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Q2927177 Português

TEXTO I:

O Risadinha (I)

Seria melhor dizer que ele não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.

Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.

Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor: era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desafiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.

- Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-trói-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...

Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:

- Vagabundo, não, professor.

Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.

- Por que o senhorr não está na forma? – perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.

- É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.

- E por que senhorr não está mancando?

Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:

- Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.

(CAMPOS, Paulo Mendes. O Risadinha (I). In: Para gostar e ler – Volume 2 – Crônicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ática, p. 62-63.)

O vocativo é um termo independente de uma oração que serve para chamar, invocar. No texto “O Risadinha”, esse termo é identificado em

Alternativas
Q2927176 Português

TEXTO I:

O Risadinha (I)

Seria melhor dizer que ele não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.

Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.

Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor: era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desafiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.

- Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-trói-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...

Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:

- Vagabundo, não, professor.

Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.

- Por que o senhorr não está na forma? – perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.

- É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.

- E por que senhorr não está mancando?

Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:

- Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.

(CAMPOS, Paulo Mendes. O Risadinha (I). In: Para gostar e ler – Volume 2 – Crônicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ática, p. 62-63.)

“Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância (...)” – 1.° §

A redação clara de um texto depende da boa articulação de idéias e palavras. No período acima, o pronome demonstrativo este, um desses recursos de coesão, refere-se, especificamente, à seguinte ação praticada por Risadinha em sua infância:

Alternativas
Q2926636 Português

TEXTO I:

O Risadinha (I)

Seria melhor dizer que ele não teve infância. Mas não é verdade. Eu o conheci menino, trepando às árvores, armando alçapão para canários-da-terra, bodoqueando as rolinhas, rolando pneu velho pelas ruas, pegando traseira de bonde, chamando o professor Asdrúbal de Jaburu. Foi este último um dos mais divertidos e perigosos brinquedos da nossa infância: o velho corria atrás da gente brandindo a bengala, seus bastos bigodes amarelos fremindo sob as ventas vulcânicas.

Nestor, em suma, teve a meninice normal de um filho de funcionário público em nosso tempo, tempo incerto, pois os recursos da fazenda na província eram magros, e os pagamentos se atrasavam, enervando a população.

Seus companheiros talvez nem soubessem que se chamasse Nestor: era para todos o Risadinha. Falava pouco e ria muito, um riso de fato diminutivo, nascido de reservados solilóquios, quase sempre extemporâneo. Certa feita, na aula de francês, quando entoávamos em coro o presente do subjuntivo do verbo s`en aller, Risadinha pespegou uma bólide de papel bem na ponta do nariz do professor, que era muito branco, pedante a capricho e tinha o nome de Demóstenes. O rosto do mestre passou do pálido ao rubro das suas tremendas cóleras. Um dos seus prazeres, sendo-lhe vetado por lei castigar-nos com o bastão, era desafiar em cima do culpado uma série de insultos preciosos, que ele ia escandindo um por um, sem pressa e com ódio.

- Levante-se, seu Nestor! Sa-cri-pan-ta! Ne-gli-gen-te! Si-co-fan-ta! Tu-nan-te! Man-dri-ão! Ca-la-cei-ro! Pan-di-lha! Bil-tre! Tram-po-lei-ro! Bar-gan-te! Es-trói-na! Val-de-vi-nos! Va-ga-bun-do!...

Pegando a deixa da única palavra inteligível, Risadinha erguia o dedo no ar e protestava, com ar ofendido:

- Vagabundo, não, professor.

Era um artista do cinismo, e sua momice de inocência era de tal arte que até mesmo seu Demóstenes não conseguia conter o riso. Como também somente ele já arrancara uma gargalhada do padre-prefeito, um alemão da altura da catedral de Colônia, num dia em que vinha caminhando lento e distraído, fora de forma.

- Por que o senhorr não está na forma? – perguntou-lhe rosnando o padre, como se estivesse de promotor da Inquisição, diante de um herege horripilante.

- É porque estou com meu pezinho machucado, respondeu com doçura o Risadinha.

- E por que senhorr não está mancando?

Risadinha olhou com espanto para os seus próprios pés, começando a mancar vistosamente:

- Desculpe, seu padre, é porque eu tinha esquecido.

(CAMPOS, Paulo Mendes. O Risadinha (I). In: Para gostar e ler – Volume 2 – Crônicas. 7ª ed. Rio de Janeiro: Ática, p. 62-63.)

Tomando por base a tradicional divisão de gênero textual, pode-se afirmar que “O Risadinha” é um exemplo claro de texto

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925699 Medicina

José da Silva, professor do Instituto de Biologia, em um trabalho de campo, é mordido por uma serpente venenosa. As medidas a serem aplicadas, no local do acidente são:

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Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925697 Medicina

Durante uma experiência no laboratório de química orgânica, Raquel, técnica de laboratório, ingere acidentalmente, uma solução de hidrocarbonetos aromáticos. O tratamento imediato a ser aplicado é:

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925695 Medicina

Na questão anterior, a obrigatoriedade do fornecimento dos EPI´s é

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925693 Medicina

No que se refere à utilização de equipamentos de proteção individual, em experimentos em aulas práticas, é correto afirmar que devem ser indicados para

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925692 Medicina

Um trabalhador da prefeitura universitária, responsável pela manutenção do gerador, sofre acidente, com eletricidade de alta voltagem. No exame físico, primeiramente, devemos observar

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925691 Medicina

Rafael, 35 anos, trabalha há 15 anos na indústria de plástico. Relata que, há mais ou menos 6 anos, vem apresentando crises de asma. Perguntado se, na infância, teve a doença, a resposta foi negativa. Neste caso, o diagnóstico mais provável é

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925688 Medicina

Margarida, funcionária do ambulatório de química inorgânica, após realizar uma experiência fora da capela, num estudo com vidros, sentiu-se mal. Relatou dor abdominal, náuseas, tontura e hálito de alho. Neste caso, podemos dizer que a experiência continha o seguinte metal pesado:

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925687 Medicina

A comissão interna de prevenção de acidentes instituída pela norma reguladora 5 (NR-5), aprovada pela Portaria nº 3214 de 8/06/1978 do TEM, tem como principal objetivo a

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925686 Medicina

Na questão anterior, a perda auditiva é

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925685 Medicina

Rosinha, funcionária do restaurante universitário, onde trabalhou aproximadamente por 25 anos, procura o ambulatório, porque sua família lhe disse que ela não está ouvindo bem. O exame mais fidedigno neste caso é:

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925684 Medicina

O anexo 6 da NR-15 estabelece normas do trabalho sob condições hiperbáricas. Este pode ser

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925682 Medicina

Nos laboratórios de imagens onde trabalhadores estão expostos a radiações ionizantes, o controle dos funcionários deverá ser feito de acordo com

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925681 Medicina

Um trabalhador negro, 50 anos de idade, trabalha no almoxarifado central da empresa. O principal risco a que está exposto refere-se à

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925680 Medicina

Maria, 18 anos, vida sexual ativa, técnica de laboratório, procura o serviço médico da universidade, com queixa de amenorréia, há mais ou menos 8 dias. Na sua atividade diária, manuseia sais de lítio. A conduta que o médico do trabalho devera adotar é

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925679 Medicina

O serviço especializado em segurança e medicina do trabalho de uma empresa cuja atividade principal é a industria têxtil, tem um quantitativo de 2000 empregados. Portanto, deverá apresentar a seguinte composição:

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925678 Medicina

A definição...”é a que foi produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho em determinada atividade ” refere-se à

Alternativas
Ano: 2008 Banca: UFRRJ Órgão: UFRRJ Prova: UFRRJ - 2008 - UFRRJ - Médico do trabalho |
Q2925674 Medicina

A LER/DORTS é uma patologia responsável por um número considerado de afastamento dos postos de trabalho. Na definição do nexo causal, é muito importante uma

Alternativas
Respostas
161: C
162: B
163: D
164: E
165: B
166: B
167: C
168: A
169: A
170: D
171: B
172: B
173: E
174: A
175: B
176: D
177: E
178: A
179: E
180: B