Questões de Concurso Para uerj

Foram encontradas 2.038 questões

Resolva questões gratuitamente!

Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!

Q2589034 Português

Texto II


Disponível em: https://www.to.gov.br/noticias/cidadania-e-justica-fomenta-promocao-de-igualdade-de-generono-ambiente-de-trabalho/3bw27hebk4yr.


De acordo com o Texto II, responda às questões 9 e 10.

Nessa campanha publicitária, o recurso usado para se dirigir diretamente ao público leitor é:

Alternativas
Q2589033 Português

Texto II


Disponível em: https://www.to.gov.br/noticias/cidadania-e-justica-fomenta-promocao-de-igualdade-de-generono-ambiente-de-trabalho/3bw27hebk4yr.


De acordo com o Texto II, responda às questões 9 e 10.

A campanha publicitária, criada pelo governo de Tocantins, trata da desigualdade entre homens e mulheres. Nela, o trecho em que fica clara a ideia de que a desigualdade de gênero persiste em nossa sociedade é:

Alternativas
Q2589032 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

A coesão por elipse acontece pela omissão de um termo sem que se comprometa a clareza da oração, pois ele pode ser facilmente subentendido. Em “Diante dessa desigualdade, saber o que propõem...” (l. 46), a elipse do sujeito da forma verbal “propõem” retoma:

Alternativas
Q2589031 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

“Com isso levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis.” (l. 7 e 8). No texto, a palavra “inexoráveis” apresenta o significado de:

Alternativas
Q2589030 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

“No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população brasileira.” (l. 30 e 31) Reescrevendo essa frase, o significado que ela tem no texto fica preservado em:

Alternativas
Q2589029 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

Na linha 21, afirma-se que “os números não garantem que os casos aumentaram”. De acordo com o texto, isso se deve à(ao):

Alternativas
Q2589028 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

Para buscar chamar a atenção do leitor, o autor usa como estratégia a:

Alternativas
Q2589027 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

Os textos argumentativos geralmente trazem marcas do posicionamento de seu autor em relação àquilo que diz. O trecho que se apresenta como uma opinião é:

Alternativas
Q2589026 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

Os tipos textuais são reconhecidos por apresentarem estruturas linguísticas características e um objetivo comunicativo específico. O texto I é argumentativo, pois seu objetivo é:

Alternativas
Q2588977 Português

Texto I


Os desafios das mulheres que começam em casa e se consolidam na política

Somados à dupla/tripla jornada, há a desigualdade de gênero e o assédio, em todos os ambientes


1 Todos os anos fazemos pesquisas sobre as mulheres para monitorar o avanço ou o retrocesso nesse

tema relevante.

Há mudanças? Há! Mas numa escala e velocidade tão menores do que é necessário que, não raro, temos

que lutar contra o desânimo. Como mudar? Os processos são lentos, mas reside nos programas e

5 políticas públicas o caminho mais eficiente para a universalização de mudanças.

E elas, as políticas, têm acontecido? Sim, mas os mecanismos de dissuasão e as malandragens têm sido

mais eficientes. O ditado do crime que compensa muitas vezes se materializa nesses casos. Com isso

levamos mais tempo — ou perdemos mais tempo — para transformações inexoráveis. Por exemplo: os

partidos políticos são obrigados a ter 30% de candidatas mulheres e investir a mesma proporção do fundo

10 partidário em candidatas. Na última eleição, várias artimanhas foram constatadas para burlar a regra, com

candidaturas laranja para, na realidade, canalizar recursos para o partido e candidaturas masculinas.

Resultado das eleições municipais de 2020: em números redondos, dos 56 mil vereadores eleitos,

somente 9.000 (16%) são mulheres e 47 mil (84%), homens. A sub-representação das mulheres atrasa a

definição de políticas que promovem equidade de gênero.

15 Na pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis/Rede Nossa São Paulo, realizada pelo Ipec na cidade de

São Paulo, duas em cada três mulheres declaram ter sofrido algum tipo de assédio: gestos, olhares

incômodos e comentários invasivos. O lugar onde mais ocorrem é no transporte coletivo, seguido do

ambiente de trabalho. O fato de sabermos que há assédio e onde ocorre contribui para a construção de

soluções. A partir daí é questão de conscientização e decisão política.

20 Os registros de violência contra mulheres aumentaram 700% de 2016 para 2023. Eram 1.276 casos e,

agora, são 9.150. Os números não garantem que os casos aumentaram porque podem indicar a enorme

subnotificação de um passado regido pelo medo e que, paulatinamente, se altera devido ao encorajamento

proporcionado pelo ganho de consciência.

Quando a pergunta é como enfrentar a violência, quase a metade responde: aumentar a punição. Em

25 seguida vêm as medidas protetivas e as campanhas de comunicação. Idealmente, os políticos deveriam

criar políticas para causas comuns e de interesse público, pois representam a população como um todo.

Mas uma maior representação feminina na Câmara de Vereadores ajudaria muito nessas mudanças. Hoje,

a câmara de São Paulo tem 23% de mulheres. Das capitais, Porto Alegre é a que apresenta o maior

percentual de vereadoras, 30%, e Campo Grande, o menor (3%).

30 No mundo da política, as mulheres estão sub-representadas, lembrando que são 51,5% da população

brasileira. No governo Bolsonaro, eram 13% do ministério e, no atual governo Lula, 29%. Na alta liderança

do poder público, elas são 34%.

No mundo empresarial não é diferente — as mulheres também são sub-representadas: 38% ocupam

cargos de liderança, sendo que somente 6% são mulheres negras e 17% são CEOs. No que diz respeito a

35 salários, elas recebem 22% a menos do que homens na mesma função.

A divisão de tarefas domésticas segue desigual. Quatro em cada dez lares de São Paulo têm mulheres

como totalmente responsáveis pela maior parte dos afazeres: limpar a casa, preparar refeições e lavar a

louça são as tarefas mais citadas. Aos homens cabem a manutenção da casa e a retirada do lixo. A

diferença de percepção sobre a divisão de tarefas merece registro: para 32% das mulheres, os serviços

40 são divididos igualmente, mas entre os homens esse percentual sobe para 50%. Aparece aqui o

machismo ainda latente de nossa sociedade.

Dados da União Interparlamentar mostram que o Brasil ocupa a posição 143 entre 188 países no que diz

respeito à quantidade de deputadas no parlamento nacional (18%), o que dá a medida do quão atrasados

estamos se comparados a outros países.

45 Em 2024 temos eleições municipais, momento de olhar as propostas de candidatas e candidatos. Temos

hoje 658 prefeitas (12%) nas 5.570 cidades brasileiras. Diante dessa desigualdade, saber o que propõem

para reduzir a violência e o assédio, aumentar as oportunidades para as mulheres e avançar na equidade

de gênero nas cidades pode ser, sim, parâmetro para a definição do voto.


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/jorge-abrahao/2024/03/os-desafios-das-mulheres-que-comecam-em-casa-e-se-consolidam-na-politica.shtml. Texto adaptado.


De acordo com o Texto I, responda às questões de números 1 a 8.

O tema de um texto apresenta-se, geralmente, como um recorte de um assunto mais geral; ele é a ideia que está sendo abordada. A frase que, resumidamente, apresenta o tema central desse texto é:

Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518626 Medicina
Em pacientes imunocomprometidos, infecções oportunistas fúngicas são passíveis de acontecer, principalmente, em consequência de pneumocistoses, paracoccidioidomicoses e aspergiloses. Considerando as características desses tipos de infecções, é correto afirmar que: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518623 Medicina
Sobre as alterações radiológicas pulmonares de COVID-19 pós-aguda, verifica-se que: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518614 Medicina
Paciente de 14 anos realizou RM do encéfalo que demonstrou formação expansiva ovalada com sinal semelhante ao liquor em todas as sequências, sem realce pelo meio de contraste ou restrição à difusão localizada na fossa posterior. Como achados adicionais, evidencia-se dilatação do IV ventrículo, a fossa posterior apresenta dimensões aumentadas e o verme cerebelar encontra-se rodado. O diagnóstico é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518612 Medicina
Paciente de 60 anos encontra-se com dor abdominal intensa aguda, associada a vômitos e impossibilidade de progressão de sonda nasogástrica. A principal hipótese diagnóstica é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518610 Medicina
Mulher de 66 anos, sem histórico de fraturas prévias, apresenta estudo de densitometria óssea que revela T-score = -1,1 desvios padrão (DP) e Z-score = -0,9 DP. Diante desse resultado, segundo os parâmetros da OMS, a classificação dessa paciente é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518609 Medicina
Após realização de RM de abdômen superior em homem de 38 anos, foi constatada formação expansiva sólida, hipervascular medindo 3,0cm. Como achados clínicos e laboratoriais, encontra-se elevação do nível de cromogranina A e histórico de doença péptica recorrente e intratável, perfazendo a síndrome de Zollinger-Ellison. A neoplasia pancreática mais provável apresentada por esse paciente é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518608 Medicina
Menino de 10 anos apresenta formação expansiva sólido-cística com intenso realce pelo meio de contraste na porção sólida, localizada no tronco cerebral. Paciente tem histórico de neurofibromatose do tipo 1. O provável diagnóstico é: 
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518607 Medicina
Homem de 47 anos previamente hígido apresentou rebaixamento do nível de consciência, associado a crises convulsivas tônico-clônicas generalizadas há dois dias. A RM de crânio mostrou lesões corticais na porção medial dos lobos temporais, ínsulas e porção inferior dos lobos frontais, com realce giriforme pelo meio de contraste. A sorologia para o vírus da imunodeficiência humana é desconhecida no momento. A hipótese diagnóstica a ser considerada, mesmo antes do resultado da análise liquórica ficar pronto, é encefalite por:
Alternativas
Ano: 2024 Banca: UERJ Órgão: UERJ Prova: UERJ - 2024 - UERJ - Médico - Radiologia |
Q2518599 Medicina
Homem de 35 anos, com insuficiência cardíaca grave e história de derrame pleural volumoso bilateral, maior à direita, foi submetido a drenagem pleural à direita, correspondente a 1,5L de líquido em menos de 24 horas. Após esse procedimento, o paciente apresentou piora da dispneia. A tomografia computadorizada (TC) de tórax demonstrou opacidades em vidro fosco com espessamento dos septos interlobulares no pulmão direito, predominando no lobo inferior, com leve derrame pleural à direita, associado a volumoso derrame pleural à esquerda. O diagnóstico mais provável nesse caso é:
Alternativas
Q2518596 Medicina
No contexto da ICROP3 para a ROP, a subcategoria do Estágio 5C, corresponde a definição do descolamento:
Alternativas
Respostas
41: D
42: A
43: B
44: D
45: C
46: A
47: C
48: A
49: C
50: B
51: C
52: D
53: D
54: A
55: A
56: B
57: D
58: C
59: C
60: A