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Uma paciente de dezoito anos de idade, primigesta, no sétimo mês de gestação, relatou que, havia uma semana, apresentava dispneia progressiva, tendo despertada do sono, na última noite, com intensa falta de ar. No momento da consulta, a paciente queixou- se de importante dispneia. Há relatos de amigdalites de repetição na sua infância. Ao exame físico, apresentou- se dispneica, acianótica, normocorada, com frequência respiratória de 27 irpm, saturação de oxigênio em ar ambiente de 90%, pressão arterial de 108 mmHg × 62 mmHg e frequência cardíaca de 112 bpm. O exame cardiovascular revelou ritmo cardíaco regular em dois tempos, ictus palpável no 5.° espaço intercostal à esquerda, linha hemiclavicular, estalido de abertura precoce da primeira bulha, hiperfonese da segunda bulha e sopro diastólico de baixa frequência 2+/4, no 5.° espaço intercostal, linha hemiclavicular à esquerda. A ausculta pulmonar revelou estertores crepitantes bilateralmente até o terço médio. O restante do exame físico não apresentou alterações significativas. A radiografia de tórax evidenciou infiltrados pulmonares bilaterais, sinal do duplo contorno na área cardíaca e desvio do brônquio fonte esquerdo para cima.
A partir do caso clínico acima descrito, julgue os itens seguintes.
A dispneia relatada no caso clínico ocorre devido às altas pressões verificadas no átrio esquerdo e no leito capilar pulmonar, sendo consequência da severa obstrução mecânica ao fluxo transmitral.