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Q836305 Legislação Federal
Considerando as normas contidas na Lei nº 11.892/2008, em especial quanto à estrutura organizacional dos Institutos Federais, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
Q836304 Ética na Administração Pública
Considerando as normas do Decreto nº 1.171/1994 é vedado ao servidor público, exceto.
Alternativas
Q836298 Português

Texto II

    Apesar de todas as suas virtudes, a democracia não cria recursos 


O homem aprende com sua própria experiência e, se for sensato, com a experiência dos outros recolhida pela história. A democracia é a melhor forma de administração das sociedades e de resolução de seus conflitos, exatamente porque proporciona a oportunidade de ela errar e se corrigir por tentativa e erro.

Na democracia, o poder incumbente é substituído, em prazo fixo, por outro escolhido livremente pelo sufrágio universal estritamente controlado para impedir que o poder econômico elimine a "paridade de poder" entre o trabalho e o capital. É essa experiência, frequentemente custosa, que pode ser amenizada pela observação das experiências de outros países.

O pressuposto daquela "paridade" é que normalmente as sociedades tendem a perseguir um sistema no qual se quer conviver com três objetivos fundamentais: 1) a plena liberdade individual; 2) uma relativa igualdade de oportunidades que controla inclusive a transmissão exagerada de riqueza intergeracional; 3) um eficiente sistema produtivo.

As sociedades hoje desenvolvidas realizaram em certo grau esses três objetivos. A "malaise" que agora as acomete é uma abusiva acumulação de riqueza. Cada vez que ela ocorreu na história, terminou ou em uma revolução pacífica sob o controle de uma liderança segura (Solon, em Atenas, 594º B.C.) ou em guerras civis fratricidas que destroem tudo para tudo recomeçar igual…

Apesar de todas as suas virtudes, a democracia não cria recursos! Nem a democracia nem qualquer outro regime! Todos os sistemas são sujeitos a restrições físicas incontornáveis e que vão sendo expandidas à medida que se realiza o desenvolvimento econômico, isto é, o aumento da produtividade do trabalho.

O PIB numa economia fechada só pode ter dois usos: o consumo, que se dissipa na subsistência material e no investimento no capital humano (saúde, educação), e o aumento do estoque de capital físico, que promove o desenvolvimento. Se não houver uma harmonização cuidadosa entre os dois, o desenvolvimento murcha e, logo depois, murcha o consumo.

Pode parecer incrível, mas tais verdades aritméticas elementares foram sistematicamente ignoradas por alguns dos mais aplaudidos expositores na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Previdência do Senado! O "enrolation" que manifestaram com a maior indignação supõe recursos infinitos, independentemente da produtividade do trabalho! Mas é pior. É apenas uma manifestação do lamentável nível a que chegamos com a análise ideológica de nossos problemas econômicos e sociais que insiste em rejeitar as evidências empíricas… 


(NETTO, Antonio Delfim. Apesar de todas as suas virtudes, a democracia não cria recursos. Folha de S. Paulo. São Paulo, 31 de maio de 2017. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 6 jun 2017.)

Assinale a alternativa correta quanto à reescrita dos seguintes excertos do Texto II.
Alternativas
Q836297 Português

Texto II

    Apesar de todas as suas virtudes, a democracia não cria recursos 


O homem aprende com sua própria experiência e, se for sensato, com a experiência dos outros recolhida pela história. A democracia é a melhor forma de administração das sociedades e de resolução de seus conflitos, exatamente porque proporciona a oportunidade de ela errar e se corrigir por tentativa e erro.

Na democracia, o poder incumbente é substituído, em prazo fixo, por outro escolhido livremente pelo sufrágio universal estritamente controlado para impedir que o poder econômico elimine a "paridade de poder" entre o trabalho e o capital. É essa experiência, frequentemente custosa, que pode ser amenizada pela observação das experiências de outros países.

O pressuposto daquela "paridade" é que normalmente as sociedades tendem a perseguir um sistema no qual se quer conviver com três objetivos fundamentais: 1) a plena liberdade individual; 2) uma relativa igualdade de oportunidades que controla inclusive a transmissão exagerada de riqueza intergeracional; 3) um eficiente sistema produtivo.

As sociedades hoje desenvolvidas realizaram em certo grau esses três objetivos. A "malaise" que agora as acomete é uma abusiva acumulação de riqueza. Cada vez que ela ocorreu na história, terminou ou em uma revolução pacífica sob o controle de uma liderança segura (Solon, em Atenas, 594º B.C.) ou em guerras civis fratricidas que destroem tudo para tudo recomeçar igual…

Apesar de todas as suas virtudes, a democracia não cria recursos! Nem a democracia nem qualquer outro regime! Todos os sistemas são sujeitos a restrições físicas incontornáveis e que vão sendo expandidas à medida que se realiza o desenvolvimento econômico, isto é, o aumento da produtividade do trabalho.

O PIB numa economia fechada só pode ter dois usos: o consumo, que se dissipa na subsistência material e no investimento no capital humano (saúde, educação), e o aumento do estoque de capital físico, que promove o desenvolvimento. Se não houver uma harmonização cuidadosa entre os dois, o desenvolvimento murcha e, logo depois, murcha o consumo.

Pode parecer incrível, mas tais verdades aritméticas elementares foram sistematicamente ignoradas por alguns dos mais aplaudidos expositores na Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Previdência do Senado! O "enrolation" que manifestaram com a maior indignação supõe recursos infinitos, independentemente da produtividade do trabalho! Mas é pior. É apenas uma manifestação do lamentável nível a que chegamos com a análise ideológica de nossos problemas econômicos e sociais que insiste em rejeitar as evidências empíricas… 


(NETTO, Antonio Delfim. Apesar de todas as suas virtudes, a democracia não cria recursos. Folha de S. Paulo. São Paulo, 31 de maio de 2017. Disponível em: <www.folha.uol.com.br>. Acesso em: 6 jun 2017.)

Assinale a alternativa que está de acordo com as ideias do Texto II.
Alternativas
Q836296 Português

Texto I

                            O gigolô das palavras


Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa a revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então, vamos em frente. Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são indispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Certo? O importante é comunicar. (E quando possível, surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

Claro que não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo de escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem um mínimo de respeito.

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas? Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. 


VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 14-15. 

Um texto não é uma sequência de frases isoladas, mas uma unidade linguística (KOCH, 2005). Para que uma sequência de frases se torne um texto, alguns elementos ou fatores são imprescindíveis, tais como a coerência e a coesão. Sobre isso, marque a alternativa correta.


I. Coeso é o texto em que as partes estão interligadas pelo emprego de conectivos linguísticos adequados.

II. Coerência está diretamente ligada à possiblidade de estabelecer um sentido para o texto.

III. Um texto sem coesão é um texto incoerente, pois a coesão é condição única para se estabelecer a coerência.

IV. Coesão indica a relação, a ligação ou conexão entre as palavras, frases ou partes do texto.

V. O nosso conhecimento de mundo desempenha papel decisivo no estabelecimento da coesão.

Alternativas
Q836294 Português

Texto I

                            O gigolô das palavras


Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa a revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então, vamos em frente. Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são indispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Certo? O importante é comunicar. (E quando possível, surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

Claro que não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo de escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem um mínimo de respeito.

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas? Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. 


VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 14-15. 

Em relação aos significados produzidos pela sentença “Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção”, há um exemplo de:
Alternativas
Q836293 Português

Texto I

                            O gigolô das palavras


Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa a revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então, vamos em frente. Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são indispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Certo? O importante é comunicar. (E quando possível, surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

Claro que não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo de escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem um mínimo de respeito.

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas? Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. 


VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 14-15. 

Marque a alternativa correta com relação às regras de acentuação das palavras:


I. área, princípios, múmia, inocência, matéria são acentuadas porque são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

II. saída, escrúpulo, mínimo, português são acentuadas porque são proparoxítonas.

III. pé, gigolô, público, indispensável recebem acento por serem oxítonas.

IV. português, até, roubá-las, gigolô recebem acento porque são oxítonas terminadas em A, E e O.

V. saída é acentuada, pois o I é a única vogal na sílaba formando um hiato.

Alternativas
Q836290 Português

Texto I

                            O gigolô das palavras


Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da revisão! Culpa a revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então, vamos em frente. Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são indispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Certo? O importante é comunicar. (E quando possível, surpreender, iluminar, divertir, comover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática). A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.

Claro que não disse tudo isso para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em português. Mas – isto eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas a exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que os outros já fizeram com elas. Se bem que não tenha também o mínimo de escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem um mínimo de respeito.

Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas? Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda. 


VERÍSSIMO, Luís Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e Liberdade. 4. ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 14-15. 

No fragmento “Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com as suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar”, a que leis o autor se refere?
Alternativas
Q741407 Engenharia Agronômica (Agronomia)

Existem hoje várias modalidades de Coleções Zoológicas e, de acordo com as propostas oferecidas, podemos distinguir dois eixos principais: o científico, que se destina à produção de pesquisas taxonômicas como revisão de nomenclatura, registros de novas espécies e análises evolutivas, e o didático que é destinado ao ensino de Ciências e Biologia. Assim, dentre as propriedades que diferem essas coleções pode se construir as afirmações abaixo, onde:

I. Existem normas estabelecidas para a criação de um acervo de Coleções Zoológicas. Por exemplo, nem todo material zoológico é próprio para coleção científica, por eventualmente, não apresentar informações obrigatórias, como data e local de coleta, nome do coletor, entre outros.

II. As Coleções Didáticas podem ser mais facilmente formadas, uma vez que as amostras não precisam ser arquivadas com todas as informações a seu respeito.

III. A durabilidade do material é menor no acervo didático em relação ao acervo científico, devido ao constante manuseio, falta de alocação adequada e pouca informação a respeito dos métodos de conservação.

IV. As Coleções Zoológicas não só mantêm a história das espécies, como também podem ser utilizadas como fonte de pesquisa para especialistas e museus e alternativa de aprendizado.

V. Uma coleção zoológica apresenta uma pequena parte de nossa Biodiversidade que pode ser entendida como a diversidade dos seres vivos.

Assim, dentre as propriedades expostas acima, pode se afirmar que a alternativa que representa adequadamente as modalidades de Coleções Zoológicas são:

Alternativas
Q741406 Engenharia Agronômica (Agronomia)
Para o controle do Manejo Integrado de Pragas (MIP) foram criados alguns conceitos, a seguir.
1. Nível de Dano Econômico (NDE) é quando a densidade populacional de uma praga é capaz de causar um prejuízo (dano econômico) de igual valor ao seu custo de controle. 2. Nível de Ação ou de Controle (NA ou NC) pode ser considerado como a densidade populacional de uma praga em que devem ser tomadas as medidas de controle para que não causem danos econômicos. 3. No MIP, o profissional deverá realizar o acompanhamento da flutuação populacional de uma praga no decorrer do tempo e somente aplicar o controle quando essa densidade atingir um valor igual ou superior ao Nível de Ação ou de Controle para manter a densidade populacional do inseto no Ponto de Equilíbrio. 4. No manejo integrado de pragas, o conceito de Nível de Não-Ação (NNA) pode ser considerado como a densidade populacional dos inimigos naturais capaz de controlar a população da praga sem a intervenção humana.
Quanto aos conceitos expostos acima, pode-se considerar que estão corretos os conceitos dos Itens:
Alternativas
Q741405 Engenharia Agronômica (Agronomia)
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma filosofia de controle de pragas que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural, através do uso integrado de todas as técnicas de combate possíveis, selecionadas com base nos parâmetros econômicos, ecológicos e sociológicos, visando a manter a densidade populacional de um organismo abaixo do nível de dano econômico. A compreensão dos preceitos do MIP requer o conhecimento de alguns conceitos básicos, que são comumente usados por pesquisadores, técnicos e produtores que lidam com a entomologia. Tais preceitos seguem abaixo, exceto uma alternativa, qual?
Alternativas
Q741404 Biologia
Quanto às células, de um modo geral, encontram-se certas características que as tornam diferentes umas das outras. Algumas caraterísticas das células estão listadas abaixo, exceto uma característica, qual?
Alternativas
Q741403 Técnicas em Laboratório
Para se realizar a esterilização de um meio de cultura, com o objetivo de remover totalmente a capacidade reprodutiva de todos os microrganismos indesejáveis para uma determinada análise, deixando o meio de cultura propício somente para o objeto de estudo, SÃO EMPREGADAS ALGUMAS TÉCNICAS. Assim, observe as técnicas de esterilização listadas abaixo:
I. realizada aplicando-se calor úmido. II. realizada aplicando-se calor seco. III. irradiação a partir de raios gama. IV. irradiação a partir de raios raios-X. V. utilizar determinados compostos químicos em conjunto com soluções vaporizadas ou por filtração.
Assinale a alternativa que representa corretamente as técnicas de esterilização de um meio de cultura:
Alternativas
Q741402 Biologia
Dentre as preparações microscópicas de fungos fitopatogênicos mais utilizadas em fitopatologia, marque a alternativa que não se configura como técnica de preparação microscópica de fungos fitopatogênicos:
Alternativas
Q741401 Biologia
Nas preparações microscópicas de fungos fitopatogênicos, no preparo das lâminas empregam-se líquidos de montagem e estes, geralmente, contem em sua composição, elementos ou substâncias que conferem as propriedades de colorir esporos e outras estruturas do patógeno e/ou células e estruturas do tecido do hospedeiro e também possui a função de permitir:
Alternativas
Q741400 Biologia
O conhecimento da biodiversidade de uma determinada região para se formar uma coleção biológica passa por alguns estágios específicos. Assinale a alternativa que indica estes estágios específicos.
Alternativas
Q741399 Biologia
As coleções biológicas podem ser consideradas uma das mais importantes ferramentas para obtenção de informações sobre a composição, distribuição e conteúdo da biodiversidade em um determinado ambiente. Essas informações são essenciais para o desenvolvimento da pesquisa científica, para a modelagem ambiental, para subsidiar a tomada de decisões por parte do Poder Público em questões de ordenamento territorial, para definição de estratégias de conservação e de utilização dessa base de recursos do país. Quanto ao tema exposto, pode-se afirmar que não se caracteriza como uma coleção biológica:
Alternativas
Q741398 Química
Nas soluções de um modo geral, é necessário apenas uma pequena quantidade de um ácido forte para alterar drasticamente o pH. Para algumas experiências, no entanto, é desejável manter um pH relativamente constante ao passo que os ácidos ou bases são adicionados à solução. Dessa maneira, os químicos usam tampões rotineiramente para moderar esse pH em uma reação. Diante do exposto assinale a alternativa que indica as características que os tampões podem assumir:
Alternativas
Q741396 Farmácia
Procedimento Operacional Padrão (POP) (em inglês: Standard Operating Procedure) é uma descrição detalhada de uma atividade no laboratório, em que se listam todos os materiais utilizados, o local, a hora realizada, as condições necessárias, os procedimentos de segurança e o resultado esperado. Assim, a(s) característica(s) de um POP pode ser:
Alternativas
Q741395 Farmácia
São ordens da classe Insecta e alguns de seus representantes são pragas agrícolas:
Alternativas
Respostas
1981: B
1982: D
1983: D
1984: E
1985: A
1986: E
1987: D
1988: E
1989: B
1990: E
1991: A
1992: B
1993: D
1994: A
1995: E
1996: D
1997: A
1998: E
1999: E
2000: E