As preparações temporárias permitem fazer a observação de células no seu meio normal de vida: água
salgada, água doce, soro fisiológico ou plasma sanguíneo, porém têm uma duração curta, isto porque pode
ocorrer evaporação de meio aquoso, acompanhada de um processo de degradação da célula –
decomposição – e autodestruição – autólise. Para preparações temporárias, aplicam-se diferentes técnicas,
de acordo com o material a ser utilizado. Quanto a essas técnicas, observe as descrições abaixo.
I O material a observar é colocado entre a lâmina e a lamínula: segurando a lamínula, com a ajuda de uma
agulha de dissecção, de modo que ela faça um ângulo de 45º com a lâmina, deixa-se cair lentamente. Esta
técnica pode ser considerada como um complemento de outras.
II Consiste em espalhar um fragmento de tecido ou de uma colônia sobre uma lâmina de vidro, o que provoca a
dissociação de alguns elementos celulares e a sua aderência ao vidro. Forma-se, assim, uma fina camada de
células, facilitando a observação. Este método é usado na observação de sangue e outros líquidos orgânicos,
em que se coloca uma gota do líquido sobre uma lâmina e, com a ajuda de uma outra lâmina ou lamínula, se
espalha bem. Depois de seco, o material pode ser corado e fixado.
III É usado nos casos em que existe uma aderência fraca entre as células do tecido a observar. Para visualizar
as células, basta colocar um pequeno fragmento do tecido entre a lâmina e a lamínula e fazer uma pequena
pressão com o polegar. Provoca-se, assim, um espalhamento das células, formando uma fina camada, que é
facilmente atravessada pela luz.
IV É mais complexa e frequentemente usada, consistindo na obtenção de finas camadas do material,
susceptíveis de serem atravessadas por raios luminosos.
As descrições I, II, III e IV referem-se, respectivamente, às técnicas