Mulher de 33 anos, com diagnóstico de asma há cinco anos, veio para consulta médica regular no ambulatório de asma grave, em uso de formoterol com budesonida 6/200mcg, 2 inalações 2 vezes por dia. Relata que, quando necessário, faz uso de resgate, além de montelucaste 10mg, 1 vez por dia de forma contínua. Há quatro meses, havia sido associado tiotrópio 2,5mcg, 2 névoas pela manhã. Na anamnese dirigida, a paciente nega outras comorbidades, além da asma; também nega tabagismo e refere ambiente doméstico limpo e uso regular das medicações, demonstrando habilidade no uso de diferentes dispositivos inalatórios. Refere três idas à emergência com necessidade de uso de curso breve de corticoide oral em todas as ocasiões nos últimos 12 meses. A aplicação do questionário GINA definiu que a paciente está com asma não controlada nesse momento. Ao exame físico, encontra-se em regular estado geral, com sinais vitais normais, abdome globoso, IMC = 39kg/m2, SatO2 = 96% e apresenta sibilos difusos à ausculta respiratória. O restante do exame físico não traz alterações dignas de nota. Exames trazidos pela paciente: IgE sérica total: 6 (normal: inferior a 114kU/L); IgE sérica para pesquisa de cinco diferentes aeroalérgenos: todos menores que 0,1kU/L (normal: < 0,1kU/L); eosinófilo sérico absoluto: 82 células/mm3 (anterior, realizado há dez meses: 44 células/mm3). Exames de imagem sem alterações importantes e espirometria demonstrando distúrbio ventilatório obstrutivo moderado com prova broncodilatadora positiva. Submetida à avaliação da fração exalada de óxido nítrico (FeNO), apresentou resultado: 13ppb (anterior, realizado há seis meses – FeNO: 12ppb). Diante do quadro clínico apresentado, é correto afirmar que: