Questões de Concurso Para ufrb

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Q2892379 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

A análise linguística dos elementos que compõem o texto está correta em

Alternativas
Q2892378 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

Quanto à regência dos nomes e verbos que estruturam o texto, analise as proposições, identificando o que estiver correto.


I- A locução verbal “vêm [...] surpreendendo” (linha 2) apresenta a mesma regência da forma verbal “pertence” (linha 8).

II- O adjetivo “capazes” (linha 8) apresenta a mesma regência do adjetivo “decisivo” (linha 14).

III- O verbo “irromper” (linha 23) pode ser substituído por proceder, no sentido de realizar, dar início, sem mudança de regência.


Está correto apenas o que se afirma em

Alternativas
Q2892376 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

Sobre os aspectos que garantem a progressão textual, a única alternativa correta é

Alternativas
Q2892375 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

No contexto em que estão inseridas, as expressões “sussurro social” (linha 28) e “abalo sísmico” (linha 30) conotam, respectivamente,

Alternativas
Q2892374 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

A afirmação sobre o termo transcrito está correta na alternativa

Alternativas
Q2892373 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

Considerando-se a estrutura do texto em estudo, é correto o que se analisa em

Alternativas
Q2892371 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

Segundo a articulista do texto, as manifestações revelam

Alternativas
Q2891804 Português

TEXTO:

Protestos, desejos e compreensão de si

Para muitas pessoas, não é fácil entender as manifestações coletivas em nome de causas e

direitos sociais que vêm acontecendo em âmbito global e que, recentemente, surpreendendo a muitos,

surgiram também no Brasil. O desconhecimento a respeito da história social e política, bem como

sobre o significado profundo das lutas, sublevações e insurreições mundiais e nacionais contribui para

5 a perplexidade quanto à situação presente. Não se conhece o passado, não se entende

o presente e, além de tudo, não é possível prever o futuro quanto a mudanças sociais concretas em termos de

direitos, cidadania, reforma política ou direção de políticas públicas. Se, por um lado, o que pensamos

do futuro pertence à especulação e à fantasia, por outro, é o efeito direto do que não somos capazes

de imaginar, daquilo que se dá em bases inconscientes, do que é da ordem imponderável do desejo. O

10 desejo de que um mundo melhor possa nos amparar é o novo sentimento que surge como um terceiro

elemento no instante em que a alternativa estava entre o apático fim das utopias e a ideia de que todas

as utopias já tinham sido realizadas.

Certo, no entanto, é que uma mudança de autocompreensão coletiva está em cena no Brasil

atual. E esse talvez seja o aspecto mais decisivo no contexto dos acontecimentos, a experiência

15 subjetiva que está sendo vivida quando muitos acreditavam no fim do sujeito ético e político, aniquilado

pelos diversos mecanismos de dessubjetivação que vão da economia à tecnologia. A impressão

generalizada era que as pessoas estavam vendidas ao sistema econômico, tinham cancelado qualquer

desejo político, eram servas do consumismo e da publicidade e, portanto, já não pertenciam a si

mesmas. Não tinham subjetividade, a instância da decisão, da liberdade que se elabora e forma na

20 intimidade de cada um e em sua relação com o outro.

No contexto, surpreende que a internet – que aparece, muitas vezes, como a máquina

devoradora de subjetividades – se torne um mecanismo democrático, uma instância de trocas

intersubjetivas, que faz irromper liberdades individuais na formação da expressão comum tal como a

da multidão nas ruas. O fato de a internet, como meio tecnológico, ter sido a ameaça de aniquilação da

25 subjetividade e, de repente, ter ajudado a forjar outras subjetividades, mostra apenas que o ser

humano permanece humano, na liberdade de recriar seu sentido, seu modo de viver e usar

instrumentos, como a própria internet, a seu favor.

A queixa geral que ouvíamos como um sussurro social poderia ter continuado seu zunido

gasto, mas tornou-se ativismo político dos brasileiros. O que de fato está acontecendo entre nós? É

30 algo que podemos nos perguntar. Mais do que curiosidade, o que está em cena é um abalo sísmico no

processo de nossa autocompreensão comum. Isso quer dizer que nunca mais nos veremos do mesmo

modo porque, devido aos eventos políticos e sociais, já não somos os mesmos.

TIBURI, Márcia. Protestos, desejos e compreensão de si. Revista Mente e Corpo. Disponível em: < http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/protestos_desejos_e_compreensao_de_si.html>. Acesso em: 14 ago. 2013. Adaptado.

A leitura do texto permite afirmar:

Alternativas
Q2034243 Química
Uma solução contém 0,1 mol/L de sulfato de ferro (III) (massa molar = 400 g/mol). É correto afirmar que essa solução apresenta
Alternativas
Q2034242 Química
Sobre o uso e a calibração de aparelhagem volumétrica e graduada utilizada em laboratório, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2034241 Química

A seguinte reação consiste em uma reação de



Imagem associada para resolução da questão




Alternativas
Q2034240 Química
Os coeficientes estequiométricos para a seguinte reação, em ordem dos reagentes para os produtos, são, respectivamente:
Fe2(SO4)3 + NaOH  →  Fe(OH)3 + Na2SO4
Alternativas
Q2034239 Química
Assinale a alternativa que apresenta a função orgânica para o composto benzoato de amônio.
Alternativas
Q2034238 Química
Assinale a alternativa que apresenta um composto que contenha a função orgânica fenol.
Alternativas
Q2034237 Química
Muitos produtos químicos oferecem perigos físicos concretos, podendo agir como inflamáveis, combustíveis, corrosivos, explosivos, pirofóricos e oxidantes. Diante dos aspectos associados entre riscos de incêndios e substâncias inflamáveis, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2034236 Química
Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta um óxido ácido.
Alternativas
Q2034235 Química
Dentre as seguintes reações, assinale aquela que produz um sal pouco solúvel.
Alternativas
Q2034234 Química
Uma solução, no sentido amplo, é uma dispersão homogênea de duas ou mais substâncias moleculares ou iônicas. A maioria das análises é realizada com soluções da amostra preparadas em um solvente adequado. Sobre os aspectos qualitativos e quantitativos do preparo de soluções, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2034233 Química
Há inúmeros equipamentos volumétricos utilizados em laboratórios para medidas precisas de volumes. Em relação à utilização de aparelhagem volumétrica, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q2034232 Química
O trabalho em um laboratório envolve necessariamente um grau de risco. A adoção rigorosa de normas estabelecidas contribui na prevenção (ou minimização dos efeitos) de acidentes. Em relação às noções básicas de segurança no laboratório e aos equipamentos de proteção individual e coletivo, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Respostas
161: C
162: A
163: B
164: D
165: A
166: D
167: B
168: E
169: C
170: A
171: B
172: D
173: A
174: C
175: C
176: B
177: D
178: A
179: B
180: C