Questões de Concurso Para al-ma

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Q2245648 Antropologia
“Se a antropologia nos instrumentaliza a captar e conferir sentido aos fatos nos diferentes contextos culturais – de outras sociedades e de nossa própria – é de se apostar que os “intelectuais indígenas” estarão, assim, procedendo de igual maneira, tendo algo a nos dizer com base em seus princípios epistemológicos, não apenas sobre si, mas sobre nós, num efeito de “antropologia cruzada”. (Santos, G. M. dos, & Dias Jr., C. M. (2009). Ciência da floresta: Por uma antropologia no plural, simétrica e cruzada . Revista De Antropologia, 52(1), 137-160.)
Assinale a opção que indica o princípio que orienta este modo de fazer antropologia.
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Q2245647 Antropologia
No livro “Arte Indígena no Brasil: agência, alteridade e relação”, a antropóloga Els Lagrou afirma:
“(…) a grande diferença [entre arte indígena e arte ocidental] reside na inexistência entre os povos indígenas de uma distinção entre artefato e arte, ou seja, entre objetos produzidos para serem usados e outros para serem somente contemplados, distinção esta que nem a arte conceitual chegou a questionar entre nós, por ser tão crucial à definição do próprio campo.”  (LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil: agência, alteridade e relação. Belo Horizonte: C/Arte, 2009: p.14)
Assinale a opção que corresponde a princípios característicos da arte indígena descrita pela autora.
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Q2245646 Antropologia
“Os Achuar dizem que as mulheres são mães das plantas que cultivam em suas roças; identificam-se, assim, com Nankui, criadora e “dona” destas plantas. Em suma, conceitualizam suas relações com estes seres em termos de consanguinidade. Já os homens concebem-se como cunhados dos animais de caça, traçando com eles relações de afinidade. Conclui-se, daí, que os seres que habitam o “mundo natural”, ao interagirem com os humanos, são tidos como parceiros sociais plenos.”  (SZTUTMAN, Renato. Natureza & Cultura, versão americanista. Um sobrevoo, Ponto Urbe, v. 4, 2009.)
De acordo com o trecho descrito, na estrutura de organização parental dos Achuar
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Q2245645 Antropologia
A partir da década de 1990, George Marcus passou a se interessar pelo método da etnografia multissituada. Segundo o antropólogo, um dos problemas desse procedimento metodológico é entendêlo de forma literal como a reprodução e multiplicação do sítios de pesquisa.
Assinale a opção que apresenta o sentido da etnografia multissituada.
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Q2245644 Antropologia
“Alguns diziam que era por os porcos serem impuros; outros, por serem sagrados. Isto (...) indica um estado nebuloso do pensamento religioso que ainda não distingue claramente as noções de sagrado e de impuro misturando-as numa espécie de solução difusa à qual damos o nome de tabu.”  (Frazer, James. Spirits of the Corn and of the Wild, II, p.23)
Em 1966 a antropóloga Mary Douglas publicou o livro “Pureza e perigo” no qual analisa regras de poluição e interdição entre diferentes grupos. Nesse livro, a relação entre puro e impuro está baseada em
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Q2245643 Antropologia
O edital de 2012 de um dos programas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) contemplou, entre outros, o projeto “Jane Ypi - Documentação dos saberes Wajãpi sobre a formação da Terra e da Humanidade”. Segundo o site do IPHAN, o projeto é apresentado da seguinte forma:
“Mapeamento e registro de saberes orais a respeito dos vestígios que os Wajãpi interpretam como marcas do “começo do mundo”, ou seja, vestígios deixados pelos primeiros habitantes desta terra, quando todos eram “como gente” e que eles denominam como “Jane Ypy” (nossas origens). Estes vestígios podem ser entendidos – na nossa tradição científica – como sítios arqueológicos de diferentes naturezas ou ainda como estruturas paisagísticas ou sinais de transformações ecológicas, mas são interpretados pelos Wajãpi como sinais das transformações sucessivas que ocorreram na longa e complexa história de relações entre demiurgoscriadores, humanos e não humanos”. (http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1175/)
Assinale a opção que apresenta o programa do IPHAN que contemplou o projeto Jane Ypi.
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Q2245642 Antropologia
O antropólogo inglês Peter Gow tem uma vasta trajetória de pesquisa com o grupo indígena amazônico Piro. Em um artigo intitulado “O parentesco como consciência humana: o caso dos Piro”, Gow afirma:
“(…) analiso o sistema de parentesco dos Piro da Amazônia peruana como um sistema autopoiético, isto é, como um sistema que gera suas próprias condições de existência. Meu argumento é que o parentesco piro emerge espontaneamente do interior das estruturas da consciência humana (…)”  (Gow, P.. (1997). O parentesco como consciência humana: o caso dos piro. Mana, 3(2), 39–65.)
A proposta de Peter Gow está alinhada com a de outros autores da etnologia contemporânea. Para esses autores, o modo de organização do parentesco dos grupos amazônicos são determinados
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Q2245641 Antropologia
Em 11 de dezembro de 2014, a matéria intitulada "Vinte litros de chá do Santo Daime são apreendidos em aeroporto do RJ” estampou a página do Portal G1. Diz um trecho da matéria:
“Vinte litros de chá do Santo Daime, que contém a substância alucinógena ayahuasca e é usado em rituais religiosos, foram apreendidos pela Receita Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) nesta quarta-feira (10), no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, o Galeão”.
Esse episódio evidenciou uma controvérsia cultural entre a Lei de Drogas e os usos tradicionais da ayahuasca. Entre as estratégias políticas de grupos indígenas contra a criminalização de sua prática ritual, é correto citar
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Q2245640 Antropologia
No livro “Os ritos de passagem”, Arnold Van Gennep distingue os ritos de passagem em três categorias: ritos de separação, ritos de margem e ritos de agregação.
Na segunda metade do século XX, um antropólogo britânico retomou o diálogo com Van Gennep e tornou-se um dos nomes mais expoentes dos estudos dos rituais.
Esse autor foi 
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Q2245639 Antropologia
“Contra seu jovem adversário, ele sustentou veementemente que o social não era um domínio especial da realidade, e sim um princípio de conexões; que não havia motivo para separar o social de outras associações (...)”. (Latour, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator rede. Salvador: EDUFBA, 2012, p.33)
No livro “Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator rede”, Bruno Latour estabelece uma distinção entre a sociologia do social e a sociologia das associações. Para elaborar sua proposta teórico-metodológica, Bruno Latour critica um autor clássico e dialoga com outro.
Esses autores são, respectivamente, 
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Q2245638 Antropologia
É famosa a formulação do antropólogo estadunidense Roy Wagner de que “a antropologia é o estudo do homem como se houvesse cultura”.
Com essa proposição, o autor se refere à
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Q2245637 Antropologia
Na segunda metade do século XX, a antropologia estadunidense foi renovada, entre outras, pelas contribuições do que ficou conhecido como virada interpretativista. Nessa perspectiva, estimulou-se a produção de etnografias como uma "descrição densa" das realidades estudadas.
Assinale a opção que indica o nome do autor da virada interpretativista que disseminou a ideia da etnografia como descrição densa. 
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Q2245636 Antropologia
“O que sempre vemos e encontramos pode ser familiar mas não é necessariamente conhecido e o que não vemos e encontramos pode ser exótico mas, até certo ponto, conhecido”. (Velho, Gilberto. Observando o familiar. In: NUNES, Edson de Oliveira (org.). “A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social”. RJ: Zahar, 1978, p.126). 
Neste trecho, Gilberto Velho discute a seguinte premissa do trabalho etnográfico:
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Q2245635 Antropologia
“Torna-se necessário conceber a etnografia não como a experiência e a interpretação de uma "outra" realidade circunscrita, mas sim como uma negociação construtiva envolvendo pelo menos dois (...) sujeitos conscientes e politicamente significativos. Paradigmas de experiência e interpretação estão dando lugar a paradigmas discursivos de diálogo e polifonia.”  (Clifford, James. A experiência etnográfica. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998, p.41).
Neste trecho, o antropólogo James Clifford está propondo uma reflexão sobre
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Q2245634 Antropologia
O texto “Análise de uma situação social na Zululândia”, de Max Gluckman, é considerado precursor da seguinte escola da Antropologia Social: 
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Q2245633 Legislação Federal
A promulgação do Decreto n o 3.551, de 4 de agosto de 2000, promoveu alterações no processo de patrimonialização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que contribuíram para o reconhecimento do patrimônio cultural indígena. O referido criou o seguinte programa e instituiu a seguinte forma de registro do patrimônio nacional.
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Q2245632 Antropologia
“Em toda e qualquer sociedade nacional moderna é possível identificar a existência de modalidades de discurso de patrimônio em competição para representar com autenticidade a identidade e a memória da coletividade. Esses discursos de opõem entre si e disputam lugares de legitimidade. No contexto brasileiro, esses discursos assumiram, esquematicamente falando, duas modalidades: uma delas, a que estou chamando de ‘discurso da monumentalidade’; a outra a que poderíamos nomear como "discurso do cotidiano”. (Gonçalves, José Reginaldo. Monumentalidade e cotidiano: os patrimônios culturais como gênero de discurso". In: Lippi, Lucia. Cidade: História e Desafio. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2002, p.117)
A partir da relação dialógica entre monumentalidade-cotidiano, o professor da UFRJ José Reginaldo Gonçalves discute as seguintes oposições centrais nas narrativas do patrimônio.
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Q2245631 Antropologia
O 'Ensaio sobre o dom' é consagrado essencialmente à análise do potlach, isso é, à análise das formas agonísticas do dom. Mas muitas vezes se esquece que, (...), o potlach não é mais que uma 'forma evoluída' de prestação total, forma em que 'domina o princípio da rivalidade e do antagonismo”. (GODELIER, Maurice. O enigma do dom. Editora Record, 2001, p. 60).
No livro “O enigma do dom”, Maurice Godelier dialoga com o seguinte autor clássico da antropologia:
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Q2245630 Antropologia
“Se, na Amazônia, a mais grave ameaça é a invasão dos territórios indígenas e a degradação de seus recursos ambientais, no caso do Nordeste, o desafio à ação indigenista é restabelecer os territórios indígenas, promovendo a retirada dos não-índios das áreas indígenas, desnaturalizando a “mistura” como única via de sobrevivência e cidadania.” (OLIVEIRA, João Pacheco de. Uma etnologia dos" índios misturados"? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais. Mana, v. 4, p. 47-77, 1998.)
João Pacheco de Oliveira é professor do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Sua área de especialização é a 
Alternativas
Q2245629 Antropologia
“(...) a coisa tem o caráter não de uma entidade fechada para o exterior, que se situa no e contra o mundo, mas de um nó cujos fios constituintes, longe de estarem nele contidos, deixam rastros e são capturados por outros fios noutros nós. Numa palavra, as coisas vazam, sempre transbordando das superfícies que se formam temporariamente em torno delas.”  (Ingold, T.. (2012). Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, 18(37), 25–44) 
Nesse fragmento, Tim Ingold estabelece uma distinção entre os conceitos de
Alternativas
Respostas
1041: A
1042: B
1043: A
1044: C
1045: C
1046: B
1047: C
1048: B
1049: B
1050: D
1051: A
1052: B
1053: C
1054: D
1055: E
1056: E
1057: A
1058: E
1059: D
1060: B