.Write ("Passeando"); } } class Program { static void Main() { Veiculo veiculo = new Fusca(); veiculo.mover(); } }
O resultado produzido pela execução desse código é :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396766
Programação
Na linguagem C#, a forma correta para inicializar um array de inteiros de cinco posições, com os números de 1 até 5 é
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396765
Programação
Um desenvolvedor PHP empregou o operador “*” com uma string e um número inteiro como operandos, como visto no código a seguir.
< ?php
$a = 2 ;
$b = "3" ;
$total = $a * $b;
echo($total);
?>
O resultado obtido na operação foi
< ?php
$a = 2 ;
$b = "3" ;
$total = $a * $b;
echo($total);
?>
O resultado obtido na operação foi
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396764
Programação
Um programador tentou implementar o algoritmo de ordenação da bolha (bubble sort) utilizando a linguagem de programação PHP, mas produziu um código incorreto, mostrado a seguir.
<?php $nomes = array("Maria", "Aline", "Bianca"); $ordenado = false;
while(!$ordenado) { $ordenado = true; for( $i = 0; $i < count($nomes)-1; $i++) { if($nomes[$i] > $nomes[$i + 1]) { $nomes[$i] = $nomes[$i + 1]; $nomes[$i + 1] = $nomes[$i]; $ordenado = false; } } } ?>
Em vez de obter os nomes contidos no vetor $nomes ordenados alfabeticamente, em ordem crescente, a disposição final dos nomes no referido vetor foi, a partir da posição zero
<?php $nomes = array("Maria", "Aline", "Bianca"); $ordenado = false;
while(!$ordenado) { $ordenado = true; for( $i = 0; $i < count($nomes)-1; $i++) { if($nomes[$i] > $nomes[$i + 1]) { $nomes[$i] = $nomes[$i + 1]; $nomes[$i + 1] = $nomes[$i]; $ordenado = false; } } } ?>
Em vez de obter os nomes contidos no vetor $nomes ordenados alfabeticamente, em ordem crescente, a disposição final dos nomes no referido vetor foi, a partir da posição zero
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396763
Engenharia de Software
Testes unitários são amplamente empregados no desenvolvimento de software. Sua função principal é :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396762
Segurança da Informação
Considere que uma equipe esteja trabalhando num software web com severas restrições de segurança. Além dos desenvolvedores e analistas, essa equipe conta com profissionais especialistas em segurança que têm, entre outras atribuições, a responsabilidade de realizar a revisão dos códigos a fim de evitar vulnerabilidades. Se durante a etapa de desenvolvimento um revisor da equipe de segurança detectar uma vulnerabilidade, é sua responsabilidade.
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396761
Arquitetura de Software
A arquitetura orientada a serviço (SOA) estabelece um princípio de arquitetura para aplicações distribuídas que fornecem serviços que atendem uma função especifica do negocio. Fred, desenvolvedor de software, começou a implementar sua primeira aplicação adotando SOA. Fred empregará adequadamente os princípios da arquitetura orientada a serviços se :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396760
Arquitetura de Software
José adotou uma arquitetura orientada a serviços (SOA) para desenvolver uma aplicação e disponibilizar suas funcionalidades como serviços interoperáveis e reutilizáveis. Para que as funcionalidades da aplicação estejam de acordo com o paradigma SOA, José deve:
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396759
Arquitetura de Software
As mensagens SOAP encapsuladas pelo HTTP podem passar por Firewalls de rede sem qualquer contestação, pois na maioria dos Firewalls a porta 80 (padrão do HTTP) é liberada. Uma abordagem para encapsular mensagem SOAP, sem a utilização de um protocolo padrão da Internet estaria sujeita .
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396758
Arquitetura de Software
Na empresa onde João trabalha, as mensagens SOAP são enviadas por intermédio do protocolo HTTP. Essa abordagem permite que o protocolo SOAP seja beneficiado pela :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396757
Arquitetura de Software
O Instituto Nacional do Clima (INC) utilizará uma biblioteca de simulações de clima fabricada por uma empresa americana. Porém, após a aquisição, percebeu-se que as interfaces disponibilizadas pelas classes dessa biblioteca são incompatíveis com as interfaces das classes de outros sistemas do INC. A maneira correta de contornar esse problema é a utilização do padrão de projetos .
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396756
Engenharia de Software
Maria participa de um projeto cujo objetivo é desenvolver em C# uma versão orientada a objetos de um software legado, e deseja criar um diagrama UML para definir os modelos das classes do sistema. Esse diagrama deve representar as estruturas dessas classes, determinando
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Prova:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
Q396755
Engenharia de Software
João está responsável pela proposta de arquitetura para um sistema. Para descrever as principais partes do sistema que será desenvolvido, ocultando as operações dessas partes e mostrando as interações entre elas por meio das interfaces disponibilizadas e das interfaces necessárias, João deve utilizar o diagrama de :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Gestão em Tecnologia da Informação |
Q396754
Engenharia de Software
Considere uma organização desenvolvedora de software que possua um processo de software composto das fases de Levantamento de Requisitos, Análise de Software, Projeto de Software, Codificação, Testes e Entrega do Software e tenha a cultura de estimar seus projetos utilizando Análise de Pontos por Função. Caso essa organização esteja interessada na criação de uma base de estimativas de seus projetos, a contagem de pontos por função seria mais indicada .
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Gestão em Tecnologia da Informação |
Q396753
Engenharia de Software
Uma organização está interessada em definir um processo para orientar a sua equipe de desenvolvimento a executar as atividades necessárias para a criação e disponibilização de novas versões do produto de software que é o carro-chefe da empresa. Esse processo precisa conter explicitamente as etapas comuns de um desenvolvimento de software (por exemplo, levantamento, análise, projeto, construção e testes) e, como o produto de software em questão tem um forte requisito de qualidade, é necessário que as atividades de garantia da qualidade sejam bem explícitas em relação às etapas e/ou documentos relacionados sendo avaliados.
Dentre as opções de modelos de ciclo de vida abaixo, o mais adequado a essa necessidade é :
Dentre as opções de modelos de ciclo de vida abaixo, o mais adequado a essa necessidade é :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Gestão em Tecnologia da Informação |
Q396751
Engenharia de Software
Uma das características da metodologia ágil Scrum é :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Segurança da Informação
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Suporte |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Rede de Computadores |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Administração de Dados |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Gestão em Tecnologia da Informação |
Q396750
Programação
O XML sintaticamente correto é:
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Administração
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Biblioteconomia |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Segurança da Informação |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Suporte |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Rede de Computadores |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Serviço Social |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Administração de Dados |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Ciências Contábeis |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Gestão em Tecnologia da Informação |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Economia |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Estatística |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia Civil |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia Elétrica |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Psicologia |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia de Agrimensura |
Q396747
Direito Administrativo
O tratamento constitucional dado em matéria de responsabilidade civil do Estado é no sentido de que:
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Administração
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia Civil |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia Elétrica |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Psicologia |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia de Agrimensura |
Q396746
Português
Texto associado
XÓPIS
Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.
As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.
(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)
Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.
As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.
(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)
Segundo o autor do texto, os “rolezinhos" são movimentos que :
Ano: 2014
Banca:
FGV
Órgão:
DPE-RJ
Provas:
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Administração
|
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Desenvolvimento de Sistemas |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Gestão em Tecnologia da Informação |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia Civil |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia Elétrica |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Psicologia |
FGV - 2014 - DPE-RJ - Técnico Superior Especializado - Engenharia de Agrimensura |
Q396742
Português
Texto associado
XÓPIS
Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.
As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.
(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)
Não foram os americanos que inventaram o shopping center. Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente. Mas foram os americanos que aperfeiçoaram a ideia de cidades fechadas e controladas, à prova de poluição, pedintes, automóveis, variações climáticas e todos os outros inconvenientes da rua. Cidades só de calçadas, onde nunca chove, neva ou venta, dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer - enfim, pequenos (ou enormes) templos de consumo e conforto. Os xópis são civilizações à parte, cuja existência e o sucesso dependem, acima de tudo, de não serem invadidas pelos males da rua.
Dentro dos xópis você pode lamentar a padronização de lojas e grifes, que são as mesmas em todos, e a sensação de estar num ambiente artificial, longe do mundo real, mas não pode deixar de reconhecer que, se a americanização do planeta teve seu lado bom, foi a criação desses bazares modernos, estes centros de conveniência com que o Primeiro Mundo - ou pelo menos uma ilusão de Primeiro Mundo - se espraia pelo mundo todo. Os xópis não são exclusivos, qualquer um pode entrar num xópi nem que seja só para fugir do calor ou flanar entre as suas vitrines, mas a apreensão causada por essas manifestações de massa nas suas calçadas protegidas, os rolezinhos, soa como privilégio ameaçado. De um jeito ou de outro, a invasão planejada de xópis tem algo de dessacralização. É a rua se infiltrando no falso Primeiro Mundo. A perigosa rua, que vai acabar estragando a ilusão.
As invasões podem ser passageiras ou podem descambar para violência e saques. Você pode considerar que elas são contra tudo que os templos de consumo representam ou pode vê-las como o ataque de outra civilização à parte, a da irmandade da internet, à civilização dos xópis. No caso seria o choque de duas potências parecidas, na medida em que as duas pertencem a um primeiro mundo de mentira que não tem muito a ver com a nossa realidade. O difícil seria escolher para qual das duas torcer. Eu ficaria com a mentira dos xópis.
(Veríssimo, O Globo, 26-01-2014.)
“Seus antecedentes diretos são as galerias de comércio de Leeds, na Inglaterra, e as passagens de Paris pelas quais flanava, encantado, o Walter Benjamin. Ou, se você quiser ir mais longe, os bazares do Oriente”.
Esse segmento do primeiro parágrafo mostra que o autor do texto .
Esse segmento do primeiro parágrafo mostra que o autor do texto .